sexta-feira, 24 de março de 2023

Rússia terá recrutado mercenários na Bielorrússia e Angola para combater

© Reuters

Notícias ao Minuto  24/03/23 

Acerca da estratégia russa de "envolver ainda mais mercenários" no conflito no leste europeu, o Centro Nacional de Resistência da Ucrânia explicou que se deve ao facto de a sua eventual morte não provocar "tensão social" na Rússia.

O Centro Nacional de Resistência da Ucrânia, numa publicação feita na sua página oficial, deu conta de que o "inimigo" russo "procura formas de restaurar o seu potencial ofensivo para continuar a guerra" - nomeadamente, na Bielorrússia e em Angola.

Na nota, a mesma fonte denuncia que os "ocupantes" russos "esperam envolver" na guerra "até 2.000 mercenários da Bielorrússia" pertencentes à empresa de segurança privada GardService - para compensar as "pesadas perdas" sofridas pelas suas forças armadas no terreno.

"Além disso, sabe-se que cerca de 100 mercenários de Angola chegaram já à Rússia", elabora a mesma nota, que dá conta de que a "participação" destes combatentes na guerra em território ucraniano "foi pessoalmente acordada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, durante a sua visita ao país africano" citado.

Acerca da estratégia russa de "envolver ainda mais mercenários" no conflito no leste europeu, o Centro Nacional de Resistência da Ucrânia explicou que se deve ao facto de a sua eventual morte não provocar "tensão social" na Rússia - ao contrário do que acontece se isso acontecer com combatentes recrutados no contexto de uma mobilização geral na Rússia.

Um estudo do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), 'um think-tank' norte-americano especializado em geopolítica, deu recentemente conta de que, no último ano, terão morrido entre 60 mil e 70 mil militares russos na Ucrânia - incluindo elementos das forças armadas, combatentes mercenários e outros envolvidos nas investidas russas no terreno.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


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"Destruir infeção" ucraniana. Rússia não exclui avanço até Kyiv ou Lviv

© Reuters

Notícias ao Minuto  24/03/23 

O antigo presidente russo, Dmitry Medvedev, mostrou que o país está disposto a ir até onde for preciso para conquistar os seus objetivos na Ucrânia.

As forças russas poderão ter de avançar até cidades ucranianas como Kyiv ou Lviv para conquistar os seus objetivos no terreno de batalha, segundo o alerta recentemente feito pelo antigo presidente russo, Dmitry Medvedev, em entrevista a uma agência noticiosa russa, reporta o Guardian.

"Nada pode ser excluído. Se tivermos de ir até Kyiv, então iremos até Kyiv. Se o mesmo for válido para Lviv, então iremos para Lviv para destruir esta infeção", disse o ex-chefe de Estado russo, aqui citado pela agência RIA Novosti. 

Numa publicação na rede social Telegram, Dmitry Medvedev partilhou, ainda, excertos de alguns momentos recentes de entrevista, onde faz algumas observações acerca das sanções aplicadas pelas autoridades ocidentais à Rússia, na sequência da sua agressão na Ucrânia.

"Se algo semelhante tivesse acontecido no período soviético, seria muito difícil para nós, não é totalmente claro como iríamos lidar com a situação", reconheceu o ex-chefe de Estado russo, que acrescentou: "Mas agora nós criámos o nosso próprio setor agroalimentar, moderno e competitivo".

E notou, ainda: "Portanto, podemos alimentar-nos sozinhos. Estamos agora a alimentar os outros. Não recorremos a ninguém, recorrem a nós".

O ex-presidente da Rússia fez ainda algumas observações acerca dos valores de inflação no país, argumentando que os mesmos são, de momento, mais baixos do que em alguns países europeus. "Sintam a diferença. Começaram esta campanha, começaram a lutar contra nós, e agora a inflação está nos 15-20% em alguns países. Bem, é o que precisam", concluiu.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


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Mais de 450 detidos durante confrontos em França. Governo acusa extrema-esquerda de "querer atacar a República"

França (AP Photo/Aurelien Morissard)

Por Agência Lusa 24/03/23

França voltou a ser palco de novos confrontos entre a polícia e manifestantes contra o aumento da idade da reforma

Os distúrbios que marcaram alguns protestos de quinta-feira em França, contra a reforma das pensões, levaram à detenção de 457 manifestantes e 441 agentes ficaram feridos, revelou o Ministério do Interior

Os números foram fornecidos pelo ministro do Interior, Gérald Darmanin, que numa entrevista ao canal CNews disse que a extrema-esquerda é responsável pelos atos de violência que ocorreram à margem das marchas organizadas pelos sindicatos.

“A extrema-esquerda quer atacar a República e é preciso fazer passar uma mensagem de condenação”, disse o ministro.

Darmanin reconheceu na mesma entrevista que os sindicatos condenaram a violência, “ao contrário” de alguns membros da oposição.

Na quinta-feira realizou-se em França um protesto de dimensão nacional contra o decreto presidencial que alterou a idade de reforma dos 62 para os 64 anos de idade.

As manifestações foram organizadas pelas estruturas sindicais francesas. 


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Pelo menos 10 feridos devido a turbulência em voo entre Luanda e Lisboa... O incidente deveu-se às "condições atmosféricas adversas", justificou a companhia aérea.

© Johnny Txifutxi / Facebook

Notícias ao Minuto  24/03/23 

Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas devido à turbulência sentida num voo da companhia aérea Hi Fly, ao serviço da TAAG, entre Luanda e Lisboa, na quinta-feira. Segundo a TAAG, o incidente, que feriu ainda dois membros da tripulação, deveu-se às "condições atmosféricas adversas".

Os passageiros viveram verdadeiros momentos de pânico enquanto a aeronave cruzava os céus da República Democrática do Congo, de acordo com a imprensa local.

Oito passageiros necessitaram de assistência médica, e dois membros da tripulação ficaram feridos, de acordo com o Novo Jornal. O mesmo meio adianta que um dos feridos teve de ser assistido por um médico que seguia a bordo.

A TAAG assegurou, em comunicado, ter enviado ambulâncias e uma equipa médica para o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde o voo acabou por aterrar, pelas 20h37, ao fim de uma viagem de 7h18 marcada por "turbulência severa".

A mesma nota deu ainda conta do adiamento para a manhã de sexta-feira do voo DT 650 Luanda-Lisboa, que deveria partir no mesmo dia, pelas "condições da pista" do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, na capital angolana, que teria o "piso escorregadio devido à chuva intensa".

Pode ver os momentos nas imagens na galeria acima.☝

Coreia do Norte está a testar arma que provoca um “tsunami radioativo”

 SIC Notícias   23/03/23

A Coreia do Norte está a testar um drone de ataque nuclear submarino capaz de provocar um “tsunami radioativo”. É a resposta aos exercícios conjuntos de EUA e Coreia do Sul.

A Coreia do Norte testou esta semana uma nova aeronave não tripulada de ataque nuclear submarino em resposta aos exercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul.

A informação foi adiantada pela agência noticiosa estatal KCNA, da Coreia do Norte.

Entre terça-feira e quinta-feira as forças armadas norte-coreanas testaram o novo sistema de armas, que tem como missão "produzir um tsunami radioativo em grande escala" através de uma explosão submarina e destruir navios e portos inimigos, segundo a agência estatal KCNA.

As Forças Armadas da Coreia do Sul e as tropas e norte-americanas destacadas para a península iniciaram a 13 de março exercícios militares conjuntos de larga escala, um dia após o Norte ter lançado dois mísseis.

Os exercícios, com a designação 'Freedom Shield', decorreram durante 11 dias e foram as manobras militares de maior duração já realizadas pelos dois países, com o intuito de enviar uma mensagem à Coreia do Norte, que ameaça desenvolver o seu programa nuclear.

Na quarta-feira a Coreia do Sul informou que Pyongyang realizou nesse dia vários testes com mísseis de cruzeiro em águas norte coreanas, a quarta vez que o país liderado por Kim Jong-un avançou com testes balísticos desde o início das manobras militares entre a Coreia do Sul e forças dos Estados Unidos.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou veementemente no dia 17 o lançamento de mais um míssil balístico de alcance intercontinental pela Coreia do Norte e pediu que o país "desista imediatamente de qualquer ação desestabilizadora".

UNICEF: Iémen. Oito anos de guerra deixaram 11 milhões de crianças na pobreza

© Reuters

POR LUSA  24/03/23 

Os oito anos da devastadora guerra civil no Iémen deixaram mais de 11 milhões de crianças a necessitar de ajuda humanitária, denunciou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apelando a donativos da comunidade internacional.

Num comunicado, a UNICEF apresenta os números trágicos de um conflito que matou ou feriu mais de 11.000 crianças entre março de 2015 e novembro de 2022, lembrando que, sem uma ação urgente, milhões de iemenitas, sobretudo jovens, irão enfrentar um risco cada vez maior de subnutrição.

"Mais de 540.000 crianças menores de cinco anos sofrem de subnutrição aguda grave, e uma criança morre a cada 10 minutos de causas preveníveis. Sem o apoio da UNICEF nesta complexa crise humanitária, as hipóteses de sobrevivência e desenvolvimento das crianças reduzem-se significativamente", escreve a organização no comunicado.

Para a UNICEF, que apelou a donativos no valor de 484 milhões de dólares (445 milhões de euros), a crise humanitária no Iémen resulta de "uma convergência devastadora de fatores agravantes".

"Após oito anos de conflito, o colapso económico e o sistema de apoio social fragilizado afeta os serviços básicos. O conflito também exacerbou a atual crise de subnutrição no país, onde 2,2 milhões de crianças sofrem de subnutrição aguda", alerta ainda.

Segundo o representante da UNICEF no Iémen, Peter Hawkins, a vida de milhões de crianças vulneráveis naquele país "continua em risco" devido às "consequências quase inimagináveis e insuportáveis" de uma guerra "esmagadora e interminável".

"Mais de 4.000 crianças foram recrutadas e utilizadas pelas partes envolvidas no conflito e houve mais de 900 ataques contra instalações de educação e saúde ou a sua utilização militar, o que impede o exercício dos direitos básicos das crianças, como o acesso seguro e adequado à saúde e educação. Como estes são apenas os números oficialmente verificados, o verdadeiro impacto desta guerra é provavelmente muito mais elevado", denuncia Hawkins.

Segundo a UNICEF, os anos de conflito provocaram "miséria e sofrimento", deixando cerca de oito milhões de pessoas a necessitar de acesso a serviços de saúde mental e psicossociais no Iémen.

"Devido às múltiplas ameaças e deslocações, verifica-se frequentemente o recurso a mecanismos de resposta negativos como o casamento infantil, o trabalho infantil e, em muitos casos, o recrutamento de crianças para combater", refere a agência da ONU. 

Segundo os dados da UNICEF, a situação das crianças deslocadas internamente continua a ser motivo de grande preocupação, pois mais de 2,3 milhões de crianças ainda vivem em campos de deslocados, onde o acesso a serviços básicos de saúde, nutrição, educação, proteção, água, higiene e saneamento continua a ser inadequado.

"Muitas crianças e famílias sentem-se presas num ciclo perpétuo de desespero. Ao visitarmos recentemente uma família deslocada há mais de sete anos, apercebemo-nos de que, para muitas famílias, pouco mudou na sua situação para além dos rostos das crianças. Elas cresceram a conhecer apenas o conflito e dar-lhes alguma esperança num futuro de paz é absolutamente vital", relata Hawkins.

Em 2023, a UNICEF precisa "urgentemente" dos 445 milhões de euros para continuar a responder aos desafios de cariz humanitário, pois, caso contrário, "poderá ser forçada a reduzir a sua assistência às crianças vulneráveis".

"As crianças do Iémen deveriam poder olhar para o futuro com esperança e não com medo. Apelamos a todos que nos ajudem a concretizar essa esperança de uma população cansada e à da beira do abismo," afirma Hawkins, que destaca que, em 2022, a UNICEF conseguiu salvar, apesar dos poucos meios, milhares de iemenitas.

"[A UNICEF conseguiu] apoiar o tratamento contra a subnutrição aguda grave de mais de 375.000 crianças em 4.584 instalações de cuidados saúde primários e em 34 centros de alimentação terapêutica, proporcionar transferências monetárias de emergência a quase 1,5 milhões de agregados familiares por trimestre, beneficiando cerca de nove milhões de pessoas", enumera o representante da agência da ONU.

Hawkins destaca também os programas de ajuda alimentar, sanitária, educacional, psicossocial e acesso a água potável, apoiando, no total, mais de 5,2 milhões de crianças.

Desde março de 2022 que vigora um frágil cessar-fogo, momento a partir do qual não foram registados quaisquer ataques aéreos perpetrados pela coligação militar internacional liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos contra os rebeldes xiitas Huthis (apoiados por Teerão), que controlam a maior parte do país, incluindo a capital Sanaa.

O cessar-fogo, porém, expirou em outubro, apesar dos esforços diplomáticos para renová-lo, gerando receios de que a guerra poderá escalar novamente. 

Os combates associados à guerra civil no Iémen causaram a morte a mais de 150.000 pessoas, incluindo mais de 14.500 civis.

O conflito é considerado pela ONU como a maior tragédia humanitária do planeta, atualmente, com 80% da população do país a necessitar de algum tipo de assistência para colmatar as suas necessidades básicas.

Localizado no Médio Oriente, junto ao Mar Arábico, Golfo de Aden e Mar Vermelho, e com fronteiras com Omã e a Arábia Saudita, o Iémen tem uma população de cerca de 33 milhões de pessoas.


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quinta-feira, 23 de março de 2023

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE EM AUDIÊNCIA O MINISTRO DE COMÉRCIO DA GÂMBIA

  Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da República recebeu, a visita de cortesia de Baboucarr Ousmaila Joof, Ministro do Comércio, Indústria, Integração Regional e Emprego da Gâmbia, que se encontra no país, para uma visita de trabalho.

No encontro, o Ministro de Comércio, realçou, a oportunidade de uma parceria duradoura em diversos sectores entre os dois países, nomeadamente na  produção e exportação de castanha de caju, assim como a possibilidade de reforçar a cooperação económica no âmbito de livre circulação de pessoas e de bens  no espaço da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).



Pentágono quer prontidão face eventual confronto com China e reforço

© Wikimedia Commons

POR LUSA  23/03/23 

O Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) defendeu que as Forças Armadas devem estar preparadas para um possível confronto com a China, pressionando o Congresso a aprovar um orçamento com um aumento de 40% em relação a 2022.

"Este é um orçamento orientado para a estratégia -- e impulsionado pela seriedade da nossa concorrência estratégica com a República Popular da China", disse o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, num depoimento perante o subcomité de Defesa da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), onde foi pedir a aprovação do orçamento de 842 mil milhões de dólares (cerca de 775 mil milhões de euros).

Austin justificou as linhas do orçamento, com um aumento de 40% em relação ao ano anterior, enumerando uma forte aposta em novas tecnologias, como armas hipersónicas, para desenvolver capacidades militares no Pacífico e defender os países aliados.

O depoimento de Austin no Congresso ocorre logo após a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Moscovo, onde este se disponibilizou para estreitar relações com a Rússia, em plena guerra na Ucrânia.

Para o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley, as ações da China "estão a conduzir este país para o caminho do confronto e potencial conflito com os seus vizinhos e possivelmente com os Estados Unidos".

Na mesma sessão no subcomité, Milley admitiu que o orçamento agora proposto pelo Pentágono "é extraordinariamente caro, mas não é tão caro como travar uma guerra", defendendo que os gastos previstos podem "prevenir um possível conflito com a China".

Austin corroborou as preocupações dos chefes militares, dizendo que a crescente aliança entre China e Rússia, duas potências nucleares, são preocupantes.


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Rússia? "Um Estado puramente terrorista, que iremos neutralizar"

© Presidência da Ucrânia

Notícias ao Minuto   23/03/23 

No seu discurso diário, Zelensky falou sobre a visita a Kherson, onde "mais de 50 aldeias foram quase completamente destruídas pelos ocupantes".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, comentou, esta quinta-feira, a sua visita à região de Kherson, maioritariamente ocupada pelas tropas russas, e descreveu a Rússia como um “Estado puramente terrorista”, que será “neutralizado”.

No seu discurso diário à nação, citado pela presidência da Ucrânia, o chefe de Estado ucraniano referiu o ataque russo na cidade de Beryslav, que atingiu a sede da administração local, habitações e um museu. 

“Mesmo o museu histórico de Beryslav é uma ameaça à Rússia por alguma razão… É um Estado absolutamente descuidado, um Estado puramente terrorista, que iremos neutralizar”, garantiu.

Durante a visita a Kherson, Zelensky encontrou-se “com todos os responsáveis da região” e destacou que, no território recuperado pela Ucrânia, “mais de 50 aldeias foram quase completamente destruídas pelos ocupantes”.

“Em alguns locais, mais de 90% dos edifícios das aldeias estão arruinados. Mas mesmo em tais aldeias, as pessoas regressam, e isto é a prova de que a vida ainda prevalece”, considerou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


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Primeiro dia de jejum (...) Presidente da república e Coordenador Nacional de MADEM-G15, na companhia de ministro Fidelis Forbs e Ndira Tavares! No ambiente de “ corta Jejum”


 Estamos a Trabalhar  23.03.023

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embalo recebeu esta quinta-feira (23.03) em audiência a delegação do Banco Mundial em visita ao país. O Ministro da Economia e Plano Integração Regional, José Carlos Varela explica os objetivos do encontro.

Radio Voz Do Povo

Mais de 30 técnicos de laboratório e médicos de deferentes hospitais de capital terminaram na final da tarde de ontem em Bissau, concretamente no Hospital Pediátrico de Bor a capacitação na matéria da Hematologia, que decorreu durante três dias.

Radio Voz Do Povo


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Ucrânia. Líderes da UE saúdam acordo para entrega urgente de munições

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POR LUSA   23/03/23 

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), reunidos em Bruxelas, congratularam-se hoje com o acordo alcançado esta semana pelos 27 com vista à entrega urgente de munições à Ucrânia "e, se solicitado, mísseis".

No final da sessão de trabalho dedicada à guerra na Ucrânia, e já depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se ter dirigido aos líderes europeus por videoconferência, pedindo ainda mais apoio militar, designadamente mísseis de longo alcance e aviões de combate modernos, o Conselho Europeu adotou conclusões, nas quais assegura que "continuará a prestar um forte apoio" a Kiev, incluindo militar.

Reportando-se ao compromisso político alcançado na passada segunda-feira, em Bruxelas, numa reunião conjunta de ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da UE, o Conselho Europeu congratula-se com o acordo "no sentido de entregar urgentemente munições terra-terra e de artilharia à Ucrânia e, se solicitado, mísseis, nomeadamente através de aquisições conjuntas e da mobilização de financiamento adequado, incluindo através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, com o objetivo de fornecer um milhão de munições de artilharia num esforço conjunto nos próximos 12 meses".

"A União Europeia e os Estados-membros estão a aumentar os seus esforços para ajudar a satisfazer as prementes necessidades militares e de defesa da Ucrânia", enfatizam os líderes europeus numa nota sobre as conclusões adotadas, apontando que "a União Europeia mantém-se firme e plenamente ao lado da Ucrânia" e continuará a prestar um forte apoio não só militar, mas também político, económico, financeiro e humanitário "durante o tempo que for necessário".

Por outro lado, os chefes de Estado e de Governo asseguram que a UE continua empenhada em "manter e aumentar a pressão coletiva sobre a Rússia, inclusive através de possíveis novas medidas restritivas, e em continuar a trabalhar sobre o limite dos preços do petróleo em conjunto com os parceiros".

O Conselho Europeu sublinha "a importância e a urgência de intensificar esforços para assegurar a implementação efetiva de sanções a nível europeu e nacional", diz-se "firmemente empenhado em prevenir e combater eficazmente a evasão em e por parte de países terceiros", e "convida o Conselho e a Comissão a reforçar todos os instrumentos de aplicação necessários e a desenvolver, juntamente com os Estados-Membros, uma abordagem plenamente coordenada para esse efeito".

O Conselho Europeu diz ainda "tomar nota dos mandados de captura recentemente emitidos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), contra o Presidente da Rússia e a sua comissária para os Direitos da Criança, pelo crime de guerra de deportação ilegal e transferência de crianças ucranianas de áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia", e afirma-se "firmemente empenhado" em assegurar a plena responsabilização pelos crimes de guerra e outros crimes mais graves cometidos em ligação com a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia.

Por fim, as conclusões adotadas pelos líderes dos 27 apontam que a UE vai continuar a providenciar todo o apoio relevante à vizinha Moldova, "incluindo o reforço da resiliência, segurança, estabilidade, economia e fornecimento de energia do país face às atividades desestabilizadoras dos atores externos" e "convida a Comissão a apresentar um pacote de apoio antes da sua próxima reunião".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Wagner reduz operações? "Enquanto a Rússia precisar de nós, vamos lutar"

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto   23/03/23 

O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou, esta quinta-feira, que as operações estejam a ser reduzidas na Ucrânia após o comando militar russo ter cortado  no número de pessoas e munições ao grupo.

O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou, esta quinta-feira, que as operações estejam a ser reduzidas na Ucrânia após o comando militar russo ter cortado  no número de pessoas e munições ao grupo, como sugeriu um relatório da Bloomberg.

Na plataforma Telegram, Prigozhin, afirmou: "Não sei o que a Bloomberg está a relatar, mas aparentemente eles sabem melhor do que eu o que vamos fazer a seguir".

"Enquanto o nosso país precisar de nós, vamos lutar no território da Ucrânia", frisou.

O Prigozhin tem estado envolvido numa disputa com o Ministério da Defesa da Rússia durante meses depois de ter criticado a sua estratégia militar na Ucrânia.

Recentemente queixou-se da falta de munições e de apoio aos seus combatentes na linha da frente em Bakhmut, no leste da Ucrânia, sugerindo que estava a ser propositadamente sabotado pelo Ministério da Defesa.

No início de março, Prigozhin advertiu que toda a linha da frente poderia entrar em colapso se as suas forças fossem forçadas a retirar-se de Bakhmut.

Há sinais crescentes de que a ofensiva russa no leste da Ucrânia e nos arredores de Bakhmut está a perder força, segundo os analistas da defesa. Além disso, o comandante das Forças Terrestres Ucranianas, Oleksandr Syrskyi, avançou mesmo que o país vai lançar uma contraofensiva "muito em breve" na área à volta de Bakhmut.


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GUINÉ-BISSAU: Mendicidade? Líderes muçulmanos guineenses pedem "boa solução"

© Lusa

POR LUSA   23/03/23 

Os líderes da comunidade muçulmana da Guiné-Bissau apelaram hoje ao Presidente do país para encontrar "uma boa solução" para a questão da mendicidade de crianças, prática que Umaro Sissoco Embaló proibiu a partir da próxima segunda-feira.

Em conferência de imprensa conjunta, o presidente da União Nacional de Imames da Guiné-Bissau, Suleimane Embaló, e o líder da Associação de Pais e Mestres Corânicos, Mussá Kebe, afirmam que vão respeitar a ordem do chefe de Estado, mas também pedem que Sissoco Embaló os ajude a encontrar "uma boa solução" para o problema.

Na segunda-feira, a ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Conceição Évora, anunciou que a partir de 27 de março entra em vigor a ordem dada pelo Presidente guineense.

Umaro Sissoco Embaló ordenou ao ministro do Interior, que é também vice-primeiro-ministro, Soares Sambu, a prender o pai ou mestre corânico (professor do Corão) de qualquer criança apanhada na rua na mendicidade.

Centenas de crianças deambulam pelas ruas de Bissau e nas capitais de países vizinhos na mendicidade quando deixam as suas casas para aprender o Corão.

Desde o pronunciamento da ordem do Presidente guineense, vários mestres corânicos têm vindo a apelar no sentido de o chefe de Estado compreender a sua situação de dificuldade para sustentar as crianças que são mandadas para 'Daras' (escolas corânicas tradicionais).

O presidente da Associação de Pais e Mestres Corânicos da Guiné-Bissau, Mussá Kebe, disse que nenhum dono de "Dara" pretende desafiar a ordem do chefe de Estado, mas também apelou a que se encontre "uma boa solução".

"As 'Daras' são centros de construção da paz porque ensinam a religião de forma moderna. Nós não queremos o extremismo na nossa terra, por isso estamos a trabalhar com as crianças. Apelamos ao Estado para que dialogue connosco. Não queremos politizar esta questão", observou Mussá Kebe.

Este líder religioso disse ter dado orientações aos seus associados no sentido de respeitarem a ordem emitida pelas autoridades, mas lamentou que seria "muito feio constatar que um mestre corânico foi detido" na Guiné-Bissau "por estar a ensinar crianças", notou.

"Uma coisa podemos garantir: Não vamos parar de ensinar as nossas crianças porque isso seria o fim da nossa religião na Guiné-Bissau", sublinhou Mussá Kebe.

O dirigente islâmico salientou que "desde sempre" a sua organização "sempre tem apelado a que se tenha em conta a complexidade da questão das crianças" em processo aprendizagem do Corão.

Mussá Kebe afirmou ainda que o Estado deve aplicar as leis que entender serem necessárias para organizar a sociedade guineense, mas exortou sobre a necessidade de nada ser imposto aos religiosos "que não esteja na Constituição".

O presidente da União Nacional de Imames da Guiné-Bissau, Suleimane Baldé, enfatizou, igualmente, "não ser intenção dos religiosos desafiar o Estado", mas apenas apelar ao Presidente da República no sentido de encontrar "uma boa solução para o problema da criança Talibé".

Talibé é a designação dada a uma criança em processo de aprendizagem do Corão, sob a guarda de um mestre.

"Não queremos desafiar, mas queremos pedir ao Presidente que arranje uma solução para esta questão das 'Daras' que não são lugares para cansar as crianças, mas sim locais de as preparar para a vida", defendeu o líder dos imames da Guiné-Bissau.

Presidente da União Nacional dos imames Tcherno Sulaimane Balde deseja Ramadan Mubarak a população em Geral da Guine-Bissau


Radio Voz Do Povo

Conselho de Ministros reuniu-se esta quinta-feira (23.03), em Sessão Ordinária no Palácio da República, sob a presidência de Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló.

Radio Voz Do Povo

UE condena ameaças da Rússia ao Tribunal Penal Internacional

© Getty Images

POR LUSA   23/03/23 

A União Europeia (UE) condenou hoje as medidas adotadas por Moscovo contra os juízes e ao procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) envolvidos no mandado de captura contra o Presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra.

O Kremlin (Presidência russa) - em retaliação contra o mandado de captura emitido pelo TPI contra Putin e a sua comissária para os direitos da criança, Maria Alekseievna Lvova-Belova, pelo seu alegado envolvimento em sequestros e deportações de crianças ucranianas para a Rússia -- adotou sanções contra juízes e o procurador-geral do TPI, Karim Khan, tendo o ex-Presidente Dimitri Medvedev feito ameaças contra o tribunal.

Segundo um comunicado do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, a UE "deplora as medidas anunciadas pela Rússia contra o procurador e os juízes do TPI", ao mesmo tempo que condena "as ameaças ilegais" de uso de força contra o TPI.

"Qualquer ameaça retaliatória contra os que trabalham no TPI é inaceitável", lê-se ainda no comunicado, que sublinha o apoio total da UE à instituição e o compromisso europeu na defesa do tribunal.

Numa entrevista hoje divulgada em Moscovo, Medvedev (que foi chefe de Estado entre 2008 e 2012) salientou que uma eventual detenção "do atual chefe de um Estado nuclear" noutro território é considerada "uma declaração de guerra à Federação Russa".

A Rússia anunciou na segunda-feira a abertura de uma investigação criminal contra o procurador-geral e três juízes do TPI, após a emissão por aquela instância judicial de um mandado de captura visando Putin e Maria Lvova-Belova.

Num comunicado, o órgão legislativo do TPI lamentou, na quarta-feira, "essas tentativas de obstruir esforços internacionais que pretendem garantir a responsabilização por atos proibidos pelo direito internacional geral" e "reiterou igualmente a sua plena confiança no tribunal".

O procurador-geral do TPI, o britânico Karim Khan, que está há mais de um ano a investigar eventuais crimes de guerra ou contra a humanidade cometidos durante a ofensiva russa na Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro de 2022, declarou que o número de presumíveis deportações de crianças ucranianas para a Rússia ou territórios que ela controla "alcança os milhares".


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Pretória convida Putin para cimeira apesar de mandado de detenção do TPI

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POR LUSA   23/03/23 

A chefe da diplomacia sul-africana, Naledi Pandor, confirmou hoje que o seu país convidou Vladimir Putin para a cimeira do grupo de economias emergentes BRICS em agosto, apesar do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra ele.

"O Presidente Putin é um dos líderes dos BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] e é convidado para a cimeira, embora eu pense que o mandado (de detenção) do TPI é motivo de preocupação", disse Pandor, em Pretória, durante uma visita oficial à África do Sul dos reis belgas, Philippe e Mathilde.

Como Estado-membro do TPI, a África do Sul, que receberá a cimeira de chefes de Estado e de Governo do BRICS em Durban (leste) em agosto, é obrigada a cooperar na detenção de Putin, depois de o tribunal internacional ter emitido na sexta-feira um mandado de detenção para o líder russo por alegados crimes de guerra.

"Precisamos de debater a questão no gabinete [governo sul-africano] para decidir como vamos agir", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros, cujo país detém este ano a presidência rotativa do BRICS, ao afirmar que a avaliação desta questão será o mais rápido possível.

A chefe da diplomacia sul-africana abordou a questão após a Rússia ter dito hoje que está confiante em que a África do Sul irá assegurar um trabalho eficaz para todos os países e seus representantes, incluindo os líderes, na cimeira.

"Já mencionei noutras ocasiões o problema da duplicidade de critérios nos assuntos globais. Há muitos outros países que têm estado envolvidos em guerras, invasões de territórios, assassínios de pessoas e detenções de ativistas, mas nenhum deles foi chamado pelo TPI", acrescentou Pandor.

A ministra acrescentou parecer "que quando alguém é poderoso e goza de um estatuto particular na comunidade internacional, pode safar-se e isto é preocupante porque afeta a objetividade do TPI como um árbitro justo".

Em junho de 2015, o executivo sul-africano viu-se numa situação semelhante quando o então Presidente sudanês Omar al-Bashir, sobre o qual pendia uma ordem de detenção por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a Humanidade, participou numa cimeira da União Africana (UA) em Joanesburgo.

Pretória argumentou que não podia deter Al-Bashir devido à sua imunidade diplomática como chefe de Estado e deixou-o aterrar no país, mas o líder sudanês regressou a Cartum em menos de 48 horas para evitar problemas com o poder judicial, que, em obediência ao TPI, ordenou a sua prisão.

O tribunal internacional decidiu meses mais tarde instaurar um processo contra a África do Sul pela sua falta de cooperação, mas em 2017 recusou-se a remeter a situação para o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a fim de proteger a cooperação futura com o país africano.

A África do Sul afirmou no ano passado ter adotado uma posição neutra na guerra da Rússia contra a Ucrânia, e apelou ao diálogo e à diplomacia para resolver o conflito.

Esta posição não está apenas ligada ao papel político e económico estratégico de Moscovo em alguns países africanos, mas também a razões históricas como o apoio da Rússia aos movimentos anticoloniais e de libertação no século XX, como a luta contra o regime de segregação racial 'apartheid' no caso da África do Sul.

O Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo BRIC em 2006, ao qual a África do Sul se juntou em 2010, acrescentando a letra S [de South Africa em inglês) à atual sigla.


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Primeiros quatro MiG-29 eslovacos já foram entregues a Kyiv... Os primeiros quatro caças MiG-29 eslovacos foram entregues à Ucrânia, declarou hoje uma porta-voz do Ministério da Defesa da Eslováquia.

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POR LUSA  23/03/23 

"As primeiras quatro aeronaves de combate MiG-29 foram entregues às forças armadas ucranianas", afirmou Martina Kakascikova, em comunicado, garantindo que os outros nove caças prometidos serão enviados "nas próximas semanas".

A entrega de 13 caças MiG-29 à Ucrânia foi anunciada pelo primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, em 17 de março.

Segundo o comunicado do executivo de Bratislava, a transferência dos caças foi realizada "por pilotos ucranianos, com a ajuda da Força Aérea eslovaca".

Dos 13 caças eslovacos, três serão usados para a reposição de peças em outras aeronaves.

Bratislava havia declarado que também entregaria parte do sistema de defesa antiaérea Koub a Kyiv.

Anteriormente, outro Estado-membro da NATO, a Polónia, tinha também decidido entregar quatro caças MiG-29 à Ucrânia.

Na quarta-feira, o Governo da Eslováquia confirmou que os Estados Unidos lhe ofereceram um desconto na compra de equipamento militar -- no valor de mil milhões de dólares (918 milhões de euros) - em troca dos 13 caças MiG-29 soviéticos que as autoridades eslovacas prometeram à Ucrânia.

Trata-se da venda à Eslováquia pelos Estados Unidos de 12 helicópteros de combate Bell AH-1Z Viper e de mais de 500 mísseis, bem como o treino dos seus técnicos e pilotos.

"A oferta é muito favorável e mostra o elevado grau de confiança na Eslováquia", disse na quarta-feira o ministro da Defesa eslovaco, Jaroslav Nad, na rede social Facebook.

Nad afirmou que foi graças às boas relações com os Estados Unidos e ao apoio claro de Bratislava à Ucrânia na guerra com a Rússia que a Eslováquia foi o primeiro país a beneficiar da oferta norte-americana.

O ministro eslovaco explicou que as condições oferecidas pelos Estados Unidos são também uma forma de compensação pelo atraso na entrega dos caças F-16 prometidos à Eslováquia.

Os aliados ocidentais de Kyiv têm fornecido equipamento militar às forças armadas ucranianas desde que o país foi invadido pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022.

A invasão desencadeou uma guerra que é considerada como a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Parlamento britânico decretou bloqueio do TikTok... A decisão diz respeito aos funcionários da Câmara dos Comuns e dos Lordes.

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Notícias ao Minuto  23/03/23 

Depois do governo do Reino Unido ter determinado que a app TikTok devia ser desinstalada pelos respectivos oficiais, o Parlamento do país decidiu seguir esta mesma decisão em relação aos seus funcionários.

Recordar que esta decisão do Parlamento abrangerá tanto a Câmara dos Comuns como a Câmara dos Lordes, o que significa que o TikTok não poderá ser instalado nos dispositivos oficiais. Entretanto, quem tiver a aplicação instalada deverá eliminá-la.

“Depois da decisão do governo em banir o TikTok de telemóveis do governo, as comissões da Câmara dos Comuns e dos Lordes decidiram que o TikTok deverá ser bloqueado em todos os telemóveis oficiais e na rede parlamentar”, pode ler-se no comunicado do porta-voz do Parlamento partilhado pelo Daily Mail.

Recordar que o TikTok tem sido alvo de cada vez mais pressões de vários países, tendo já sido banido de telemóveis oficiais pelos governos de países com o EUA e do Canadá. Além disso, as três principais instituições da União Europeia também já proibiram a app nos telemóveis dos seus funcionários.


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PR deseja Ramadão Moubarack aos muçulmanos

A comunidade muçulmana da Guiné-Bissau inicia hoje o jejum, mês sagrado de Ramadão. 

A partir de hoje e durante 30 dias, os fiéis muçulmanos, durante a madrugada e ao pôr do sol, vão deixar de comer e beber. 

A abstinência inclui também várias outras práticas em respeito as obrigações do terceiro pilar da religião Islâmica.

Por esta ocasião, o Presidente da República deseja Ramadan Mubarak a comunidade muçulmana e ao povo guineense em geral.

Radio Voz Do Povo

Presidente do Senegal pede medidas para "ordem pública" após protestos

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POR LUSA   23/03/23 

O Presidente do Senegal, Macky Sall apelou hoje às forças de segurança para "adotarem todas as medidas apropriadas" para garantir a "ordem pública", após manifestações convocadas pela oposição, que resultaram na morte de pelo menos uma pessoa.

O Presidente sublinhou, num comunicado divulgado pelo Governo senegalês, "o imperativo de preservar o progresso democrático e a ordem pública" e recordou que "o Senegal é um Estado de direito de referência e uma democracia exemplar".

Sall exigiu ao executivo que "sejam tomadas todas as medidas adequadas para garantir a segurança no território nacional e a segurança absoluta de pessoas e bens após os problemas de ordem pública dos últimos dias".

Na capital do Senegal, Dacar, e noutras cidades do país têm decorrido mobilizações nos últimos dias para protestar contra o julgamento, por alegada difamação, do líder da oposição Ousmane Sonko, que também é presidente da Câmara de Ziguinchor (sul).

Sonko, que teve de receber cuidados num hospital, denunciou na segunda-feira a "brutalidade" exercida pelas forças de segurança contra si e disse que o objetivo era "causar-lhe danos físicos".

Sobre o processo judicial, afirmou que procura uma condenação que o afaste das eleições presidenciais marcadas para 2024.

O atual chefe de Estado rejeitou na segunda-feira as alegações de que se prepara para violar a lei e tentar um novo mandato, sublinhando que "no plano jurídico o debate está encerrado há muito tempo", mas sem assegurar se já decidiu que não irá às urnas novamente.

A oposição denunciou repetidamente que o Presidente tem planos de concorrer a um terceiro mandato, quando a Constituição senegalesa limita o número total de mandatos a dois.

Presidente da Finlândia ratifica adesão à NATO

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POR LUSA   23/03/23 

O Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, ratificou hoje a legislação para o país entrar na NATO, já aprovada quase por unanimidade pelo Parlamento, concluindo o último passo do processo nacional de aprovação da adesão à Aliança Atlântica.

A 01 deste mês, o Eduskunta (Parlamento finlandês) aprovou com 184 votos a favor e sete contra a adesão do país nórdico à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), uma decisão histórica que pôs fim a décadas de neutralidade militar e que visa agora fortalecer a segurança contra uma eventual agressão da vizinha Rússia.

O processo de adesão da Finlândia, que se candidatou em maio de 2022, ao mesmo tempo que a Suécia, será concluído assim que for ratificado pela Hungria e pela Turquia, os dois únicos membros da NATO que ainda não o aprovaram.

Depois de adiar várias vezes o debate e a subsequente votação parlamentar sobre a entrada dos dois países nórdicos na Aliança Atlântica, Budapeste anunciou recentemente que o Parlamento irá votar a favor da entrada da Finlândia na próxima segunda-feira.

Por seu lado, há cerca de uma semana, durante uma visita de Niinistö a Istambul, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que Ancara dará "luz verde" à adesão da Finlândia na NATO, embora ainda não se saiba quando terminará o processo de ratificação no Parlamento turco.

As autoridades finlandesas querem que a adesão à NATO seja concluída o mais rapidamente possível, a tempo de poderem participar na Cimeira da Aliança Atlântica, que decorrerá na Lituânia, a 11 e 12 de julho como membros de pleno direito.

O objetivo inicial de Helsínquia era formalizar a adesão ao mesmo tempo que a Suécia, mas a relutância da Hungria e, sobretudo, da Turquia à entrada de Estocolmo poderá prolongar o processo sueco.

No final de fevereiro, o primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, garantiu que, embora apoie a integração, tanto a Suécia como a Finlândia "espalham mentiras" sobre a situação da democracia e do Estado de direito na Hungria.

Erdogan mantém o veto à entrada da Suécia por Estocolmo se recusar a extraditar pessoas que Ancara considera ligadas a organizações terroristas, especialmente da esfera curda, e exige a continuação das negociações.


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Associação dos mestres coranicos e União Nacional dos imames reage sobre a proibição das crianças talibês que circulam em Bissau em situação de mendicidade.

 Radio Voz Do Povo 

Rússia lança foguetão com satélite militar a bordo

© Reuters

 POR LUSA   23/03/23 

A Rússia lançou hoje um foguetão do tipo Soyuz-2.1b com um satélite militar a bordo, disse o ministro da defesa, Serguei Shoigu.

As Forças Armadas da Federação Russa lançaram o foguetão Soyuz-2.1b, utilizado como lançador de cargas, às 09:40 da manhã, eram 06:40 em Lisboa, a partir do Cosmódromo de Testes Estatais do Ministério da Defesa em Plesetsk, na região de Arkhangelsk.

O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, disse que o satélite ficará em órbita ao serviço do Ministério da Defesa.

Em agosto de 2022, foi lançado um satélite militar de vigilância, depois de vários outros equipamentos de comunicações, navegação e militares.


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Ordem dos Advogados em conferência de imprensa sobre as principais resoluções da Assembleia da União dos Advogados de Língua Portuguesa"UALP" realizada em Lisboa.

Radio TV Bantaba 

Braima Camará: Hoje é o início do Ramadão, um período em que os fiéis muçulmanos oferecem o seu sacrifício a Allah.

É um momento de reflexão profunda, reavaliação de pensamentos e atos.

É o momento do perdão ao próximo em busca da paz.

Desejo a todos um santo RAMADAN KAREEM

Braima Camará

OLEH ZHDANOV: Situação "estabilizada" em Bakhmut. Forças russas "não conseguiram nada"

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Notícias ao Minuto  23/03/23 

A posição é do analista e militar ucraniano Oleh Zhdanov. "As forças ucranianas estabilizaram mais ou menos a situação em Bakhmut - e as forças russas são incapazes de fazer qualquer coisa" salientou.

Na linha da frente em Bakhmut, a análise parece sugerir que a ofensiva russa está estagnada, referiu o analista e militar ucraniano Oleh Zhdanov, na noite de quarta-feira.

"As forças ucranianas estabilizaram mais ou menos a situação em Bakhmut - e as forças russas são incapazes de fazer qualquer coisa" salientou num vídeo publicado na rede social YouTube, acrescentando que embora o inimigo possa ter "avançado algumas centenas de metros a norte e sul da cidade, não conseguiram nada".

Essa posição apoia uma avaliação feita pela inteligência militar britânica de que a ofensiva russa na cidade está a perder força.

Também o Estado-Maior militar da Ucrânia concordou que o potencial ofensivo da Rússia em Bakhmut estava a diminuir. "O inimigo continua a conduzir operações ofensivas, a sofrer grandes baixas e a perder uma quantidade significativa de armas e equipamentos militares", referiu o Estado-Maior do Exército da Ucrânia, num relatório, esta quinta-feira, citado pela Reuters.

Discutível na influência na guerra na Ucrânia, Bakhmut, no leste do país, tornou-se num ponto central numa batalha com mais de sete meses e milhares de baixas do lado russo e ucraniano, de que nenhuma das partes parece abdicar. Para alguns analistas Bakhmut é pouco importante estrategicamente, já outros veem-na como uma via de acesso russo ao controlo da província de Donetsk.


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