Por sicnoticias.pt 28/06/2025
Aprende por imitação com um operador humano, o AEON é a mais recente aposta da Hexagon para colmatar a escassez de mão de obra em várias indústrias, referem os seus criadores. O crescimento do interesse por robôs humanoides deve-se, em grande parte, às mudanças demográficas. O envelhecimento da população, tanto na Ásia como no Ocidente, aliado ao desinteresse dos jovens por trabalhos fabris, tem provocado uma crise de mão de obra global.
De acordo com previsões do Bank of America, o número de robôs humanoides produzidos anualmente poderá atingir 1 milhão de unidades até 2030.
O AEON foi apresentado ao público este mês, durante a Conferência Tecnológica Hexagon Live, em Las Vegas, onde demonstrou agilidade e capacidades espaciais.
A empresa global de tecnologia Hexagon, especializada em soluções de realidade digital, anunciou que o AEON, um robô humanoide, começará a ser testado em ambientes industriais reais ainda este ano, com o objetivo de complementar as equipas humanas.
O AEON combina Inteligência Artificial, inteligência espacial e 34 graus de liberdade, o que lhe confere elevada agilidade, versatilidade e perceção do ambiente.
Ao contrário de outras empresas de robótica que apostam em robôs que imitam o andar humano, a Hexagon defende que a locomoção por rodas é mais prática.
“Pick and place” e “aprendizagem por imitação”
O AEON consegue mover-se quatro vezes mais rápido do que um ser humano a andar, superar degraus e monitorizar o espaço circundante através de 22 sensores, incluindo 12 câmaras.
Estas capacidades, incluindo o chamado “pick and place” (pegar e colocar), tornam o AEON especialmente útil em contextos industriais e comerciais.
Este robô pode aprender tarefas através de diferentes métodos, incluindo uma forma de Inteligência Artificial chamada “aprendizagem por imitação”, onde um operador humano apenas precisa de mostrar ao robô o que fazer — como se se tratasse de um novo colega.
“O movimento do humano é replicado pelo humanoide, que depois executa a tarefa de forma autónoma”, explicou Lukas Heinzle, vice-presidente de tecnologia da Hexagon Robotics, em entrevista à agência Reuters.
“A teleoperação permite-nos passar da programação para a demonstração prática, e vemos isso como um caminho muito promissor”, acrescentou.
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