Por Mutaro Djalo
Quando o Nuno Nabiam decidiu ser candidato ou criar o seu partido, a seguir as eleições Presidenciais de 2014, foi para fazer política. Não para ser um simples funcionário público. Ou para fazer negócios!
Quando, há cerca de 3 dias atrás, o candidato do PAIGC propôs a equipe negocial do Nuno, dois milhões de dólares contra o apoio ao DSP, foi realizada uma pequena reunião com os mandatados, onde foram colocadas duas questões:
1) Vocês preferem o apoio ao DSP, contra os 2 milhões do USD, sendo 1 milhão para mim (para eu fazer o que quiser); e o outro milhão para o partido APU-PDGB;
2) Ou preferem apoiar o outro lado, que aceita partilhar o poder. O que nos permite continuar a fazer política, através do controle das instituições políticas (Governo)?
Não conseguiram ser muito claros na resposta que deram ao Nuno.
Se na primeira volta destas eleições presidenciais, nenhum dos vices do Nuno tomou parte na campanha, excetuando alguns gestos de desconforto! O que é que vai mudar agora, se voltarem a não participar ao lado dele (Nuno)?
O único elemento novo, desta vez, poderia ser o facto de, pela primeira vez, todos os vices terem assumido, publicamente, a posição visceral contra a candidatura do Nuno Nabiam. Posição que já era conhecida desde que foram “cooptados” pelo Governo do PAIGC.
Para que não hajam dúvidas sobre quem quer o quê, faz-se a publicação, na íntegra, da mensagem que os vices mandaram ao Nuno Nabiam.
“[12:11, 05/12/2019]: Bom dia, mais novo! Conforme instrução, orientação e mandato que me deste, a mim e ao Vice , fizemos uma primeira abordagem ao DSP, anteontem, antes de ele embarcar, ontem de manhã, para Dakar.
[12:11, 05/12/2019]: 1 - De imediato, ele pode mobilizar um milhão de dólares para ti. Para dares o destino que quiseres. 2 - pode mobilizar mais um milhão de dólares para o nosso partido APU utilizar para, de um lado, fazer campanha na segunda volta, a favor dele DSP e aproveitar para desenvolver suas estruturas e crescer, do outro lado. 3 - Por forma a que o APU possa incluir o PRS no governo, ele propõe que o APU ceda um lugar no governo que tem neste momento, o PAIGC também cede um lugar que tem neste momento, na base do acordo de incidência parlamentar. E se o APU e o PAIGC concordarem em aumentar mais um lugar no governo que poderia ser cedido ao PRS, ou ficar para o próprio APU, então, ter-se-á que alargar a estrutura orgânica do atual governo e incluir mais um departamento para este fim. 4 - Relativamente à implementação do acordo de incidência parlamentar existente, estão dispostos para avançar já com a atribuição dos dois lugares de governadores de região e que o APU conclua todas as nomeações que ainda tem pendente, etc.
[12:11, 05/12/2019]: Bem, se a memória não me falhou, esta é a proposta que o DSP avançou. Nós ainda não reagimos, pois preferimos ouvir primeiro o Presidente.”
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