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Por LUSA 17/11/22
A União Europeia (UE) lançou hoje a Íris, uma constelação de satélites destinados a garantir a internet e as suas comunicações "em todo o lado", a partir de 2027, anunciou o comissário para a Indústria e o Espaço, Thierry Breton.
"A Íris é um grande passo para a nossa resiliência e um passo de gigante para a nossa soberania tecnológica", afirmou em mensagem divulgada na rede social Twitter.
O custo do projeto foi avaliado em seis mil milhões de euros e um acordo foi alcançado depois de nove meses de negociações entre o Parlamento Europeu e os Estados membros sobre o financiamento.
Este vai dividir-se em 2,4 mil milhões provenientes do orçamento da UE, aos quais se somam 750 milhões de euros da Agência Espacial Europeia. Do setor privado virá o restante.
O dinheiro comunitário virá essencialmente da reafetação de fundos atribuídos a programas europeus ligados ao espaço, como o Fundo Europeu da Defesa, mas também de verbas do programa Horizon Europa não utilizadas.
O Iris deve permitir fornecer aos Estados membros ligações seguras, designadamente para uso militar, e a internet "em todo o lado, incluindo nas regiões mais recônditas da UE e de África". Sobretudo, deve permitir "mantê-la em caso de 'cash' das infraestruturas terrestres".
Os primeiros serviços devem ser fornecidos no final do ano 2024 e a Íris estar plenamente operacional em 2027, avançou o gabinete de Breton.
A União Europeia quer garantir as suas comunicações e não ser apanhada de surpresa pelos projetos desenvolvidos por EUA e China. As órbitas e frequências já foram definidas.
A Íris deve ser integrada por centenas de satélites colocadas em várias órbitas e integrar capacidade de defesa a ataques informáticos.
A UE quer estar em medida de vigiar o tráfego no espaço "a partir do espaço" com esta nova constelação. Este projeto vem também reforçar o Galileo, o sistema de posicionamento por satélite, e o Copernicus, o sistema de observação da Terra.
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