Esta segunda-feira celebra-se o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa.
A data visa promover os princípios fundamentais da liberdade de imprensa, combater os ataques feitos aos media e impedir as violações à liberdade de imprensa, lembrar os jornalistas que são vítimas de ataques, capturados, torturados ou a quem são impostas limitações no exercer da sua profissão, bem como prestar homenagem a todos os profissionais que perderam a vida, vítimas de ataques ou organizações terroristas.
Na Guiné-Bissau, a Casa dos Direitos e o Sindicato dos Jornalistas e Ordem dos Jornalistas levam a cabo um debate sobre a liberdade de informação.
A RTB lembra que todos os anos vários jornalistas são capturados e mantidos prisioneiros em diversas partes do mundo, com destaque para os países onde vigoram regimes ditatoriais.
A associação Repórteres Sem Fronteiras vem desenvolvendo esforços para proteger os profissionais de comunicação social em todo o mundo e alertar para os perigos a que estão sujeitos no desempenho do seu trabalho.
Este ano o tema escolhido pelas Nações Unidas é a “Informação como bem público”.
Numa mensagem de vídeo divulgada no site da ONU News, o secretário-geral António Guterres lembrou os desafios criados pela Covid-19, que segundo ele, “sublinham o papel crítico da informação confiável, verificada e universalmente acessível para salvar vidas e construir sociedades fortes e resilientes.”
O antigo primeiro-ministro de Portugal disse também que, durante a pandemia e em outras crises, incluindo a emergência climática, “jornalistas e profissionais da imprensa ajudam a população a navegar por um cenário de informações em constante mudança”, ao mesmo tempo em que se enfrenta imprecisões e inverdades perigosas.
Guterres salientou que em muitos países, os profissionais correm grandes riscos pessoais, incluindo novas restrições, censura, abuso, assédio, detenção e até morte, simplesmente por fazerem o seu trabalho.
Este governante vai mais longe e sublinhou o impacto da pandemia que atingiu duramente muitos meios de comunicação, ameaçando a sua própria sobrevivência.
Durante a sua comunicação, o líder da ONU apelou aos governos que façam tudo ao seu alcance para apoiar a liberdade, a independência e a diversidade dos mídia.
Guterres disse acreditar que “o jornalismo livre e independente” é um é aliado no combate à desinformação.
Por fim, o governante luso pediu uma reflexão e renovação dos esforços para proteger a liberdade de imprensa, para que “a informação continue a ser um bem público para todos que salva vidas.”
Para assinalar a data, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, organizou a Conferência Global sobre a data em parceria com o Governo da Namíbia.
Este ano, comemora-se o 30º aniversário da Declaração de Windhoek para o Desenvolvimento de uma Imprensa Africana Livre, Independente e Plural.
A iniciativa, que decorre na capital da Namíbia, inclui eventos virtuais e presenciais, como palestras, mostras artísticas e exibições de filmes e junta líderes do setor, ativistas, políticos, especialistas em mídia, artistas e pesquisadores de todo o mundo.
A ação tem por objetivo chamar a atenção urgente para a ameaça de extinção enfrentada pela mídia local de todo o mundo, uma crise agravada pela pandemia, onde serão apresentadas ideias para enfrentar os desafios online, aumentar a transparência das empresas de internet, fortalecer a segurança dos jornalistas e melhorar suas condições de trabalho.
Em 2013, foi aprovado o Plano de Ação das Nações Unidas para a Segurança de Jornalistas, que visa criar um ambiente seguro para profissionais do ramo em todo o mundo.
O Dia Internacional da liberdade de imprensa e de expressão foi celebrada pela primeira vez em 1993, com intuito de unir esforços de entidades, jornalistas, ativistas e outros cidadãos.
VJ
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