sábado, 20 de agosto de 2022
PAIGC: Discurso de Domingos Simões Pereira hoje
MALI - Coligação faz balanço "catastrófico" de 2 anos de junta militar no poder
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Por LUSA 20/08/22
Uma coligação de partidos do Mali considerou hoje "catastrófica" a atuação da junta militar após dois anos no poder, levantando uma rara voz dissidente.
Em 18 de agosto de 2020, um grupo de coronéis, incluindo o que viria a tornar-se líder da junta, Assimi Goïta, derrubou o Presidente Ibrahim Boubacar Keïta após meses de protestos sobre o fracasso em travar a expansão e violência dos fundamentalistas islâmicos, a estagnação económica e a corrupção. Um segundo golpe de Estado, em maio de 2021, reforçou o seu domínio.
As expressões dissonantes tornaram-se a exceção, abafadas pelos apelos à unidade nacional e medidas repressivas.
Uma coligação, no entanto, mostra-se alarmada com a situação.
"O balanço é catastrófico e a situação é preocupante", disse a coligação, conhecida como Quadro de Mudança ('Cadre d'échange'), numa declaração enviada hoje à agência France-Presse (AFP).
A coligação reúne uma dúzia de partidos e grupos de partidos, incluindo o União pelo Mali, do ex-presidente Keita e o Yelema, do ex-primeiro-ministro Moussa Mara.
Para a coligação, "a situação está a deteriorar-se em quase todas as áreas e existem sérias ameaças à unidade e soberania nacionais".
Quase todo o território está sob o controlo de fundamentalistas islâmicos, que estão "visivelmente a ganhar poder", "o cesto doméstico nunca esteve tão vazio", "as liberdades fundamentais são regularmente violadas", referiu.
Além disso, o Mali "está a afundar-se num isolamento diplomático sem precedentes", alerta.
O segundo aniversário de 18 de agosto de 2020 não foi marcado por nenhum evento oficial. Foi após o golpe de 2021, a investidura do coronel Goïta como Presidente e a nomeação de um novo primeiro-ministro, que foi iniciada uma política de rutura.
A junta voltou-se para a Rússia e afastou-se da França e os seus aliados. O último soldado da operação francesa anti-jihadista Barkhane deixou o Mali na segunda-feira, ao fim de nove anos a combater o terrorismo naquele país.
As autoridades orgulham-se de terem resistido à pressão internacional e restaurado a soberania do país e forçaram os jihadistas à defensiva.
O Estado-maior das Forças Armadas afirmou hoje ter "neutralizado" 81 combatentes desde o início de agosto, durante várias operações, e relatou alguns feridos nas fileiras do exército.
Além disso, deu conta dos primeiros ataques aéreos por um Sukhoi-25, entregue em agosto pelo parceiro russo.
Todos estes dados são praticamente impossíveis de confirmar.
Na sexta-feira, apoiantes do imã Mahmoud Dicko, uma figura pública influente que tinha sido uma figura de proa nos protestos de 2020, disseram que "a situação política e de segurança no país [permaneceu] preocupante apesar de alguns progressos em certas áreas".
"O país está a atolar-se num modo de governação caracterizado pela promoção da propaganda, desvio, amordaçamento da liberdade de expressão, crises diplomáticas com os nossos parceiros, a distinção [entre] bons e maus malianos", afirmaram, numa declaração.
Leia Também: Mali pede reunião urgente na ONU por "atos de agressão" de Paris
Vitória na guerra contra a pandemia - Kim Jong Un elogia combatentes da medicina militar
Kim Jong Un, Secretário geral do Partido de Trabalho da Coreia e Presidente dos Assuntos de Estado da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), encontrou-se recentemente e felicitou os combatentes médicos militares do Exército Popular da Coreia que cumpriram a sua sagrada missão de defender a capital e o povo, engajando-se na guerra de defesa de emergência suprema contra a pandemia.
Após cem dias desde o surto da doença no território da RPDC, nenhum novo caso de doença foi registrado desde 29 de julho, e as últimas pessoas doentes foram finalmente recuperadas em 3 de agosto. Houve apenas 74 mortes no total, causadas principalmente pela dosagem excessiva de medicamentos no início da crise sanitária. Em 10 de agosto, a Conferência Nacional de Balanços de defesa de emergência contra a epidemia declarou vitória na guerra contra a pandemia.
Kim Jong Un em 18 de agosto se reuniu e parabenizou os combatentes da medicina militar do Exército Popular da Coreia (EPC) que ele havia mobilizado na guerra contra a pandemia por ordem do Comandante Supremo do Exército.
Agradeceu calorosamente em nome do Partido, da pátria e do povo aos combatentes que demonstraram plenamente o espírito irredutível e a invencível capacidade de luta da EPC, bem como a alta qualidade moral e nobreza de alma peculiares ao exército do Partido.
Enfatizando a dignidade e o orgulho imensurável do Partido de Trabalho da Coreia de ter um exército revolucionário em que se pode confiar diante da sagrada e gloriosa denominação "Exército do Povo", ele convocou sinceramente todos os militares a "servir fielmente pela nosso grande estado, pela nosso grande Partido, pela nossa grande gente e pela nossa grande dignidade e honra ≫.
Terminado o discurso, Kim Jong Un trouxe ao seu lado em particular os combatentes que realizaram ações excepcionais na luta para se defender contra a epidemia. Ele apertou a mão de cada um deles, levando em conta o trabalho que eles tiveram e os parabenizou calorosamente.
Ele tirou fotos de lembrança da grande vitória significativa a ser registrada na história da pátria com todos os combatentes da medicina militar.
Agência Central de Notícias da Coreia
Em Última Hora: Numa entrevista de grande plano, o ministro das Obras Fidelis Forbs deixa claro seu apoio incondicional ao Coordenador Nacional de Madem-G15 ainda esclarece que não será candidato no congresso extraordinário
Deplomacia | CEDEAO recomendada para harmonizar constituições, leis eleitorais e partidos políticos_ BANDJUL.
Por: Tidjane Cande ©Radio TV Bantaba Agosto 20, 2022
A reunião deslocalizada da Comissão do Parlamento da CEDEAO para Assuntos da Paz, Segurança, Justiça e Direitos Humanos, Sociais, Gênero e Promoção da Mulher terminou (19.08), sexta-feira, com adopção de recomendações e moção de agradecimento as autoridades e ao povo gambiano pelo excelente acolhimento que permitiu um bom desenrolar do encontro.
Conforme as resoluções, a comissão recomenda no Capítulo da Democracia aos estados membros da comunidade, para investirem na segurança do processo eleitoral, nomeadamente nos programas de prevenção de cyber-ataques, para garantir a fiabilidade dos resultados.
A reunião deslocalizada propõe a Comissão da CEDEAO a harmonização das constituições e das leis eleitorais assim como das legislações relativos a partidos políticos.
Propõe ainda a harmonização do direito a manifestação, a liberdade de opinião e da imprensa, assim como, os estatutos da forças armadas, da segurança, luta contra a corrupção e da representação das mulheres nas esferas da decisão.
O encontro de Bandjul recomenda igualmente a colaboração ativa e participativa das organizações da Sociedade Civil no âmbito das campanhas de sensibilização.
Mamadu CANDÉ
Jornalista TGB
ENTREVISTA - "O 'sangue doce' é mito". É por isto que os mosquitos picam as pessoas
© Shuttestock
Notícias ao Minuto 20/08/22
Miguel Castanho, do laboratório Miguel Castanho do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, esclarece esta e outras dúvidas frequentes em entrevista ao Lifestyle ao Minuto, a propósito do Dia Mundial do Mosquito.
É provável que tenha crescido a acreditar que os mosquitos são bastante seletivos e que escolhem as suas 'vítimas' com base na doçura do sangue. Se esse é o seu caso, esqueça tudo o que leu e ouviu até hoje sobre o tema. Não é por isso que o inseto mais mortal do mundo dá mais ou menos ferroadas.
É Miguel Castanho, do laboratório Miguel Castanho do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, quem garante, em entrevista ao Lifestyle ao Minuto, que "o 'sangue doce' é mito". "A ideia de que são as propriedades do sangue de cada pessoa, nomeadamente, a 'doçura', que determinam a atração dos mosquitos, não tem fundamento", defende.
O especialista acrescenta que, segundo um estudo recente, de 2022, "tem a ver com o odor natural da pessoa". "Moléculas voláteis que se libertam do corpo acabam por despertar nos mosquitos fêmea reações fisiológicas que levam à picada. Os mosquitos macho não se alimentam de sangue. Curiosamente, dois destes compostos, chamados decanal e undecanal, têm um odor cítrico e são usados em alguns perfumes", explica.
Miguel Castanho © DR |
Quais as principais doenças transmitidas por mosquitos?
A doença transmitida por mosquitos mais conhecida no nosso país talvez seja a malária, que já foi um grande problema de saúde pública em algumas regiões do continente e assim continua em alguns países que foram colónias portuguesas. A malária é um enorme problema a nível global, com cerca de 240 milhões de casos anuais, e está bem presente na nossa memória coletiva. No entanto, existem outras doenças de enorme impacto a nível global, como febre amarela, dengue, zika ou chikungunya, todas elas causadas por vírus transmitidos por mosquitos do género Aedes (o mais conhecido deles, o mosquito-tigre, listado de preto e branco). Já ocorreu em Portugal, mais concretamente no arquipélago da Madeira, um surto de dengue, que foi o mais importante ocorrido na Europa até hoje. Existem ainda doenças transmitidas por mosquitos do género culex. No total, estima-se que os mosquitos estejam envolvidos na morte de cerca de 725 mil pessoas por ano.
Os mosquitos transmissores de doenças são os animais que mais matam, ultrapassando em muito as serpentes, por exemplo
Quais as mais perigosas?
No meu entender, a dengue é a doença que merece mais atenção. Enquanto a malária pode ser prevenida com recurso a medicamentos e vacinas, o dengue é uma doença sem fármacos específicos nem vacina eficaz para uso em grande escala. É a doença viral transmitida por mosquitos de maior impacto a nível mundial, com dezenas de milhões de casos anuais levando a mais de 20 mil mortes, sobretudo em crianças. Existem quatro versões do vírus de dengue, sem imunidade cruzada, portanto, a mesma pessoa pode ter várias infeções por dengue durante a sua vida. A dengue é endémica em regiões tropicais. Entre 40 a 80% de todas as infeções por dengue são assintomáticas, o que dificulta ainda mais o controlo das transmissões.
Na Europa continental, sobretudo no sul, existem já zonas colonizadas pelo mosquito aedes albopictus, uma espécie invasora de mosquito que tem ganho ganho terreno na Europa devido ao aquecimento global. Com ele, aumenta também o risco de surtos de dengue ou zika em países como Portugal.
Quais os perigos das picadas de insetos?
Se pedirmos a alguém que nos diga que ideia tem de um monstro mortal, provavelmente falar-nos-ão dos animais jurássicos ou do domínio do fantástico popularizados pelo cinema. Outros podem ser menos impressionáveis e falarem de serpentes ou tubarões, mas provavelmente ninguém se lembrará dos frágeis mosquitos. Contudo, os mosquitos transmissores de doenças são os animais que mais matam, ultrapassando em muito as serpentes, por exemplo. Fruto das alterações climáticas, com a expansão das áreas tropicais e subtropicais, estes mosquitos têm expandido os territórios em que habitam, logo agravando esta tendência. Algumas picadas de insetos são perigosas em si, como as picadas de abelhas ou vespas em pessoas que tendem a desenvolver reações exacerbadas, mas o risco e a perigosidade não se comparam ao risco de transmissão de doenças.
A ideia de que são as propriedades do sangue de cada pessoa, nomeadamente, a 'doçura', que determinam a atração dos mosquitos, não tem fundamento
Como prevenir?
Quando não existem medicamentos ou vacinas disponíveis contra os vírus transmitidos por mosquitos (caso de Dengue, Zika ou Chikungunya, por exemplo), a alternativa é combater os mosquitos em si. Apelar ao uso de repelentes e redes mosquiteiras para evitar picadas, por um lado, e grandes campanhas para que não se deixem reservatórios de água parada nos meios urbanos (vasos, pneus abandonados, bicas, charcos, etcétera), por outro, são as medidas normalmente adotadas. Os mosquitos depositam os ovos em águas e as larvas desenvolvem-se em águas paradas. Por esta razão, as épocas de chuva em alguns países são particularmente propícias à ocorrência de surtos.
Estas medidas são importantes, mas insuficientes. Os resultados são modestos. É urgente o desenvolvimento de medicamentos e vacinas.
Quais os cuidados extra que devemos ter no verão, sobretudo quando viajamos?
Em Portugal o risco ainda é mínimo. Quando viajamos, o melhor é procurar informação sobre a eventual ocorrência de surtos na zona para onde queremos viajar. Se estiver a ocorrer um surto no destino, é preciso tomar medidas, como usar roupas que cubram o corpo e usar repelentes. Existe, no entanto, uma situação especial: caso esteja em curso um surto de Zika e a viajante seja uma mulher grávida, adie a viagem. A infeção pelo vírus Zika em mulheres grávidas pode causar infeção no feto e afetar gravemente o desenvolvimento do bebé. Zika é uma doença que pode ter consequências graves numa gravidez.
Qual a importância da consulta do viajante?
No conhecimento de que doenças são endémicas em cada território, se existem medicamentos ou vacinas para essas doenças, como tomá-los e que comportamentos adotar em cada viagem para diminuir os riscos. Isto também é válido para as doenças transmitidas por mosquitos.
O que fazer em caso de picada?
O maior esforço deve estar concentrado em evitar ser picado, mas, no caso de picada, podem ser usados fármacos para o alívio da comichão e da inflamação local. Também devemos ter em atenção que muitas picadas de mosquitos não são causadas por mosquitos perigosos e, mesmo quando a picada é de um mosquito perigoso, nem todas as picadas resultam em infeção. Mesmo em caso de infeção, nem todas as infeções resultam em doença. Portanto, ser picado esporadicamente é algo indesejável mas não é motivo para ansiedade.
O que não devemos mesmo fazer?
Coçar uma picada até ao ponto de criar ferida é o maior risco.
Infelizmente, a erradicação é uma miragem. Vírus como dengue e zika estão muito bem adaptados a conviver com mosquitos e humanos
Os mosquitos só picam algumas pessoas ou fazem-no indiscriminadamente?
A questão não está completamente esclarecida e alguns estudos científicos têm-se dedicado a este assunto. De um lado, a hipótese de todos serem picados indiscriminadamente, mas algumas pessoas reagirem mais às picadas que outras, do outro lado está a hipótese de alguns indivíduos serem, de facto, alvos preferenciais das picadas. Um estudo recente, de 2022, aponta para a segunda hipótese. Segundo esta investigação, tudo tem a ver com o odor natural da pessoa. Moléculas voláteis que se libertam do corpo acabam por despertar nos mosquitos fêmea reações fisiológicas que levam à picada. Os mosquitos macho não se alimentam de sangue. Curiosamente, dois destes compostos, chamados decanal e undecanal, têm um odor cítrico e são usados em alguns perfumes.
Quais os principais mitos que importam esclarecer?
A ideia de que são as propriedades do sangue de cada pessoa, nomeadamente, a 'doçura', que determinam a atração dos mosquitos, não tem fundamento. O 'sangue doce' é um mito. A convicção de que ingerir vitaminas B faz exalar um odor que mantém os mosquitos à distância também pode ser considerada um mito porque não foi demonstrada cientificamente.
E o que muitas pessoas não sabem é que estas doenças têm efetivamente impacto no cérebro. Nesse sentido, que trabalho tem sido feito pelo Instituto de Medicina Molecular?
Estamos preocupados com a falta de soluções farmacológicas para dengue e zika, sobretudo, pela ameaça que representam e pela expansão que se espera para o futuro, com ameaças reais à Europa do sul, por exemplo. Temos investigado sobre um medicamento que possa atacar, em simultâneo, diretamente estes vírus. O objetivo é desenvolver um medicamento que possa ser usado para controlar surtos de vírus, quer se trate de dengue ou zika. Estamos sobretudo preocupados com o efeito que o zika pode ter sobre os fetos nas mulheres grávidas, portanto queremos que este medicamento chegue ao cérebro do feto em desenvolvimento. Para isso tem de passar da mãe para o feto, o que não é trivial de conseguir. Mais do que este objetivo, queremos que o medicamento chegue também ao cérebro dos infetados para evitar complicações neurológicas, que ocorrem com alguma frequência, nos próprios pacientes (tal como acontece em alguns infetados pelo SARS-CoV-2, por exemplo). Contamos com a colaboração de grupos parceiros na Alemanha, Brasil e Espanha, num projeto, denominado NOVIRUSES2BRAIN, financiado pela Comissão Europeia após concurso internacional.
Que avanços têm sido registados no sentido de erradicar estas doenças? O que é que se pode esperar nos próximos anos?
Infelizmente, a erradicação é uma miragem. Vírus como dengue e zika estão muito bem adaptados a conviver com mosquitos e humanos. Só um grande grau de adaptação justifica que o mesmo género de mosquitos, o aedes, transmita tamanha diversidade de vírus tão disseminados entre humanos. A evolução natural conjunta entre vírus, humanos e mosquitos deve datar dos primórdios da humanidade. Controlar em larga escala as respetivas doenças é praticamente impossível, sem vacinas muito eficazes para prevenção e sem medicamentos muito eficazes para remediação.
A febre amarela, também transmitida por mosquitos aedes, conta com uma vacina, o que a tornou muito mais controlada. Com o progresso das alterações climáticas e a consequente expansão das doenças associadas a estes mosquitos para a América do Norte e para a Europa central, a sensibilidade para o problema deve aumentar, com impacto na disponibilização de investimento para a investigação e criação de soluções ao nível farmacológico. 'Quem vai para o mar, avia-se em terra', diz o ditado. Quanto mais cedo nos começarmos a preparar para as epidemias do futuro, melhor.
Leia Também: Ex-aluna da UMinho cria pulseira que "engana" mosquitos e previne picadas
Corpo de José Eduardo dos Santos está a caminho de Luanda... Deverá chegar a Angola na tarde deste sábado
© Sean Gallup/Getty Images
Notícias ao Minuto 20/08/22
O corpo de José Eduardo dos Santos encontra-se já a caminho de Luanda, em Angola, devendo chegar na tarde deste sábado, informou o governo do país em comunicado.
"O executivo angolano torna público que chegam na tarde deste sábado a Luanda os restos mortais do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, falecido no passado dia 8 de julho em Barcelona, Reino de Espanha", pode ler-se no documento onde é ainda referido que "a data e o programa das exéquias serão oportunamente comunicados".
Segundo a SIC Notícias, o funeral poderá ocorrer no dia 29 de agosto, segunda-feira, quatro dias depois das eleições em Angola. Até agora estava ainda por decidir a data e local do funeral do líder histórico do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), que governou Angola de 1979 a 2017, devido à discordância entre a viúva Ana Paula dos Santos e os seus três filhos em comum com o político - que defendem que as cerimónias fúnebres deverão ter lugar em Luanda - e Tchizé e os irmãos mais velhos - que pretendiam que o corpo fosse enterrado em Barcelona, Espanha.
Na sexta-feira, o tribunal de Barcelona aceitou, segundo a CNN Portugal, o recurso da filha de José Eduardo dos Santos Tchizé e decidiu suspender a entrega dos restos mortais do ex-presidente de Angola à ex-mulher.
De recordar que Tchizé dos Santos apresentou, na quinta-feira, recurso da decisão judicial que entrega o corpo do pai à ex-mulher ao argumentar que o processo é civil e não criminal, não sendo certo se alguma das partes interessadas chegou a apresentar alegações por escrito. "O processo atual não é, nem pode ser, o local apropriado para decidir o destino dos restos mortais do sr. dos Santos, ao invés, o direito civil é o apropriado e deve ser utilizado para determinar quem tem legitimidade para receber os restos mortais do falecido e para decidir sobre o local de sepulcro", explicou.
José Eduardo dos Santos morreu, aos 79 anos, no dia 8 de julho, em Barcelona, onde passou muito tempo nos últimos cinco anos.
UCRÂNIA: Ataque com drone contra sede da frota russa na Crimeia sem vítimas
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Por LUSA 20/08/22
A sede da frota russa do Mar Negro em Sevastapol, na Crimeia, foi atacada hoje por um drone (aeronave não tripulada), mas sem provocar vítimas ou danos graves, anunciou o governador da cidade.
"O drone foi abatido mesmo por cima da sede da frota, caiu no telhado e pegou fogo", descreveu Mikhail Razvojaev na rede social Telegram, citado pela agência francesa AFP.
Razvojaev atribuiu o ataque às forças ucranianas, que ainda não reagiram à acusação.
Trata-se do segundo ataque do género contra a sede da frota do Mar Negro em Sevastopol em menos de um mês.
Em 31 de julho, um ataque idêntico provocou cinco feridos e levou ao cancelamento das cerimónias do Dia da Frota Russa, celebrado nesse dia.
A Rússia acusou as forças ucranianas de terem sido responsáveis pelo ataque, mas a Ucrânia negou o seu envolvimento e considerou a alegação como uma provocação.
O incidente de hoje surge no meio de uma série de explosões e ataques contra infraestruturas militares russas na Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscovo em 2014.
Na quinta-feira à noite, as forças russas abateram um drone perto de um aeródromo militar em Sevastopol.
Na terça-feira, ocorreram explosões numa base militar e num depósito de munições na Crimeia, que a Rússia descreveu como um ato de sabotagem.
No início do mês, uma explosão de munições destinadas à aviação militar perto do aeródromo militar Saki, na Crimeia, provocou um morto e vários feridos.
As informações sobre a guerra na Ucrânia divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, desencadeando uma guerra que, ao fim de quase seis meses, não tem ainda perspetivas de terminar.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.
A guerra provocou também 12 milhões de refugiados e de deslocados internos.
A generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia.
A União Europeia e países como os Estados Unidos, o Reino Unido ou o Japão têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos e fornecido armas à Ucrânia.
Ministro de Estado da Defesa e Combatentes da Liberdade da Pátria recebe a visita do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas do Senegal.
sexta-feira, 19 de agosto de 2022
UA pede apoio internacional para a transição no Burkina Faso
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Por LUSA 19/08/22
A União Africana (UA) apelou hoje à comunidade internacional para apoiar a transição no Burkina Faso, onde ocorreu um golpe militar em janeiro, para "enfrentar os desafios" de segurança e organizar eleições.
"Pedimos o apoio da comunidade ao Burkina Faso para enfrentar todos os desafios de segurança", declarou o comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da União, Bankole Adeoye, no final de uma reunião com o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, agora presidente de transição.
Chegado a Uagadugu na quarta-feira, Bankole Adeoye lidera uma delegação da UA que foi avaliar a condução da transição e a situação de segurança e humanitária no Burkina Faso, que tem sido confrontado com a violência 'jihadista' há sete anos.
"Fizemos uma avaliação do processo, especialmente o plano de transição que levará às eleições", disse Adeoye, dizendo que "todos devemos trabalhar juntos, seja ao nível da UA, G5 do Sahel e países vizinhos, para lidar com problemas de segurança, extremismo e banditismo".
Adeoye enfatizou "a necessidade de garantir uma boa transição, credível, transparente e justa".
"Quando virmos passos claros em direção à melhoria, restauração e pacificação, a UA vai ampliar e aumentar o seu apoio para permitir que o Burkina Faso alcance estabilidade e segurança", observou.
A duração da transição antes do regresso à ordem constitucional foi fixada em dois anos.
Durante a sua estada, que termina no sábado, a delegação da UA esteve com o primeiro-ministro do Burkina Faso, Albert Ouédraogo, e deverá encontrar-se com atores da sociedade civil e líderes religiosos, bem como embaixadores naquele país africano.
Desde 2015, como os seus vizinhos Níger e Mali, Burkina Faso está numa espiral de violência, atribuída a movimentos 'jihadistas' armados com ligações à Al-Qaida e ao Estado Islâmico (EI), que provocaram milhares de mortes e quase dois milhões de deslocados.
No final de janeiro, o tenente-coronel Damiba derrubou o presidente Roch Marc Christian Kaboré, acusado de não ter conseguido conter a violência 'jihadista', e fez do restabelecimento da segurança a sua "prioridade".
Mais de 40% do território do Burkina Faso está fora do controlo do Estado, de acordo com dados oficiais, e os ataques aumentaram desde o início de 2022.
UCRÂNIA - Biden apoiará Kyiv "pelo tempo necessário" e destina mais 772 milhões
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Por LUSA 19/08/22
O Presidente norte-americano, Joe Biden, deixou hoje claro que continuará a apoiar a Ucrânia na defesa do seu país "pelo tempo que for necessário", direcionando mais 775 milhões de dólares (772 milhões de euros) para ajuda militar a Kiev.
Em comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, sublinhou que Biden está determinado a continuar a ajudar o povo ucraniano a defender-se das investidas russas, num momento em que a guerra se aproxima dos seis meses de duração.
"Como parte desses esforços, de acordo com uma delegação de autoridade do Presidente, hoje autorizo o nosso 19.º levantamento desde setembro de 2021 de armas e equipamentos dos Estados Unidos da América (EUA)", anunciou Blinken.
Essa ajuda no valor de 775 milhões de dólares "inclui armas, munições e equipamentos adicionais dos estoques do Departamento de Defesa dos EUA, equipamentos esses que as forças da Ucrânia usaram com tanta eficácia para a defesa do seu país".
Este pacote eleva a assistência dos EUA à Ucrânia para aproximadamente 10,6 mil milhões de dólares (10,5 mil milhões de euros) desde o início do atual executivo, informa a nota.
"A coragem e a força dos militares e povo da Ucrânia são extraordinárias, e os Estados Unidos continuarão a fornecer sistemas e capacidades adicionais para a Ucrânia. Essas capacidades são cuidadosamente calibradas para fazer a maior diferença no campo de batalha e fortalecer a posição da Ucrânia na mesa de negociações", conclui o comunicado do Departamento de Estado.
Apesar de o comunicado não detalhar o tipo armamento que será enviado para a Ucrânia, dois funcionários do executivo norte-americano, sob a condição de anonimato, indicaram que essa ajuda militar inclui obuses e munições, incluindo mísseis Javelin que os militares ucranianos vêm usando contra as forças invasoras russas, e 'drones' portáteis Scan Eagle, que são lançados por uma catapulta e podem ser recuperados.
Esta última ajuda ocorre quando a guerra da Rússia contra a Ucrânia está prestes a atingir a marca de seis meses.
Durante os últimos quatro meses do conflito, a Rússia concentrou-se na região do Donbass, no leste da Ucrânia, em grande parte controlados por separatistas pró-Moscovo.
As forças russas obtiveram alguns ganhos incrementais no leste, mas também foram colocadas na defensiva noutras regiões, à medida que a Ucrânia aumenta os seus ataques, nomeadamente na península ocupada da Crimeia, no Mar Negro.
Nove aviões de guerra russos foram destruídos na semana passada numa base aérea na Crimeia em ataques que destacaram a capacidade dos ucranianos de atacar profundamente atrás das linhas inimigas.
É impressionante nível da decadência da Midia portuguesa
Por: Escritor Carlos Sambu Estamos a Trabalhar
Outrora numa super mega investigação jornalística, movido pelo pomposo “SÁBADO” que enfatizava sobre suposto fraude eleitoral na última eleição presidencial na Guiné-Bissau, desenhado no Barreiro por um expert na matéria! Um ato da tremenda vergonha que demostra o quão o jornalismo de mercado tem entrado através de esquemas na Midia portuguesa! Aliás, nem acabamos de rir da vergonha alheia, promovida pelo SÁBADO, vem a outra…
Num delírio jornalístico, o EXPRESSO, divulga suposta investigação singular sobre a vida do político e empresário Braima Camara! Sem no entanto trazer aquilo que interessa ( provas) mas mergulha na megalomania digno de um pasquim, para fazer referências superficiais! Ao que jornalismo chegou?
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Por Jorge Herbert
Para um africano imbuído de complexo de colonizado, todas as notícias publicadas na ex-colónia, é uma verdade inquestionável e indesmentível, mesmo de órgãos de comunicação claramente tendenciosas...
Nem o desmentido da notícia sobre o Hacker de Barreiro fez acordar a mente desses minúsculos complexados!
Uma investigação jornalística séria sobre a lavagem de dinheiro de que proveniência for, por parte de políticos africanos que é percepcionado por qualquer cidadão, deve ir mais ao fundo da questão e questionar a proveniência do dinheiro da aquisição de todos os imóveis na Europa ou no país em que decorre a investigação, de indivíduos que não declaram rendimentos na Europa e, ainda, o financiamento individual dos políticos e partidos políticos na Guiné-Bissau para as campanhas eleitorais e não só... Porque é que um político e empresário é suspeito de lavagem de dinheiro do narcotráfico num país europeu por ter conta bancária avultada e imóveis num país europeu e um político sem qualquer outra fonte de rendimento pode ter conta bancária e, pelo menos, um imóvel de luxo num país europeu sem ser suspeito de nada!?
Também uma área interessante para investigação jornalística é sobre os processos de aquisição/atribuição de títulos académicos em Universidades Europeias, de políticos africanos...
Libertar um território do colonialismo é muito mais fácil que libertar a mentalidade dos povos colonizados...
Se a história da Isabel dos Santos ainda não foi suficiente, é bom que os líderes políticos e empresários africanos comecem a abrir os olhos, porque investimentos fora do próprio país, hoje em dia, é um investimento de alto risco. Do nada passam de parceiros de negócio a criminosos...
Cabo-verdianos manifestam-se contra governação do país e pedem mudanças
© Lusa
Por LUSA 19/08/22
Centenas de cabo-verdianos manifestaram-se hoje nas ruas da cidade da Praia contra a governação do país e da capital, pedindo mudanças em setores como a segurança, justiça, transportes, saúde, emprego ou gestão da coisa pública.
Denominada de "Stadu di Nação" (Estado da Nação), "Sima Nu sta Nu ka podi fika" (Não podemos continuar como estamos), a manifestação foi convocada pela Rede das Associações Comunitárias e Movimentos Sociais da Praia (RACMS), para quem representa "um grito de protesto" contra o estado das coisas.
Com concentração na Praça Alexandre Albuquerque, centro histórico da Praia, os manifestantes foram-se juntando ao longo do percurso nas ruas da capital do país, entoando palavras e expressões de ordem, como "o povo unido, jamais será vencido", "abaixo o Governo", "o povo primeiro, partidos depois".
Mais saúde, mais emprego, mais transportes, mais educação, mais segurança, mais transparência, salário justo ou menos abuso foram alguns dos muitos pedidos dos manifestantes, entre eles crianças, jovens, adultos, de todos os quadrantes sociais.
Os protestantes percorreram a principal avenida da cidade da Praia e foram desviados pela polícia antes de chegar em frente ao Palácio Governo -- a lei diz que devem ficar a pelo menos 100 metros das instituições públicas -, o que levou os ânimos a exaltarem-se, com expressões pouco abonatórias sobre o Executivo.
O protesto deveria terminar em frente à Assembleia Nacional, em Achada de Santo António, mas o cordão policial de cerca de 150 efetivos - segundo contas da Lusa, visto que a polícia não avançou dados oficiais -- deixou os manifestantes nas imediações da denominada "Casa do Povo e da Democracia", voltando a enfurecer os manifestantes.
Em declarações aos jornalistas, o porta-voz da Rede das Associações Comunitárias e Movimentos Sociais da Praia (RACMS), Bernandino Gonçalves, disse que o estado da Nação não é o que os cabo-verdianos merecem hoje.
"A insegurança, a justiça que nós temos não é a melhor, o desemprego, as excessivas birras e quezilas partidárias que os cidadãos sentem que bloqueiam as suas vidas no quotidiano", mencionou o líder comunitário, mostrando-se insatisfeito com a fraca adesão das pessoas, numa cidade com quase 200 mil pessoas, mas disse que a manifestação não é uma iniciativa isolada.
"Nós vamos somar esta manifestação a mais outras intervenções, para tornar a nossa sociedade mais amiga da democracia e da liberdade de expressão", apontou Bernardino Gonçalves, mostrando-se consciente que uma manifestação não vai mudar substancialmente as coisas, mas chamar a consciência dos governantes do país.
"E os governantes também passam a saber que não têm um cheque em branco de uma eleição até a outra eleição. As pessoas podem a qualquer momento pedir contas", alertou o porta-voz do movimento social, reconhecendo que a sociedade cabo-verdiana ainda é "bastante partidarizada" e que ainda é preciso fazer um caminho para entender a democracia.
"A nossa fraca cultura democrática pode justificar que menos pessoas apareçam e também que os partidos políticos tentam nos utilizar como arma de arremesso, na situação ou na oposição", constatou o mesmo responsável, dando conta de alguma pressão, mas garantiu que durante o fim de semana os promotores vão fazer o balanço da manifestação para decidir sobre os próximos passos.
A manifestação de hoje à tarde na Praia sucedeu a outras nos últimos dias, sobretudo reclamações da deficiência nos transportes e de para as ilhas de São Nicolau e da Brava.
Criada em 2020, durante o estado de emergência devido à pandemia da covid-19, a RACMS colaborou com a Câmara Municipal da Praia e com o Governo como intermediário, por exemplo, na distribuição das cestas básicas.
Forças de segurança deixam sede do PAIGC em Bissau
Por LUSA 19/08/22
As forças de segurança guineenses já levantaram o cerco à sede do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em Bissau, disseram hoje à Lusa fontes daquela formação partidária.
Oacesso à sede do partido, situado no centro de Bissau, esteve interdito durante grande parte do dia pela presença de um dispositivo das forças de segurança, depois de um juiz ter impedido o início do congresso do partido, que estava previsto para hoje.
A sede do PAIGC, que se situa na Praça dos Heróis Nacionais junto à Presidência, esteve cercada desde as primeiras horas da manhã pelas forças de segurança guineense.
"Como podem constatar sem nenhuma ordem judicial, sem nenhuma disposição legal que suporte tal medida estamos a ser impedidos de aceder à nossa sede. Explicamos às forças de ordem aqui instaladas que nós ontem tivemos a informação dessa solicitação ao Ministério do Interior para a não realização do congresso", afirmou aos jornalistas o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.
O líder do partido e outros dirigentes tentaram sem sucesso entrar na sede, tendo sido impedidos pelas forças de segurança que se encontravam no local.
O congresso do partido, o maior da Guiné-Bissau, tem sido sucessivamente adiado desde fevereiro.
João Bernardo Vieira em conferência de imprensa sobre o X congresso do PAIGC
Reação do MADEM G-15 à notícia do Jornal Expresso sobre o seu líder Braima Camara.
Radio TV Bantaba
- MADEM-G15: COMUNICADO DE IMPRENSA
Transportes terrestres - Ministro dos Transportes diz que pediu à Federação de Motoristas para não observar a greve
Bissau, 19 Ago 22 (ANG) – O ministro dos Transportes e Comunicações confirmou esta quinta-feira ter recebido um pré-aviso de greve mas que pediu a Federação das Associações dos Motoristas para não realizar a greve agendada para os dias 22 à 26 do corrente mês.
“De facto, fomos confrontados ainda hoje com um pré-aviso de greve decretada pela Federação das Associações dos Motoristas da Guiné-Bissau que deve começar no próximo dia 22, com a duração de 5 dias”, disse Aristides Ocante da Silva à imprensa, no final de uma reunião entre o Governo e a Federação dos motoristas.
O governante informou que tomou a iniciativa de convocar a reunião entre Governo, representado na sua pessoa e as suas estruturas, nomeadamente a Direção Geral de Viação e Transportes Terrestres e todas as entidades que compõem o Comando Conjunto da “Operação Stop”.
Aristides Ocante da Silva afirmou que o encontro visa encontrar uma solução para os problemas que estiveram na origem das “perturbações” ocorridas nos últimos dias.
“Como notaram, o que aconteceu nos dias 11 e 12 do corrente mês não é uma greve mas sim perturbações de circulações de transportes públicos, sobretudo os de destino para o interior do país e países vizinhos”, salientou.
Afirmou que, depois de cerca de três horas de conversas, foi decidido o alargamento da Comissão de Seguimento à todas as partes consignadas, de forma a se sentarem a mesma mesa para analisarem o Memorando de Entendimento, assinado entre o Governo e a Federação, no ano passado.
“A partir daí, pedi a Federação para suspender a greve agendada para os dias 22 à 26 do corrente mês, e foram compreensivos nesse sentido”, diz Aristides Ocante da Silva.
Na sexta-feira, as partes vão realizar uma nova reunião para discutir todas as questões já abordadas no encontro de hoje e encontrar pontos de convergência.
“Demonstrei as partes que cada qual deve cumprir os engajamentos assumidos”, disse.
ANG/ÂC//SG
DSP E DEMAIS DIRIGENTES DO PAIGC FORAM IMPEDIDOS DE ENTRAREM NA SEDE DO PARTIDO
O presidente do Partido Africano de Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, e demais dirigentes do partido foram hoje impedidos de terem acesso à sede principal daquela formação política em Bissau, onde se reuniria o Comité Central após o Tribunal ter impedido a realização do congresso.
PAIGC previa para esta reunião, debater a decisão do Tribunal de Relação que, impediu o partido de realizar o décimo congresso ordinário.
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Bissau, 19 Ago 22 (ANG) – O Presidente de Partido Africano da ndepedência de Guiné e Cabo Verde (PAIGC), acusu hoje ao Chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló, de ter ordenado ao Juiz do Tribunal de Relação Aimadu Sauané, para assinar a ordem que impede a realização do congresso de PAIGC.
Domingos Simões Pereira fez essa acusação, em declarações à imprensa, depois de ser impedido pela Polícia de Ordem Públca juntamente com outros dirigentes e delegados do partido, de entrarem na própria sede do partido, para a realização da reunião de Comité Central alargada aos Delegados da Diáspora.
Simões Pereira sustentou que na instância onde o processo se encontra, o juiz em causa já tinha a noção de que não tem competências para tomar a decisão de proibir a realização do congresso do PAIGC.
“O proprio Juiz afirmou à várias pessoas que recebeu telefonema do Presidente da República (PR) Umaro Sissoco Embaló, para assinar uma ordem que nos impede de realizar o nosso 10º Congresso ”, revelou o líder dos libertadores.
Para Simões Pereira, quando um país chega a esse ponto, é porque está a disconstruir as legalidades básicas que o constroem, implementando assim a existência de um Estado caótico de ditadura e de anarquia.
As forças da ordem impediram a realização do congresso que devia ter inicio as 16H00 desta sexta-feira e ainda não permitiram que militantes e dirigentes entrassem na sede do parido, em Bissau.
Simões Pereira declarou que as sucessivas violações de direitos humanos comitidas pelo actual regime, não impedirá o PAIGC de continuar a lutar para que a lei seja respeitada, e que o poder de decisão continue permanente na mentalidade do povo.
Questionado se vai ou não se dimitir da presidência do partido, devido a tanta pressão que enfrenta, Domingos Simões Pereira disse que só vai demitir-se por decisão de militantes e dirigentes do partido.
Apelou aos militantes e simpatizantes do partido, a não entrarem em nenhum conflito com as Forças de Ordem Pública que na altura se encontram no recinto da sede do PAIGC, com o objectivo de impedir a entrada dos Dirigentes e militantes do partido.
“Peço a todos que aguardem serenamente, porque dentro de algumas horas, terminará a reunião dos dirigentes do partido, e será produzido um documento que anunciará o próximo passo do PAIGC”, disse Simões Pereira.
Trata-ase da terceira vez que o X congresso é adiado por impedimento judicial, sustentado por uma queixa de um militante de nome Bolon Conté contra o partido por alegações de irregularidades na escolha de delegados ao congresso.
Primeira-ministra da Finlândia fez teste para despistar consumo de drogas... Os resultados devem chegar dentro de uma semana.
© Reuters
Notícias ao Minuto 19/08/22
A primeira-ministra da Finlândia anunciou que fez um teste para despistar a utilização de drogas, dias após a divulgação nas redes sociais de um vídeo polémico em que Sanna Marin é vista com vários amigos, entre eles algumas celebridades, numa festa.
Numa conferência de imprensa, Marin voltou ainda a garantir que nunca consumiu drogas, e frisou que as suas responsabilidades como primeira-ministra nunca estiveram em causa. "Eu não fiz nada de ilegal. Mesmo na minha adolescência não usei qualquer tipo de drogas", disse.
Os resultados devem chegar dentro de uma semana.
Marin também insistiu que tem direito à presunção de inocência.
No vídeo podem ver-se várias figuras públicas finlandesas, incluindo a cantora Alma, a influenciadora Janita Autio, a apresentadora de TV Tinni Wikström, a YouTuber Ilona Ylikorpi, a apresentadora de rádio Karoliina Tuominen, a estilista Vesa Silver e a deputada Ilmari Nurminen do Partido Social Democrata de Marin.
Esta não é a primeira vez que a primeira-ministra é alvo de polémica devido a festas. No passado, foi criticada por ter ido a uma discoteca depois de ter contactado com um caso positivo de Covid.
Leia Também: Polémica adensa-se. Sanna Marin vista a dançar 'intimamente' com homem
ONU: Insegurança alimentar afeta 22 milhões no Corno de África
© Getty Images
Por LUSA 19/08/22
O Programa Alimentar Mundial (PAM) vai aumentar os seus programas de assistência no Corno de África, onde 22 milhões de pessoas têm dificuldades para aceder a alimentos, em parte devido à seca que atinge Quénia, Etiópia e Somália.
O anúncio surge após a visita do diretor-executivo do PAM, David Beasley, à Somália, país onde sete milhões de pessoas, cerca de metade da população, padece de insegurança alimentar aguda e 213 mil enfrentam condições semelhantes à fome.
No total dos três países afetados, o número de pessoas com dificuldades graves em encontrar alimentos aumentou em nove milhões desde o início do ano.
A operação do programa das Nações Unidas visa triplicar o número de pessoas a receber assistência humanitária na zona de Baardheere, que alberga dezenas de milhares de pessoas obrigadas a abandonar os seus lares devido à seca e ao conflito.
Em todo o Corno de África, onde se espera que a seca continue nos próximos meses, o PAM concentrou os fundos disponíveis, incluindo os fundos de emergência críticos da agência de desenvolvimento norte-americana Usaid, no aumento da assistência para salvar vidas nas áreas mais afetadas pela seca, para atingir 8,5 milhões de pessoas em toda a região, contra 6,3 milhões no início do ano.
No início do ano, o programa mundial alertou que 13 milhões de pessoas no Corno de África enfrentavam uma situação de insegurança alimentar aguda devido à seca.
Em meados do ano, com a quarta época consecutiva sem chuvas, o número aumentou para 20 milhões.
Agora estima-se que o número aumente novamente para pelo menos 22 milhões em setembro.
O PAM recorda que a seca de 2016 e 2017 na região não terminou em catástrofe graças à resposta urgente que, teme, não se repetirá.
"O PAM está a fazer tudo o que pode para ajudar os mais necessitados, mas com a seca sem fim à vista, são urgentemente necessários cerca de 418 milhões de euros durante os próximos seis meses" para aliviar estas necessidades, conclui a organização.