segunda-feira, 3 de julho de 2023

Centro internacional de apoio a processos contra russos inicia funções

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POR LUSA   03/07/23 

Um centro internacional destinado ao apoio a processos jurídicos contra altos dirigentes da Rússia pelos alegados crimes de agressão resultantes da invasão da Ucrânia foi inaugurado hoje na sede do Eurojust, em Haia.

O Centro Internacional para a Acusação do Crime de Agressão contra a Ucrânia é o mais recente passo nos esforços concertados a nível mundial para responsabilizar criminalmente os dirigentes russos pela guerra contra a Ucrânia.

O centro está instalado na sede da agência de cooperação judiciária da União Europeia, Eurojust, em Haia, Holanda.

O Procurador-Geral ucraniano, Andriy Kostin, afirmou hoje que o novo organismo é "um sinal claro de que o mundo está unido e inabalável para responsabilizar o regime russo por todos os crimes" cometidos.

Mesmo assim, acrescentou que "infelizmente, existe uma 'falha' na responsabilização pelo crime de agressão na arquitetura da justiça penal internacional".

A Comissão Executiva da União Europeia financia a iniciativa tendo concordado hoje em conceder um apoio financeiro inicial de 8,3 milhões de euros.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) está a investigar crimes na Ucrânia tendo emitido um mandado de captura contra o Presidente russo, Vladimir Putin, acusando-o de responsabilidade pessoal pelos raptos de crianças na Ucrânia.


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NIGÉRIA: Presidência nigeriana rejeita com "veemência" conclusões eleitorais da UE

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POR LUSA   03/07/23 

A Presidência da Nigéria rejeitou com "veemência" as "conclusões" do relatório dos observadores eleitorais da União Europeia (UE) sobre as eleições gerais de 25 de fevereiro, que destacou a necessidade de reformas para "melhorar a transparência".

"Consideramos absurdo e inconcebível que qualquer organização estrangeira, de qualquer cor, possa continuar a insistir no seu próprio julgamento e avaliação como a única forma de determinar a credibilidade e a transparência das nossas eleições", afirmou o porta-voz da Presidência nigeriana, Dele Alake, num comunicado divulgado este domingo à noite.

"Rejeitamos veementemente, na sua totalidade, qualquer noção e ideia de qualquer organização, grupo ou indivíduo que sugira remotamente que as eleições de 2023 foram fraudulentas", acrescentou.

Para a Presidência nigeriana, "a cobertura das eleições pela missão da UE" foi "muito limitada", com menos de cinquenta observadores e a análise de cerca de mil mesas de voto num país onde existiam mais de 176 mil mesas de voto.

Alake afirmou que as conclusões da UE se baseiam "indubitavelmente" em "rumores, boatos, cocktails de preconceitos e comentários mal informados nas redes sociais, e líderes da oposição".

A Presidência nigeriana reagiu desta forma à conferência de imprensa da missão de observação eleitoral da UE, realizada em 27 de junho em Abuja, que indicou que as eleições "expuseram fraquezas sistémicas" e indicaram "a necessidade de novas reformas jurídicas e operacionais para melhorar a transparência, a inclusão e a responsabilização".

De acordo com o chefe da missão, o eurodeputado irlandês Barry Andrews, estas deficiências "impediram a realização de eleições inclusivas" e "prejudicaram a confiança" na comissão eleitoral.

As eleições controversas de 25 de fevereiro resultaram na vitória de Bola Tinubu, de 71 anos, do partido no poder, Congresso de Todos os Progressistas (APC, na sigla em inglês), com 36% dos votos, e foram alvo de acusações de fraude por parte dos seus principais opositores.

Os resultados foram contestados em tribunal pelos principais rivais de Tinubu na corrida presidencial, o veterano líder da oposição Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP), que obteve 29% dos votos, e Peter Obi, líder do Partido Trabalhista (LP), que ficou em terceiro lugar com 25% dos votos.

Ambos os opositores pediram a anulação dos resultados com o argumento da transmissão eletrónica das assembleias de voto não ter podido ser realizada na totalidade, o que a Comissão Eleitoral atribuiu a "falhas técnicas".


Kyiv afirma reconquista de territórios no sul e leste. "37km quadrados"

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POR LUSA    03/07/23 

O Exército ucraniano reconquistou às forças russas um total 37 quilómetros quadrados no leste e no sul da Ucrânia durante a contra ofensiva em curso nessas regiões, disse hoje a vice-ministra da Defesa de Kyiv, Ganna Malear.

No sul, "o território libertado aumentou para 28,4 quilómetros quadrados", elevando para 158 quilómetros quadrados a superfície total reconquistada nesta zona do país desde o início da contra ofensiva no início de junho, disse Ganna Maliar.

No leste, os ganhos de Kyiv ascenderam a nove quilómetros quadrados.

Por outro lado, o exército da Ucrânia reclama o derrube de 13 aparelhos aéreos não tripulados ('drones') russos nas últimas horas sem referir a eventual existência de vítimas ou danos materiais.

Segundo o Estado Maior do Exército ucraniano, "durante a madrugada (...) as forças de ocupação russas levaram a cabo outro ataque com drones 'Shaed' (de fabrico iraniano)" indicando que foram projetados 17 aparelhos pelas forças da Rússia.

Os alvos dos 'drones' não foram especificados.  


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China. 11 províncias em alerta e 10 mil retirados de casa devido à chuva

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POR LUSA    03/07/23 

Os serviços de meteorologia chineses alertaram hoje que 11 províncias, ou cerca de metade da área terrestre do país, devem ser afetadas por chuva forte nos próximos dias.

As autoridades da província de Hunan, no centro da China, indicaram, no domingo, que mais de 10 mil pessoas tiveram de abandonar as suas casas e foram transferidas com urgência para um local seguro devido a inundações.

Em Hunan, cerca de 70 casas desabaram, 2.283 ficaram danificadas e campos agrícolas ficaram inundados. As perdas foram até agora estimadas em 575 milhões de yuan (72,8 milhões de euros), indicou o Departamento de Gestão de Emergências da região de Xiang'xi.

Na região de Zhenba, na província de Shaanxi (norte), as autoridades relataram que as piores inundações em 50 anos devastaram estradas e danificaram casas. Nenhuma morte foi registada até ao momento.

A Agência Meteorológica chinesa disse acreditar que a falta de chuva pode estar a contribuir para o calor extremo, uma vez que Pequim, cidade já habitualmente seca, está a registar menos precipitação do que o normal este ano.

As inundações na China seguem-se a uma invulgar vaga de calor, durante a qual Pequim registou dez dias em que a temperatura ultrapassou 35 graus Celsius, indicou o Centro do Clima chinês, sob a tutela da agência meteorológica chinesa.

A última vez que Pequim sentiu uma vaga de calor semelhante foi em 1961, décadas antes de a maioria dos residentes da capital chinesa ter acesso a ar condicionado ou mesmo a ventoinhas.

Embora as temperaturas na capital tenham acalmado para os 33 graus Celsius hoje ao meio-dia (05:00 em Lisboa), os meteorologistas avisaram que devem subir novamente esta semana para até 39,6 graus Celsius em Pequim e em outras partes da China.

Em 2021, mais de 300 pessoas morreram na província central de Henan, com chuvas torrenciais a inundar a capital provincial de Zhengzhou em 20 de julho, transformando ruas em rios e cobrindo parte de uma linha de metropolitano.

As piores inundações da história recente da China ocorreram em 1998, quando 4.150 pessoas morreram, a maioria delas ao longo do Yangtze, o terceiro maior rio do mundo.


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Arábia Saudita convoca embaixadora sueca devido à queima do Corão

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POR LUSA   03/07/23 

A Arábia Saudita convocou hoje a embaixadora da Suécia no país para protestar contra a queima "por parte de extremistas" de um exemplar do Corão durante uma manifestação autorizada em Estocolmo.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros convoca a embaixadora da Suécia no Reino e informa-a da categórica rejeição do Reino sobre a queima por parte de extremistas de uma cópia do Sagrado Corão em frente à mesquita central de Estocolmo na Suécia após o Eid al-Adha [a 'Festa do Sacrifício', que sucede o período da peregrinação a Meca]", indicou a diplomacia saudita, num comunicado publicado na rede social Twitter.

Apesar de a queima do Corão ter sido condenada pela diplomacia sueca, o Governo de Estocolmo recordou que o protesto foi autorizado em cumprimento do direito à liberdade de expressão, como ocorreu em ocasiões anteriores.

O mundo muçulmano protestou com veemência por este incidente, agravado pelo facto de coincidir com a grande festa muçulmana do Eid al-Adha.

No passado dia 28 de junho, um homem de origem iraquiana queimou um exemplar do Corão no exterior da mesquita central em Estocolmo, no primeiro ato deste tipo autorizado pela polícia sueca após os tribunais terem anulado uma proibição anterior. O protesto contou com a participação de cerca de duas centenas de pessoas e uma forte presença policial.

A queima do livro sagrado muçulmano na capital sueca originou fortes consequências para o país no campo diplomático.

Milhares de manifestantes tentaram assaltar a sede da missão sueca no Iraque, e no domingo o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano decidiu adiar a chegada do seu novo embaixador ao país escandinavo. Em simultâneo, vários países iniciaram uma campanha de boicote a empresas suecas.

No domingo, a Organização da Cooperação Islâmica (OCI), a estrutura de países muçulmanos mais numerosa à escala global, apelou aos 57 países que a integram para responderem de forma "unida e coletiva".

Na passada quinta-feira, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi dos primeiros dirigentes a condenar o protesto do dia anterior na Suécia com a queima de um exemplar do Corão, assinalando que coloca outro obstáculo à adesão do país nórdico à NATO.

A diplomacia sueca pronunciou-se no domingo sobre o incidente e condenou a queima do Corão, classificando a situação como um "ato de islamofobia".

Em comunicado, o Governo sublinhou que os "atos islamofóbicos cometidos durante os protestos na Suécia podem ser ofensivos para os muçulmanos".

Assim, "condenou fortemente" o ocorrido, ressalvando que os incidentes em causa não refletem as opiniões do executivo, apesar de insistir que o protesto foi autorizado em cumprimento do direito à liberdade de expressão.


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Líder da oposição do Senegal pede para saírem "em massa" à rua

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POR LUSA   03/07/23 

O líder da oposição apelou aos senegaleses para "saírem em massa" à rua nos próximos dias, antes de um discurso do Presidente, Macky Sall, no qual poderá anunciar a candidatura a um terceiro mandato, proibido constitucionalmente.

"Devemos sair para enfrentar o regime de Macky Sall e dizer que não cabe ao Presidente escolher os candidatos que deverão concorrer às próximas eleições presidenciais", declarou Ousmane Sonko, no domingo à noite, numa intervenção nas redes sociais.

© Déclaration du Président Ousmane SONKO

A condenação de Sonko a dois anos de prisão por "corrupção da juventude" desencadeou, no início de junho, os mais graves protestos em anos no Senegal. A repressão das manifestações causou pelo menos 16 mortos no país.

O líder da oposição, que está retido em casa, em Dakar, desde 28 de maio, cercado por agentes das forças de segurança, disse que a condenação, que o torna inelegível, foi uma tentativa de o afastar da corrida presidencial.

Sonko apelou, na eventualidade de ser formalmente detido, "a todo o povo senegalês para que se levante como um só e saia maciçamente e de uma vez por todas para pôr fim a este regime criminoso".

Macky Sall foi eleito em 2012 e reeleito em 2019, já depois de ter aprovado uma revisão da Constituição, em 2016, que limita a dois consecutivos o número de mandatos do chefe de Estado.

No fim de semana, Sall afirmou que vai falar à nação "muito em breve" para esclarecer se vai candidatar-se a um terceiro mandato, mas indicou que essa decisão, a acontecer, estaria dentro da lei.

Os apoiantes do atual Presidente senegalês defendem que o limite de dois mandatos consecutivos apenas se aplica às eleições realizadas já depois da revisão constitucional, pelo que Sall poderá apresentar-se como candidato em 2024.


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Guine-Bissau acolhe em Bissau a Tregessima terceira Reunião do Comitê de Administração e Finanças da CEDEAO que decorre de 4 a 6 de junho.

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domingo, 2 de julho de 2023

Rússia ataca Kyiv e arredores, enquanto Zelensky visita Odessa

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POR LUSA   02/07/23 

A Rússia efetuou na madrugada de hoje um ataque de drones à cidade de Kyiv, o primeiro deste tipo após 12 dias, enquanto o presidente Zelensky visitava a cidade de Odessa, no sul do país, informaram as autoridades.

Segundo o chefe da administração da cidade de Kyiv, Serhii Popko, todos os drones lançados pelos militares russos contra a capital e arredores "foram detetados e abatidos" e eram armas de fabrico iraniano (Shahed).

O governador regional de Kyiv, Ruslan Kravchenko, informou que uma pessoa foi ferida por destroços de um drone destruído, não tendo revelado o número exato de drones com explosivos enviados para a área da capital ucraniana.

Contudo, a força aérea da Ucrânia informou que em todo o país foram detetados oito Shaheds e três mísseis de cruzeiro Kalibr lançados pelos russos, enquanto na zona sul um rapaz de 13 anos foi ferido em um bombardeio durante a noite na província parcialmente ocupada de Kherson, no sul da Ucrânia.

De acordo com o porta-voz da administração ucraniana daquela província, Oleksandr Tolokonnikov, a criança foi ferida quando o exército russo bombardeou a vila de Mylove, na margem do rio Dnieper, no distrito de Beryslav.

O bombardeamento à província de Kherson continuou durante a manhã de hoje, ferindo quatro pessoas na capital regional, também chamada de Kherson, tendo as autoridades locais revelado que o alvo das forças russas foi um bairro residencial e que o ataque feriu outras quatro pessoas.

Entretanto, o Presidente Volodymir Zelensky deslocou-se hoje à cidade de Odessa, no sul do país, para se reunir com o comandante da Marinha para recolher informações sobre a situação no Mar Negro, segundo uma publicação no Telegram, acompanhada de um vídeo.

Segundo a publicação, no encontro foram abordados "temas muito importantes", entre eles a situação operacional no Mar Negro, as capacidades defensivas da Marinha ucraniana e a estratégia de desenvolvimento daquele ramos das Forças Armadas durante a guerra e no período pós-guerra.

"Debatemos os resultados provisórios e as perspetivas para o desenvolvimento do programa de drones navais e o programa de mísseis", adiantou Zelensky.

Numa mensagem anterior, o Presidente já tinha felicitado os militares daquele ramo, que celebram hoje o Dia da Marinha, afirmando estar orgulhoso do trabalho por eles desenvolvido.

"Estamos orgulhosos de vós, Estamos mais fortes, estamos a ganhar", escreveu.


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Desabamento de edifício ilegal na Costa do Marfim provoca oito mortos

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POR LUSA    02/07/23 

Pelo menos oito pessoas morreram e nove ficaram feridas na sequência do desabamento, na sexta-feira, de um prédio de seis andares cuja construção estava desautorizada na capital da Costa do Marfim, indicou hoje o portal de notícias marfinense Abidjan.net.

Segundo o portal, que cita fontes do Ministério da Construção, Habitação e Planeamento Urbano marfinense, o incidente ocorreu no bairro de Cocody, no leste de Abidjan.

"As primeiras conclusões revelam o desmoronamento de um edifício de seis andares cuja construção não estava autorizada", declarou o ministério em comunicado.

O ministério explicou que a construção foi sujeita a numerosos controlos desde 2021, que obrigou a múltiplas medidas cautelares notificadas ao organismo contratante e à paragem dos trabalhos.

"No entanto, em 24 de maio de 2023, as nossas equipas [de fiscalização] puderam constatar novamente o reinício ilegal e não autorizado dos trabalhos de construção do edifício, desta vez atingindo o sexto andar", indica o ministério.

Segundo a mesma fonte, nessa altura foi enviada uma notificação para a paragem dos trabalhos, que não obteve resposta.

O edifício acabaria por desabar na passada sexta-feira, prosseguiu o ministério, que disse ter apelado aos proprietários para que "deem provas de maior civismo e responsabilidade", cumprindo as exigências dos regulamentos de construção.


Educação - Presidente da República defende mudança de rumo no sector

Bissau 02 jul 23 (ANG) - O Presidente da República defendeu uma mudança de rumo no sector de  educação de forma a  fazer com que a juventude actual e as gerações vindouras sejam mais preparadas para os grandes desafios do desenvolvimento do país.

Umaro Sissoco Embalo fez esta afirmação no final da visita que efetuou na sexta-feira, as obras de transformação das antigas instalações da “Cimeira dos Cinco”, em Bissau, numa Escola Francesa Internacional, com capacidade para albergar cerca de 300 alunos de jardim ao 12 ano de escolaridade.

A referida Escola conta com 15 salas de aulas, dois laboratórios, uma biblioteca, cantina escolar e serviços administrativos para o ensino básico e liceal e dois campos de prática desportiva.

Nesse Liceu para além da língua francesa, as línguas portuguesa e inglesa serão também lecionadas.

Depois de percorrer vários espaços da Escola, Úmaro Sissoco Embaló na companhia do Embaixador de França no país, aproveitou para falar sobre o desafio de mudar o rumo da educação no país.

Segundo o Chefe de Estado, a educação é prioridade e a missão de todos é fazer com que os filhos e netos da pátria de Amílcar Cabral, sejam mais preparados que as atuais gerações.

“Um povo sem escola é como se estivesse dentro de um envelope, porque os insultos que se fazem nas redes sociais contra alguns políticos têm a ver com falta de preparação académica”, afirmou.

Por isso, disse que é preciso mudar a situação do sector do ensino, através de algumas reformas nos Centros de Formação dos Professores para adotá-los de capacidade de transmitir os seus respetivos conhecimentos adquiridos durante formação.

O Presidente da República sustentou que a transformação das antigas instalações da “Cimeira dos Cinco, numa Escola Francesa Internacional é para permitir não só abertura de novas Embaixadas aqui no país, mas também crias as condições indispensáveis para que os embaixadores residirem no país com as suas famílias.

Porque neste momento de acordo com Umaro Sissoco Embalo há vários países que já  manifestaram interesse em abrir as suas representações diplomáticas no país, tais como Egipto, Argélia, Qatar, Emiratos Árabes unidos, Arábia Saudita entre outros, mas que sempre alegam que não existem condições para trazerem as famílias por falta de meios para que os seus filhos estudem aqui.

Na ocasião, revelou que todas as salas de aulas do liceu Agostinho Neto e de Salvador Allende serão remodelados, com apoio financeiro da Agência Francesa do Desenvolvimento num valor de 30 milhões de euros.

O Embaixador da França na Guiné Bissau, Terence Willis revelou que a Escola vai funcionar na base do currículo escolar francesa, ao seja de jardim ao 12 ano.

Isso conforme o Diplomata, isso vai permitir os alunos que concluíram o 12 ano entrar para curso superior em qualquer universidade no mundo.

“Vamos introduzir uma parte da história da Guiné Bissau no currículo escolar para os alunos que frequentam conhecer um pouco o passado do país”, revelou Terence Willis.

Disse ainda que vão apoiar na requalificação dos liceus Agostinho Neto e Salvador Allende e dos campos desportivos ao redor, não porque são vizinhos, mas para   melhorar imagem daquele Bairro.

O Engenheiro da obra, que está a ser executada pela empresa Ercano, Fernando Medina Lobato, disse que os trabalhos de reconstrução vão terminar neste mês de julho e o da instalação de todos os equipamentos necessários para funcionamento das aulas é no mês de agosto para que as aulas possam iniciar em setembro como disse o Embaixador Terence Willis

Agradeceu ao Presidente da República por ter autorizado a transformação dessa instalação numa escola, frisando que perderam 15 dias  de trabalho para remover o lixo na referidas instalação.

ANG/LPG/ÂC

Governo de Israel aprova compra de mais 25 aviões F-35 aos Estados Unidos

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POR LUSA   02/07/23 

O Ministério da Defesa de Israel anunciou hoje a aprovação para compra de um terceiro esquadrão de 25 aviões de combate F-35 aos Estados Unidos da América, elevando para 75 o número destes aviões na frota israelita.

O responsável pela pasta, Yoav Gallant, aprovou o negócio, no valor de cerca de 3.000 milhões de dólares (2,75 mil milhões de euros), por recomendação do chefe do Estado-Maior do Exército, o general Herzi Halevi, de acordo com um comunicado divulgado pelo Times of Israel e citado pela Europa Press.

O acordo envolve Israel e a construtora Lockheed Martin e torna o Estado no segundo país do mundo a receber autorização para efetuar as suas próprias modificações aos aviões, depois dos EUA.

Israel já tinha acordado com a empresa a compra de 50 F-35 que serão entregues em grupos de dois e três aviões em prazos que vencem no próximo ano.

O Governo israelita financiará parte do negócio através da ajuda económica militar que recebe dos EUA, segundo a agência de notícias.


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ÁFRICA DO SUL: Rei Zulu da África do Sul hospitalizado (com suspeita de envenenamento)

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POR LUSA    02/07/23 

O rei Zulu, o mais poderoso governante consuetudinário da África do Sul, cuja coroação em 2022 desencadeou uma guerra de clãs no seio da família real, foi hospitalizado na vizinha Essuatíni, com o palácio a referir um possível envenenamento. 

Num comunicado divulgado no sábado à noite, o Palácio Real refere que Misuzulu Zulu, 48 anos, também conhecido como Misuzulu kaZwelithini, "foi hospitalizado em Essuatíni depois de ter adoecido" na manhã do mesmo dia.

Mangosuthu Buthelezi, primeiro-ministro zulu e membro influente da família real, afirmou no comunicado que a hospitalização do rei Zulu se seguiu à morte súbita do seu principal conselheiro, pelo que manifestou "grande preocupação". 

"[O conselheiro do rei] morreu subitamente e suspeita-se que tenha sido envenenado. Quando Sua Majestade começou a sentir-se mal, suspeitou-se que também tinha sido envenenado", explicou Buthelezi.

O rei preferiu procurar tratamento em Essuatíni, antiga Suazilândia e a última monarquia absoluta de África, do que na África do Sul, onde os seus pais "foram tratados e morreram".

"Sua Majestade foi colocada sob cuidados médicos e está de boa saúde", disse o palácio, acrescentando que deixaria às autoridades a tarefa de investigar um eventual caso de envenenamento.

Segundo várias fontes policiais de Essuatíni, o soberano está a ser tratado no hospital privado de Ezulwini, a poucos quilómetros da residência real de Ludzidzini - a Aldeia Real de Ludzidzini é o lar da Casa de Dlamini, a família real de Essuatíni, atualmente liderada por Ngwenyama Mswati III e Ndlovukati Ntfombi. 

"Foram criados bloqueios de estrada e agentes armados no hospital", disse uma das fontes à agência noticiosa France-Presse (AFP). 

Na África do Sul, os soberanos e os chefes tradicionais são reconhecidos pela Constituição. Apesar de reis sem poderes executivos, exercem uma profunda autoridade moral e são venerados pelo seu povo.

Misuzulu Zulu foi coroado no ano passado na província de KwaZulu-Natal, no sudeste do país, numa cerimónia a que assistiram muitos dos cerca de 11 milhões de zulus, quase um em cada cinco sul-africanos.

Filho do falecido rei Goodwill Zwelithini e um dos favoritos, a coroação desencadeou uma guerra palaciana liderada em especial pela primeira mulher do antigo rei, que teve seis esposas e pelo menos 28 filhos. 

Em setembro de 2022, um conselheiro de Misuzulu Zulu foi misteriosamente morto a tiro à margem de uma cerimónia tradicional.


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Acidente no cruzamento de Bairro de Ajuda... Condutor de mercedes benz desrespeitou o Semáforo.

© Cabral Santiago

Parque aquático e 20 decks: Conheça o maior navio de cruzeiro do mundo

O navio Icon of the Seas, da Royal Caribbean International, fez seu primeiro passeio em águas abertas, na última quinta-feira. O maior cruzeiro do mundo, com um total de 20 decks, oito bairros e 365 metros de comprimento, fará sua primeira viagem em janeiro de 2024.

PR recebe em audiência o Sr. Don Simeón OYONO ESONO ANGUE- Ministro de Assuntos Exteriores, cooperação Internacional- (enviado especial da Guiné Equatorial).



© Presidência da República da Guiné-Bissau   01/07/23

Alto cargo da Defesa de Kyiv afastado. Tinha sido comentador na TV russa

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POR LUSA   02/07/23 

O Ministério da Defesa ucraniano anunciou no sábado a destituição do diretor do Departamento de Provisões, Ruslan Rigavanov, três dias após a tomada de posse e depois de ter-se descoberto que participou em programas de televisão russos como comentador.

"A demissão foi imediata, depois de terem vindo a lume informações controversas sobre esta pessoa. Está em curso um inquérito interno sobre os factos publicados. Anunciaremos os resultados em breve", afirmou o Ministério da Defesa, num comunicado divulgado pela agência noticiosa ucraniana UNIAN.

A declaração oficial não mencionou o motivo específico do despedimento, mas foi divulgado nas redes sociais que Rigovanov tinha participado como comentador em programas políticos "anti-ucranianos" na televisão russa.

"Rigovanov participou regularmente como perito político num programa televisivo de propagandistas do Kremlin e tem agora acesso a uma grande quantidade de documentação", afirmou o ativista ucraniano Oleg Simoroz.

No final de junho, outro escândalo abalou a estrutura de decisão ucraniana, após a descoberta que o chefe do Centro Regional Territorial de Recrutamento e Apoio Social de Odessa, Yevgeni Borisov, possuía uma mansão em Marbella, Espanha, paga com subornos. Borisov foi também afastado de funções.

Anteriormente, o diretor do Centro Territorial Regional de Recrutamento e Apoio Social de Ivano-Frankivsk também já tinha sido destituído, após ter sido acusado de enviar militares para tratamento hospitalar sem um diagnóstico.


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sábado, 1 de julho de 2023

Roménia expulsa 40 diplomatas russos

Bucareste, Roménia CANVA

Por   SIC Notícias

Onze diplomatas e 29 funcionários técnicos e administrativos, acompanhados das suas famílias, "deixarão a Roménia a bordo de um avião civil pertencente a uma companhia aérea russa", informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno.

Quarenta diplomatas e funcionários da embaixada russa em Bucareste vão deixar este sábado a Roménia, a pedido do Governo, num contexto de deterioração das relações entre os dois países desde o início do conflito na Ucrânia.

Onze diplomatas e 29 funcionários técnicos e administrativos, acompanhados das suas famílias, "deixarão a Roménia a bordo de um avião civil pertencente a uma companhia aérea russa", informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno, em comunicado.

Os meios de comunicação social mostraram um avião Ilyushin Il-96 a aterrar na pista do aeroporto de Bucareste, de onde deverá descolar no final da tarde, segundo fontes do aeroporto citadas pela imprensa local.

O ministério explicou na nota informativa que esta decisão "reflete o atual nível das relações bilaterais, drasticamente reduzidas pela Roménia depois da eclosão por Moscovo da guerra de agressão contra a Ucrânia".

O Governo romeno emitiu o pedido de saída dos funcionários diplomáticos a 08 junho, dando à Rússia 30 dias para cumprir.

Após a invasão da Ucrânia, a Roménia, membro da NATO, expulsou muitos diplomatas russos suspeitos de espionagem, o mesmo acontecendo com outros países europeus.

No total, o pessoal da embaixada russa em Bucareste foi reduzido em mais da metade, segundo o Governo.

PRESIDENTE EM LAGOS PARA SE REUNIR COM O SEU HOMÓLOGO BOLA TINUBU

O Presidente da República e Presidente da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló, viajou hoje para Lagos, Nigeria, para se reunir com o seu homólogo, Bola Ahmed Tinubu.🇬🇼🇳🇬

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Confrontos em Paris: "Alguns destes manifestantes ferem a polícia com tiros"

 José Filipe Pinto, especialista em relações internacionais, analisa os conflitos gerados em França após a morte de um jovem de 19 anos pela polícia. O professor catedrático reitera que o problema está nas falhas na política de integração francesa.




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Campo militar para albergar grupo Wagner em construção na Bielorrússia

© Press service of "Concord"/Handout via REUTERS

POR LUSA     01/07/23 

Imagens de satélite analisadas hoje pela Associated Press (AP) revelam a construção recente de um campo militar na Bielorrússia e admite-se que possa vir a albergar mercenários do grupo Wagner, adiantou a agência de notícias.

As imagens sugerem que dezenas de tendas foram erguidas ao longo das duas últimas semanas numa antiga base militar nos arredores de Osipovichi, uma cidade a 230 quilómetros a norte da fronteira com a Ucrânia.

Uma fotografia de satélite datada de 15 de junho passado não mostrava qualquer sinal das linhas de estruturas verdes e brancas claramente visíveis em imagens posteriores, de 30 de junho.

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e os seus mercenários evitaram ser processados, negociando uma saída para a Bielorrússia na semana passada, depois de o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, ter mediado uma solução para pôr fim à insurreição liderada por Prigozhin, que liderou uma rebelião e conduziu uma coluna militar quase até Moscovo.

Lukashenko disse que o seu país, aliado de Moscovo e muito dependente do regime russo, poderia usar a experiência e conhecimento do grupo Wagner e anunciou a oferta aos mercenários de uma "unidade militar abandonada" para montar um campo.

Aliaksandr Azarau, líder do grupo de guerrilha BYPOL, anti-Lukashenko e composto por antigos militares, disse à AP na quinta-feira, por telefone, que a construção do campo estava a decorrer, próximo de Osipovichi.

Mais de oito mil mercenários do grupo Wagner podem ser colocados na Bielorrússia, disse um porta-voz das força fronteiriça ucraniana ao jornal Ukrainska Pravda. Andriy Demchenko disse que a Ucrânia iria, em resposta, reforçar a fronteira de 1.084 quilómetros com a Bielorrússia.

Já antes Lukashenko tinha autorizado o Kremlin a usar território bielorrusso para enviar tropas e armas para a Ucrânia. Também acolheu uma presença militar contínua da Rússia, com campos militares e exercícios conjuntos, aceitando também receber armas nucleares táticas russas.

Segundo afirmou Demchenko, cerca de 2.000 militares russos continuam estacionados na Bielorrússia.

Na sexta-feira, Lukashenko afirmou que as forças armadas da Bielorrússia beneficiaram de treino dado pelo grupo Wagner e garantiu que os mercenários não representam uma ameaça aos cidadãos.

Também disse "estar certo" que a Bielorrússia não teria de usar as armas nucleares táticas enviadas para o território, e que não teria de se envolver diretamente na guerra contra a Ucrânia.

"Quanto mais vivemos, mais nos convencemos que [as armas nucleares] devem estar connosco, na Bielorrússia, num lugar seguro. E estou certo que nunca teremos de as usar enquanto as tivermos e que o inimigo nunca pisará o nosso solo", disse Lukashenko.

O Grupo Wagner, liderado por Prigozhin, iniciou há uma semana uma rebelião com a captura sem resistência da cidade russa de Rostov, sede do comando sul do Exército, com a intenção de se dirigir a Moscovo para afastar as lideranças militares em resposta a um alegado bombardeamento contra os soldados mercenários na Ucrânia.

Em pleno conflito com o Kremlin e a 200 quilómetros da província de Moscovo, uma coluna militar do Grupo Wagner deu meia-volta, na tarde de sábado passado, após mediação do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, num acordo para travar a revolta, amnistiar os mercenários e enviar Prigozhin e alguns dos seus homens para o exílio na Bielorrússia, e oferecendo a outros a possibilidade de serem integrados nas forças regulares da Rússia.

O grupo Wagner esteve na linha da frente desde o início da invasão, tendo assumido protagonismo na conquista de Bakhmut, na província de Donetsk (leste), na mais longa e sangrenta batalha da guerra da Ucrânia, à custa de elevadas baixas, entre acusações abertas de Prigozhin de falta de apoio militar por parte de Moscovo.


Europa lança hoje telescópio que vai estudar lado oculto do Universo

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POR LUSA   01/07/23 

A Europa lança-se hoje, a partir dos Estados Unidos, à "conquista" do lado oculto do Universo com o envio para o espaço do telescópio Euclid, numa missão com "cunho" português de cientistas, empresas e engenheiros.

A missão da Agência Espacial Europeia (ESA), com participação da congénere norte-americana NASA, tem lançamento marcado para as 16h11 (hora de Lisboa) da base da NASA de Cabo Canaveral.

O telescópio, que tem o nome do matemático Euclides e está equipado com dois instrumentos científicos, irá para o espaço acoplado a um foguetão Falcon 9, da empresa aeroespacial norte-americana SpaceX, do magnata Elon Musk.

Portugal, Estado-membro da ESA desde 2000, ocupa pela primeira vez um lugar de destaque numa missão espacial da ESA, ao fazer parte de um consórcio que foi criado para desenvolver, construir e explorar o telescópio.

De Portugal são oriundos cientistas, engenheiros e empresas que contribuem para a missão em diversos domínios, desde o controlo das operações de voo até ao fabrico de diversos componentes do telescópio espacial e ao planeamento das observações.

Tiago Loureiro, engenheiro aeroespacial que há 19 anos trabalha na ESA, vai codirigir as operações de voo a partir da Alemanha, onde funciona o Centro Europeu de Operações Espaciais da ESA.

Trata-se da primeira missão espacial concebida para tentar compreender o que está, efetivamente, a acelerar a expansão do Universo e que, segundo as teorias cosmológicas, se deve à energia escura, uma misteriosa força que se opõe à atração gravitacional.

Juntas, a energia escura e a matéria escura (matéria invisível, que não emite nem absorve luz) compõem 95% do Universo que continua por desvendar.

Para ajudar a "fazer luz" sobre o Universo oculto, o telescópio Euclid vai, durante os seis anos que duram a sua missão, fazer cerca de 50 mil observações de galáxias, um trabalho que teve no seu planeamento o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

O telescópio vai observar milhares de milhões de galáxias, sobre as quais a matéria e a energia escuras geram efeitos na sua estrutura, forma, distribuição, movimento e evolução, em mais de um terço do céu e "recuando" até 10 mil milhões de anos.

O Euclid será colocado a 1,5 milhões de quilómetros da Terra, num ponto estável, sem interferência da luz do planeta, da Lua e do Sol, onde chegará um mês depois do lançamento.

Espera-se a primeira divulgação de imagens em novembro e os primeiros dados científicos em dezembro de 2024.

Caso o lançamento de hoje falhe há uma segunda oportunidade no domingo.

O lançamento do telescópio Euclid chegou a estar previsto para 2020 e posteriormente para 2022, da base da ESA, na Guiana Francesa, num foguetão russo Soyuz.

Contudo, em 2022, a ESA cortou relações com a Rússia quando o país invadiu a Ucrânia, em fevereiro.


Guiné-Bissau numa incerteza se vai ou não participar no VII° Congresso Internacional da Educação Ambiental da CPLP, a ter lugar em Maputo, de 4 à 7 deste mês.

O ponto focal da Rede Luso Guiné-Bissau indignado com as autoridades nacionais.

 Radio TV Bantaba

PAUL RUSESABAGINA: Ruandeses são "prisioneiros no seu próprio país"

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 POR LUSA    01/07/23 

Paul Rusesabagina, um dos maiores críticos do Presidente do Ruanda, afirmou hoje num vídeo publicado no YouTube que os ruandeses são "prisioneiros no seu próprio país" e acusou o regime de Paul Kagamé de "autoritário".

Na primeira mensagem pública desde que foi libertado, em 25 de março, após mais de 900 dias numa prisão ruandesa, o herói do filme "Hotel Ruanda", conhecido internacionalmente por ter salvado centenas de pessoas durante o genocídio dos tutsis em 1994, agradeceu aos Estados Unidos por terem organizado a sua libertação surpresa do que descreveu como "inferno".

Rusesabagina explicou que a mensagem no YouTube coincide com a proclamação da independência do Ruanda, em 01 de julho de 1962.

"Infelizmente, hoje, 61 anos depois, os ruandeses ainda não são livres. Os ruandeses são prisioneiros no seu próprio país", afirmou o opositor ruandês a partir da sua residência em San Antonio, Texas (Estados Unidos).

"[O Governo ruandês] é autoritário, não concede direitos aos seus cidadãos e não tolera a dissidência", acrescentou, acusando o regime de Kagamé de, desde o lançamento do filme em 2014, o ter tentado silenciar "através da política, da vigilância e da violência".

"Eles raptam, prendem à força, torturam, matam e organizam julgamentos forjados para todos os que discordam deles. Tive a sorte de não ter sido morto como tantos outros. O meu julgamento fez manchetes em todo o mundo, mas não sou o único entre milhares de pessoas que passam por esta situação todos os anos", prosseguiu.

Rusesabagina, 69 anos, ficou conhecido pelo filme "Hotel Ruanda", que conta como este hutu moderado, que geria o Hotel das Mil Colinas, na capital do Ruanda, salvou cerca de 1.200 pessoas durante o genocídio dos tutsis em 1994. 

Rusesabagina, de nacionalidade belga e residente permanente nos Estados Unidos, foi libertado em março, após 939 dias de detenção, depois de ter visto a sua pena de 25 anos de prisão por "terrorismo" comutada por decreto presidencial.

A condenação, em setembro de 2021, suscitou a condenação internacional. Os ativistas dos direitos humanos acusam o Ruanda -- governado com mão de ferro por Kagamé desde o fim do genocídio (morreram cerca de 800.000 pessoas) -- de reprimir a liberdade de expressão e a oposição.

Rusesabagina vivia exilado nos Estados Unidos e na Bélgica desde 1996, antes de ser detido em Kigali, em 2020, em circunstâncias obscuras, ao sair de um avião que julgava ter como destino o Burundi.

O opositor foi julgado entre fevereiro e julho de 2021, acusado de "terrorismo" por atentados perpetrados pela Frente de Libertação Nacional (FLN), uma organização classificada como terrorista por Kigali, que fizeram nove mortos em 2018 e 2019.

Os apoiantes do crítico de Kagamé consideram que o julgamento foi uma farsa marcada por irregularidades.

Rusesabagina admitiu ter participado na fundação, em 2017, do Movimento Ruandês para a Mudança Democrática (MRCD), do qual a FLN é considerada o "braço armado", mas sempre negou qualquer envolvimento nos ataques.


Nucleares na Polónia? "Essas armas serão utilizadas", ameaça Medvedev

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Notícias ao Minuto   01/07/23 

A decisão de colocar armas nucleares na Polónia será tomada, no fundo, pelos Estados Unidos. O pedido foi feito por Varsóvia, que pediu uma decisão "célebre".

O antigo presidente da Rússia Dmitry Medvedev comentou, este sábado, o pedido do primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, que disse ontem que queria que o país - vizinho da Ucrânia - entrasse no programa de partilha de armamento nuclear da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

As declarações do chefe de governo polaco surgem na sequência da colocação de armas nucleares russas na Bielorrússia, país que faz também fronteira com a Polónia. O responsável disse ainda que a decisão de ter este tipo de armas em território polaco cabe, sobretudo, aos Estados Unidos, e fez um apelo para que o país presidido por Joe Biden tome uma decisão "célere".

Questionado sobre este assunto, Dmitry Medvedev considerou que a liderança polaca é atualmente "constituída por degenerados".

"Um pedido para instalar armas nucleares na Polónia ameaça apenas uma coisa. Essas armas serão utilizadas", respondeu à agência de notícias Tass. O também ex-primeiro-ministro russo sublinhou ainda que esta era uma decisão que que seria tomada "pelos idiotas que estão por detrás do oceano", referindo-se aos Estados Unidos.

"Mas há um lado positivo nisto tudo. Todos os Duda, Morawiecki, Kaczynski e outras escórias desaparecerão. Outros também desaparecerão, infelizmente...", rematou, referindo-se, também ao presidente da Polónia, Andrzej Duda, e ao vice-primeiro ministro polaco, Jarosław Kaczyński.


Leia Também: O desmantelamento do Grupo Wagner (GW), ou a sua integração no Ministério russo da Defesa ou outra estrutura estatal russa, "em teoria", não mudará o "modus operandi" da política externa de Moscovo em África, afirmaram vários analistas.

Líder da oposição em Timor-Leste contesta composição do novo executivo

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POR LUSA    01/07/23 

O líder da oposição timorense considera que o novo Governo é "antidemocrático" porque o partido da maioria deveria governar sozinho, procurando apenas incidência parlamentar pontual, em vez de uma aliança pós-eleitoral.

"Tendo em consideração os resultados confirmados pelo Tribunal de Recurso, sem contestação, o CNRT foi o grande vencedor das eleições, conquistando 31 mandatos dos 65 no Parlamento Nacional. Mais dois mandatos, e teria tido a maioria absoluta", escreveu Mari Alkatiri, secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), numa publicação no Facebook.

"Numa situação como esta, e em democracia construtiva do Estado de Direito Democrático, os ditos 'aliados naturais´ deveriam simplesmente garantir através da incidência parlamentar, pontual ou não, a viabilização da governação durante todo o mandato, reservando para todos entendimento e consenso em áreas estruturantes na consolidação do Estado de Direito Democrático e construção da Nação como uma "Uma Lisan" [casa tradicional] de todo o povo, una, sólida e indivisível", referiu.

A composição do IX Governo, considerou, "é, nada mais, o contrário de todo isto".

Mari Alkatiri publicou o texto no dia da tomada de posse do IX Governo constitucional, formado por elementos do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), de Xanana Gusmão, o primeiro-ministro, e do Partido Democrático (PD).

As duas forças políticas controlam 37 dos 65 lugares no Parlamento Nacional, onde a Fretilin é a segunda força política, com 19 assentos.

No texto, publicado na sua página oficial no Facebook, Mari Alkatiri saúda o CNRT e o novo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, mas considera que "Timor-Leste entrou nitidamente no caminho da viabilização da equação do poder executivo de uma forma deturpada".

"Tudo começou em 2007 onde se negou ao Partido mais votado, Fretilin, a liderança, e mais ainda a participação no Governo. O segundo partido mais votado, o CNRT, reunindo ao seu redor os pequenos partidos, constituiu uma aliança pós-eleitoral maioritária, e recebeu do então Presidente da República o mandato de constituir o IV Governo", recordou.

Segundo Alkatiri, nesse momento começou "o império dos pequenos partidos na democracia multipartidária" timorense, que "atingiu o seu cúmulo, a sua afirmação mais aberrante, mais antidemocrática neste IX Governo".

"Por isso, é tempo de uma reflexão profunda a nível nacional sobre o Estado e a nação. É tempo de se pensar muito seriamente sobre Timor-Leste, o seu povo, as suas gerações vindouras. Vamos todos devolver a vitória ao povo", acrescentou.

O novo Governo, que entra hoje formalmente em funções, é formado, na sua maior parte, por elementos que já estiveram em anteriores executivos em Timor-Leste.

Entre os mais veteranos da governação em Timor-Leste está o novo ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira, que integrou os últimos cinco executivos (ainda que o VIII apenas durante parte do mandato).

Os membros do Governo incluem vários elementos que estavam, até aqui, a exercer funções na Presidência da República, incluindo o chefe da Casa Civil, Bendito Freitas, que é o novo ministro dos Negócios Estrangeiros.


Leia Também: Governo timorense toma posse. Quem não cumprir "será substituído"

TIMOR-LESTE: Governo timorense toma posse. Quem não cumprir "será substituído"

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POR LUSA   01/07/23 

O Presidente da República de Timor-Leste deu hoje posse aos membros do IX Governo constitucional, afirmando que vai acompanhar a sua atuação e que quem não cumprir adequadamente as funções será substituído.

"Vou acompanhar o desempenho de cada ministério. Dentro de alguns meses poderemos fazer uma primeira avaliação do desempenho de cada membro do IX Governo. E como o disse muito claramente o senhor primeiro-ministro, quem não executar o seu programa ministerial e ou setorial será substituído", avisou José Ramos-Horta.

"A missão dos deputados, membros de Governo, assessores e funcionários é de servir o povo, e servem implementando com celeridade, competência e honestidade o programa aprovado pelo parlamento nacional", vincou.

José Ramos-Horta falava perante centenas de convidados nacionais e internacionais na cerimónia de tomada de posse dos 47 elementos do IX Governo, liderado por Xanana Gusmão, que volta assim às funções que ocupou na liderança do V Governo constitucional.

O chefe de Estado deixou várias recomendações ao Governo e ao Parlamento, apelando a todos para que "sirvam com honestidade, humildade, profissionalismo, contribuam para o desenvolvimento integrado e sustentável do país".

E recordou que o processo de adesão de Timor-Leste à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é "um objetivo estratégico nacional" que exige "mobilizar todas as atenções e recursos nacionais", sendo o tema que "em matéria de política nacional e internacional (...) prevalece sobre todas as outras prioridades".

No que toca em concreto ao Governo, Ramos-Horta pediu reforço da coordenação setorial e interministerial, sob liderança de Xanana Gusmão, procurando cumprir as metas do roteiro fixado pela organização regional para a adesão.

E ao parlamento recomendou a criação de uma "Comissão Parlamentar para ASEAN, para acelerar o processo legislativo necessário, nomeadamente a ratificação de tratados".

Aos deputados, que começaram em junho o seu mandato, pediu ainda uma autorização legislativa "para dar capacidade jurídica ao Governo para realizar todos os atos legislativos necessários, como eliminação de dupla tributação, proteção de investimentos, comissão de arbitragem para resolução célere e justa de disputas".

"Todo o esforço deve ser feito para que a adesão formal de Timor-Leste a ASEAN seja celebrada durante a Presidência da Indonésia, isto é, em 2023", considerou.

A importância do processo de adesão é reconhecida na própria estrutura do Governo, com a designação de Milena Rangel como vice-ministra dos Negócios Estrangeiros para assuntos da ASEAN.

No discurso que hoje proferiu, José Ramos-Horta inverteu o protocolo nas saudações habituais, referindo-se, depois de dar as boas-vindas aos visitantes internacionais de vários países, aos "convidados de honra": centenas de crianças, vendedores ambulantes e outros timorenses.

"Alguns representantes humildes do povo estão aqui como convidados de honra do Presidente da República. As frutas expostas à vossa frente foram compradas aos "Ai-lebas", "tiga rodas" [dois tipos de vendedores ambulantes], pés descalços, subnutridos, convidados de honra do Presidente da República", explicou.

"Mães pobres, mães vendedeiras, mães agricultoras, mães que são pequenas comerciantes. Chefes de suco e de aldeias, professores, académicos, intelectuais, enfermeiros, médicos, estudantes, jovens, são convidados de honra", disse.

Representantes de vários setores da sociedade muitas vezes ignorados que o líder considerou "verdadeiros heróis e mártires, heróis de luta pela sobrevivência e pelo desenvolvimento, mártires acorrentados à pobreza secular".

"Aprendamos a respeitar esses desafortunados da sociedade e pedimos desculpas, penitenciamos pela nossa incapacidade em não termos a inteligência adequada e dedicação genuína para os ajudar eficazmente a libertarem-se da pobreza secular a qual estão acorrentados", afirmou.

O chefe de Estado deixou ainda palavras de agradecimento ao primeiro-ministro cessante, Taur Matan Ruak, que "soube manter-se sereno e determinado na prossecução do programa do seu Governo" apesar de várias crises, incluindo a situação política interna, a pandemia da covid-19, os efeitos da guerra na Ucrânia e desastres naturais.

O novo Governo, que hoje entrou formalmente em funções, é formado, na sua maior parte, por elementos que já estiveram em anteriores executivos em Timor-Leste.

Entre os mais veteranos da governação em Timor-Leste destaque para o novo ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira, que integrou os últimos cinco executivos (ainda que o VIII apenas durante parte do mandato).

Os membros do Governo incluem vários elementos que estavam, até aqui, a exercer funções na Presidência da República, incluindo o chefe da Casa Civil, Bendito Freitas, que é o novo ministro dos Negócios Estrangeiros.


sexta-feira, 30 de junho de 2023

"Estamos a entrar numa zona particularmente perigosa" com a Polónia a querer armas nucleares no seu território

Em resposta à presença do Grupo Wagner e de armas nucleares tácticas na Bielorrússia, a Polónia quer responder à letra. O major-general Arnaut Moreira acredita que estamos a entrar numa altura perigosa deste conflito.

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