Por Abel Djassi Primeiro Bissau 06/11/2025
Oh, o DSP perdeu completamente o norte - ou decidiu, deliberadamente, enterrar o partido de Amílcar Lopes Cabral.
Alega, com o habitual ar messiânico, que “nunca será condicionado”, justificando que “o partido não foi às eleições”.
Chama de “inconstitucional” a decisão do Tribunal e, ironicamente, declara apoio a Fernando Dias nas presidenciais - o que, na prática, dá total razão aos tribunais que ele tenta desacreditar.
No auge da incoerência, aquele que se autoproclama “o mais esperto de todos” comete o erro histórico de boicotar as legislativas, apelando ao próprio eleitorado do PAIGC a não votar.
Pergunto: o que aconteceu ao partido de Cabral?
Como podem os seus militantes assistir de braços cruzados à derrocada moral e política do maior símbolo da libertação nacional?
Todos sabemos, e ninguém ousa negar, que há um pacto sombrio: se Fernando Dias vencer, a ANP será dissolvida e novas eleições convocadas. É isso o destino que o DSP escolheu para o legado de Cabral?
E o mais trágico: o “intelectual de todos os intelectuais” arrasta o PAIGC para o abismo enquanto a sua corte o aplaude em silêncio cúmplice. Como ousas sequestrar a história de um partido que libertou a pátria para agora o transformares num instrumento pessoal de vingança e vaidade?
As sondagens são claras, e tu sabes melhor do que ninguém: General Umaro Sissoco Embaló já venceu o povo e a história. E quando isso se confirmar nas urnas, o que restará do PAIGC?
Os teus discípulos acusam todos de querer destruir o partido, mas a verdade nua e crua é que tu foste o coveiro político do PAIGC.
Caro DSP, faz um favor a ti mesmo , e à memória de Cabral: demite-te.
Foste um líder fracassado, incoerente, incapaz de negociar, incapaz de manter alianças por causa do teu ego e da tua traição. Um homem que quebrou a palavra, traiu os seus aliados e agora destrói o próprio símbolo que jurou defender.

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