Por sicnoticias.pt
Milhares de soldados recuperaram o controlo da cidade de Culiacan, no noroeste do México, que foi palco de conflitos por ocasião da detenção de Ovídio Guzmán, filho do conhecido traficante El Chapo, que provocou 29 mortes.
Cerca de 4.500 soldados patrulhavam as ruas da cidade, que tem 800 mil habitantes, e arredores, depois da ofensiva lançada pelo cartel de Sinaloa para procurar impedir a captura de uma dois seus alegados chefes, de 32 anos.
Durante a sua conferência de imprensa diária, o presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, disse que "a situação acalmou nas últimas horas".
O secretário da Defesa, Luis Cresencio Sandoval, informou que a operação para a captura de Ovídio Guzmán causou dez mortes entre os miliares e 19 entre os alegados criminosos, além de 35 militares feridos. Foram feitas ainda 21 detenções.
Membros das forças de segurança estavam a retirar dezenas de viaturas e camiões incendiados em vários locais da cidade, onde se registaram fortes trocas de tiros, incluindo a zona do aeroporto internacional. Um avião comercial e dois aviões da força aérea foram mesmo atingidos. Suspensos na quinta-feira, os voos foram restabelecidos hoje.
A captura de Ovídio Guzmán ocorreu três dias antes da chegada do presidente dos EUA ao país, para uma cimeira que também conta com o primeiro-ministro canadiano, Pierre Trudeau.
O ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano negou qualquer relação e excluiu qualquer extradição rápida.
Ovídio é o mais conhecido do grupo designado Os Chapitos, que também inclui os seus três irmãos - Joaquin, Ivan Archivaldo e Jesus Alfredo --, todos implicados no tráfico de droga, segundo as autoridades mexicanas.
Os EUA querem a extradição de Ovídio por tráfico de cocaína, metanfetaminas e marijuana para o país.
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