quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Ataque ucraniano afetou distribuição de energia em Kursk, na Rússia... Cerca de 16 mil pessoas foram afetadas pelos cortes de energia elétrica na região de Kursk, na Rússia, na sequência de um ataque ucraniano com drones, disse hoje o governador regional.

Por LUSA 

Alexander Khinshtein, responsável pelo governo regional de Kursk, disse que na noite de quarta-feira as forças da Ucrânia atacaram subestações elétricas na zona de fronteira deixando 16 mil pessoas sem energia nos distritos de Glushovsky, Rylsky e Korenevsky.

Em informações divulgadas através das redes sociais, o governador acrescentou que o fornecimento de energia de emergência foi restabelecido em Rylsky, nas últimas horas.

Os meios de comunicação social russos publicados no estrangeiro noticiaram também um ataque ucraniano, durante a noite, contra a refinaria de petróleo de Ryazan, localizada numa região próxima de Moscovo.

Entretanto, o responsável pela refinaria russa, Pavel Malkov, afirmou nas redes sociais que uma unidade da empresa foi danificada embora não tenha adiantado mais pormenores.

O relatório diário do Ministério da Defesa indicou que as defesas aéreas russas abateram um total de 65 aparelhos aéreos não tripulados (drone) ucranianos durante a madrugada de hoje.

A maioria dos drones abatidos ocorreu nas regiões de Voronezh (18), Ryazan (16) e Belgorod (14).

Outros sete drones foram intercetados em Tula, quatro em Bryansk, três em Lipetsk, dois em Tambov e um na Crimeia, região ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

Na quarta-feira, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter abatido também 65 drones ucranianos sobre quatro regiões, e em zonas próximas do Mar Negro e no Mar de Azov.

As autoridades pró-russas em Donetsk, anexada pela Rússia em 2022, admitiram que 65% da população da região continua sem energia elétrica após um ataque ucraniano com drones e mísseis registado na última terça-feira.

Segundo Kiev, o principal alvo dos ataques são instalações de produção e distribuição de energia russas.

A Ucrânia procura, por um lado, dificultar o fornecimento de combustível ao Exército russo e, por outro, diminuir a capacidade da Rússia exportar petróleo bruto e derivados, uma das principais fontes de divisas do país.

Com a descida das temperaturas, o exército russo continua a atacar as infraestruturas civis ucranianas, obrigando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a deslocar-se a França, Grécia e Espanha em busca de ajuda energética.


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A alta representante para os Negócios Estrangeiros rejeitou hoje um plano de paz para a Ucrânia que não tenha o acordo do país invadido e a participação da União Europeia (UE), recordando Washington de que "há um claro agressor e uma vítima".


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