quarta-feira, 12 de junho de 2024

O primeiro-ministro da Guiné-Conacry, Amadou Oury Bah, mostrou-se hoje preocupado com a radicalização das atitudes contra os imigrantes africanos na Europa e, particularmente, em França, lembrando a ascensão do fascismo antes da Segunda Guerra Mundial.

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Por Lusa  12/06/24
 Guiné-Conacry diz que atitudes contra imigrantes lembram fascismo
O primeiro-ministro da Guiné-Conacry, Amadou Oury Bah, mostrou-se hoje preocupado com a radicalização das atitudes contra os imigrantes africanos na Europa e, particularmente, em França, lembrando a ascensão do fascismo antes da Segunda Guerra Mundial.


Em entrevista à Radio France Internationale (RFI), no seguimento das eleições europeias de domingo, Amadou Oury Bah disse estar pronto a trabalhar com Jordan Bardella, o presidente da União Nacional (RN, na sigla em francês), se este for nomeado primeiro-ministro, e criticou a "radicalização contra as populações imigrantes" em todo o mundo, comparável, na sua opinião, à ascensão do fascismo antes da Segunda Guerra Mundial.

"Esta é uma questão que nos preocupa, temos uma grande população africana na Europa e estamos preocupados com a situação", afirmou o líder da junta militar que governa o país, na entrevista citada pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

Quanto às consequências para as relações entre Paris e as capitais africanas, no caso de Bardella ser nomeado primeiro-ministro após as legislativas convocadas na sequência dos resultados das europeias, no passado domingo, respondeu: "Não nos preocupa muito e sabemos que lidaremos com qualquer Governo na República francesa e mesmo na Europa".

A sociedade francesa "é muito aberta às realidades do mundo e não sou demasiado pessimista", concluiu.

A RN, atualmente liderada por Jordan Bardella mas que mantém presente Marine Le Pen, venceu as eleições europeias em França com 31,5% dos votos, enquanto a coligação encabeçada pelo Renascimento, partido do Presidente, Emmanuel Macron, se ficou pelos 15,2%.

"Não posso fingir que nada aconteceu", justificou Macron ao anunciar a dissolução do parlamento e a convocação de eleições antecipadas para 30 de junho (primeira volta) e 07 de julho (segunda).

Le Pen reivindicou "uma eleição histórica" e aprovou a dissolução do parlamento, manifestando-se pronta para governar.

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