A violência protagonizada por grupos 'jihadistas' no Burkina Faso provocou 150.000 deslocados este mês, elevando para mais de 700.000 o número de pessoas obrigadas a abandonar as suas casas no último ano, anunciaram hoje as Nações Unidas.
O porta-voz do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Andrej Mahecic, afirmou hoje que o país é um dos mais afetados pela violência 'jihadista' - que afeta outras zonas no Sahel - e que os ataques destes grupos está a aumentar em frequência e intensidade.
De acordo com o porta-voz, os grupos 'jihadistas' têm realizado assassínios, violações e roubos a aldeias.
"Os ataques nesta região não têm fronteiras e a rapidez deste aumento da violência em apenas 12 meses é surpreendente", referiu o porta-voz, numa conferência de imprensa, tendo sublinhado que "o nível de atrocidades a que estão expostas as pessoas requer uma ação a longo prazo".
Para responder às necessidades da população, o ACNUR está a aumentar as suas operações na zona, em particular no âmbito da ajuda humanitária a deslocados e refugiados, assim como às comunidades que os acolhem.
O Burkina Faso, com uma população de cerca de 19 milhões de pessoas, é um dos cinco países que compõem o G5 do Sahel, grupo institucional para a coordenação da cooperação regional em políticas de desenvolvimento e questões de segurança na África Central, fundado em 16 de fevereiro de 2014, em Nouakchott, na Mauritânia, juntamente com o Mali, Mauritânia, Níger e Chade.
NAOM
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