domingo, 22 de junho de 2025

EUA "não pretendem entrar em guerra" com Irão

Por   cnnportugal.iol.pt

A operação envolveu mais de 125 aviões e uma manobra de dissimulação que colocou bombardeiros sobre o Pacífico como “isco”

O secretário da Defesa norte-americano disse este domingo que os Estados Unidos “não pretendem entrar em guerra” com o Irão, mas avisou que vão agir “rápida e decisivamente” caso os interesses dos EUA sejam ameaçados por Teerão como forma de retaliação.

A missão, denominado ‘Operation Midnight Hammer’ (Operação Martelo da Meia-Noite) visou bombardeamentos a três grandes instalações do programa nuclear iraniano e não encontrou resistência iraniana, afirmaram Pete Hegseth e o chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos, Dan Caine, numa conferência de imprensa conjunta no Pentágono para explicar a operação de sábado à noite.

A missão, segundo o líder do Pentágono, não tinha como objetivo a mudança de regime iraniano.

"A operação não teve como alvo as tropas iranianas ou o povo iraniano. Trump afirmou há mais de 10 anos que o Irão não pode obter uma arma nuclear, ponto final. Graças à sua liderança ousada e visionária e ao seu compromisso com a paz através da força, as ambições nucleares do Irão foram destruídas", disse Pete Hegseth.

Por sua vez, o chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos deu conta que o objetivo da operação - destruir as instalações nucleares em Fordo, Natanz e Isfahan - tinha sido alcançado.

“Os danos finais de combate levarão algum tempo, mas as avaliações iniciais dos danos de combate indicam que os três locais sofreram danos e destruição extremamente graves”, disse Dan Caine.

Segundo o chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, a operação envolveu sobretudo sete bombardeiros furtivos B-2, diretamente responsáveis pelo ataque às instalações de Natanz, Isfahan e, sobretudo, Fordo, que foi atingida pelas bombas de alta penetração 'Massive Ordnance Penetrator' (MOP GBU-57), na primeira utilização operacional deste tipo de armamento em combate.

A operação envolveu mais de 125 aviões e uma manobra de dissimulação que colocou bombardeiros sobre o Pacífico como “isco”, segundo o general.

A missão, que partiu de uma base no Missouri, foi a mais longa realizada por bombardeiros B-2 desde os ataques de 11 de setembro de 2001, acrescentou Caine.

Os Estados Unidos entraram no sábado na guerra de Israel contra o Irão, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear iraniano, enquanto o Presidente Donald Trump ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se “a paz não chegar rapidamente”.


Leia Também:  "Não estamos em guerra com Irão, estamos em guerra com programa nuclear"...   O vice-presidente norte-americano sublinhou que os Estados Unidos não pretendiam uma mudança de regime no Irão, tampouco enviar mais tropas para o Médio Oriente, e que ambicionavam a paz "no contexto de não terem um programa de armas nucleares", tendo rejeitado as acusações de que "explodiram" com a diplomacia.

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