quinta-feira, 23 de maio de 2024

Espanha reconhece Palestina? Deputada israelita pede igual para Catalunha

© Reuters
Por  Notícias ao Minuto 23/05/24

Também o País Basco deverá ser alvo de um reconhecimento de independência por parte do governo israelita, como resposta ao reconhecimento da Palestina como estado que o executivo espanhol protagonizou.

A deputada israelita Sharren Haskel enviou uma carta ao governo de Israel, a exigir "o reconhecimento do País Basco e da Catalunha [entre outras regiões] como nações independentes".

Foi a própria deputada do partido New Hope a partilhar uma cópia da missiva nas redes sociais, como resposta ao anúncio de que o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, decidiu reconhecer a Palestina como estado, oficialmente, no dia 28 de maio.

"Deve responder-se a Espanha na mesma moeda", disse a deputada na carta, intitulada 'Petição para assinalar e reconhecer a independência da Catalunha, País Basco, Galiza, Andaluzia, Valência, Aragão, Canárias e Baleares'.

"Como pode Espanha trabalhar pela autodeterminação dos outros enquanto a nega às regiões dentro dela?", questionou a deputada, acrescentando que estas comunidades mostraram o seu desejo de independência "através de meios pacíficos e processos democráticos".

Mais, Haskel argumentou que as regiões em questão têm "um rico património cultural", sendo que "há muitos anos" que se "esforçam" por "administrar-se a si mesmas, cultivar a sua identidade e determinar o seu destino".

O anúncio feito por Espanha, Irlanda e Noruega de que vão reconhecer o Estado da Palestina a 28 de maio ocorre em plena guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em curso há mais de sete meses.

Significa, também, que a Palestina passará a ser reconhecida por 11 Estados-membros da União Europeia, dado que Espanha e Irlanda se juntarão a Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Malta, Polónia, Roménia, Suécia e Eslováquia.

Nas Nações Unidas, já reconheceram unilateralmente o Estado da Palestina 137 dos 193 membros da organização, de acordo com a Autoridade Nacional Palestiniana.

Leia Também: "Haverá consequências graves para as relações com estes países na sequência da sua decisão", declarou o porta-voz Oren Marmorstein, num comunicado divulgado após um encontro com os embaixadores dos três países europeus, que foram convocados para serem "repreendidos" um dia depois de terem anunciado a sua decisão de reconhecer o Estado da Palestina a partir de 28 de maio.  

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