segunda-feira, 11 de agosto de 2025

NO PROCESSO QUE ENVOLVE. DOMINGOS SIMÕES PEREIRA C. REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU. PETIÇÃO Nº 012/2024 ACORDO (MEDIDAS CAUTELARES) 26 DE JUNHO DE 2025

Tribunal da União Africana chumba, por unanimidade, a queixa movida por Domingos Simões Pereira contra o Estado da Guiné-Bissau.  


Invasão de Taiwan? China "arrastará as Filipinas para o conflito"... O presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., afirmou hoje que uma invasão de Taiwan pela China "arrastará" as Filipinas para o conflito, reiterando uma posição assumida há uma semana, que levou Pequim a dizer-lhe que está a "brincar com fogo".

Por LUSA 

"Inevitavelmente, apesar do nosso fervoroso desejo de evitar qualquer confronto em qualquer lugar, a guerra por Taiwan arrastará as Filipinas contra a sua vontade para o conflito", afirmou hoje Marcos Jr. numa conferência de imprensa.

Nos últimos meses, as Filipinas têm dado sinais de aproximação a Taiwan, 50 anos depois de ambas as nações terem encerrado as suas relações diplomáticas.

Em abril, Marcos Jr. flexibilizou as restrições às visitas oficiais a Taipé e abriu as portas a encontros entre membros dos dois governos com fins económicos.

Os comentários de hoje do Presidente filipino reiteram declarações feitas na semana passada a um órgão de comunicação social indiano, o Firstpost, sobre Taiwan, onde residem cerca de 200 000 cidadãos do arquipélago.

"A proximidade geográfica" e "o grande número de filipinos em Taiwan" "não são desculpas para interferir nos assuntos internos de outros", reagiu na sexta-feira passada o ministério chinês dos Negócios Estrangeiros chinês, instando Manila a "respeitar sinceramente o princípio de uma só China" e a "abster-se de brincar com fogo em questões que afetam os interesses centrais da China".

"Não sei do que estão a falar, 'brincar com fogo'? Eu só estava a expor os factos", replicou hoje Marcos Jr.

"Não queremos entrar em guerra, mas acho que, se houver uma guerra por Taiwan, seremos arrastados para ela, quer queiramos quer não, aos gritos e pontapés", afirmou Marcos. "Seremos arrastados e puxados para essa confusão. Espero que isso não aconteça, mas, se acontecer, temos que nos preparar para isso", acrescentou.

Às tensões causadas pela aproximação entre as Filipinas e Taiwan soma-se o conflito territorial entre Manila e Pequim pela soberania de territórios no Mar da China Meridional, uma região estratégica por onde passa aproximadamente 30% do comércio global, que abriga 12% das zonas de pesca mundiais e possui reservas potenciais de petróleo e gás.

O secretário de Defesa do arquipélago, Gilberto Teodoro, sublinhou hoje num comunicado que Manila "não pode ignorar a China e as suas ações" e deve defender a sua "integridade territorial reconhecida por quase todo o mundo".

Vietname, Malásia, Brunei e Taiwan também reivindicam partes das águas disputadas.

Estas tensões territoriais traduzem-se frequentemente em confrontos entre embarcações de ambos os países, como o que ocorreu hoje.

As relações entre a China e as Filipinas têm ficado cada vez mais tensas à medida que Marcos, que assumiu o cargo em meados de 2022, e o seu governo se tornaram alguns dos críticos mais veementes da Ásia em relação às ações, cada vez mais agressivas da China no Mar da China Meridional.

O governo Marcos, por outro lado, aprofundou compromissos de aliança com os Estados Unidos e começou a ampliar as alianças de segurança com outros países ocidentais e asiáticos, como Japão, Austrália, Índia e alguns Estados-membros da União Europeia, para fortalecer a dissuasão contra a assertividade de Pequim.

"Não existe uma solução milagrosa que, se aplicada, resolveria todos os nossos problemas", afirmou hoje Marcos.

"O que vai acontecer é que continuaremos presentes, continuaremos a defender o nosso território, continuaremos a exercer os nossos direitos soberanos e, apesar de qualquer oposição de quem quer que seja, continuaremos a fazer isso como temos feito nos últimos três anos", assegurou.


Leia Também: China afirma ter expulsado barcos filipinos por “invadir” águas disputadas

sábado, 9 de agosto de 2025

Zelensky recusa ceder território e critica encontro entre Trump e Putin... O presidente da Ucrânia reagiu ao anúncio de uma reunião entre o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na próxima sexta-feira, apontando que quaisquer soluções que não incluam Kyiv serão soluções "contra a paz".

Por LUSA 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou, este sábado, que a Ucrânia "não cederá o seu território ao ocupante" apontou que quaisquer soluções que não incluam Kyiv serão soluções "contra a paz", naquela que é a sua primeira reação ao anúncio de uma reunião entre o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na próxima sexta-feira. 

Numa declaração divulgada nas redes sociais e no site oficial da presidência ucraniana, Zelensky apontou que a Ucrânia não "recompensará a Rússia" por algo que perpetrou e que decisões tomadas sem Kyiv "não vão levar a nada". 

"O presidente Trump anunciou os preparativos para a sua reunião com Putin no Alasca. Muito longe desta guerra, que assola a nossa terra, contra o nosso povo, e que, de qualquer forma, não pode ser terminada sem nós, sem a Ucrânia", começou por dizer o chefe de estado ucraniano. 

"Muitos no mundo tomaram partido da Ucrânia durante a guerra. Mesmo aqueles que estão do lado da Rússia sabem que a Rússia está a fazer o mal. É claro que não vamos recompensar a Rússia pelo que fez", acrescentou. 

Zelensky frisou que o "povo ucraniano merece paz" e que a Rússia "tem de acabar" com a guerra, mas não com cedências de território por parte de Kyiv.

"A resposta à questão territorial ucraniana já está na Constituição da Ucrânia. Ninguém se desviará disso – e ninguém será capaz de o fazer. Os ucranianos não vão oferecer a sua terra ao ocupante", esclareceu. 

"A Ucrânia está pronta para decisões reais que possam trazer a paz. Quaisquer decisões que sejam contra nós, quaisquer decisões que sejam sem a Ucrânia, são ao mesmo tempo decisões contra a paz. Não vão conseguir nada. São decisões natimortas. São decisões impraticáveis. E todos nós precisamos de uma paz real e genuína. Uma paz que as pessoas respeitem", sublinhou.

Desta forma, diz que a Ucrânia está pronta "para trabalhar em conjunto com o presidente Trump", com os seus parceiros, "por uma paz real e, mais importante ainda, duradoura". "Uma paz que não entrará em colapso por causa dos desejos de Moscovo", completou.

Recorde-se que o presidente dos Estados Unidos anunciou ontem que vai reunir-se com Vladimir Putin daqui a uma semana, no dia 15 de agosto, no estado norte-americano do Alasca.

"O tão aguardado encontro entre mim e o presidente Vladimir Putin vai acontecer na próxima sexta-feira, 15 de agosto de 2025, no grande estado do Alasca. Mais detalhes em breve. Obrigada pela atenção nesta matéria", afirmou Donald Trump numa publicação na sua rede social, a 'Truth Social'.

Caso se venha a confirmar, esta será a primeira cimeira Estados Unidos-Rússia desde 2021, quando o ex-presidente Joe Biden se encontrou com Putin em Genebra, Suíça.

Note-se que, pouco antes, Trump tinha sugerido também que um acordo de paz para a Ucrânia poderá vir a incluir "trocas de território" entre Moscovo e Kyiv, que "beneficiariam ambos" os beligerantes, embora reconhecendo que tais negociações são "complicadas".

Trump diz que vai encontrar-se com Putin na próxima sexta-feira no Alasca... O presidente dos Estados Unidos avançou a informação na sua rede social, a 'Truth Social', dizendo que "o tão aguardado encontro" vai acontecer na "sexta-feira, 15 de agosto de 2025, no grande estado do Alasca".

Por LUSA 

O presidente dos Estados Unidos anunciou, esta sexta-feira, que vai reunir-se com o presidente russo, Vladimir Putin, daqui a uma semana, no dia 15 de agosto, no estado norte-americano do Alasca.

"O tão aguardado encontro entre mim e o presidente Vladimir Putin vai acontecer na próxima sexta-feira, 15 de agosto de 2025, no grande estado do Alasca. Mais detalhes em breve. Obrigada pela atenção nesta matéria", afirmou Donald Trump numa publicação na sua rede social, a 'Truth Social'.

A confirmar-se o encontro, esta será a primeira cimeira Estados Unidos-Rússia desde 2021, quando o ex-presidente Joe Biden se encontrou com o homólogo russo em Genebra, Suíça.

Horas antes deste anúncio, Donald Trump tinha sugerido que um acordo de paz para a Ucrânia poderá incluir "trocas de território" entre Moscovo e Kyiv, que "beneficiariam ambos" os beligerantes, reconhecendo que essas negociações são "complicadas".

"O presidente Putin, acredito, quer ver a paz, e Zelensky querem ver a paz", e um acordo para acabar com a guerra provavelmente significaria "alguma troca de territórios", afirmou Trump na Casa Branca, sem dar pormenores.

"Estamos a falar de território disputado há três anos e meio, com a morte de muitos russos e ucranianos", continuou. "É complicado. Haverá trocas de território que beneficiarão ambos", adiantou Trump.

A Rússia tem vindo a exigir que a Ucrânia ceda quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson), além da Crimeia, anexada em 2014, e que renuncie ao fornecimento de armas ocidentais e a qualquer adesão à NATO.

Estas exigências têm sido recusadas por Kyiv, que pretende a retirada das tropas russas do seu território e garantias de segurança ocidentais, incluindo a continuidade do fornecimento de armas e o envio de um contingente europeu, a que a Rússia se opõe.

O anúncio acontece também depois de, na passada quarta-feira, o presidente norte-americano ter dito aos líderes europeus que queria reunir-se pessoalmente com Putin já na semana seguinte, para depois realizar uma reunião a três com Zelensky, em que teria o papel de mediador. No dia a seguir, afinal anunciou que aceitaria reunir-se com Putin mesmo que este não se encontrasse com Zelensky.

O Kremlin tem excluído um encontro entre Putin e Zelensky, porque defende que faz sentido apenas no final do processo negocial, quando houver acordo em relação aos termos para a paz na Ucrânia.

A última ronda de negociações diretas entre os dois beligerantes em Istambul, em julho, resultou apenas numa nova troca de prisioneiros e de restos mortais de soldados.


Leia Também: Trump sugere "trocas de território" em acordo de paz entre Kyiv e Moscovo 

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, CONDECOROU RUI DUARTE BARROS, EX-PRIMEIRO-MINISTRO, COM A MEDALHA “ORDEM NACIONAL DAS COLINAS DO BOÉ”.

Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, agraciou o ex-Primeiro-Ministro, Rui Duarte Barros, com a Medalha “Ordem Nacional das Colinas do Boé” — alta distinção instituída pela Lei n.º 2/1980, de 17 de maio — em reconhecimento pelo desempenho meritório das funções de Chefe de Governo.

No Decreto Presidencial n.º 28/2025, o Presidente da República justifica a condecoração pela forma como Rui Duarte Barros desempenhou as elevadas funções de Primeiro-Ministro, destacando a dedicação demonstrada no cumprimento da missão que lhe foi confiada e que muito contribuiu para o bom desempenho do Governo.

A Medalha Ordem Nacional das Colinas do Boé é a segunda maior distinção do Estado guineense, e Rui Duarte Barros é o primeiro ex-Chefe de Governo a receber tal reconhecimento.

Aceitar assumir a liderança do Governo num momento tão exigente para a nossa nação é um ato de elevado patriotismo e de profundo sentido de responsabilidade política.

Por Dito Max

Braima Camará construiu a sua trajetória pública com base na defesa de grandes consensos nacionais e na busca incansável pela união entre os guineenses. Ao longo dos anos, demonstrou ser um homem de diálogo, capaz de ouvir e integrar diferentes perspetivas, sempre com o objetivo de promover a paz, a estabilidade e o desenvolvimento do nosso país.

Tenho a convicção de que continuará, com a mesma determinação e coragem que sempre o caracterizaram, a abrir caminhos para um entendimento nacional sólido, através de um diálogo aberto, construtivo e inclusivo — elemento essencial para que as próximas eleições gerais sejam livres, justas e transparentes.

Pela experiência política acumulada, pelas qualidades humanas que cultivou e pelo compromisso inabalável com a Guiné-Bissau, não tenho dúvidas de que estará à altura dos desafios que se avizinham.

Além de líder político, Braima Camará é para mim uma referência pessoal e um amigo cuja integridade, visão e capacidade de liderança sempre admirei. É um privilégio testemunhar este novo capítulo da sua vida ao serviço da nação.

Boa sorte, Senhor Primeiro-Ministro e Coordenador Nacional. Que Deus o ilumine e o fortaleça nesta nobre missão.

Marcelo veta Lei dos Estrangeiros e devolve diploma ao Parlamento... O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou, esta sexta-feira, a Lei dos Estrangeiros, devolvendo assim o diploma à Assembleia da República.

Por LUSA 08/08/2025

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou, esta sexta-feira, "alterações à Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional", após o Tribunal Constitucional ter anunciado a inconstitucionalidade de cinco normas.

Na sequência do Acórdão do Tribunal Constitucional de hoje, que considerou inconstitucionais cinco disposições do diploma que submetera a fiscalização preventiva da constitucionalidade, o Presidente da República vai devolver à Assembleia da República, sem promulgação, nos termos do n.º 1 do artigo 279.º da Constituição, o Decreto da Assembleia da República que altera a Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional", informou numa nota publicada na página da Presidência da República.

De recordar que, durante a tarde desta sexta-feira, o Tribunal Constitucional anunciou a inconstitucionalidade de cinco normas que compõem a Lei dos Estrangeiros.

Note-se que a decisão do TC surge na sequência de um pedido do Presidente da República de fiscalização preventiva da constitucionalidade de sete normas deste decreto em 24 de julho.

[Notícia em atualização]

🗣️ Carlos Pinto Pereira, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades em Conferência de Imprensa.

Declarações do novo Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, Braima Camará, após a sua tomada de posse.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VIDEO

Declarações do Ex Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau,, após a sua tomada de posse.

 

TOMADA DE POSSE DO NOVO PRIMEIRO-MINISTRO INDICADO, BRAIMA CAMARÁ.

Decorreu hoje no Salão Nobre do Palácio da República, a cerimónia oficial de tomada de posse do Primeiro-Ministro indicado, Braima Camará, nomeado pelo Presidente da República, através do Decreto Presidencial n.º 27/2025.

Após o juramento, Braima Camará agradeceu a confiança pessoal nele depositada pelo Presidente, estabeleceu como prioridades a realização das eleições gerais em novembro, e ainda, assegurou que vai trabalhar para que o ano letivo seja iniciado em outubro e que decorra sem sobressaltos. Também prometeu prestar atenção particular à situação prevalecente no setor da saúde pública.

Guiné-Bissau: Sissoco Embaló declara-se candidato independente às presidenciais de Novembro

Por: RFI   08/08/2025

O actual Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, declarou esta sexta-feira, 08 de Agosto, ser candidato independente às eleições presidenciais de 23 de Novembro. O anúncio foi feito na cerimónia de posse do novo primeiro-ministro guineense, Braima Camará.

Umaro Sissoco Embaló confirmou esta tarde a candidatura à sua sucessão. O Presidente cessante fala numa candidatura independente, embora aberta a “todo o partido que pretender apoiar”.

Diz Sissoco Embaló que enquanto candidato independente, “não serei refém de ninguém, mas sim Presidente da República. Mas, todos os partidos políticos, associações que me querem apoiar são bem-vindos”.

O momento do agora candidato independente vai chamar-se “No Ndianta” .

O anúncio foi feito na cerimónia de tomada de posse do novo primeiro-ministro guineense, Braima Camará, antigo presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Serviços e Agricultura da Guiné-Bissau. Na cerimónia, o novo chefe do executivo afirmou o seu compromisso na realização das eleições gerais de Novembro.

Braima Camará vai tomar posse como Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau na manhã desta sexta-feira, 8 de agosto, às 11h00, no Palácio da República, em Bissau.

 

Por  RTB  08/08/2025

A cerimónia contará com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e de alguns dirigentes políticos e institucionais.

Braima Camará substitui Rui Duarte de Barros, que exercia funções de Primeiro-Ministro desde 20 de dezembro de 2023.

A mudança à frente do executivo acontece a menos de quatro meses das eleições gerais, marcando uma nova etapa no cenário político nacional.

Braima Camará, de 57 anos, é natural de Geba, na região de Bafatá, leste da Guiné-Bissau. Iniciou a sua carreira no comércio e fundou a Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau (CCIAS), que presidiu durante vários anos. Liderou também a Rede Centro Atlântico de Arbitragem, organização voltada para a resolução de conflitos entre empresários dos Açores, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Madeira, Mauritânia e Senegal.

A sua trajetória política começou no PAIGC, partido no qual militou de 1986 a 2016. Mais tarde, foi um dos fundadores do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), onde desempenhou funções de coordenador nacional.

Foi deputado da Nação em várias legislaturas, eleito tanto pelo PAIGC como pelo MADEM-G15. Exerceu cargos de conselheiro especial para assuntos económicos e investimento privado junto de diferentes chefes de Estado, incluindo João Bernardo Vieira, Malam Bacai Sanhá e José Mário Vaz.

Braima Camará foi ainda presidente do Sport Bissau e Benfica e mantém uma presença ativa no cenário político e económico do país.


quinta-feira, 7 de agosto de 2025

A nomeação de Braima Camará como Primeiro-Ministro pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, em meio ao atual contexto político do país, demonstra claramente uma visão estratégica orientada para a estabilidade e coesão nacional.

Por Alexandro Djalo

Decisão estratégica do Presidente Umaro Sissoco Embaló fortalece a unidade nacional  

A nomeação de Braima Camará como Primeiro-Ministro pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, em meio ao atual contexto político do país, demonstra claramente uma visão estratégica orientada para a estabilidade e coesão nacional. 

 Num momento em que a Guiné-Bissau atravessa desafios complexos no cenário político e social, esta decisão revela um compromisso com o diálogo, o equilíbrio institucional e a busca de consensos que possam consolidar a paz e o progresso.  

Ao escolher uma figura com experiência política reconhecida e com capacidade de articulação, o Presidente reafirma o seu papel como garante da unidade e do funcionamento harmonioso das instituições democráticas. Trata-se de um gesto que vai além da simples escolha administrativa — é uma mensagem clara de que o futuro da Guiné-Bissau se constrói com inclusão, responsabilidade e visão de Estado. 

 A decisão do Chefe de Estado merece ser vista como um passo significativo no caminho da reconciliação nacional e da governabilidade duradoura. 

 Viva Guinée-Bissau.  

ÚLTIMA HORA: Braima Camará é o novo Primeiro-Ministro da República da Guiné-Bissau.

 



domingo, 3 de agosto de 2025

GUINÉ-BISSAU ASSINALA SESSENTA E SEIS ANOS DE MASSACRE DE PINDJIGUITI

Por: Gabinete de Comunicação

 Os trabalhadores guineenses homenagearam os Mártires de Pindjiguiti este domingo, [03.08], no Monumento a frente do Porto de Pindjiguiti, com a deposição de coroas de flores.  

Os servidos públicos e privados saíram da sede da UNTG fizeram uma marcha pacífica com itinerário ao Benfica, praço dos Heróis Nacionais até praça de Pindjiguiti.  

Uma cerimónia organizada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, UNTG e presidida pela Directora-geral do Trabalho, em representação da Ministra da Administração Pública, Reforma Administrativa, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social.  

Na ocasião, Assucenia de Barros apelou a unidade no seio dos trabalhadores guineenses como acontecia há 66 anos com, os que foram matizados pela força colonial portuguesa.  

Esta responsável reafirma o engajamento do Governo em continuar levar em consideração  assuntos dos trabalhadores no Conselho de Concertação Social que junta Governo, empregadores e trabalhadores.  

Por sua vez, o Secretário-geral da UNTG volta a lamentar a situação dos trabalhadores guineenses e pediu o aumento salarial em 2026, tendo em conta o nível de vidas dos servidores públicos.  

Para além da Diretora-geral do Trabalho e  Secretário-geral da UNTG estiveram presentes nesta homenagem aos trabalhadores que foram barbaramente massacrados pela força colonial portuguesa em 1959, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuária, Igualdino Afonso Té, um representante da ANP e vários trabalhadores de diferentes serviços estatais e privados.   

Um lembrete para pensar mais profundamente antes de reagir...

 🐜 Se você colocar 100 formigas vermelhas e 100 formigas pretas em uma jarra, nada acontecerá. Mas agite o frasco violentamente – e eles começarão a matar uns aos outros. 

As formigas vermelhas pensam que as pretas são as inimigas. As formigas pretas pensam que as formigas vermelhas são as inimigas. Mas o verdadeiro inimigo é aquele que sacudiu a jarra.

 O mesmo se aplica à sociedade. 

Muitas vezes brigamos, discutimos, dividimos – cegos por cores, opiniões ou crenças. Mas antes de nos voltarmos uns contra os outros, deveríamos perguntar: Quem está sacudindo a jarra? 🧠 

Um lembrete para pensar mais profundamente antes de reagir. – Inspirado por Kurt Vonnegut

"Imagens dos reféns são aterradoras e demonstram a barbárie do Hamas"... A Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, exigiu hoje a libertação imediata dos reféns israelitas exibidos em vídeos publicados pelos grupos islamitas Hamas e Jihad Islâmica, considerando as imagens "aterradoras".

Por LUSA 

"As imagens dos reféns israelitas são aterradoras e demonstram a barbárie do Hamas. Todos os reféns devem ser libertados imediata e incondicionalmente", escreveu Kallas nas redes sociais.

A publicação, na quinta e sexta-feira, de vídeos que mostram dois reféns emagrecidos gerou comoção em Israel e reacendeu o debate sobre a necessidade de se chegar a um acordo o mais rapidamente possível para a sua libertação.

Nestas imagens de propaganda, os dois reféns pareciam muito fracos e magros, numa cena concebida para traçar paralelos com a atual situação humanitária em Gaza.

"O Hamas tem de depor as armas e pôr fim ao seu domínio sobre Gaza", declarou Kaja Kallas.

"Ao mesmo tempo, a ajuda humanitária em grande escala tem de ser autorizada e tem de chegar aos necessitados", defendeu.

Os dois reféns exibidos, Evyatar David e Rom Braslavski, têm 24 anos e foram raptados quando estavam num festival de música, durante o ataque do Hamas, a 07 de outubro de 2023, que deu início à guerra.

No vídeo de Evyatar David, apresentado com a frase "Eles comem o que nós comemos", aparecem imagens de crianças subnutridas em Gaza, alternadas com as de David, que se encontra fechado no que aparenta ser um túnel, e do primeiro-ministro de Israel.

Benjamin Netanyahu reagiu no sábado, expressando "profunda consternação com as gravações divulgadas pela organização terrorista Hamas" e disse às famílias que os esforços para trazer de volta todos os nossos reféns continuam e continuarão "sem descanso", como referiu o seu gabinete, em comunicado.

Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se no sábado à noite em Telavive em apoio às famílias e para exigir a libertação dos reféns.

Segundo o mesmo comunicado, Netanyahu "teve uma longa conversa" com as "famílias dos reféns Rom Breslevski e Evyatar David", ambos exibidos nos últimos vídeos.

"A crueldade do Hamas não tem limites", comentou ainda Netanyahu, acrescentando que "enquanto o Estado de Israel permite a entrada de ajuda humanitária para os habitantes de Gaza, os militantes do Hamas estão deliberadamente a matar os (...) reféns à fome e a filmá-los de forma cínica e odiosa".

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por ataques ao território israelita, levados a cabo por vários grupos liderados pelo Hamas em outubro de 2023. Esses ataques causaram, segundo as autoridades israelitas, cerca de 1.200 mortos, tendo também sido feitos cerca de 250 reféns.

Em retaliação, Israel prometeu extinguir o Hamas e tem bombardeado e atacado por terra a Faixa de Gaza desde então, provocando, até agora, mais de 60.300 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde palestiniano, controlado pelo Hamas, mas considerados fiáveis pela ONU.

Além disso, bloqueou a entrada no enclave de bens essenciais como alimentos, água, medicamentos e combustível e forçou a deslocação de centenas de milhares de pessoas.