segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Níger. ONU pede que sanções da CEDEAO não prejudiquem ajuda humanitária

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POR LUSA   28/08/23 

As Nações Unidas pediram hoje à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que inclua "isenções humanitárias" nos pacotes de sanções contra a junta militar do Níger, por considerar "urgente" continuar a distribuir bens essenciais.

Numa mensagem aos doadores, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) alertou que a maioria dos parceiros com presença no terreno "têm recursos limitados" e temem uma "interrupção total" da ajuda, depois do encerramento das fronteiras na chegada de alimentos e medicamentos.

Além disso, este encerramento conduziu a um aumento dos preços de produtos de base, como os cereais, alertou a ONU, que pede que se tente evitar os efeitos colaterais da crise política sobre a população.

Cerca de 4,3 milhões de pessoas, ou 17% da população, já deverão necessitar de assistência humanitária este ano no Níger, um país que, antes do início da crise provocado pelo golpe militar, já acolhia 400.000 deslocados internos e 250.000 refugiados.

Mais de 3,3 milhões de cidadãos estão em situação de insegurança alimentar grave, embora o pico de casos seja esperado no terceiro trimestre, quando os efeitos da estação seca e das últimas inundações se fazem sentir plenamente.

O OCHA teme que a situação desencadeada após o golpe contra o Governo de Mohamed Bazum agrave a situação, de modo a atingir até 7,3 milhões de pessoas, pelo que apelam à mobilização de doadores "para que os atores humanitários possam salvar vidas".

As organizações de ajuda humanitária precisam de mais de 355 milhões de dólares (cerca de 330 milhões de euros) para garantir a distribuição da ajuda, mas até meados de agosto tinham recebido menos de 35% desse montante.

O golpe de Estado no Níger, em 26 de julho, foi liderado promovido pelo autodenominado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP), que anunciou a destituição do Presidente e a suspensão da Constituição.



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Mali. Retirada da Minusma "no bom caminho", mas com vários desafios

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POR LUSA   28/08/23 

A retirada da Missão de Estabilização Multidimensional Integrada das Nações Unidas no Mali (Minusma) registou "progressos significativos" e está no "bom caminho" para encerrar em 31 de dezembro, mas tem enfrentado várias dificuldades, informaram hoje fontes oficiais.

Numa reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) focada nos progressos da retirada do Mali, o líder da missão, El-Ghassim Wane, explicou que a primeira fase do plano de retirada foi marcada por vários desafios, como a presença de grupos terroristas ou mesmo questões meteorológicas, e anteviu uma segunda "fase extremamente difícil".

A título de exemplo, Wane descreveu a experiência do encerramento do campo de Ber, no qual o último comboio de 'capacetes azuis', equipamentos e materiais levou 51 horas para percorrer um percurso de 57 quilómetros para chegar à cidade de Timbuktu.

"Isso deveu-se à natureza do terreno, que é desfavorável -- situação agravada pela estação chuvosa - e insegurança. Este comboio foi atacado duas vezes por elementos extremistas não identificados, ferindo quatro 'capacetes azuis' e danificando três veículos antes de chegar a Timbuktu", disse.

A retirada de Ber também se revelou politicamente difícil, com as autoridades do Mali e os Movimentos Signatários do Acordo para a Paz e Reconciliação no Mali a discordarem sobre o destino do campo após a saída da Minusma, acrescentou.

Além disso, também os comboios que transportavam abastecimentos e equipamento das bases da Minusma em Goundam e Ogossagou foram alvo de dispositivos explosivos improvisados, enquanto o último comboio de Gao para Ménaka foram igualmente atacados por elementos extremistas.

Com o final da primeira fase de retirada, foram repatriadas 1.096 pessoas uniformizadas e 79 contentores de materiais transferidos para fora do Mali, de acordo com dados da ONU.

Espera-se uma nova redução do pessoal uniformizado no final de setembro. No que diz respeito ao pessoal civil, 291 funcionários civis (incluindo voluntários das Nações Unidas), ou aproximadamente 33% da força de trabalho civil da Minusma, serão separados até 30 de setembro.

A segunda fase do processo - agora iniciada - decorrerá até 15 de dezembro. Incidirá no encerramento de seis bases (Tessalit, Aguelhok e Kidal, no norte, Douentza e Mopti, no centro, e Ansongo, no leste).

De acordo com o líder da Minusma, essa fase "será extremamente difícil", principalmente devido às centenas de quilómetros em terreno difícil que os comboios da missão terão de percorrer e à "insegurança omnipresente".

"Esta retirada surge num contexto marcado pela paralisação das estruturas de acompanhamento do Acordo de Paz, que não se reúnem desde novembro do ano passado, e por uma grave falta de confiança entre as partes. Não é de surpreender que as partes tenham assumido posições divergentes sobre o destino dos campos a serem libertados pela missão", assinalou ainda o representante da ONU.

Perante o corpo diplomático presente na reunião, Wane disse acreditar que os desafios permanecerão devido ao calendário apertado de redução da missão, "o que tornou impossível prever um período de transição adequado".

"Neste contexto, é importante reconhecer que algumas tarefas não podem ser transferidas de forma eficaz", sublinhou.

O golpe no vizinho Níger "também tem impacto" no "plano de retirada, que se baseia na utilização das zonas de trânsito de Cotonou e Lomé", e por isso exige a passagem pelo Níger, observou Wane.

Ainda na reunião, o embaixador do Mali junto à ONU, Issa Konfourou, disse estar aberto "ao diálogo para resolver pacificamente questões específicas que possam surgir".

"Mas gostaria de lembrar que o Governo do Mali não prevê prolongar o período de saída para além da data de 31 de dezembro de 2023", frisou o diplomata.

Desde 2012, o Mali enfrenta uma profunda crise de segurança que começou no norte e se espalhou para o centro do país, bem como para os vizinhos Burkina Faso e Níger.

A Minusma, que está há 10 anos no país africano, começou a abandonar as suas posições depois de em junho o Governo transitório maliano, liderado por uma junta militar, pedir a sua retirada "imediata", solicitação que foi aprovada posteriormente pelo Conselho de Segurança da ONU.


Leia Também: "Agressão"? Forças do Burkina Faso e Mali autorizadas a intervir no Níger

Sua Excelência Dr. Mamadu Saliu Djaló, Secretário de Estado do Turismo e Artesanato reune este momento o Conselho Directivo para discutir o "Plano de Emergencia" para o setor.

 Secretaria de Estado do Turismo e Artesanato GB   28 de Agosto de 2023

Sua Excelência Dr. Mamadu Saliu Djaló, Secretário de Estado do Turismo e Artesanato reune este momento o Conselho Directivo para discutir o "Plano de Emergencia" para o setor.

Trata-se do primeiro conselho desde que assumiu as funções há duas semanas.

Discussão e aprovação de atual "Estrutura Orgânica" da secretaria de estado também é um dos pontos constantes na ordem do dia.

No seu discurso, no capítulo das Informaçôes Gerais, o governante pediu resultados palpáveis aos tecnicos.

Saliu Djaló garantiu que nao só estará aberto como sempre dará atenção aqueles que eventualmente estão a trabalhar para a implementação dos projetos e a sua transformação na prática visando alcançar não só o desenvolvimento turístico ou da Nação como também o bem estar da  população em geral.


BDS

𝗟Í𝗗𝗘𝗥 𝗗𝗢 𝗣𝗡𝗚𝗗 𝗗𝗜𝗦𝗦𝗘 𝗤𝗨𝗘 𝗡Ã𝗢 𝗥𝗘𝗖𝗢𝗡𝗛𝗘𝗖𝗘 𝗗𝗢𝗠𝗜𝗡𝗚𝗢𝗦 𝗦𝗜𝗠Õ𝗘𝗦 𝗣𝗘𝗥𝗘𝗜𝗥𝗔 𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗣𝗥𝗘𝗦𝗜𝗗𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗗𝗢 𝗣𝗔𝗥𝗟𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢


O Presidente do Partido da Nova Guiné Democrática (PNGD), Aliu Baldé, disse hoje (28.08.2023) que a sua formação política não reconhece o atual presidente do Parlamento Domingos Simões Pereira e todos os deputados eleitos nas últimas legislativas.

Segundo Aliu Baldé, não foi respeitado o artigo 24 da Lei Quadro dos Partidos políticos que fala de financiamentos proibidos aos partidos políticos para a campanha eleitoral.

Fonte: Rádio Jovem Bissau 

"Um quarto para um estudante está entre os 425 e os 450 euros, mas há valores muito mais elevados". Famílias com dificuldades para suportar custos do Ensino Superior

Por cnnportugal.iol.pt

Cerca de 49 mil estudantes começam esta segunda-feira uma nova vida que, para muitos, significa mudar de cidade, de casa e deixar a família a fazer muitas contas.

Um quarto para arrendar pode ultrapassar os 400 euros, mas há também as propinas, viagens, e tudo o que é preciso para estes novos dias.

Ainda que haja mais apoios e as bolsas sejam pagas de imediato, ter um ou mais filhos a estudar longe de casa gera dificuldades.

Talibãs vetam acesso de mulheres a parque nacional no Afeganistão

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POR LUSA   28/08/23 

O Governo afegão proibiu a entrada de mulheres num parque nacional do país, elevando o tom das críticas das organizações internacionais às medidas impostas pelos talibãs, segundo um comunicado divulgado hoje pela Human Rights Watch (HRW).

"Não contentes com privar as raparigas e as mulheres da educação, do emprego e da livre circulação, os talibãs também querem tirar os parques e os desportos e, agora, até a natureza", acusou num comunicado a diretora para os Direitos da Mulher da HRW, Heather Barr.

No sábado, os talibãs proibiram o acesso das mulheres ao parque nacional Band-e-Amir, localizado na província central de Bamyan, por estas alegadamente não respeitarem as regras do uso do hijab [véu islâmico].

O anunciou da decisão foi feito à comunicação social pelo ministro da Propagação da Virtude e Prevenção do Vício, Mohammad Khalid Hanafi, depois de uma reunião com líderes religiosos locais.

"As mulheres e as nossas irmãs não podem ir a Band-e-Amir até que cheguemos a um princípio de acordo. As agências de segurança, os anciãos e os inspetores devem tomar medidas a este respeito. Fazer turismo não é um dever", disse Hanafi no final da reunião, segundo o canal afegão ToloNews.

Este novo veto, que se soma a uma longa lista de restrições adotadas contra as mulheres pelos talibãs desde que chegaram ao poder, deve-se ao facto de "existirem queixas sobre a falta do 'hijab' ou sobre o uso indevido do 'hijab' no parque, explicou o chefe do conselho xiita de Bamyan, Sayed Nasrullah Waezi.

O relator especial da ONU para os direitos humanos no Afeganistão, Richard Bennett, manifestou no domingo o seu desconforto com esta medida na rede social X [ex-Twitter], questionando se realmente esta restrição "é necessária para estar de acordo com a 'Sharia' [conjunto de leis islâmicas] e com a cultura afegã".

Band-e-Amir é composto por meia dúzia de lagos "criados naturalmente com formações e estruturas geológicas especiais, bem como belezas naturais únicas", segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), sendo o primeiro parque nacional a ser estabelecido no Afeganistão, em 2009.

Desde a tomada do poder pelos talibãs no Afeganistão, há dois anos, os direitos das mulheres foram severamente restringidos. As mulheres foram retiradas praticamente de toda a vida pública, foram impedidas de aceder ao ensino secundário e universitário e de trabalhar na maioria dos espaços públicos, com algumas exceções.

Além disso, as autoridades emitiram restrições que as obrigam a sair às ruas com o rosto coberto e devem ser acompanhadas em viagens longas por um membro da família do sexo masculino, entre outras medidas.

A realidade que os afegãos vivem hoje é cada vez mais semelhante ao primeiro regime talibã, que aconteceu entre 1996 e 2001, quando, com base numa interpretação rígida do Islão e do seu estrito código social conhecido como 'pashtunwali', as mulheres ficavam confinadas em casa.


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Guiné-Bissau: Elaboração de Plano de emergência do setor Educativo.

Por  Ministerio da Educação Nacional   28 de Agosto de 2023

Atores intervenientes no setor de Ensino e Formação estão reunidos hoje, 28,  no encontro de elaboração do programa de emergência [ de 180 dias] de governação na área da Educação.

A abertura do encontro foi presidida pela Secretária de Estado de Ensino Superior e Investigação Científica Hortência Francisco Cá.

A ocasião serviu para a titular da pasta de Ensino Superior e Investigação Científica realçar  a necessidade “ urgente” de elaborar um plano que atenda anseios de público alvo, visando assim “viabilizar normal funcionamento de ensino e formação no país”.

Fazem parte da Comissão as Direções-gerais, Inspeção Geral do Ministério da Educação Nacional Ensino Superior e Investigação Científica, Centros de Formações e Universidade Amílcar Cabral, Associações dos Pais encarregados de educação, os sindicatos do setor e organizações estudantis do país.



Pescas - Empresa “Ocean Fishing Bissau Sarl” promete abastecer o pais de pescado


Bissau, 28 ago 23 (ANG) – A empresa Ocean Fishing Bissau Sarl promete  abastecer o país de pescado  suficiente para todas as regiões do país.

Em entrevista exclusiva  hoje à ANG, o director-geral da empresa, Houssam Koumayha disse que, para o efeito, já pediu as faturas proformas aos fornecedores de arcas equipadas com painéis solares para a conservação do pescado.

Aquele responsável disse que o novo ministro das Pescas e Economia Marítima pediu às empresas do setor a redução em 50 por por cento do preço do pescado e o cumprimento pelos armadores de descarga referente a quota obrigatória de pescado para o abastecimento do mercado.

Houssam Koumayha informou que no primeiro encontro que o ministro Dionísio do Reino Pereira manteve com a Associação Nacional da Pesca Industrial manteve, na semana passada, estas elencaram 29 obstàculos que necessitam de soluções para colmatar as dificuldades do sector e que permitirão entre outros, o regular e a redução do preço do pescado desde que a estrutura do custo a suporte.

Disse que, entre as dificuldades, consta o elevado preço do gasóleo, a tarifa da luz elétrica, o processo de descarga do pescado no porto de Bissau, a importação de insumos e materiais como as embalagens entre outros.

Afirmou que, pediram ao novo ministro das Pescas para diligenciar no sentido de ajudar as empresas que operam no setor a vencerem as dificuldades que enfrentam, principalmente  que crie um ambiente de negócio sustentável e condições de produtividade e rentabilidade.

A empresa Ocean Fishing Bissau Sarl começou a operar no país em Fevereiro de 2022 com dois navios e agora conta com cinco embarcações de pescas.

Houssam Koumayha sublinhou que, atualmente, só quatro  empresas privadas que operam no setor têm investimentos no país, nomeadamente a “Ocean Fishing Bissau Sarl, a SS Trading e Afripêche em Bissau e a Viguipesca em Cacheu este último em inatividade.

 Frisou que, todos eles com unidades de conservação e de tratamento de pescado, para além de sete empresas que possuem navios com bandeiras da Guiné-Bissau, como a Bissau Pesca e Serviços, a Pesca Bijagós, a Star Fishing, a Italfish, a Afripêche e alguns outros mais.

Disse que, para descarregar o pescado internamente as empresas devem   possuir instalações próprias, equipadas de câmaras frigoríficos e que por isso, o Governo deveria criar condições para a construção de infraestruturas e uma frota nacional para que o nosso peixe deixe de ser descarregado e vendido no Senegal.

"As vezes nossas mulheres vendedeiras vão até Dakar importar o nosso próprio pescado, sempre o de menor qualidade para a revende-los no país, pagando transportes e despachos com elevados custos", salientou, acrescentando que deve-se ainda melhorar as condições de descarga no porto de Bissau e construir um porto de Pesca Industrial de raiz.

Disse que, por último, deve levar em conta ainda no ano em curso, a questão da certificação do nosso pescado pela União Europeia para que possam exportar para este mercado, diga-se de passagem o melhor mercado a nível de preços, sob pena do grande desperdício de oportunidades e de eventuais receitas que não entrarão nos cofres de Estado.

Declarou que, o sector privado está disposto a cumprir com o slogam do actual ministro das Pescas "Pa Nô Pis Riba Cassa", "que o nosso pescado volte para casa", para que possam  fornecer pescado de qualidade às populações, num preço acessível desde que todas estas condições estejam reunidas.

ANG/ÂC//SG

"Avião desmoronar-se-á no ar". Vídeo antigo de Prigozhin dá azo a teorias... O líder do Grupo Wagner afirmou, em abril, que a Rússia "está à beira do desastre" e que se as "engrenagens não forem ajustadas, então o avião desmoronar-se-á no ar".

© Wagner Account/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto   28/08/23 

Um vídeo antigo de uma entrevista ao líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, deu origem a novas teorias acerca da sua morte, uma vez que pode ouvir-se o empresário russo a dizer que preferia ser morto a mentir ao país e a falar sobre um avião que se "desmorona" no ar.

Em causa está o excerto de uma entrevista publicada a 29 de abril, com o blogger militar russo Semyon Pegov, na qual Prigozhin afirmava que a Rússia estava à beira do abismo porque a Defesa estava a expulsar aqueles que dizem a verdade e se recusam a dar graxa. 

"Hoje, chegámos ao ponto de ebulição", disse o russo, no vídeo que foi publicado na plataforma Telegram do Grupo Wagner. "Porque é que estou a falar tão honestamente? Porque tenho o direito, perante as pessoas que vão continuar a viver neste país. Eles agora estão a ser esmagados."

"É melhor matarem-me, mas não vou mentir. Tenho de dizer honestamente que a Rússia está à beira do desastre. E se estas engrenagens não forem ajustadas hoje, então o avião desmoronar-se-á no ar", acrescentou.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o vídeo divulgado pelo Grupo Wagner conta já com centenas de respostas. "Ele sabia", afirmou um utilizador.

Há também utilizadores que acreditam que Prigozhin está vivo e "rapidamente saltará de uma caixa de rapé e fará os demónios cagarem-se" ou então está com Sergei Surovikin, o antigo chefe das Forças Aeroespaciais que desapareceu após a rebelião falhada do Grupo Wagner, na Jamaica a "beber uma 'piña colada' e a fumar um charro".

Yevgeny Prigozhin, de 62 anos, estaria na lista de passageiros de um avião do Grupo Wagner que caiu na quarta-feira, durante um voo entre Moscovo e São Petersburgo, e levou à morte de todas as 10 pessoas a bordo.

As autoridades russas até agora não avançaram quaisquer causas que expliquem a queda do jato privado Embraer Legacy que, segundo as autoridades de aviação civil russas, além de Prigozhin, transportava outros responsáveis do Grupo Wagner, incluindo o fundador Dmitri Utkin.

Após dias de especulação, o Comité de Investigação Russo revelou, no domingo, que a morte de Prigozhin foi confirmada por exames genéticos.


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Os 29 mil postos de emprego no sector das Pescas podem ser duplicos se se organizar melhor, afirmou hoje o Ministro das Pescas e Economia Marítima.


Dionísio Pereira falava no segundo e último dia de visita de trabalho na província norte. O ministro Pereira lamenta a difícil situação em que se encontram os pescadores e as vendedeiras do peixe da região do Biombo.

Por Radio Voz Do Povo


Ucrânia. Coreia do Norte critica envio de caças por países europeus

© Reuters

POR LUSA   28/08/23 

A Coreia do Norte criticou hoje o envio, anunciado por vários países europeus, de caças F-16 para a Ucrânia, há meses pedidos por Kiev para combater a Rússia.

"Os Estados Unidos tinham adotado uma posição ambígua sobre a questão do fornecimento de caças, sob o pretexto de não provocar uma escalada da guerra, mas entregaram-se ao processo de oferta de caças F-16, uma vez que a operação de 'contra-ataque' da Ucrânia resultou em numerosas baixas e na destruição de armas ocidentais", de acordo com a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA.

Os responsáveis norte-coreanos, através do Instituto de Estudos Internacionais da Coreia do Norte, sublinharam que esta medida "é desesperada" e mostra a intenção do Ocidente de "provocar uma derrota estratégica para a Rússia a qualquer custo no campo de batalha ucraniano".

"A decisão de fornecer até caças é um ato contra a paz que incita a uma guerra prolongada e destrói totalmente a paz e a estabilidade regionais", prossegue o texto, sublinhando que o fornecimento destes caças "é um grande passo para uma guerra nuclear contra a Rússia".

Reiteraram também que Washington "é claramente" o "arqui-inimigo que bloqueia a solução pacífica" e empurra a Europa para uma guerra nuclear "incitando os seus seguidores" a fornecer vários tipos de armas letais.

Pyongyang fez estas observações depois de a Dinamarca, a Noruega e os Países Baixos se terem comprometido a enviar esses caças.

Na semana passada, o Presidente ucraniano anunciou que Amesterdão ia enviar 42 aviões, embora o Primeiro-Ministro holandês, Mark Rutte, se tenha mostrado relutante em dar um número exato.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciou que ia enviar 19 aviões em três lotes.

Oslo, que foi o terceiro a fazer o anúncio, ainda não esclareceu quantos aviões vai doar, embora fontes citadas pela emissora pública norueguesa NRK tenham antecipado que serão entre cinco e dez.

Mais de uma dúzia de países juntaram-se a uma coligação para ajudar a Ucrânia a obter os F-16, embora a maioria se limite à formação.


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Portugal: Ensino superior: começam as matrículas e as candidaturas à 2.ª fase

Por SIC Notícias  28/08/23

Depois de serem conhecidas as colocações no ensino superior, cerca de 49 mil estudantes vão agora proceder à matrícula para o novo ano letivo. Há pouco mais de 5.000 vagas disponíveis para a segunda fase.

Começam, esta segunda-feira, as matrículas dos alunos que ficaram colocados no ensino superior. São mais de 49 mil os estudantes colocados. As inscrições decorrem até quarta-feira.

Além disso, iniciam também esta segunda-feira as candidaturas para a segunda fase do ensino superior. Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, há 5.512 vagas por preencher.

Os resultados da primeira fase, divulgados este sábado, confirmam que os cursos com notas mais altas são os de engenharia aeroespacial e medicina.

Engenharia aeroespacial com nota mais alta

O curso de Engenharia Aeroespacial, da Universidade do Minho, tem a média mais alta de todos no concurso de acesso ao Ensino Superior: o último aluno colocado apresentou uma média de 18,86. Segue-se em segundo lugar o curso de Medicina, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, no Porto, com média de 18,68.

Foi com esta média que também entrou o último aluno no curso de Engenharia Aerospacial, no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Em quarto lugar dos cursos com notas mais altas está Engenharia e Gestão Industrial, da Universidade do Porto, com 18,55 valores.

E, pela terceira vez e em quinto lugar, está o curso de Engenharia Aeroespacial, desta vez na Universidade de Aveiro, com 18,52 valores. Há outros nove cursos com última nota de entrada superior a 18 valores.

Há 53 cursos, com destaque para as universidades do interior, não tiveram qualquer candidato. Os resultados da primeira fase do concurso podem ser consultados da Direção-Geral do Ensino Superior ou através da aplicação ES Acesso, disponível nas plataformas iOS e Android.

domingo, 27 de agosto de 2023

CPLP renova mandato de Zacarias da Costa como secretário-executivo

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POR LUSA   27/08/23 

Os chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reconduziram hoje, para um segundo mandato como secretário-executivo, o timorense Zacarias da Costa, que se comprometeu a concretizar os objetivos da presidência são-tomense.

Reunidos na 14.ª cimeira da CPLP, que decorre hoje em São Tomé, os nove Estados-membros reconduziram "com satisfação, o secretário-executivo da CPLP, Dr. Zacarias Albano da Costa, indicado pela República Democrática de Timor-Leste, para o segundo mandato (2023-2024)", lê-se na declaração final.

Dirigindo-se aos líderes lusófonos, o secretário-executivo renovou o seu "compromisso de servir" a CPLP, bem como de "trabalhar no sentido de promover os objetivos e ações que contribuam para a realização do tema proposto por São Tomé e Príncipe", durante os próximos dois anos - "Juventude e Sustentabilidade".

Zacarias da Costa declarou ainda o seu "empenho pessoal" e a "total disponibilidade do secretariado-executivo para apoiar e concretizar os desígnios da presidência são-tomense" da organização lusófona.

O responsável transmitiu também um "sincero e profundo reconhecimento pela honra" de ser reeleito e agradeceu às autoridades timorenses "pelo voto renovado da confiança".

A CPLP, que integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, realiza hoje a 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo, em São Tomé e Príncipe, sob o lema "Juventude e Sustentabilidade".


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Tinubu dance? ...NO COMMENT

 Petermic1

MMV comedy

Guiné-Bissau assume próxima presidência rotativa da CPLP

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POR LUSA    27/08/23 

Vai suceder a São Tomé e Príncipe, onde decorre a 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP.

A Guiné-Bissau vai assumir a próxima presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entre 2025 e 2027, sucedendo a São Tomé e Príncipe, que assumiu hoje a liderança da organização.

O anúncio foi feito pelo Presidente da República de São Tomé, Carlos Vila Nova, na 14.º conferência de chefes de Estado e de Governo, que decorre hoje naquele país.


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Jose Carlos Macedo Monteiro, deputado da nação círculo 16_Gabú, está em conferência de imprensa



Por Radio Voz Do Povo 

O Presidente da Associação Nacional de Retalhistas, Aliu Saide está em confêrencia de imprensa.



 Radio Voz Do Povo 

DISCURDO PRESIDENTE DA REPÚBLICA GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ NA CIMEIRA DA CPLP - SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

Fonte:  Presidência da República da Guiné-Bissau

CIMEIRA DA CPLP - SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE 

Excelentíssimos Senhores Chefes de Estado e de Governo,

Senhores Primeiros-Ministros,

Distintos Ministros,

Minhas Senhoras e meus Senhores

Permitam-me, antes de mais, agradecer o Senhor Carlos Manuel Vila Nova, Presidente da República de São Tomé e Príncipe, pela receção calorosa que me foi reservada a mim e à minha delegação, e também pelas excelentes condições de trabalho que foram criadas para a realização e o sucesso desta Décima Quarta Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP.   Apresento-lhe ainda as minhas felicitações pela sua eleição como Presidente da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, formulando votos de muitos sucessos.

Felicito igualmente o senhor Presidente da República de Angola João Lourenço, Presidente cessante da Conferência dos Chefes de Estado da CPLP pelo excelente trabalho desenvolvido durante o mandato que acaba de terminar.

Senhor Presidente,

Há 27 anos, no mês de julho de 1996, nascia a CPLP com a aprovação da sua Declaração Constitutiva.

Desde então, a nossa Comunidade cresceu.

 Tornou-se internamente mais próxima dos cidadãos e mais presente na comunidade internacional. Os nossos Governos e parlamentos conceberam e aprovaram mais e mais instrumentos de uma cooperação multifacetada e estreita entre os nossos países.

A concertação política e diplomática entre os Estados-membros da CPLP tornou-se uma prática perfeitamente normalizada. Enfim, a promoção internacional da Língua Portuguesa - a veia histórica e cultural que nos liga -, é uma constante que se reforça.

Ainda a propósito dessa dimensão linguística internacional, importa salientar o seguinte: na organização sub-regional da África Ocidental, a CEDEAO, foi quebrada definitivamente aquela perceção de uma certa ‘anormalidade lusófona’ no âmbito da CEDEAO, uma situação que não podia continuar.

Como Chefe de Estado da Guiné-Bissau, assumi desde o início da minha magistratura, a determinação  de trazer algo de novo na maneira de assumir  a Presidência da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), função que exercemos no período de 2022 a 2023 e que culminou com a realização, em Bissau, da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO. Foi, pois, a primeira presidência lusófona da CEDEAO desde 1975, facto esse que representou, sem dúvida, uma projeção nova da diplomacia praticada em língua portuguesa.

Senhor Presidente,

Escolher a “Juventude e a sustentabilidade da CPLP” como tema central desta Cimeira, é de uma pertinência indiscutível.  De facto, não há nenhuma sustentabilidade que resista à prova do tempo – da CPLP como de qualquer outro empreendimento humano -, se não contar com o suporte e, mais ainda, com a apropriação por parte da própria juventude –, até porque é ela a única e verdadeira portadora do futuro.

Na Guiné-Bissau, 20% da população concentra-se na faixa dos 15 aos 24 anos. Dos 15 aos 30 anos, atinge quase 29%. Dos 15 aos 34 anos eleva-se a 34% da população guineense. Em África, uma dinâmica demográfica como a guineense está longe de representar uma exceção. Mas mesmo noutros países com um quadro demográfico diferente, nenhuma circunstância questiona a importância crucial da juventude na construção sustentada de um futuro melhor.    

Penso como teria sido interessante contar com um encontro da juventude da CPLP, como evento que tivesse precedido esta nossa Cimeira! Um evento que, hoje trouxesse, até nós, o olhar jovem, a visão ambiciosa e inovadora dos jovens empreendedores nos setores crucias para o nosso futuro: nas tecnologias indispensáveis para configurar nos nossos países uma verdadeira economia de desenvolvimento sustentável.

Particularmente para os países africanos, o problema de construção de um futuro de paz, prosperidade e vida digna para os seus povos tem sido posto em termos de investimento prioritário na juventude para capitalizar o dividendo demográfico que ela representa. De facto, é este o caminho a seguir.

Creio poder afirmar que ao anunciar uma orientação política para a juventude em prol da sustentabilidade, esta Cimeira marca a agenda da CPLP e indica o rumo para o futuro.  

Muito obrigado.

Níger. Centenas queimam bandeira francesa e exigem retirada de tropas

© Lusa

POR LUSA    27/08/23 

Centenas de manifestantes nigerinos queimaram hoje a bandeira de França num protesto perto da base militar francesa em Niamey, próximo do aeroporto da capital, para exigir a retirada daquelas tropas do país.

Os manifestantes, na sua maioria jovens, concentraram-se perto da base aérea 101, nas imediações do aeroporto de Diori Hamani, onde a força aérea francesa está instalada, desde 2013, para apoio ao dispositivo francês antiterrorista de Barkhane, em conformidade com acordos assinados com o antigo exército nigeriano, conforme a EFE constatou no local.

Os participantes no protesto exigiram a retirada "imediata" das tropas francesas do país e a expulsão do embaixador francês em Niamey, Sylvain Itté, poucas horas antes do final do período de dois dias concedido ao diplomata pela junta militar golpista no poder para deixar o território nigeriano.

Os manifestantes também entoaram palavras de ordem contra a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que impôs duras sanções económicas contra o Níger e ameaça com ação militar contra os líderes do golpe, caso se recusem a restaurar a ordem constitucional.

Um forte dispositivo de segurança foi implantado no local, há várias semanas, e as tropas nigerinas impediram vários manifestantes que tentavam escalar os muros para aceder ao complexo militar.

"A França é uma sanguessuga que suga o sangue dos nigerinos", lia-se nalgumas mensagens escritas pelos manifestantes que também hastearam as bandeiras da Rússia, do Burkina Faso e do Mali, países que rejeitam a intervenção militar no Níger.

Antiga potência colonial, a França tem importantes interesses económicos no país africano e destacou 1.500 soldados no âmbito da cooperação antiterrorista entre os dois países.


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O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas chegou ontem ao princípio da tarde à capital são-tomense para participar nos trabalhos da 14ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP.

 Presidência da República da Guiné-Bissau


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O Presidente da República de S. Tomé e Principe, Carlos Vila Nova, país anfitrião da 14ª Cimeira da CPLP, deslocou-se à residência do Presidente da República, General Úmaro Sissoco Embaló para uma visita de cortesia.

Marcelo defende que Guiné-Bissau deve assumir próxima presidência da CPLP

Por  SIC Notícias    27/08/23

O Presidente da República considerou que "é isso que está decidido e é isso que deve ser consagrado nesta cimeira", recusando uma alteração das regras da presidência da CPLP.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou no sábado que deve ser a Guiné-Bissau a assumir a próxima presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) por um mandato de dois anos.

"É muito simples. O que estava definido desde a cimeira de Luanda era que a Guiné-Bissau fosse o país escolhido e votado nesta cimeira", afirmou o chefe de Estado português à chegada a São Tomé e Príncipe, onde vai participar na cimeira da CPLP, este domingo.

Questionado pelos jornalistas sobre o apoio manifestado pelo primeiro-ministro, António Costa, à presidência da Guiné-Bissau da CPLP, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que "foi isso que foi objeto de consenso".

"Não vejo razão para deixar de ser, deve ser na Guiné-Bissau e por dois anos", defendeu.

O Presidente da República considerou que "é isso que está decidido e é isso que deve ser consagrado nesta cimeira", recusando uma alteração das regras da presidência da CPLP.

Marcelo Rebelo de Sousa viajou para São Tomé e Príncipe num avião da TAP e aterrou poucos minutos antes das 18:00 hora local (menos uma hora do que em Lisboa).

O chefe de Estado considerou que a realização desta cimeira em São Tomé e Príncipe constitui "uma grande vitória do povo e das autoridades" daquele país e disse esperar "uma grande reunião, cheia de sucesso".

"As conclusões são muito boas sobre o tema da juventude, o tema do desenvolvimento sustentável, sobre a importância que tem o clima, a redução da pobreza e das desigualdades, o aumento do emprego, a mobilidade, a transição na energia, a aproximação entre povos da CPLP, dentro da comunidade, e da comunidade em relação ao exterior", elencou, apontando que esta organização está "presente em todos os continentes".

Marcelo Rebelo de Sousa destacou também que existem "quatro chefes de Estado que foram entretanto eleitos entre a cimeira de Luanda e esta cimeira", nomeadamente do Brasil (Lula da Silva), Cabo Verde (José Maria Neves), São Tomé (Carlos Vila Nova) e Timor-Leste (José Ramos-Horta).

O Presidente da República realçou ainda o caso do Brasil que, "regressa em cheio a uma presença nas cimeiras da CPLP", depois de terem existido reuniões "em que a representação não esteve ao mais alto nível".

Sobre a juventude, o Presidente português apontou que em Portugal a sociedade está "muito envelhecida", ao contrário do que acontece noutros dos países da organização, mas apontou que muitos dos problemas com que todos estes jovens se veem confrontados "são os mesmos", sendo necessário encontrar em conjunto, nesta cimeira, uma "forma de corresponder aos seus anseios".

O primeiro-ministro, António Costa, expressou o apoio de Lisboa à presidência da Guiné-Bissau da CPLP, admitida pelo homólogo guineense, Geraldo Martins.

O chefe de Governo português, que chegou a São Tomé poucos minutos depois do Presidente da República, viajou no Falcon e fez uma escala técnica naquele país para cumprimentar o novo primeiro-ministro guineense.

Opinião: AUTÓPSIA, UMA NECESSIDADE URGENTÍSSIMA NA GUINÉ-BISSAU

  O DEMOCRATA  27/08/2023 

Nos últimos três anos, têm-se registado mortes repentinas de pessoas na Guiné-Bissau, sobretudo de jovens lúcidos e competentes, com visão técnico-científica, aptos para contribuírem para a elaboração de políticas públicas capazes de desenvolver o país. 

A essas “N” mortes não se fizeram autópsias nenhumas para se saber as causas das mortes. Não é admissível que a Juventude, a força motriz do nosso país, esteja a morrer “misteriosamente”, sem que as autoridades nacionais tomem a iniciativa de saber a verdade sobre as causas das mortes. 

Os nossos políticos dizem que não há, no concerto das Nações, um Estado pequeno. Aceito estas teorias baratas que só cabem na cabeça desses políticos. Um Estado que não é pequeno é aquele que consegue resolver o básico: garantir a saúde e a educação de qualidade para os seus cidadãos, igualdade social, criação de condições para investimento nacional e estrangeiro com vista a criação de emprego para o povo, sobretudo para a camada juvenil, etc. 

A pergunta que eu faço é a seguinte: será que o nosso Estado consegue garantir o mínimo à população?! Responde quem lê.

Nos países “grandes”, aqui prefiro referenciar apenas o país que cantamos todos os dias que nos deve a independência, Cabo Verde, nenhuma morte violenta, nomeadamente por acidente de trânsito ou de trabalho, homicídio ou suicídio, morte suspeita ou misteriosa, etc., que dê entrada no hospital sai sem a realização do exame necroscópico. O nosso vizinho, o Senegal, faz o exame necroscópico até nas regiões longínquas da capital Dakar, Ziguinchor por exemplo. 

Como é possível, passados quase meia centena de anos da independência, que a Guiné-Bissau não consiga até hoje equipar o único hospital de referência, Simão Mendes, com materiais sofisticados e a altura de diagnosticar uma doença e/ou morte súbita?

Falta-nos o sentido patriótico e de bem servir. Se não fosse isso, os nossos políticos que alguma vez dirigiram este país, não esbanjariam recursos em todas as campanhas eleitorais, compra de casas na Europa, construção de mansões em diferentes bairros da capital Bissau, cada vez que assumem funções no aparelho do Estado, sem que, pelo menos, tivessem piedade do povo, oferecendo-se para comprar materiais para equipar os nossos hospitais.

Governo e Parlamento, calhou-vos a sorte de fazer diferente. Não vejo o Presidente da República a opor-se a esse desígnio nacional. É preciso que nesta décima primeira legislatura, os deputados façam a lei sobre o exame necroscópico (a autópsia),  e, se for necessária a sua promulgação,  que o chefe de Estado vote SIM. Outrossim, é preciso que o atual governo atribua bolsas de estudo para a especialização dos nossos médicos, com vista a criação não só de um Instituto da Medicina legal, mas também de um Serviço de Verificação de Óbitos que se encarregará de executar os exames em corpos de pessoas que morram sem assistência médica nos nossos hospitais. 

Por: Tiago Seide 

Professor e Jornalista