sexta-feira, 13 de julho de 2018

Infeção sexualmente transmissível pouco conhecida ameaça tornar-se a próxima superbactéria

O preservativo é, até hoje, o único método contracetivo masculino reversível

Com sintomas semelhantes aos da clamídea e da gonorreia, a infeção pela bactéria Mycoplasma genitalium fica frequentemente por diagnosticar e, alertam especialistas britânicos, pode tornar-se uma superbactéria já daqui a 10 anos

O alerta está quinta-feira na maioria dos meios de comunicação britânicos: A bactéria mycoplasma genitalium, responsável por uma infeção sexualmente transmissível (IST) pouco conhecida e que pode confundir-se com outras infeções mais comuns, é uma forte candidata a ser a próxima superbactéria resistente aos antibióticos.

A Associação Britânica para a Saúde Sexual e HIV avisa que a infeção por mycoplasma genitalium (MG) que, muitas vezes, não apresenta sintomas, pode ainda provocar a doença inflamatória pélvica, que, por sua vez, pode levar algumas mulheres à infertilidade.

Quando apresenta sintomas, é, na maioria das vezes, diagnosticada incorretamente como sendo clamídia ou gonorreia, levando os médicos a prescrever os antibióticos... errados.

"Isto não está a curar a infeção e está a provocar resistência antimicrobial nos doentes com MG. Se as práticas não mudarem e os testes não forem usados, a MG tem o potencial para se tornar numa superbactéria dentro de uma década, resistente aos antibióticos comuns", explica Paddy Horner, porta-voz da associação.

Nos homens, a bactéria pode provocar inflamação na uretra, fazendo com que haja um corrimento do pénis e podendo tornar o ato de urinar doloroso; Nas mulheres, a possível inflamação no útero ou trompas de falópio pode ser dolorosa e originar febre e hemorragias.

Como todas as infeções sexualmente transmissíveis contrai-se por via sexual com alguém infetado.

visao.sapo.pt

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