segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Ilhas no sul da Guiné-Bissau podem desaparecer

Não há capacidade de resiliência face à elevação do nível mar


Bissau – O Ministro dos Negócios de Estrangeiros da Guiné-Bissau, Artur Silva, alertou que o país não tem as condições nem capacidade de resiliência suficientes para fazer face à dimensão do desafio que a elevação do nível do mar.


Num discurso sobre a 31ª Sessão do Comité Permanente da Cooperação Económica e Comercial da Organização da Cooperação Islâmica, sobre alterações climáticas, que teve lugar em Istambul, Turquia de 23 a 26 de Novembro, que a PNN consultou, Artur Silva sublinhou ainda que existe um elevado risco que um conjunto de ilhas no sul da Guiné-Bissau podem mesmo desaparecer.

 Por outro lado, o chefe da diplomacia guineense disse ainda que a Guiné-Bissau é um país costeiro e com muitas ilhas sendo considerado pelo relatório “África Adaptation” GAP 2013 como primeiro país africano e o segundo no mundo mais vulnerável às severidades do clima.

 Para fazer face a esta situação, o governante informou que esta preocupante realidade tem merecido atenção do Governo e foi traduzido em políticas internas adequadas e com propósitos de edificar parcerias externas de forma a melhorar a capacidade de resiliência da Guiné-Bissau. “A consciência do país ser um dos Estados mais vulneráveis do mundo e a necessidade de fazer face aos referidos desafios que ameaça a sua própria existência, tem merecido grande atenção do Governo”, disse Silva.

 Sobre o encontro, Artur Silva disse esperar que contribua para elevar para novos patamares a cooperação económica e comercial entre os estados membros da Organização da Cooperação Islâmica, e sublinhou que a Guiné-Bissau dá uma grande importância à organização com uma atenção especial para os seus instrumentos técnicos, financeiros e comerciais ao serviço do estados membros.
 
Sumba Nansiln

(c) PNN Portuguese News Network

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