quinta-feira, 17 de maio de 2018

MINISTÉRIO DE JUSTIÇA ANUNCIA CONSTRUÇÃO DE CENTRO PRISIONAL DE RAIZ EM BISSAU

O Ministro da Justiça e Direitos Humanos, Iaia Djaló, anunciou hoje, 16 de maio de 2018, a construção de um edifício de centro prisional de raiz, em Bissau. Acrescentou ainda que uma das prioridades do ministério de Justiça é garantir que haja certo respeito pelos direitos humanos.

O governante falava a O Democrata, depois de visitar o Centro de Detenção da Polícia Judiciária ao lado do mercado de Bandim para se inteirar do funcionamento e condição das celas onde estão detidas as pessoas em conflito com a lei.

Na ocasião, Iaia Djaló informou que neste momento o seu ministério já tem um projeto em manga que irá apresentar aos parceiros da comunidade internacional que poderão estar sensíveis em apoiar na construção deste edifício. Explicou neste particular que objetivo da visita enquadra-se dentro das preocupações do Governo em relação ao respeito escrupuloso dos direitos humanos, sendo uma das componentes da responsabilidade do ministério de justiça.

“Viemos aqui para constatar in-louco as condições em que os prisioneiros vivem e sabemos que não há grandes problemas e muito menos tortura, mas há grandes dificuldades porque as celas são pequenas, o que origina a aglomeração dos prisioneiros, que precisam tanto de conforto. Portanto, estas preocupações vão ser levadas ao Conselho de Ministros e aos parceiros de desenvolvimento para ver como apoiar financeiramente a fim de poder ultrapassar esta situação”, espelhou Iaia Djaló.

Lino Leal da Silva, Diretor-geral dos Serviços Prisionais da Guiné-Bissau, alerta, por sua vez, que é urgente que se crie um espaço mais amplo para os prisioneiros, porque os crimes estão a multiplicar dia após dia no país. Revelando, no entanto, que no passado dia 14 de Maio, 43 pessoas deram entrada no Centro de Detenção da Polícia judiciária de Bissau e neste momento o centro está superlotado devido à falta de espaço.

Segundo Lino Leal da Silva, dada à situação de superlotação das celas, a sua direção é obrigada a trabalhar em função das condições que tem, através das guardas “prisionais dinâmicos e corajosos que conseguem dialogar e mobilizar os prisioneiros a estarem calmos a espera da sua vez de sair das celas.

De recordar que o Centro de Detenção da Polícia Judiciária de Bandim tem neste momento 106 detidose cada cela comum alberga 13 reclusos.

Por: Aguinaldo Ampa
OdemocrataGB

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