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O Presidente em exercício do Gana, Nana Akufo-Addo, foi reeleito numas eleições presidenciais extremamente renhidas em que enfrentou, pela terceira vez, o seu rival político histórico John Mahama.
O chefe de Estado, líder do Novo Partido Patriótico (NPP), ganhou com 51,59% dos votos contra os 47,36% obtidos pelo candidato da oposição, do Congresso Nacional Democrático (NDC), anunciou hoje o presidente da Comissão Eleitoral, Jean Adukwei Mensa, num vídeo transmitido em direto nas redes sociais.
Na prática, apenas 515.524 votos separam o Presidente Akufo-Addo do seu antecessor, Mahama, que se tornou líder da oposição em 2016.
Os resultados das eleições presidenciais foram anunciados 48 horas após o fim da votação, que decorreu na segunda-feira, quando os mais de 17 milhões de eleitores foram chamados às urnas para escolher entre 12 candidatos para a magistratura suprema do Estado.
A participação nesta eleição foi de 79%, de acordo com a Comissão Eleitoral.
Nestas eleições, os ganeses também estavam a eleger os seus 275 deputados para o parlamento nacional, mas os resultados das eleições parlamentares ainda não foram divulgados pela Comissão.
Dezenas de apoiantes, reunidos em frente à residência do chefe de Estado, manifestaram a sua alegria com o anúncio dos resultados, segundo um jornalista da agência de notícias francesa AFP.
Em frente à casa do chefe de Estado, uma multidão compacta cantou e dançou no meio de sons emitidos com chifres e vuvuzelas.
As eleições foram, na generalidade, calmas, embora cinco pessoas tenham sido mortas desde segunda-feira na sequência de violência no decurso do ato eleitoral, de acordo com a polícia.
Além destes incidentes isolados, as eleições foram geralmente saudadas como um exemplo na África Ocidental, que foi afetada por várias eleições violentas e contestadas este ano, incluindo as que se realizaram na vizinha Costa do Marfim.
Contudo, na sequência da votação, o entendimento cordial entre os dois candidatos, que assinaram um "pacto de paz", comprometendo-os a não apoiar qualquer violência durante a votação e o anúncio dos resultados, tinha-se desgastado e o tom tinha endurecido.
Na terça-feira à noite, Mahama tinha avisado que iria "resistir a qualquer tentativa de roubo de boletins de voto", reagindo a rumores que circularam nas redes sociais de que tinha concedido a vitória.
Mahama alegou também que o seu partido ganhou a maioria no parlamento, uma declaração que o ministro da Informação, Kojo Oppong Nkrumah, negou imediatamente.
Estes dois velhos adversários políticos enfrentaram-se pela terceira vez e tiveram resultados igualmente próximos nas duas eleições anteriores.
Em 2012, Mahama ganhou com 50,7% dos votos, e em 2016 a vitória foi para Akufo-Addo com 53,8%.
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