quinta-feira, 23 de março de 2023

Pentágono quer prontidão face eventual confronto com China e reforço

© Wikimedia Commons

POR LUSA  23/03/23 

O Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) defendeu que as Forças Armadas devem estar preparadas para um possível confronto com a China, pressionando o Congresso a aprovar um orçamento com um aumento de 40% em relação a 2022.

"Este é um orçamento orientado para a estratégia -- e impulsionado pela seriedade da nossa concorrência estratégica com a República Popular da China", disse o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, num depoimento perante o subcomité de Defesa da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), onde foi pedir a aprovação do orçamento de 842 mil milhões de dólares (cerca de 775 mil milhões de euros).

Austin justificou as linhas do orçamento, com um aumento de 40% em relação ao ano anterior, enumerando uma forte aposta em novas tecnologias, como armas hipersónicas, para desenvolver capacidades militares no Pacífico e defender os países aliados.

O depoimento de Austin no Congresso ocorre logo após a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Moscovo, onde este se disponibilizou para estreitar relações com a Rússia, em plena guerra na Ucrânia.

Para o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley, as ações da China "estão a conduzir este país para o caminho do confronto e potencial conflito com os seus vizinhos e possivelmente com os Estados Unidos".

Na mesma sessão no subcomité, Milley admitiu que o orçamento agora proposto pelo Pentágono "é extraordinariamente caro, mas não é tão caro como travar uma guerra", defendendo que os gastos previstos podem "prevenir um possível conflito com a China".

Austin corroborou as preocupações dos chefes militares, dizendo que a crescente aliança entre China e Rússia, duas potências nucleares, são preocupantes.


Leia Também: Ucrânia. EUA aceleram envio de tanques Abrams para a frente de batalha

Rússia? "Um Estado puramente terrorista, que iremos neutralizar"

© Presidência da Ucrânia

Notícias ao Minuto   23/03/23 

No seu discurso diário, Zelensky falou sobre a visita a Kherson, onde "mais de 50 aldeias foram quase completamente destruídas pelos ocupantes".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, comentou, esta quinta-feira, a sua visita à região de Kherson, maioritariamente ocupada pelas tropas russas, e descreveu a Rússia como um “Estado puramente terrorista”, que será “neutralizado”.

No seu discurso diário à nação, citado pela presidência da Ucrânia, o chefe de Estado ucraniano referiu o ataque russo na cidade de Beryslav, que atingiu a sede da administração local, habitações e um museu. 

“Mesmo o museu histórico de Beryslav é uma ameaça à Rússia por alguma razão… É um Estado absolutamente descuidado, um Estado puramente terrorista, que iremos neutralizar”, garantiu.

Durante a visita a Kherson, Zelensky encontrou-se “com todos os responsáveis da região” e destacou que, no território recuperado pela Ucrânia, “mais de 50 aldeias foram quase completamente destruídas pelos ocupantes”.

“Em alguns locais, mais de 90% dos edifícios das aldeias estão arruinados. Mas mesmo em tais aldeias, as pessoas regressam, e isto é a prova de que a vida ainda prevalece”, considerou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


Leia Também: Ucranianos admitem informações falsas sobre retirada russa em Kherson

Primeiro dia de jejum (...) Presidente da república e Coordenador Nacional de MADEM-G15, na companhia de ministro Fidelis Forbs e Ndira Tavares! No ambiente de “ corta Jejum”


 Estamos a Trabalhar  23.03.023

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embalo recebeu esta quinta-feira (23.03) em audiência a delegação do Banco Mundial em visita ao país. O Ministro da Economia e Plano Integração Regional, José Carlos Varela explica os objetivos do encontro.

Radio Voz Do Povo

Mais de 30 técnicos de laboratório e médicos de deferentes hospitais de capital terminaram na final da tarde de ontem em Bissau, concretamente no Hospital Pediátrico de Bor a capacitação na matéria da Hematologia, que decorreu durante três dias.

Radio Voz Do Povo


⭐GUINEA FUTURES BISSAU COMPLETE DOCUMENTARIES🇬🇼🌍

 

Por GUINÉ BISSAU 🇬🇼 WGBTV


Veja Também:


Ucrânia. Líderes da UE saúdam acordo para entrega urgente de munições

© Lusa

POR LUSA   23/03/23 

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), reunidos em Bruxelas, congratularam-se hoje com o acordo alcançado esta semana pelos 27 com vista à entrega urgente de munições à Ucrânia "e, se solicitado, mísseis".

No final da sessão de trabalho dedicada à guerra na Ucrânia, e já depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se ter dirigido aos líderes europeus por videoconferência, pedindo ainda mais apoio militar, designadamente mísseis de longo alcance e aviões de combate modernos, o Conselho Europeu adotou conclusões, nas quais assegura que "continuará a prestar um forte apoio" a Kiev, incluindo militar.

Reportando-se ao compromisso político alcançado na passada segunda-feira, em Bruxelas, numa reunião conjunta de ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da UE, o Conselho Europeu congratula-se com o acordo "no sentido de entregar urgentemente munições terra-terra e de artilharia à Ucrânia e, se solicitado, mísseis, nomeadamente através de aquisições conjuntas e da mobilização de financiamento adequado, incluindo através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, com o objetivo de fornecer um milhão de munições de artilharia num esforço conjunto nos próximos 12 meses".

"A União Europeia e os Estados-membros estão a aumentar os seus esforços para ajudar a satisfazer as prementes necessidades militares e de defesa da Ucrânia", enfatizam os líderes europeus numa nota sobre as conclusões adotadas, apontando que "a União Europeia mantém-se firme e plenamente ao lado da Ucrânia" e continuará a prestar um forte apoio não só militar, mas também político, económico, financeiro e humanitário "durante o tempo que for necessário".

Por outro lado, os chefes de Estado e de Governo asseguram que a UE continua empenhada em "manter e aumentar a pressão coletiva sobre a Rússia, inclusive através de possíveis novas medidas restritivas, e em continuar a trabalhar sobre o limite dos preços do petróleo em conjunto com os parceiros".

O Conselho Europeu sublinha "a importância e a urgência de intensificar esforços para assegurar a implementação efetiva de sanções a nível europeu e nacional", diz-se "firmemente empenhado em prevenir e combater eficazmente a evasão em e por parte de países terceiros", e "convida o Conselho e a Comissão a reforçar todos os instrumentos de aplicação necessários e a desenvolver, juntamente com os Estados-Membros, uma abordagem plenamente coordenada para esse efeito".

O Conselho Europeu diz ainda "tomar nota dos mandados de captura recentemente emitidos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), contra o Presidente da Rússia e a sua comissária para os Direitos da Criança, pelo crime de guerra de deportação ilegal e transferência de crianças ucranianas de áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia", e afirma-se "firmemente empenhado" em assegurar a plena responsabilização pelos crimes de guerra e outros crimes mais graves cometidos em ligação com a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia.

Por fim, as conclusões adotadas pelos líderes dos 27 apontam que a UE vai continuar a providenciar todo o apoio relevante à vizinha Moldova, "incluindo o reforço da resiliência, segurança, estabilidade, economia e fornecimento de energia do país face às atividades desestabilizadoras dos atores externos" e "convida a Comissão a apresentar um pacote de apoio antes da sua próxima reunião".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: Líderes da UE defendem modernização da ONU em debate com Guterres

Wagner reduz operações? "Enquanto a Rússia precisar de nós, vamos lutar"

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto   23/03/23 

O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou, esta quinta-feira, que as operações estejam a ser reduzidas na Ucrânia após o comando militar russo ter cortado  no número de pessoas e munições ao grupo.

O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou, esta quinta-feira, que as operações estejam a ser reduzidas na Ucrânia após o comando militar russo ter cortado  no número de pessoas e munições ao grupo, como sugeriu um relatório da Bloomberg.

Na plataforma Telegram, Prigozhin, afirmou: "Não sei o que a Bloomberg está a relatar, mas aparentemente eles sabem melhor do que eu o que vamos fazer a seguir".

"Enquanto o nosso país precisar de nós, vamos lutar no território da Ucrânia", frisou.

O Prigozhin tem estado envolvido numa disputa com o Ministério da Defesa da Rússia durante meses depois de ter criticado a sua estratégia militar na Ucrânia.

Recentemente queixou-se da falta de munições e de apoio aos seus combatentes na linha da frente em Bakhmut, no leste da Ucrânia, sugerindo que estava a ser propositadamente sabotado pelo Ministério da Defesa.

No início de março, Prigozhin advertiu que toda a linha da frente poderia entrar em colapso se as suas forças fossem forçadas a retirar-se de Bakhmut.

Há sinais crescentes de que a ofensiva russa no leste da Ucrânia e nos arredores de Bakhmut está a perder força, segundo os analistas da defesa. Além disso, o comandante das Forças Terrestres Ucranianas, Oleksandr Syrskyi, avançou mesmo que o país vai lançar uma contraofensiva "muito em breve" na área à volta de Bakhmut.


Leia Também: Espanha tem seis tanques Leopard prontos a enviar para a Ucrânia

GUINÉ-BISSAU: Mendicidade? Líderes muçulmanos guineenses pedem "boa solução"

© Lusa

POR LUSA   23/03/23 

Os líderes da comunidade muçulmana da Guiné-Bissau apelaram hoje ao Presidente do país para encontrar "uma boa solução" para a questão da mendicidade de crianças, prática que Umaro Sissoco Embaló proibiu a partir da próxima segunda-feira.

Em conferência de imprensa conjunta, o presidente da União Nacional de Imames da Guiné-Bissau, Suleimane Embaló, e o líder da Associação de Pais e Mestres Corânicos, Mussá Kebe, afirmam que vão respeitar a ordem do chefe de Estado, mas também pedem que Sissoco Embaló os ajude a encontrar "uma boa solução" para o problema.

Na segunda-feira, a ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Conceição Évora, anunciou que a partir de 27 de março entra em vigor a ordem dada pelo Presidente guineense.

Umaro Sissoco Embaló ordenou ao ministro do Interior, que é também vice-primeiro-ministro, Soares Sambu, a prender o pai ou mestre corânico (professor do Corão) de qualquer criança apanhada na rua na mendicidade.

Centenas de crianças deambulam pelas ruas de Bissau e nas capitais de países vizinhos na mendicidade quando deixam as suas casas para aprender o Corão.

Desde o pronunciamento da ordem do Presidente guineense, vários mestres corânicos têm vindo a apelar no sentido de o chefe de Estado compreender a sua situação de dificuldade para sustentar as crianças que são mandadas para 'Daras' (escolas corânicas tradicionais).

O presidente da Associação de Pais e Mestres Corânicos da Guiné-Bissau, Mussá Kebe, disse que nenhum dono de "Dara" pretende desafiar a ordem do chefe de Estado, mas também apelou a que se encontre "uma boa solução".

"As 'Daras' são centros de construção da paz porque ensinam a religião de forma moderna. Nós não queremos o extremismo na nossa terra, por isso estamos a trabalhar com as crianças. Apelamos ao Estado para que dialogue connosco. Não queremos politizar esta questão", observou Mussá Kebe.

Este líder religioso disse ter dado orientações aos seus associados no sentido de respeitarem a ordem emitida pelas autoridades, mas lamentou que seria "muito feio constatar que um mestre corânico foi detido" na Guiné-Bissau "por estar a ensinar crianças", notou.

"Uma coisa podemos garantir: Não vamos parar de ensinar as nossas crianças porque isso seria o fim da nossa religião na Guiné-Bissau", sublinhou Mussá Kebe.

O dirigente islâmico salientou que "desde sempre" a sua organização "sempre tem apelado a que se tenha em conta a complexidade da questão das crianças" em processo aprendizagem do Corão.

Mussá Kebe afirmou ainda que o Estado deve aplicar as leis que entender serem necessárias para organizar a sociedade guineense, mas exortou sobre a necessidade de nada ser imposto aos religiosos "que não esteja na Constituição".

O presidente da União Nacional de Imames da Guiné-Bissau, Suleimane Baldé, enfatizou, igualmente, "não ser intenção dos religiosos desafiar o Estado", mas apenas apelar ao Presidente da República no sentido de encontrar "uma boa solução para o problema da criança Talibé".

Talibé é a designação dada a uma criança em processo de aprendizagem do Corão, sob a guarda de um mestre.

"Não queremos desafiar, mas queremos pedir ao Presidente que arranje uma solução para esta questão das 'Daras' que não são lugares para cansar as crianças, mas sim locais de as preparar para a vida", defendeu o líder dos imames da Guiné-Bissau.

Presidente da União Nacional dos imames Tcherno Sulaimane Balde deseja Ramadan Mubarak a população em Geral da Guine-Bissau


Radio Voz Do Povo

Conselho de Ministros reuniu-se esta quinta-feira (23.03), em Sessão Ordinária no Palácio da República, sob a presidência de Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló.

Radio Voz Do Povo

UE condena ameaças da Rússia ao Tribunal Penal Internacional

© Getty Images

POR LUSA   23/03/23 

A União Europeia (UE) condenou hoje as medidas adotadas por Moscovo contra os juízes e ao procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) envolvidos no mandado de captura contra o Presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra.

O Kremlin (Presidência russa) - em retaliação contra o mandado de captura emitido pelo TPI contra Putin e a sua comissária para os direitos da criança, Maria Alekseievna Lvova-Belova, pelo seu alegado envolvimento em sequestros e deportações de crianças ucranianas para a Rússia -- adotou sanções contra juízes e o procurador-geral do TPI, Karim Khan, tendo o ex-Presidente Dimitri Medvedev feito ameaças contra o tribunal.

Segundo um comunicado do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, a UE "deplora as medidas anunciadas pela Rússia contra o procurador e os juízes do TPI", ao mesmo tempo que condena "as ameaças ilegais" de uso de força contra o TPI.

"Qualquer ameaça retaliatória contra os que trabalham no TPI é inaceitável", lê-se ainda no comunicado, que sublinha o apoio total da UE à instituição e o compromisso europeu na defesa do tribunal.

Numa entrevista hoje divulgada em Moscovo, Medvedev (que foi chefe de Estado entre 2008 e 2012) salientou que uma eventual detenção "do atual chefe de um Estado nuclear" noutro território é considerada "uma declaração de guerra à Federação Russa".

A Rússia anunciou na segunda-feira a abertura de uma investigação criminal contra o procurador-geral e três juízes do TPI, após a emissão por aquela instância judicial de um mandado de captura visando Putin e Maria Lvova-Belova.

Num comunicado, o órgão legislativo do TPI lamentou, na quarta-feira, "essas tentativas de obstruir esforços internacionais que pretendem garantir a responsabilização por atos proibidos pelo direito internacional geral" e "reiterou igualmente a sua plena confiança no tribunal".

O procurador-geral do TPI, o britânico Karim Khan, que está há mais de um ano a investigar eventuais crimes de guerra ou contra a humanidade cometidos durante a ofensiva russa na Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro de 2022, declarou que o número de presumíveis deportações de crianças ucranianas para a Rússia ou territórios que ela controla "alcança os milhares".


Leia Também: TPI condena "ameaças" russas recebidas após emitir mandado de Putin


Leia Também: "Desejo do Ocidente é dividir a Rússia em várias partes", diz Medvedev

Pretória convida Putin para cimeira apesar de mandado de detenção do TPI

© Getty Images

POR LUSA   23/03/23 

A chefe da diplomacia sul-africana, Naledi Pandor, confirmou hoje que o seu país convidou Vladimir Putin para a cimeira do grupo de economias emergentes BRICS em agosto, apesar do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra ele.

"O Presidente Putin é um dos líderes dos BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] e é convidado para a cimeira, embora eu pense que o mandado (de detenção) do TPI é motivo de preocupação", disse Pandor, em Pretória, durante uma visita oficial à África do Sul dos reis belgas, Philippe e Mathilde.

Como Estado-membro do TPI, a África do Sul, que receberá a cimeira de chefes de Estado e de Governo do BRICS em Durban (leste) em agosto, é obrigada a cooperar na detenção de Putin, depois de o tribunal internacional ter emitido na sexta-feira um mandado de detenção para o líder russo por alegados crimes de guerra.

"Precisamos de debater a questão no gabinete [governo sul-africano] para decidir como vamos agir", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros, cujo país detém este ano a presidência rotativa do BRICS, ao afirmar que a avaliação desta questão será o mais rápido possível.

A chefe da diplomacia sul-africana abordou a questão após a Rússia ter dito hoje que está confiante em que a África do Sul irá assegurar um trabalho eficaz para todos os países e seus representantes, incluindo os líderes, na cimeira.

"Já mencionei noutras ocasiões o problema da duplicidade de critérios nos assuntos globais. Há muitos outros países que têm estado envolvidos em guerras, invasões de territórios, assassínios de pessoas e detenções de ativistas, mas nenhum deles foi chamado pelo TPI", acrescentou Pandor.

A ministra acrescentou parecer "que quando alguém é poderoso e goza de um estatuto particular na comunidade internacional, pode safar-se e isto é preocupante porque afeta a objetividade do TPI como um árbitro justo".

Em junho de 2015, o executivo sul-africano viu-se numa situação semelhante quando o então Presidente sudanês Omar al-Bashir, sobre o qual pendia uma ordem de detenção por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a Humanidade, participou numa cimeira da União Africana (UA) em Joanesburgo.

Pretória argumentou que não podia deter Al-Bashir devido à sua imunidade diplomática como chefe de Estado e deixou-o aterrar no país, mas o líder sudanês regressou a Cartum em menos de 48 horas para evitar problemas com o poder judicial, que, em obediência ao TPI, ordenou a sua prisão.

O tribunal internacional decidiu meses mais tarde instaurar um processo contra a África do Sul pela sua falta de cooperação, mas em 2017 recusou-se a remeter a situação para o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a fim de proteger a cooperação futura com o país africano.

A África do Sul afirmou no ano passado ter adotado uma posição neutra na guerra da Rússia contra a Ucrânia, e apelou ao diálogo e à diplomacia para resolver o conflito.

Esta posição não está apenas ligada ao papel político e económico estratégico de Moscovo em alguns países africanos, mas também a razões históricas como o apoio da Rússia aos movimentos anticoloniais e de libertação no século XX, como a luta contra o regime de segregação racial 'apartheid' no caso da África do Sul.

O Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo BRIC em 2006, ao qual a África do Sul se juntou em 2010, acrescentando a letra S [de South Africa em inglês) à atual sigla.


Leia Também: Se for à Hungria, Putin não será preso. "Leva a uma maior escalada"

Primeiros quatro MiG-29 eslovacos já foram entregues a Kyiv... Os primeiros quatro caças MiG-29 eslovacos foram entregues à Ucrânia, declarou hoje uma porta-voz do Ministério da Defesa da Eslováquia.

© Lusa

POR LUSA  23/03/23 

"As primeiras quatro aeronaves de combate MiG-29 foram entregues às forças armadas ucranianas", afirmou Martina Kakascikova, em comunicado, garantindo que os outros nove caças prometidos serão enviados "nas próximas semanas".

A entrega de 13 caças MiG-29 à Ucrânia foi anunciada pelo primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, em 17 de março.

Segundo o comunicado do executivo de Bratislava, a transferência dos caças foi realizada "por pilotos ucranianos, com a ajuda da Força Aérea eslovaca".

Dos 13 caças eslovacos, três serão usados para a reposição de peças em outras aeronaves.

Bratislava havia declarado que também entregaria parte do sistema de defesa antiaérea Koub a Kyiv.

Anteriormente, outro Estado-membro da NATO, a Polónia, tinha também decidido entregar quatro caças MiG-29 à Ucrânia.

Na quarta-feira, o Governo da Eslováquia confirmou que os Estados Unidos lhe ofereceram um desconto na compra de equipamento militar -- no valor de mil milhões de dólares (918 milhões de euros) - em troca dos 13 caças MiG-29 soviéticos que as autoridades eslovacas prometeram à Ucrânia.

Trata-se da venda à Eslováquia pelos Estados Unidos de 12 helicópteros de combate Bell AH-1Z Viper e de mais de 500 mísseis, bem como o treino dos seus técnicos e pilotos.

"A oferta é muito favorável e mostra o elevado grau de confiança na Eslováquia", disse na quarta-feira o ministro da Defesa eslovaco, Jaroslav Nad, na rede social Facebook.

Nad afirmou que foi graças às boas relações com os Estados Unidos e ao apoio claro de Bratislava à Ucrânia na guerra com a Rússia que a Eslováquia foi o primeiro país a beneficiar da oferta norte-americana.

O ministro eslovaco explicou que as condições oferecidas pelos Estados Unidos são também uma forma de compensação pelo atraso na entrega dos caças F-16 prometidos à Eslováquia.

Os aliados ocidentais de Kyiv têm fornecido equipamento militar às forças armadas ucranianas desde que o país foi invadido pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022.

A invasão desencadeou uma guerra que é considerada como a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: Eslováquia vai ter desconto em armamento por entregar caças MiG a Kyiv

Parlamento britânico decretou bloqueio do TikTok... A decisão diz respeito aos funcionários da Câmara dos Comuns e dos Lordes.

© Getty Images

Notícias ao Minuto  23/03/23 

Depois do governo do Reino Unido ter determinado que a app TikTok devia ser desinstalada pelos respectivos oficiais, o Parlamento do país decidiu seguir esta mesma decisão em relação aos seus funcionários.

Recordar que esta decisão do Parlamento abrangerá tanto a Câmara dos Comuns como a Câmara dos Lordes, o que significa que o TikTok não poderá ser instalado nos dispositivos oficiais. Entretanto, quem tiver a aplicação instalada deverá eliminá-la.

“Depois da decisão do governo em banir o TikTok de telemóveis do governo, as comissões da Câmara dos Comuns e dos Lordes decidiram que o TikTok deverá ser bloqueado em todos os telemóveis oficiais e na rede parlamentar”, pode ler-se no comunicado do porta-voz do Parlamento partilhado pelo Daily Mail.

Recordar que o TikTok tem sido alvo de cada vez mais pressões de vários países, tendo já sido banido de telemóveis oficiais pelos governos de países com o EUA e do Canadá. Além disso, as três principais instituições da União Europeia também já proibiram a app nos telemóveis dos seus funcionários.


Leia Também: Quem beneficiaria com o bloqueio do TikTok?

PR deseja Ramadão Moubarack aos muçulmanos

A comunidade muçulmana da Guiné-Bissau inicia hoje o jejum, mês sagrado de Ramadão. 

A partir de hoje e durante 30 dias, os fiéis muçulmanos, durante a madrugada e ao pôr do sol, vão deixar de comer e beber. 

A abstinência inclui também várias outras práticas em respeito as obrigações do terceiro pilar da religião Islâmica.

Por esta ocasião, o Presidente da República deseja Ramadan Mubarak a comunidade muçulmana e ao povo guineense em geral.

Radio Voz Do Povo

Presidente do Senegal pede medidas para "ordem pública" após protestos

© Getty Images

POR LUSA   23/03/23 

O Presidente do Senegal, Macky Sall apelou hoje às forças de segurança para "adotarem todas as medidas apropriadas" para garantir a "ordem pública", após manifestações convocadas pela oposição, que resultaram na morte de pelo menos uma pessoa.

O Presidente sublinhou, num comunicado divulgado pelo Governo senegalês, "o imperativo de preservar o progresso democrático e a ordem pública" e recordou que "o Senegal é um Estado de direito de referência e uma democracia exemplar".

Sall exigiu ao executivo que "sejam tomadas todas as medidas adequadas para garantir a segurança no território nacional e a segurança absoluta de pessoas e bens após os problemas de ordem pública dos últimos dias".

Na capital do Senegal, Dacar, e noutras cidades do país têm decorrido mobilizações nos últimos dias para protestar contra o julgamento, por alegada difamação, do líder da oposição Ousmane Sonko, que também é presidente da Câmara de Ziguinchor (sul).

Sonko, que teve de receber cuidados num hospital, denunciou na segunda-feira a "brutalidade" exercida pelas forças de segurança contra si e disse que o objetivo era "causar-lhe danos físicos".

Sobre o processo judicial, afirmou que procura uma condenação que o afaste das eleições presidenciais marcadas para 2024.

O atual chefe de Estado rejeitou na segunda-feira as alegações de que se prepara para violar a lei e tentar um novo mandato, sublinhando que "no plano jurídico o debate está encerrado há muito tempo", mas sem assegurar se já decidiu que não irá às urnas novamente.

A oposição denunciou repetidamente que o Presidente tem planos de concorrer a um terceiro mandato, quando a Constituição senegalesa limita o número total de mandatos a dois.

Presidente da Finlândia ratifica adesão à NATO

© Lusa

POR LUSA   23/03/23 

O Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, ratificou hoje a legislação para o país entrar na NATO, já aprovada quase por unanimidade pelo Parlamento, concluindo o último passo do processo nacional de aprovação da adesão à Aliança Atlântica.

A 01 deste mês, o Eduskunta (Parlamento finlandês) aprovou com 184 votos a favor e sete contra a adesão do país nórdico à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), uma decisão histórica que pôs fim a décadas de neutralidade militar e que visa agora fortalecer a segurança contra uma eventual agressão da vizinha Rússia.

O processo de adesão da Finlândia, que se candidatou em maio de 2022, ao mesmo tempo que a Suécia, será concluído assim que for ratificado pela Hungria e pela Turquia, os dois únicos membros da NATO que ainda não o aprovaram.

Depois de adiar várias vezes o debate e a subsequente votação parlamentar sobre a entrada dos dois países nórdicos na Aliança Atlântica, Budapeste anunciou recentemente que o Parlamento irá votar a favor da entrada da Finlândia na próxima segunda-feira.

Por seu lado, há cerca de uma semana, durante uma visita de Niinistö a Istambul, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que Ancara dará "luz verde" à adesão da Finlândia na NATO, embora ainda não se saiba quando terminará o processo de ratificação no Parlamento turco.

As autoridades finlandesas querem que a adesão à NATO seja concluída o mais rapidamente possível, a tempo de poderem participar na Cimeira da Aliança Atlântica, que decorrerá na Lituânia, a 11 e 12 de julho como membros de pleno direito.

O objetivo inicial de Helsínquia era formalizar a adesão ao mesmo tempo que a Suécia, mas a relutância da Hungria e, sobretudo, da Turquia à entrada de Estocolmo poderá prolongar o processo sueco.

No final de fevereiro, o primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, garantiu que, embora apoie a integração, tanto a Suécia como a Finlândia "espalham mentiras" sobre a situação da democracia e do Estado de direito na Hungria.

Erdogan mantém o veto à entrada da Suécia por Estocolmo se recusar a extraditar pessoas que Ancara considera ligadas a organizações terroristas, especialmente da esfera curda, e exige a continuação das negociações.


Leia Também: Ucrânia. NATO pede à Suíça que suspenda proibição de reexportar armas

Associação dos mestres coranicos e União Nacional dos imames reage sobre a proibição das crianças talibês que circulam em Bissau em situação de mendicidade.

 Radio Voz Do Povo 

Rússia lança foguetão com satélite militar a bordo

© Reuters

 POR LUSA   23/03/23 

A Rússia lançou hoje um foguetão do tipo Soyuz-2.1b com um satélite militar a bordo, disse o ministro da defesa, Serguei Shoigu.

As Forças Armadas da Federação Russa lançaram o foguetão Soyuz-2.1b, utilizado como lançador de cargas, às 09:40 da manhã, eram 06:40 em Lisboa, a partir do Cosmódromo de Testes Estatais do Ministério da Defesa em Plesetsk, na região de Arkhangelsk.

O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, disse que o satélite ficará em órbita ao serviço do Ministério da Defesa.

Em agosto de 2022, foi lançado um satélite militar de vigilância, depois de vários outros equipamentos de comunicações, navegação e militares.


Leia Também: Detenção de Putin no estrangeiro? Seria "declaração de guerra" à Rússia

Ordem dos Advogados em conferência de imprensa sobre as principais resoluções da Assembleia da União dos Advogados de Língua Portuguesa"UALP" realizada em Lisboa.

Radio TV Bantaba 

Braima Camará: Hoje é o início do Ramadão, um período em que os fiéis muçulmanos oferecem o seu sacrifício a Allah.

É um momento de reflexão profunda, reavaliação de pensamentos e atos.

É o momento do perdão ao próximo em busca da paz.

Desejo a todos um santo RAMADAN KAREEM

Braima Camará

OLEH ZHDANOV: Situação "estabilizada" em Bakhmut. Forças russas "não conseguiram nada"

© Youtube

Notícias ao Minuto  23/03/23 

A posição é do analista e militar ucraniano Oleh Zhdanov. "As forças ucranianas estabilizaram mais ou menos a situação em Bakhmut - e as forças russas são incapazes de fazer qualquer coisa" salientou.

Na linha da frente em Bakhmut, a análise parece sugerir que a ofensiva russa está estagnada, referiu o analista e militar ucraniano Oleh Zhdanov, na noite de quarta-feira.

"As forças ucranianas estabilizaram mais ou menos a situação em Bakhmut - e as forças russas são incapazes de fazer qualquer coisa" salientou num vídeo publicado na rede social YouTube, acrescentando que embora o inimigo possa ter "avançado algumas centenas de metros a norte e sul da cidade, não conseguiram nada".

Essa posição apoia uma avaliação feita pela inteligência militar britânica de que a ofensiva russa na cidade está a perder força.

Também o Estado-Maior militar da Ucrânia concordou que o potencial ofensivo da Rússia em Bakhmut estava a diminuir. "O inimigo continua a conduzir operações ofensivas, a sofrer grandes baixas e a perder uma quantidade significativa de armas e equipamentos militares", referiu o Estado-Maior do Exército da Ucrânia, num relatório, esta quinta-feira, citado pela Reuters.

Discutível na influência na guerra na Ucrânia, Bakhmut, no leste do país, tornou-se num ponto central numa batalha com mais de sete meses e milhares de baixas do lado russo e ucraniano, de que nenhuma das partes parece abdicar. Para alguns analistas Bakhmut é pouco importante estrategicamente, já outros veem-na como uma via de acesso russo ao controlo da província de Donetsk.


Leia Também: Forças ucranianas vão libertar brevemente Bakhmut, diz oficial

Bíblia mais antiga do mundo exposta pela primeira vez em Israel

Bíblia mais antiga do mundo exposta pela primeira vez em Israel Lisboa, 23 mar 2023 (Lusa) -- O Codex Sassoon, a mais antiga e completa Bíblia hebraica, será exibido pela primeira vez num museu em Israel antes de ser leiloado por um valor que poderá chegar aos 46 milhões de dólares, revelou o governo israelita. © Getty Images

Notícias ao Minuto  23/03/23 

O Codex Sassoon, a mais antiga e completa Bíblia hebraica, será exibido pela primeira vez num museu em Israel antes de ser leiloado por um valor que poderá chegar aos 46 milhões de dólares, revelou o governo israelita.

O leilão será promovido pela Sotheby´s e irá realizar-se em meados de maio em Nova Iorque, mas antes, o Codex estará exposto, a partir de quinta-feira, em Tel Aviv.

"O Museu do Povo Judaico em Tel Aviv tem a honra de apresentar exclusivamente em Israel o Codex Sassoon: a mais antiga e completa Bíblia hebraica, numa exposição especial de uma semana antes do seu leilão marcado para 16 de maio", revelou o Governo de Israel num comunicado citado hoje pela agência de notícias espanhola EFE.

A exposição é gratuita e vai decorrer entre os dias 23 a 29 de março, altura em que se poderá ver o texto antigo, escrito em pergaminho de pele de carneiro, que permaneceu durante séculos fora do alcance do grande público.

Composta por 24 livros divididos em três partes - o Pentateuco, os Profetas e os Escritos - a Bíblia hebraica constitui a base do Judaísmo, assim como das outras religiões como o Cristianismo ou o Islão.

O Cristianismo reconhece estes textos como o Antigo Testamento, e são incorporados no cânone bíblico por correntes católicas, ortodoxas, protestantes e outras.

O Islão considera histórias da Bíblia hebraica, muitas das quais estão incluídas no Alcorão e outras obras significativas da literatura islâmica.

Bíblia mais antiga do mundo exposta pela primeira vez em Israel Lisboa, 23 mar 2023 (Lusa) -- O Codex Sassoon, a mais antiga e completa Bíblia hebraica, será exibido pela primeira vez num museu em Israel antes de ser leiloado por um valor que poderá chegar aos 46 milhões de dólares, revelou o governo israelita. © Getty Images👇








Leia Também: Polónia volta a ter embaixador em Israel depois de relações cortadas

EUA convidam 120 líderes para a 2.ª Cimeira das Democracias

© Reuters

POR LUSA  23/03/23 

O Governo norte-americano liderado por Joe Biden convidou 120 líderes de todo o mundo para a cimeira das democracias, que decorre na próxima semana, incluindo representantes de oito países que não foram convidados para o evento inaugural, em 2021.

Fonte do Governo dos EUA adiantou à agência Associated Press (AP) o número de líderes globais convidado para o evento.

Os países da Bósnia-Herzegovina, Gâmbia, Honduras, Costa do Marfim, Liechtenstein, Mauritânia, Moçambique e Tanzânia receberam convites para a cúpula deste ano, depois de ficarem de fora da lista de convidados para o encontro de 2021.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, intervirá de forma virtual no primeiro dia do evento, 28 de março, e falará sobre a sua visão de uma "paz justa e duradoura" para a Ucrânia, invadida pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022, segundo o programa da reunião divulgado pelo Departamento de Estado norte-americano.

Zelensky falará num painel moderado pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, no qual participarão chefes da diplomacia de um "grupo de países regionalmente diversificado", com o objetivo de haver diferentes perspetivas, de acordo com o Departamento de Estado.

A cimeira deste ano realiza-se na próxima quarta e quinta-feira, sendo coorganizado pelos governos da Costa Rica, Países Baixos, Coreia do Sul e Zâmbia.

O primeiro dia da cimeira será virtual e será seguido de encontros híbridos em cada um dos países anfitriões, com a participação de representantes do Governo, da sociedade civil e do setor privado.

O mundo passou por grandes mudanças desde a cimeira de dezembro de 2021, com os países a enfrentarem uma pandemia global.

Depois, seguiu-se a invasão russa da Ucrânia, a guerra de maior escala na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, que devastou o país do leste europeu e abalou a economia global.

O Presidente norte-americano irá procurar argumentar que os eventos do ano passado colocaram em evidência que o Governo democrático baseado no Estado de Direito e na vontade da população continua a ser, apesar de tudo, o melhor sistema para promover a prosperidade e a paz, adiantaram fontes da Casa Branca.

Biden inicialmente propôs a ideia de uma cimeira da democracia durante a sua campanha presidencial de 2020 e repetidamente tem defendido que os EUA e aliados com ideias semelhantes precisam de mostrar ao mundo que as democracias são um veículo melhor para as sociedades do que as autocracias.


Leia Também: Guterres junta-se aos líderes da UE em nova cimeira sob signo da guerra

UCRÂNIA/RÚSSIA: Central nuclear de Zaporíjia em "estado precário"

© Lusa

POR LUSA  23/03/23 

A segurança nuclear da central ucraniana de Zaporíjia encontra-se num "estado precário", advertiu na quarta-feira o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, num comunicado.

De acordo com a agência, a "última linha elétrica de emergência" da central, danificada desde 01 de março, continua "desligada e em reparação". A linha permite à central garantir a segurança nuclear como último recurso, nomeadamente através do arrefecimento dos reatores.

Durante as últimas três semanas, a central tem dependido da eletricidade fornecida por uma única linha externa principal de 750 quilovolts (kV), e "qualquer dano [a esta linha] resultará na perda total de toda a alimentação exterior à central".

"A segurança nuclear dentro da central permanece num estado precário", disse Grossi. "Apelo mais uma vez a todas as partes para que se comprometam a garantir a segurança nuclear da central", acrescentou.

A 09 de março, a central, ocupada pelo exército russo, foi isolada da rede elétrica ucraniana durante 11 horas, na sequência de um ataque russo.

Os geradores de emergência a diesel tinham sido ligados para fornecer energia mínima aos sistemas de segurança, de acordo com a Energoatom, que gere a instalação e alertou para o risco de um acidente nuclear.

"Estamos a brincar com o fogo", avisou Grossi.

O Alto Representante da União Europeia, Josep Borell, concordou: "Esta é uma grave violação da segurança nuclear, causada pela Rússia. (...) Zaporíjia é a maior central nuclear da Europa. E a Rússia está a pôr em perigo a segurança de todo o continente europeu, incluindo a Rússia".

Sem a eletricidade produzida por estes geradores, o sobreaquecimento do combustível do reator pode conduzir rapidamente a um acidente nuclear, num cenário semelhante ao da central de Fukushima no Japão em 2011.


Leia Também: O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, alertou, esta quarta-feira, que a Rússia “dará uma resposta assustadora” à Ucrânia, caso o país use as munições com urânio empobrecido que serão enviadas pelo Reino Unido.

FERNANDO RODRIGUEZ GORDO PEDALOU DE ESPANHA ATÉ À GUINÉ-BISSAU

Por: Alison Cabral  Rádio Jovem Bissau

O cidadão espanhol, Fernando Rodriguez Gordo, fez um percurso inédito de uma aventura de bicicleta de Espanha para a Guiné-Bissau.

Antes de chegar à Guiné-Bissau, o cicloturismo passou pelo Marrocos, Argélia, Sara Ocidental, Senegal e a Gâmbia.

Rodriguez Gordo, de 37 anos de idade, deixou a sua terra natal (Espanha) no mês de dezembro do ano passado e só conseguiu chegar à Guiné-Bissau neste mês de março de 2023.   

O cicloturismo disse à Rádio Jovem Bissau e à Rádio Difusão Nacional (RDN) que foi uma viagem difícil e que durante o percurso pernoitou nos hotéis e nas residências de algumas pessoas nos diferentes países onde passou até chegar à Guiné-Bissau.

Ao chegar a Bissau, Gordo foi visitar a jornalista da RDN, Fátima Tchuma Camará, que é familiar do marido da mulher tia do amigo do cicloturismo espanhol.

Gordo, que já visitou a ilha de Bubaque, diz que, nos próximos dias, vai deslocar-se à República da Guiné-Conacri, embora não precise o dia e data da viagem.


quarta-feira, 22 de março de 2023

Cantor russo crítico de Putin morre afogado após cair em rio gelado

© Cream Soda/Instagram

Notícias ao Minuto   22/03/23 

Dima Nova fazia parte da banda Cream Soda, que, em 2021, lançou a música 'Akvadiskoteka', inspirada na alegada mansão milionária de Putin e que se tornou um hino dos protestos contra a detenção do opositor Alexei Navalny.

O cantor russo Dmitry Svirgunov, conhecido como Dima Nova, morreu na noite de domingo, após cair no gelo do rio Volga, o maior rio da Europa. Segundo o jornal independente russo Meduza, o acidente aconteceu na aldeia de Dievo-Gorodishche, na região russa de Yaroslav.

“Durante uma caminhada noturna sobre o gelo do rio Volga, o produtor musical Dmitry Svirgunov (mais conhecido como Dima Nova, um dos artistas por detrás do popular grupo synth-pop Cream Soda) caiu na camada de gelo, juntamente com quatro amigos”, revelou o Meduza.

Um dos amigos foi encontrado morto pouco tempo após o início das buscas. Já o músico, o seu irmão, de 25 anos, e um amigo, de 28 anos, foram dados como desaparecidos. O amigo, Gosha Kiselev, foi resgatado com vida, mas acabou por morrer na ambulância.

O corpo do artista, de 35 anos, foi posteriormente encontrado e o irmão continua desaparecido.

Em 2021, a banda de Dima Nova, Cream Nova, lançou a música ‘Akvadiskoteka’ (Aqua Disco, em inglês), que se tornou um hino anti-Putin. Segundo a imprensa internacional, o tema é uma crítica à alegada mansão milionária de Putin na costa do Mar Negro - avaliada em mais de 1,2 mil milhões de euros.

O Fundo Anticorrupção do opositor russo Alexei Navalny revelou um relatório com pormenores sobre a residência, entre os quais a existência de uma discoteca aquática.

No mesmo ano, a Rússia foi palco de inúmeros protestos contra o regime de Putin - intensificados pela detenção de Navalny - e a música tornou-se um hino das manifestações, que chegaram a ser chamadas de “Aqua Disco Parties”.

O grupo Cream Soda foi formado em 2012 e conta com quatro álbuns lançados.