quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Vários políticos republicanos, incluindo Mike Pence, que foi vice-presidente dos Estados Unidos durante o primeiro mandato de Donald Trump, criticaram hoje o Presidente norte-americano por ter dito que a Ucrânia começou a guerra com a Rússia.

© Brandon Bell/Getty Images  Lusa  19/02/2025 

Republicanos criticam Trump por ter deturpado início da guerra na Ucrânia

Vários políticos republicanos, incluindo Mike Pence, que foi vice-presidente dos Estados Unidos durante o primeiro mandato de Donald Trump, criticaram hoje o Presidente norte-americano por ter dito que a Ucrânia começou a guerra com a Rússia.

"Sr. Presidente, a Ucrânia não 'começou' esta guerra. A Rússia lançou uma invasão brutal e não provocada que custou centenas de milhares de vidas. O caminho para a paz deve ser construído sobre a verdade", escreveu Mike Pence numa publicação no X em que anexou um artigo da Fox News sobre a invasão russa de fevereiro de 2022.

Pence respondeu às declarações de Trump, que acusou falsamente a Ucrânia de ter iniciado o conflito com a Rússia: "Ouvi dizer que eles (na Ucrânia) estão chateados por não terem um lugar (nas negociações). Bem, eles tiveram um lugar durante três anos e muito antes disso (...) Nunca o deviam ter começado".

O antigo vice-presidente está a emergir como um dos poucos republicanos a opor-se abertamente ao Presidente, com quem rompeu relações depois de este se ter recusado a aceitar os resultados das eleições de 2020, em que perdeu para o democrata Joe Biden.

Outros republicanos também se manifestaram contra a nova explosão de Trump.

Liz Cheney, uma das vozes mais críticas do espetro conservador e filha do vice-presidente de George W. Bush, Dick Cheney, atacou Trump no X pela sua "devoção a Putin, o seu abandono da Ucrânia e as suas mentiras sobre a história".

"É a antítese de tudo o que Ronald Reagan defendeu", acrescentou Liz Cheney referindo-se a Trump, que considera estar a alinhar a "América com os inimigos da liberdade que gerações lutaram e morreram para defender".

John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional dos EUA durante parte do primeiro mandato de Trump, considerou as "caracterizações de Zelenski e da Ucrânia" de Trump "algumas das mais vergonhosas já feitas por um Presidente americano".

Adam Kinzinger, antigo congressista republicano, foi mais longe, utilizando linguagem rude para classificar no X Trump como um "traidor" ("traitorous piece of shit" na publicação original em inglês).

"Está na altura de todos os republicanos no Congresso escolherem um lado e deixarem de fingir que estão a jogar xadrez. Tomem o partido de Putin e Trump ou da Ucrânia. Ponto final", acrescentou.

Os comentários de Trump, que surgiram após as negociações entre os EUA e a Rússia em Riade para pôr fim ao conflito, mas sem incluir a Ucrânia, foram seguidos de outra acusação contra Zelenski, que ele descreveu como um "ditador".

Trump, em conferência de imprensa, disse que o chefe de Estado da Ucrânia é impopular, rejeitando as posições tomadas por Zelensky após os contactos diplomáticos entre os Estados Unidos e a Rússia.  

O Presidente norte-americano, questionado pelos jornalistas na residência de Mar-a-Lago, no estado da Florida, criticou Zelensky, que disse que as conversações russo-americanas realizadas na terça-feira na Arábia Saudita foram contactos "sobre a Ucrânia sem a Ucrânia".

"Estou muito desiludido" com estas observações, respondeu Donald Trump, antes de ter acusado Zelensky de ter iniciado o conflito na Ucrânia.

"Hoje ouvi dizer 'não fomos convidados'. Bem, vocês [Ucrânia] estão lá há três anos. Deviam ter acabado com isto há três anos. Nunca o deviam ter começado", disse Trump sobre o conflito na Ucrânia.

A guerra foi desencadeada pela Rússia que invadiu o país em fevereiro de 2022.


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O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, recebeu hoje em audiência a Provedora de Justiça de Portugal e Secretária Executiva da Rede de Provedores de Justiça da CPLP, Maria Lúcia Amaral.

Durante o encontro, foram debatidos temas essenciais para a cooperação na área dos direitos humanos, incluindo a participação da Comissão Guineense na próxima conferência em Genebra.


Presidência da República da Guiné-Bissau /Radio Voz Do Povo

Cientistas alcançaram um "marco" na via da fusão nuclear ao manterem um plasma durante mais de 22 minutos - um recorde - no reator operado pelo Comissariado de Energia Atómica (CEA) de França, anunciou a organização.

© CEA/Facebook  Lusa  19/02/2025

Cientistas alcançam novo marco na fusão nuclear mantendo plasma por 22 minutos

Cientistas alcançaram um "marco" na via da fusão nuclear ao manterem um plasma durante mais de 22 minutos - um recorde - no reator operado pelo Comissariado de Energia Atómica (CEA) de França, anunciou a organização.

A fusão nuclear, que promete uma energia limpa, segura, barata e praticamente inesgotável, é objeto de investigação fundamental há décadas. 

Consiste em reproduzir as reações que têm lugar no coração das estrelas, através da reunião de dois núcleos atómicos derivados do hidrogénio. É o contrário do processo de fissão utilizado nas centrais nucleares atuais, que consiste em quebrar as ligações entre os núcleos atómicos pesados.

Para provocar esta fusão são necessárias temperaturas de pelo menos 100 milhões de graus Celsius para criar e confinar o plasma. Este gás quente e eletricamente carregado tende a tornar-se instável, o que pode causar perdas de energia e limitar a eficiência da reação.

O reator que funciona no centro do Comissariado de Energia Atómica e Energias Alternativas, o CEA, uma instituição de investigação estatal em Cadarache, perto de Marselha, no sul de França, conseguiu, a 12 de fevereiro, manter um plasma durante 1.337 segundos, "melhorando em 25% o anterior recorde" estabelecido em janeiro na China, informou o CEA num comunicado de imprensa.

A obtenção de um "plasma longo" mostra que "podemos controlar a sua produção, mas também a sua manutenção", declarou à AFP Anne-Isabelle Étienvre, diretora de investigação fundamental do CEA.

Os cientistas têm ainda de ultrapassar uma série de "obstáculos tecnológicos" para que a fusão termonuclear possa "produzir mais energia do que a que consome", o que ainda não é o caso, sublinhou.

Nos próximos meses, a equipa quer conseguir "durações de plasma muito longas, da ordem de várias horas acumuladas" e aquecer "este plasma a uma temperatura ainda mais elevada, para se aproximar o mais possível das condições esperadas nos plasmas de fusão", explica o CEA no comunicado.

O objetivo é "preparar da melhor forma possível a exploração científica do Iter", o projeto de reator experimental lançado em 1985 pela União Europeia, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Índia, Japão e Rússia, explicou.

Inicialmente prevista para 2025, a produção do primeiro plasma do Ite (International Thermonuclear Experimental Reator), que regista atrasos consideráveis e custos excessivos, foi adiada no verão passado para, pelo menos, 2033.


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Condenados a prisão 14 militares acusados de tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau

Por Lusa 

O Tribunal Militar de Bissau condenou hoje a penas de prisão efetiva de entre 12 e 29 anos 14 suspeitos de envolvimento na tentativa de Golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2022, na Guiné-Bissau.

Três dos arguidos foram condenados a penas de 29 anos de prisão efetiva, outros oito a 24 anos e o tribunal aplicou ainda uma pena de 12 anos de prisão efetiva a mais três suspeitos.

No total, foram condenados 14 dos 24 arguidos neste processo, que tiveram pena acessória de expulsão das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

O processo arrasta-se há três anos e o julgamento, que terminou hoje com a leitura do acórdão, envolveu 24 dos 50 indiciados por envolvimento na alegada tentativa golpe de Estado.


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Preta Fixe Dsp Dsp @Anós de diáspora nó bin pidi bós nó fardados pa seta pa da assistência pa kilis ku molestra bó manda eles pa hospital nacional Simon Mendis🤲🏾🙌🏾
Ka bo seta pa evacuado pa nin cau☝🏾Pa reforça vigilância Ka bo larga Umaro Sissoco Embaló 👳🏿‍♂️ inda VIVA REVOLUÇÃO VIVA LIBERDADE 🗽 E VIVA POVO DE GUINÉ-BISSAU 🇬🇼❤️❤️😁😁😁

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@Mondelane Domingos Dias

As autoridades sul-coreanas admitiram hoje acolher os soldados norte-coreanos que sejam capturados na Ucrânia a combater juntamente com as tropas russas e queiram desertar da Coreia do Norte.

© Ed Ram/For The Washington Post via Getty Images  Lusa  19/02/2025

Seul acolherá norte-coreanos capturados na Ucrânia que queiram desertar

As autoridades sul-coreanas admitiram hoje acolher os soldados norte-coreanos que sejam capturados na Ucrânia a combater juntamente com as tropas russas e queiram desertar da Coreia do Norte.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do da Coreia do Sul avançou, em comunicado, que "os soldados norte-coreanos são cidadãos sul-coreanos de acordo com a Constituição" pelo que "respeitar a vontade destas pessoas é cumprir o direito internacional".

O anúncio do Governo sul-coreano foi feito na sequência dos últimos relatos de que muitos soldados norte-coreanos ficaram feridos durante o conflito, depois de terem sido enviados para apoiar a Rússia ao abrigo do acordo de defesa estratégica alcançado no ano passado entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un.

As autoridades ucranianas anunciaram a captura de dois soldados norte-coreanos que combatiam ao lado das tropas russas na província russa de Kursk, onde Kyiv lançou uma operação militar no verão passado.

O Governo ucraniano propôs devolvê-los à Coreia do Norte se Pyongyang aceitar facilitar uma troca com soldados ucranianos atualmente detidos na Rússia.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, estimou que cerca de 4.000 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em Kursk, embora o número não tenha sido verificado.

A disponibilidade apresentada pelo Governo sul-coreano surge depois de um soldado ter dito, em entrevista ao jornal Chosun Ilbo, que planeia pedir asilo na Coreia do Sul.

O ministério de Seul reagiu, defendendo que estas pessoas "não devem ser enviadas de volta para um lugar onde enfrentam a ameaça de perseguição".


O chefe da diplomacia russa defendeu hoje que Moscovo e Washington ainda têm de limpar o legado do ex-presidente Joe Biden, mas admitiu que os dois países "começaram a afastar-se da beira do abismo".

© ALEXANDER NEMENOV/POOL/AFP via Getty Images   Lusa  19/02/2025

 Rússia e EUA têm de "limpar o legado" da administração de Joe Biden

O chefe da diplomacia russa defendeu hoje que Moscovo e Washington ainda têm de limpar o legado do ex-presidente Joe Biden, mas admitiu que os dois países "começaram a afastar-se da beira do abismo".

Um dia depois de se ter reunido na Arábia Saudita com o homólogo norte-americano, Marco Rubio, Serguei Lavrov considerou que os contactos com a administração do Presidente Donald Trump são apenas "os primeiros passos".

"Para já, precisamos de 'limpar' o legado da administração Biden, que fez tudo para destruir (...) a base de uma parceria a longo prazo entre os nossos países", disse Lavrov, citado pela agência oficial russa TASS.

Num discurso na Duma (câmara baixa da assembleia federal), Lavrov disse que poderão ser criadas condições para negociações sobre segurança e estabilidade estratégica entre a Rússia e os Estados Unidos.

Lavrov referiu que na reunião de Riade, os dois países concordaram em assegurar a nomeação, "o mais rapidamente possível", de embaixadores em ambas as capitais.

O ministro considerou como muito útil a conversa com Rubio, mas reconheceu que os interesses nacionais da Rússia e dos Estados Unidos nunca coincidirão totalmente.

"Na maior parte dos casos, divergem em certas áreas que são importantes para cada país. Mas onde coincidem, temos de fazer tudo para extrair o máximo benefício mútuo", acrescentou, segundo a TASS.

A invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 criou clivagens significativas entre a Rússia e os Estados Unidos, cuja administração, liderada por Biden, foi o maior aliado de Kyiv desde o início da guerra.


Saúde: Estilo de vida tem mais impacto na saúde do que os genes, diz estudo... Investigadores descobriram que o estilo de vida e alguns fatores ambientais podem ter mais impacto na saúde do que muitos pensam. Saiba mais.

© Shutterstock  Notícias ao Minuto  19/02/2025

Segundo um novo estudo, assinado pelos investigadores da Oxford Population Health, no Reino Unido, alguns fatores ambientais, assim como o estilo e as condições de vida, têm mais impacto na saúde e no risco de morte prematura do que os nossos genes.

Para o estudo, disponibilizado na Nature Medicine, os cientistas analisaram os dados de cerca de meio milhão de indivíduos para avaliar a influência de 164 fatores ambientais e de pontuações de risco genético para 22 doenças com impacto no envelhecimento, assim como nas doenças relacionadas com a idade e no risco de morte prematura.

Concluíram assim que os fatores ambientais explicaram 17% da variação do risco de morte, em comparação com menos de 2% explicados pela predisposição genética. Para além disso, entre os 25 fatores ambientais independentes identificados pelos investigadores, o tabagismo, o estatuto socioeconómico, a atividade física e as condições de vida tiveram o maior impacto na mortalidade e no envelhecimento biológico. 

Também foi possível associar o tabagismo a 21 tipos de doenças e os fatores socioeconómicos, como o rendimento e a situação profissional, a 19 problemas de saúde. 

Perceberam ainda que os fatores ambientais tiveram um efeito maior nas doenças do pulmão, do coração e do fígado, enquanto o risco genético predominou nas demências e no cancro da mama.

"Embora os genes desempenhem um papel fundamental nas doenças cerebrais e em alguns cancros, as nossas descobertas destacam oportunidades para atenuar os riscos de doenças crónicas do pulmão, do coração e do fígado, que são as principais causas de incapacidade e de morte a nível mundial", explica Cornelia van Duijn, uma das autoras principais do estudo, citada em comunicado. 


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O plano do Presidente Donald Trump para retirar os palestinianos da Faixa de Gaza e transforma-la na “Riviera do Médio Oriente” não tem o apoio necessário para ser aprovado pelo Congresso.

Lindsey Graham   Por  VOA Português

Política na América: Plano de Trump para Gaza entre falta de apoio e esperança

Senador republicano diz não haver apoio para o plano, mas enviado especial do Presidente fala em avanços

Washington — O destacado senador republicano Lindsey Graham afirmou que o plano do Presidente Donald Trump para retirar os palestinianos da Faixa de Gaza e transforma-la na “Riviera do Médio Oriente” não tem o apoio necessário para ser aprovado pelo Congresso.

Este posicionamento acontece ao mesmo tempo que o enviado do Presidente americano para o Médio Oriente indica que a proposta de Trump poderia apenas ter tido como objetivo provocar uma discussão sobre o futuro da Faixa de Gaza após décadas de falhanços de planos de paz.

O senador republicano Lindsey Graham disse na segunda-feira, 17, que mesmo dentro do Partido Republicano há oposição a essa proposta

“Há muito pouco apetite para os Estados Unidos assumirem controlo de Gaza seja qual fôr o modo ou feitio”, disse Graham em Israel, onde se encontra de visita como parte de uma delegação bi-partidária do Congresso.

O plano de Trump

Um dos mais controversos planos do Presidente Donald Trump foi a sua proposta para a retirada de toda a população palestiniana da Faixa de Gaza, com os Estados Unidos a assumirem controlo dessa zona para construir o que o ele chamou de “Riviera do Médio Oriente”.

Na sua proposta, que apanhou aliados mesmo dentro dos Estados Unidos de surpresa, Trump propôs que os mais de dois milhões de palestinianos fossem enviados para o Egito, Jordânia e Arábia Saudita, o que foi imediatamente rejeitado por aqueles países.

Muitas organizações internacionais disseram que tal iniciativa seria uma limpeza étnica e um crime face à lei internacional.

Enviado diz que Trump provocou discussão

Entretanto, o enviado especial de Donald Trump para o Médio Oriente indicou, pela primeira vez, que a proposta de Trump pode ter sido apenas uma estratégia para forçar novas propostas de lideres da região

Steve Witkoff

Ao falar à estação de televisão Fox, Steve Witkoff disse não ter ficado surpreendido com as críticas à proposta do Presidente e que “isso acontece quando propostas novas e únicas vêm à tona”.

“Mas também incentivou muita conversa. Portanto, agora temos os egípcios a dizer, ‘temos um plano’. os jordanianos a dizerem ‘temos um plano’”, acrescentou o enviado em referência a declarações daqueles governos de que os países árabes estão a preparar um plano alternativo para o território.

Para Witkoff, a posição do Presidente Trump é de que não se pode insistir numa “receita política implementada nas últimas quatro ou cinco décadas que não funcionou”.

“Por isso, talvez precisemos explorar novas prescrições políticas que, em última análise, acabem por resultar numa vida melhor para os habitantes de Gaza e os palestinianos”, acrescentou Witkoff, para quem, devido à proposta inicial de Donald Trump “estamos a envolvermo-nos numa conversa produtiva sobre o que é melhor para Gaza e como podemos melhorar a vida das pessoas”.

“Acho que é um programa melhor”, concluiu aquele enviado especial.

Na segunda-feira, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, avistou-se em Riade com o príncipe herdeiro da Arábia Saudigta, Mohammed bin Salman, e um porta-voz disse que no encontro Rubio “sublinhou a importância de um mecanismo para Gaza que contribua para a segurança regional”.

Jair Bolsonaro acusado formalmente de tentativa de golpe de Estado

 SIC Notícias

Segundo a Procuradoria-Geral do Brasil, Jair Bolsonaro sabia do plano para assassinar Lula da Silva e terá até dado luz verde ao mesmo. A acusação vai agora ser apreciada pelo Supremo Tribunal Federal.

Jair Bolsonaro foi esta terça-feira acusado formalmente pela tentativa de golpe de Estado na sequência das eleições de 2022, que perdeu. Segundo a acusação, Bolsonaro sabia e concordou com o plano para assassinar Lula da Silva.

"Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, um plano de ataque às instituições, com vista à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de “Punhal Verde Amarelo”. O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu", lê-se na acusação do Procurador-Geral da República, Paulo Ganet.

O ex-Presidente brasileiro está também acusado de organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

A acusação vai agora ser apreciada pelo Supremo Tribunal Federal.

No total, há 34 acusados no processo, incluindo o ex-ministro Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid.

O plano para matar Lula

Bolsonaro é suspeito de orquestrar, juntamente com assessores e um grupo de militares, um golpe de Estado que incluía o assassínio de autoridades, entre elas, Lula da Silva, o vice-Presidente Geraldo Alckmin e o próprio juiz Alexandre de Moraes que, à época, presidia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Durante quase dois anos, investigadores da Polícia Federal reuniram num relatório de quase 800 páginas provas que, segundo eles, confirmam a tentativa de um golpe de Estado para impedir a posse de Lula da Silva.

O relatório revela que o plano teria sido impresso dentro do Palácio do Planalto.

A investigação aponta ainda que a estratégia do grupo se dividiu em dois.

Primeiro, pela propagação da versão de fraude nas eleições de 2022 e disseminação de notícias falsas sobre vulnerabilidades do sistema eletrónico de votação.

O segundo eixo de atuação do alegado grupo criminoso consistiu na prática de atos para apoiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais num ambiente politicamente sensível.


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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Planeta: Astrofísicos descobrem que planeta fora do Sistema Solar tem clima único

© iStock   Lusa  18/02/2025

Uma equipa internacional de astrofísicos, incluindo três de Portugal, mapeou pela primeira vez a estrutura tridimensional da atmosfera de um planeta fora do Sistema Solar e descobriu que tem um clima único, foi hoje divulgado.

O estudo é descrito num artigo hoje publicado na revista científica Nature e teve o contributo dos investigadores Nuno Santos, Sérgio Sousa e Yuri Damasceno, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).

O planeta extrassolar em causa é WASP-121b, também chamado Tylos, localizado a 900 anos-luz da Terra, na constelação da Popa.

Citado em comunicado do IA, o investigador Yuri Damasceno salienta que Tylos "faz parte de uma família de planetas que têm as temperaturas mais altas" que se conhecem para planetas "em todo o Universo".

Tylos é um gigante gasoso semelhante em massa a Júpiter, maior planeta do Sistema Solar, tem temperaturas superiores a 2.000ºC e orbita tão perto a sua estrela que completa uma volta em 30 horas.

O planeta tem um dos lados sempre virado para a estrela, sendo por isso extremamente quente, e o outro está permanentemente às escuras, que é muito mais frio.

Graças ao telescópio VLT, operado pelo Observatório Europeu do Sul (OES), no Chile, a equipa descobriu que a atmosfera de Tylos tem três camadas: uma mais profunda com ventos carregados de ferro, outra intermédia com uma corrente de jato muito rápida que transporta sódio e uma superior com ventos de hidrogénio.

Ao observar o planeta quando transitava pela sua estrela, um dos espetrógrafos de alta resolução do VLT conseguiu detetar assinaturas químicas na atmosfera de Tylos e detetar as suas diferentes camadas.

"O que descobrimos foi surpreendente: uma corrente de jato faz girar o material em torno do equador do planeta, enquanto um fluxo separado nos níveis mais baixos da atmosfera move o gás do lado quente para o lado mais frio. Este tipo de clima nunca foi visto antes em nenhum planeta", sustentou a primeira autora do estudo, Julia Seidel, citada em comunicado do OES, organização astronómica da qual Portugal faz parte.

Um estudo complementar, publicado na revista da especialidade Astronomy and Astrophysics, revelou a presença de titânio abaixo da corrente de jato, que admirou os cientistas, uma vez que observações anteriores do planeta não tinham identificado este elemento químico, "possivelmente porque se encontrava oculto nas camadas mais profundas da atmosfera".

Segundo os cientistas, os resultados das descobertas hoje divulgados abrem o caminho para estudos mais detalhados sobre a composição química e o clima de outros mundos extraterrestres.


Garry Kasparov: "Só haverá liberdade na Rússia e fim de Putin com vitória da Ucrânia"

© SAUL LOEB/AFP via Getty Images)  Lusa  18/02/2025 

A liberdade na Federação Russa e o fim do regime de Vladimir Putin dependem da vitória da Ucrânia na resistência atual à invasão russa, disse hoje o crítico do Kremlin Garry Kasparov, quando Moscovo e Washington negoceiam a situação.

Qualquer resultado que o presidente russo possa apresentar como uma vitória só aumentará o seu domínio interno, afirmou o antigo campeão mundial de xadrez, no dia em que o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, se reuniram em Riade.

"Só haverá liberdade na Federação Russa e o fim do regime de Putin com a vitória da Ucrânia", antecipou Kasparov, durante uma conferência de imprensa, depois de ter discursado na cimeira anual sobre os direitos humanos e a democracia, realizada em Genebra.

"Até uma vitória parcial... Infligir uma derrota a Putin conduziria a uma mudança" na Federação Russa, prosseguiu.

"Se Putin ganhar ou apresentar a questão (dos combates) como uma vitória", por exemplo "conservando territórios" ou obtendo um "levantamento das sanções" que lhe foram impostas, "permanecerá" no poder, considerou este seu opositor de longa data.

Kasparov foi acrescentado em março de 2004 à lista oficial russa de pessoas classificadas pelo regime como "extremistas". Vive exilado em Nova Iorque, desde há 10 anos.

"Um ditador nunca está em perigo se continuar em ascensão", insistiu o ex-xadrezista, hoje com 61 anos, que abandonou em 2005 os campeonatos de xadrez para se dedicar à política.

Garry Kasparov considerou ainda que Donald Trump não percebe "absolutamente nada" a complexidade do conflito na Ucrânia e que a sua equipa tem demasiado medo de lhe dizer que os seus conhecimentos na geopolítica são insuficientes.

Em consequência, espera que Trump seja obrigado a fazer "concessões massivas" para alcançar o objetivo proclamado de acabar com a guerra.

Por outro lado, avançou, "Rubio não é um idiota. Não tem coluna vertebral, mas ainda tem cérebro" e sabe que só pode chegar aí (fim da guerra) se "abandonar tudo a Putin".

Na sua opinião, mesmo que Putin pretenda estar em posição de força, a economia russa "colapsará provavelmente dentro de 12 a 18 meses", intervalo temporal este em que a Ucrânia pode continuar a bater-se, se a Europa lhe fornecer o dinheiro suficiente para comprar armas aos EUA.

"Enquanto o dinheiro for entregue, não penso que ele (Trump) se preocupe" e, "se Trump quiser acabar com a guerra, não é difícil: basta cortar as exportações de petróleo russo", disse Kasparov.

Os ocidentais demonstram, de forma cruel, que não têm uma estratégia coletiva desde que a Federação Russa anexou a península ucraniana da Crimeia, em 2014, ao passo que "Putin tem uma ideia muito simples: permanecer no poder. É tudo. Não há mais ideias".

Insistindo neste ponto: "A guerra é hoje o instrumento mais eficaz, porque não tem mais nada a oferecer à Federação Russa (...). A causa da guerra é Putin e as suas ambições imperiais, que nunca desaparecerão, porque não há mais nada que possa justificar a sua permanência perpétua no poder", garantiu Garry Kasparov.

Na sua opinião, "o império russo deve desaparecer e o futuro da Federação Russa não se situa nas suas fronteiras atuais: deve restituir todos os territórios ocupados -- Crimeia incluída", concluiu.


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Chegada de presidente da República GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ da Gâmbia.


@Gaitu Baldé

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participou, como convidado de honra, nas comemorações do 60.º aniversário da independência da Gâmbia, ao lado do seu homólogo e irmão, Adama Barrow.

Presidência da República da Guiné-Bissau   Banjul, 18 de fevereiro de 2025,

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participou, como convidado de honra, nas comemorações do 60.º aniversário da independência da Gâmbia, ao lado do seu homólogo e irmão, Adama Barrow.

Recebido com honras de Estado, o Chefe de Estado acompanhou a cerimónia oficial na Praça 22 de Julho, onde milhares de gambianos celebraram este marco histórico.

No regresso a Bissau, o Presidente destacou a importância da cooperação com os países vizinhos e o fortalecimento dos laços entre as duas nações.



Preparação para sismos: falhas de comunicação preocupam população

SIC Notícias

Em caso de sismo, as comunicações com a população podem colapsar mediante a gravidade do evento.

A falta de comunicações preocupou a população que, esta segunda-feira, a seguir ao sismo, procurou respostas junto das autoridades.

O IPMA é o primeiro organismo a informar a Proteção Civil e, mediante a gravidade, serão acionados os meios nacionais e municipais, mas as comunicações com a população podem colapsar, mediante a gravidade do evento.

Ontem, tanto o IPMA, como a Proteção Civil e os bombeiros terão recebido um excesso de chamadas, aumentando assim, a dificuldade de comunicação. Mas, além deste obstáculo, a população questiona-se também sobre a falta de alertas, tal como acontece quando há risco elevado de incêndios.

"O que se quererá fazer no futuro é um aviso antecipado, ou seja, um aviso precoce, que não está ainda em operação, mas que basicamente pretende alertar para a ocorrência de um sismo nos próximos segundos", disse Fernando Carrilho, chefe de divisão de Geofísica do IPMA, em declarações à SIC.

Registados novos sismos perto do Seixal

Esta terça-feira, foram registados dois novos sismos perto do Seixal com magnitudes 2.4 e 1.8 na escala de Richter.

Segundo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o epicentro dos novos abalos localizam-se a cerca de 12 km a sudoeste do Seixal.

O sismo de magnitude 2.4 foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente pelas 10:36 (hora local) e sentido com intensidade máxima II/III DA escala de Mercalli modificada no concelho de Sesimbra (Setúbal). Foi ainda sentido com menor intensidade nos concelhos de Lisboa (Lisboa), Almada e Palmela (Setúbal).

Já o abalo mais pequeno (de magnitude 1.8) foi registado pelas 11h34 e não terá sido sentido.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou hoje a reunião russo-americana que decorreu na Arábia Saudita, caracterizando-a como conversações sobre a invasão russa da Ucrânia "sem a Ucrânia".

© Lusa   18/02/2025 

Zelensky critica reunião russo-americana por discutirem conflito sem Kyiv

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou hoje a reunião russo-americana que decorreu na Arábia Saudita, caracterizando-a como conversações sobre a invasão russa da Ucrânia "sem a Ucrânia".

"As negociações estão agora a decorrer entre representantes russos e norte-americanos. Mais uma vez, sobre a Ucrânia e sem a Ucrânia", condenou o líder ucraniano durante a sua deslocação à Turquia.

A Turquia, membro da NATO, acolheu por duas vezes as conversações entre Moscovo e Kyiv em 2022.

Ancara conseguiu manter os seus laços com Moscovo e Kyiv, fornecendo drones de combate e navios de guerra aos ucranianos e ficou de fora da aplicação das sanções ocidentais contra a Rússia.

Zelensky deslocou-se hoje a Ancara para um encontro com o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, de quem espera obter apoio.

Simultaneamente, altos funcionários de Washington e Moscovo, liderados pelos respetivos chefes da diplomacia, iniciaram hoje, em Riade, conversações para reavivar relações afetadas pela invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e para preparar uma possível cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin.

Trata-se da primeira reunião russo-americana a este nível e neste formato desde o início do conflito.

Depois de ter sido apontada a deslocação de Zelensky à Arábia Saudita na quarta-feira, o governante fez saber que reagendou a deslocação para 10 de março, alegando que os responsáveis ucranianos não foram convidados para as conversações russo-americanas.

O líder ucraniano sugeriu hoje que queria evitar que a sua visita neste momento a Riade fosse associada às conversações que ali decorrem.

"Somos honestos e abertos, e não quero coincidências. É por isso que não vou à Arábia Saudita", declarou.

Em declarações à imprensa a partir de Ancara, Zelensky apelou ainda a conversações "justas" sobre a guerra na Ucrânia, incluindo a União Europeia, o Reino Unido e a Turquia.

"A Ucrânia, a Europa no sentido mais lato - que inclui a União Europeia, a Turquia e o Reino Unido - devem participar nas discussões e na elaboração das garantias de segurança necessárias com os Estados Unidos da América relativamente ao destino da nossa parte do mundo", defendeu.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, já propôs entretanto a Turquia como o "anfitrião ideal" para as negociações de paz do conflito entre a Rússia e a Ucrânia prestes a completar três anos.


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Chefe de Estado Maior de Exército, realça o papel da Banda Musica Nacional, na edificação da paz na Guiné-Bissau.

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Decorrem a partir de hoje até amanhã as consultas públicas às organizações da sociedade civil no âmbito dos relatórios nacionais relativos a implementação da convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial e convenção contra a tortura e outras penas ou tratamentos cruéis, Desumanos ou Degradantes

A Ministra da Justiça e dos Direitos humanos, Maria do Céu Silva Monteiro presidiu a abertura dos trabalhos.

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CARNAVAL 2025: CERIMÔNIA DA ABERTURA

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PR General Umaro Sissoco Embaló desloca-se a Banjul, República de Gâmbia.

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Ministério da Energia e Indústria, promove durante dois dias, Retiro de Reflexão sobre o Sector Energético, em particular a Situação Técnica e Financeira da EAGB...

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Saúde: Quatro alimentos que deve evitar ao máximo para proteger o coração... Cardiologista fez uma lista dos alimentos que não deve comer regularmente.

© Shutterstock  Notícias ao Minuto  18/02/2025

Sim, alguns problemas do coração podem ser genéticos, mas existem muitos outros que podem ser influenciados por fatores relacionados com o estilo de vida. Tendo isto em conta, Wen-Chih Wu, um médico, citado no Mirror, mencionou alguns dos alimentos que deve evitar para proteger o coração.

Quatro alimentos que deve evitar para proteger o coração: 

Carne vermelha. Infelizmente, "a gordura deste tipo de carne pode ser especialmente má para o coração e para as artérias"; 

Bebidas e cereais com muito açúcar. Exagerar no açúcar pode aumentar o risco de diabetes e hipertensão. Também pode afetar as artérias, "aumentando os níveis de triglicerídeos e de colesterol 'mau'", acrescenta; 

Alimentos fritos. Geralmente, "contêm níveis elevados de gorduras saturadas e gorduras trans", ambas são "particularmente prejudiciais para a saúde do coração"; 

Batatas fritas de pacote e aperitivos. "São alimento ultra processados, fritos e cheios de aditivos, com elevadas quantidades de sódio." Também podem "contribuir para o aumento de peso, doenças cardíacas e aumentar o risco de acidente vascular cerebral". 


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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, advertiu esta segunda-feira que o fim da guerra poderia resultar num cenário semelhante ao do Afeganistão em 2021 e opôs-se a negociações de paz que retirem a adesão do país à NATO.

Gleb Garanich // REUTERS   Por  SIC Notícias
 "Ninguém quer um Afeganistão 2.0": Zelensky reafirma intenção de adesão à NATO

De acordo com o presidente ucraniano, a "falta de respeito pela vida humana" levou à "tragédia" que resultou no regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão em agosto de 2021, resultante da retirada caótica das tropas norte-americanas do país.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, advertiu esta segunda-feira que o fim da guerra poderia resultar num cenário semelhante ao do Afeganistão em 2021 e opôs-se a negociações de paz que retirem a adesão do país à NATO.

"Não se pode retirar a adesão à NATO. Não é assim que funciona. Acho que ninguém está interessado num Afeganistão 2.0", afirmou Zelensky à ARD, a principal emissora pública alemã.

De acordo com Zelensky, a "falta de respeito pela vida humana" levou à "tragédia" que resultou no regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão em agosto de 2021, resultante da retirada caótica das tropas norte-americanas do país.

"A experiência mostra o que acontece quando alguém põe fim a algo sem pensar bem e se retira demasiado depressa", sublinhou o líder ucraniano.

Zelensky referiu ainda que, apesar de a Ucrânia ter conseguido desenvolver a sua própria indústria de defesa ao longo dos três anos de guerra contra a Rússia, "não será possível alcançar uma vitória ucraniana sem o apoio dos Estados Unidos".

Segundo o líder ucraniano, as negociações de cessar-fogo também teriam de incluir garantias de segurança.

Numa altura em que o Presidente norte-americano, Donald Trump, propõe um contingente europeu para ajudar a Ucrânia, Zelensky contrapôs que "os norte-americanos deveriam estar lá".

O Presidente ucraniano voltou igualmente a rejeitar qualquer acordo sem a Ucrânia.

É "inútil porque, infelizmente, a guerra está a decorrer no nosso solo", sublinhou, explicando que a Rússia e os Estados Unidos só podem chegar a acordo sobre as suas relações bilaterais.

"Não podem certamente negociar sobre o nosso povo e as nossas vidas. Sobre o fim da guerra sem nós. Somos um Estado independente", reiterou Zelensky.