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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Ucrânia: Kyiv acusa Moscovo de enviar crianças para campos de reeducação na Coreia... A Ucrânia acusou hoje a Rússia de enviar crianças ucranianas raptadas em territórios controlados pelo exército russo para campos de reeducação na Coreia do Norte.

© Getty Images     Lusa   04/12/2025

Num comunicado, o Provedor dos Direitos Humanos ucraniano, Dmytro Loubinets, referiu novas informações que dão conta da existência de campos na Coreia do Norte onde crianças ucranianas são submetidas, segundo ele, a uma "russificação" e "militarização" forçadas. 

"Todas as crianças devem ser encontradas, protegidas e levadas de volta para casa. As crianças ucranianas não podem ser armas nas mãos do agressor", defendeu Loubinets.

Na quarta-feira, durante uma audiência no Senado norte-americano, Kateryna Rachevska, responsável por uma organização não-governamental (ONG) ucraniana, o Centro Regional para os Direitos Humanos, declarou que a sua organização tinha identificado 165 "campos de reeducação" para crianças ucranianas raptadas por Moscovo.

Segundo Rachevska, esses locais estão situados nos territórios ucranianos ocupados, na Rússia, na Bielorrússia e na Coreia do Norte.

Rachevska afirmou que, de acordo com a sua ONG, duas crianças, uma da Crimeia anexada e outra da parte da região de Donetsk sob controlo russo, foram enviadas para um campo em Songdowon, na Coreia do Norte, a 9.000 quilómetros da Ucrânia.

"Ensinavam às crianças a "destruir os militaristas japoneses" e elas encontraram-se com veteranos [norte-coreanos] que, em 1968, atacaram o navio Pueblo da Marinha dos Estados Unidos", afirmou, referindo-se a militares que participaram num ataque a um navio espião norte-americano que na altura provocou uma crise entre Washington e Pyongyang.

A Ucrânia acusa a Rússia de ter raptado pelo menos 20.000 crianças ucranianas desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e que apenas 1850 delas puderam ser recuperadas.

Em 2023, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de detenção contra Vladimir Putin pela "deportação ilegal" de crianças das zonas ocupadas da Ucrânia para a Rússia.

Moscovo nega as acusações, garantindo ter salvado essas crianças da guerra e ter implementado procedimentos para reuni-las com as suas famílias.

A Assembleia Geral das Nações Unidas apelou na quarta-feira ao regresso imediato e incondicional das crianças ucranianas "transferidas à força" para a Rússia, uma questão sensível nas difíceis negociações em curso sobre um eventual acordo entre Kyiv e Moscovo para encontrar uma solução para o conflito.

Com 91 votos a favor, 12 contra e 57 abstenções, o documento foi aprovado e insta a Rússia a "garantir o regresso imediato, seguro e incondicional das crianças que foram deportadas ou levadas à força" para território russo.

Este documento exige o fim, "sem demora, de todas as práticas de remoção forçada, deportação, separação das suas famílias e responsáveis legais, mudança de estatuto pessoal e doutrinação de crianças ucranianas", segundo um comunicado de imprensa da ONU.

Em março de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e contra a comissária dos direitos das crianças russa, Maria Lvova-Belova, pelo seu papel na deportação de milhares de crianças ucranianas para a Rússia.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

EUA vão restringir vistos para nigerianos envolvidos em violência contra cristãos.... Os Estados Unidos vão restringir vistos para nigerianos e seus familiares que estejam envolvidos em assassinatos em massa e violência contra cristãos naquele país da África Ocidental, disse hoje o Departamento de Estado americano.

Por  LUSA 03/12/2025

Os ataques à comunidade fazem parte de uma crise de segurança de longa data e extremamente complexa na Nigéria, uma nação e em relação à qual o presidente dos EUA, Donald Trump, se referiu recentemente pelo "assassinato de cristãos" por "islamistas radicais".  

No mês passado, Trump também disse que tinha ordenado ao Pentágono que começasse a planear uma possível ação militar na Nigéria, após as alegações de perseguição aos cristãos.  

"Os Estados Unidos estão a tomar medidas decisivas como resposta aos assassinatos em massa e à violência contra cristãos por terroristas islâmicos radicais, milícias étnicas Fulani e outros atores violentos na Nigéria e além", disse o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, num comunicado publicado na rede social X.  

O chefe da diplomacia norte-americana acrescentou que a política aplicar-se-ia a outros governos ou indivíduos envolvidos em violações da liberdade religiosa, e que as restrições estão em conformidade com uma nova política ao abrigo da Lei de Imigração e Nacionalidade.

A medida surge após a designação, no mês passado, da Nigéria pelos EUA como um "país de particular preocupação" ao abrigo da Lei Internacional da Liberdade Religiosa.

 Não ficou imediatamente claro como a decisão de hoje seria colocada em prática, uma vez que o Departamento de Estado já tem a capacidade de restringir viagens para os EUA para os envolvidos em abusos dos direitos humanos.

Além da Nigéria, a lista de países designados como "países de particular preocupação" inclui China, Cuba, Eritreia, Irão, Myanmar (antiga Birmâmia), Coreia do Norte, Nicarágua, Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, Tajiquistão e Turcomenistão.

Os ataques na Nigéria têm motivações variadas, há aqueles motivados por questões religiosas, que visam tanto cristãos como muçulmanos, bem como confrontos entre agricultores e pastores, devido à escassez de recursos, rivalidades comunitárias, grupos separatistas e conflitos étnicos.

A população da Nigéria, de cerca de 220 milhões de pessoas, está dividida quase igualmente entre cristãos e muçulmanos.

Por isso, o país enfrenta há muito tempo a insegurança de vários lados, incluindo a do grupo extremista Boko Haram, que procura estabelecer a sua interpretação radical da lei islâmica e também tem como alvo muçulmanos que considera não serem suficientemente muçulmanos.

Além disso, na Nigéria tem havido também um aumento nas atividades de gangues armados na parte central do país, que sequestram habitantes locais para pedir resgates.

NATO desvaloriza ameaça de Putin de guerra com Europa: "Não vou reagir"... O secretário-geral da NATO desvalorizou hoje a ameaça feita pelo Presidente russo de que estava pronto para uma guerra com os países europeus, insistindo na necessidade de continuar a pressionar Moscovo enquanto prosseguem as negociações de paz.

Por  LUSA 
"Não vou reagir a tudo o que o Presidente russo [Vladimir Putin] diz", respondeu Mark Rutte, à entrada para uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas (Bélgica).

O secretário-geral da NATO recordou que no passado o Presidente da Federação Russa fez comentários semelhantes e pediu que as atenções se concentrassem em deixar a Ucrânia na "posição mais forte possível" enquanto estão a prosseguir as negociações para alcançar um cessar-fogo.

Mark Rutte considerou que "só os Estados Unidos da América" poderiam ter negociado a paz entre a Ucrânia e a Rússia e voltou a saudar os esforços do Presidente, Donald Trump.

"A última noite foi importante, mas haverá mais momento importantes", comentou, recusando comentar todas as reuniões entre autoridades de Washington com o Kremlin e com o Governo ucraniano.

No entanto, "se não houver resultados" destas negociações, o secretário-geral da NATO disse que é preciso "continuar a colocar pressão" na Rússia para que o conflito acabe, de uma maneira ou de outra.

Na terça-feira, Vladimir Putin advertiu que a Rússia está preparada para travar uma guerra com a Europa se for essa a pretensão dos europeus, embora não a deseje.

"Não temos a intenção de fazer guerra à Europa, mas se a Europa o desejar e começar, estamos prontos imediatamente", afirmou Putin aos jornalistas, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Putin, que fez o aviso pouco antes de receber o emissário norte-americano Steve Witkoff, acusou os europeus de quererem impedir os esforços dos Estados Unidos que visam pôr fim à guerra na Ucrânia.

"Eles não têm um programa de paz, estão do lado da guerra", disse o líder russo.


Leia Também: Líder sul-coreano entende que deve "pedir desculpas" a Pyongyang

O Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, considerou hoje que deve um pedido de desculpas à Coreia do Norte pela ordem dada pelo seu antecessor de enviar drones e panfletos de propaganda para o outro lado da fronteira.


segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Presidente sul-coreano alerta para risco de confronto com Pyongyang... O Presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, avisou hoje que a situação na fronteira com a Coreia do Norte é "muito perigosa" e pode conduzir a confrontos acidentais "a qualquer momento", caso não haja diálogo.

Por LUSA 

Lee indicou que as relações intercoreanas se tornaram "extremamente hostis" e que Pyongyang está a realizar ações "muito extremas" sem qualquer nível básico de confiança.

O chefe de Estado apelou à realização de uma reunião militar com a Coreia do Norte para prevenir incidentes na fronteira, durante declarações feitas no percurso entre a África do Sul e a Turquia, após a cimeira do G20.

O apelo surge uma semana depois de Seul ter proposto negociações formais, no primeiro pedido oficial de diálogo desde que Lee assumiu funções em junho.

Segundo as autoridades sul-coreanas, as incursões de militares norte-coreanos na Linha de Demarcação Militar ultrapassaram a dezena este ano, enquanto realizavam trabalhos como a instalação de vedações e minas na Zona Desmilitarizada.

O incidente mais recente ocorreu em 19 de outubro, quando mais de 20 soldados norte-coreanos atravessaram a linha perto de Paju, no noroeste do país, levando à realização de tiros de aviso pelas forças sul-coreanas.

Seul defende a necessidade de um acordo sobre uma linha de base clara, uma vez que muitos dos marcos instalados em 1953 desapareceram, originando divergências sobre a demarcação em algumas zonas.

As últimas negociações intercoreanas de âmbito geral realizaram-se em 2018, num contexto em que Pyongyang continua a rejeitar diálogo com os Estados Unidos se a desnuclearização se mantiver como condição prévia.

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Trump abriu a "caixa de Pandora" para Taiwan ser um "conflito de múltiplas frentes": Tóquio é apenas "a primeira força de resistência"

Por cnnportugal.iol.pt

Sem que nada o fizesse prever, a recém-eleita primeira-ministra nipónica, Sanae Takaichi, foi ao Parlamento avisar Pequim: Tóquio defenderá militarmente Taiwan. A China respondeu que, caso o Japão faça, haverá uma "derrota esmagadora". A verdade é que "um conflito nesta região envolve cinco ou seis Estados"

Há um novo foco de tensão internacional: Pequim e Tóquio estão em rota de colisão por causa de Taiwan e, a acontecer, este conflito será bem mais problemático à escala global do que a invasão da Ucrânia ou o reacender das tensões no Médio Oriente, garante Miguel Baumgartner. O comentador da CNN Portugal explica porquê: "Teria implicações gravíssimas para o comércio internacional".

Tiago André Lopes, também comentador da CNN Portugal, concorda que "seria muito complicado". "Acima de tudo porque temos uma rivalidade cada vez maior entre China e Índia, que têm fronteira comum", sublinha, lembrando que estes são "dois pesos pesados": "Dois Estados monumentais em termos de população - são mais de 3 mil milhões de pessoas -, com a região também aguçada pelos atentados terroristas que houve recentemente, quer em em Bombaim, quer em Islamabad; podemos arrastar, de repente, para um conflito nesta região cinco ou seis Estados. Subitamente, Paquistão, Índia, China e Japão podem todos estar envoltos num conflito com múltiplas frentes e com diferentes causas".

Mapa dos países identificados por Tiago André Lopes (Fonte: Mapchart)

O início da fricção entre Pequim e Tóquio surge após Sanae Takaichi ser empossada como primeira-ministra nipónica. É a primeira mulher a ocupar o cargo no Japão - e na primeira vez em que se dirigiu à Comissão de Negócios Estrangeiros no Parlamento, como explica Tiago André Lopes, decidiu dizer, “que se houvesse um ataque à Taiwan, o Japão considerava-se validado para defender a Taiwan”. Escusado será dizer que “isto caiu mal na China”, afirma o especialista em relações internacionais.

Posto isto, o embaixador chinês no Japão fez uma publicação no X com comentários “extremamente inapropriados”, como referiu posteriormente ao governo chinês o embaixador japonês na China. O que escreveu Xue Jian, cônsul-geral chinês em Osaka? “A cabeça suja que se espeta deve ser cortada”, podia ler-se, antes do comentário ter sido apagado pelo próprio.

Apagada a publicação, “a China decidiu explicar ao Japão que, se decidir interferir com a questão de Taiwan - que Pequim já classificou este ano variadíssimas vezes como um assunto interno por resolver -, a China responderia de forma violenta”. “Este é o ponto em que estamos agora”, remata Tiago André Lopes, que alerta desde logo que, "do ponto de vista político, a Ásia Oriental está numa fase muito empolada".

"Vimos esta primeira-ministra a dizer que queria construir uma ponte diplomática com a Rússia para resolver as relações históricas, mas não levou a lado nenhum até ao momento. Vimos este agravar da retórica entre a China e o Japão, mas também entre a China e Índia. A Índia reabriu uma base aérea em Caxemira. A região está a ficar tensa e os focos principais são Caxemira e as Coreias. Começámos a ver isto em agosto, quando os EUA começaram a perguntar aos aliados do Pacífico quem iria ajudar em caso de uma intervenção na Coreia ou em Taiwan. Este é um mau sinal, a região está de facto muito tensa", resume Tiago André Lopes.

Miguel Baumgartner acredita que o Japão tem “vários motivos” que justificam este tipo de declaração da sua nova primeira-ministra. “Tem uma posição estratégica, económica, política e até geográfica”, que justificam a posição de Sanae Takaichi face a qualquer potencial ameaça contra Taiwan que "significaria uma grave distorção da estabilidade na região com implicações diretas à própria defesa nipónica".

"Taiwan perder a independência e ser invadida pela China seria um derrubo enorme naquilo que é a economia do Japão e na própria economia do Indo-Pacífico", explica Miguel Baumgartner. O especialista considera que já é possível afirmar-se que o mundo está a “entrar numa segunda Guerra Fria”, mas desta vez entre os EUA e a China. “É uma Guerra Fria que é principalmente uma guerra comercial e política, numa tentativa de afirmação como a grande potência mundial”, aponta, lembrando que há uma certeza: “A China, neste momento, não quer mais ser olhada como um país de segunda classe”.

Para o comentador da CNN Portugal, a parada militar chinesa no Dia da Vitória foi Pequim a anunciar ao resto do mundo que "tem as condições económicas, militares, políticas e até em termos de parcerias internacionais para estar no mesmo estatuto que os Estados Unidos".

Aperto de mão entre Sanae Takaichi e Xi Jinping a 31 de outubro (Fonte: Getty)

Baumgartner lembra ainda que, há umas semanas, este foi um dos motivos que levou Donald Trump a negar a Zelensky o envio de mísseis Tomahawk para a Ucrânia: "Os Estados Unidos queriam ter no seu armamento uma quantidade suficiente destes mísseis para o caso de algum avanço da China para Taiwan. Portanto, é uma guerra política como era antigamente a Guerra Fria, uma contagem de espingardas".

Tiago André Lopes acredita que Pequim tem vindo a dar indícios de que tem vindo a ser algo ignorada pela agenda mediática internacional em prol de outros temas. "Em outubro, Xi Jinping foi reempoderado, atualizou o quadro digital e fez outra coisa: reorganizou o Comité Central Militar da China", realça, explicando que o líder chinês reduziu o número de membros do organismo que gere as questões militares de sete para quatro - foram retirados os chamados 'generais Fujian' das posições de poder. "Isto mostra que a China se está a preparar militarmente para alguma coisa. O quê não sabemos, mas para alguma coisa se está a preparar." O especialista em Relações Internacionais entende que "o desafio público" de Sanae Takaichi "não ajuda em nada as tensões e apenas empola ainda mais este sentimento de que o Estado Chinês tem de mostrar força na região".

Miguel Baumgartner entende que Takaichi sabe que "o Japão funciona quase como se fosse a primeira força de resistência a esta tentativa de expansão de parte da China", mas que tem ainda consciência que na verdade Tóquio estaria sempre "pressionado a intervir de qualquer dos modos" caso os EUA unidos se envolvessem na defesa de Taiwan, porque existe logística e ainda militares norte-americanas em território nipónico.

"Não acredito que haja uma invasão de Taiwan de hoje para amanhã", garante Miguel Baumgartner, mas lembra que este tema "é algo que está no pensamento de Xi Jinping e no pensamento do Partido Comunista Chinês, que sempre olhou para Taiwan como uma parte da China". Precisamente, o mesmo que aconteceu com a Rússia na Península da Crimeia - e esse "é um ponto fulcral". Para percebermos a sua importância, diz Miguel Baumgartner, basta recuar-se alguns dias até à declaração em que Donald Trump diz que ia "acabar a guerra de Biden com uma Ucrânia menor em território". "Foi com esta premissa que Trump abriu esta caixa de Pandora: se Trump permite à Rússia fazer isso, então também permitirá à China invadir Taiwan. O precedente está mais ou menos aberto."

A verdade é que "Taiwan é extremamente importante para o desenvolvimento tecnológico dos EUA e Washington não tem interesse absolutamente nenhum em que a China inicie uma invasão". As tensões nesta região do globo "são sempre uma incógnita, mas não acredito que vamos chegar a uma invasão de Taiwan", conclui Miguel Baumgartner.

Donald Trump recebeu Volodymyr Zelensky na Casa Branca a 17 de outubro (Fonte: Getty)

Tem Tóquio poderia bélico suficiente? Dois exércitos, a mesma "incógnita"

Baumgartner acredita que a China não está a fazer mais do que "um teste de stress" para ver até onde vão tanto o Japão como os EUA; precisamente "da mesma forma que a Rússia, por vezes, também testa a paciência de Washington". "Ninguém quer um conflito naquela região, Taiwan não quer um conflito, o Japão não quer um conflito, a China não quer e muito menos querem os Estados Unidos, que têm interesses económicos fortíssimos naquela região."

Mas: se houver invasão ou manobras militares chinesas em Taiwan, tem o exército nipónico capacidade para atingir o terceiro maior exército do mundo? "Não sabemos", responde prontamente Tiago André Lopes.

"Temos uma grande dificuldade com o exército da China. Não sabemos qual é o potencial operacional de combate da China, porque há décadas não vimos a China a combater. Sabemos que tem equipamento militar, vimos na parada militar que se tem estado a modernizar, a construir, a comprar, que estão a construir uma cidade da defesa, há tudo isso, mas não sabemos como é que combatem porque não os vemos a combater há muito tempo", diz, alertando que, por outro lado, também acontece "o mesmo com o Japão": "O Japão, por causa da doutrina pacifista, só em 2017 é que passou a poder operacionalizar o seu exército e, portanto, são duas incógnitas". 

No entanto, o especialista em Relações Internacionais identifica uma diferença crucial: "O Japão, no ano passado pelo menos, era o país do mundo que mais gastava percentualmente com Defesa - estava a gastar 20% do PIB". 

EUA aprovam construção de submarinos nucleares pela Coreia do Sul... Seul e Washington finalizaram um acordo sobre a construção de submarinos nucleares, anunciou hoje o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, ao divulgar a assinatura de vários acordos sobre segurança e comércio com os Estados Unidos.

Por LUSA 

"Uma das maiores variáveis para a nossa economia e segurança, ou seja, as negociações bilaterais sobre comércio, direitos aduaneiros e segurança, foi finalizada", anunciou Lee numa conferência de imprensa, precisando que os dois países concordaram em "avançar com a construção de submarinos de propulsão nuclear".

"Os Estados Unidos apoiam os esforços da Coreia do Sul para prosseguir com o enriquecimento de urânio para fins pacíficos e o reprocessamento de combustível nuclear usado, e cooperarão estreitamente com a Coreia do Sul, incluindo em planos de fornecimento de combustível", confirma uma nota informativa divulgada pela Casa Branca esta quinta-feira e citada pela comunicação social sul-coreana.

A nota conjunta indica que "os dois países vão procurar uma maior cooperação por meio de um grupo de trabalho de construção naval em áreas como manutenção, reparação, desenvolvimento da força de trabalho, modernização de estaleiros e resiliência da cadeia de abastecimento".

"Estes esforços terão como objetivo aumentar o número de embarcações dos Estados Unidos o mais rapidamente possível, incluindo a potencial construção de navios dos Estados Unidos na Coreia do Sul", acrescenta.

Lee Jae-myung partilhou os planos de Seul para acelerar o aumento das despesas com a defesa para 3,5% do PIB e para adquirir 25 mil milhões de dólares (21,4 mil milhões de euros) em equipamento militar dos Estados Unidos até 2030.

Está ainda previsto o fornecimento de apoio abrangente no valor total de 33 mil milhões de dólares (28,3 mil milhões de euros) às tropas norte-americanas estacionadas na Coreia do Sul.

"Com o apoio dos Estados Unidos, a Coreia do Sul acelerará os esforços para fortalecer as capacidades militares necessárias para liderar uma defesa convencional combinada contra a Coreia do Norte", sublinha a nota conjunta.

Até ao final do ano, os dois países devem concluir um conjunto de negociações no domínio das barreiras não tarifárias, criticadas pelos EUA, como redução dos encargos regulatórios sobre automóveis fabricados nos Estados Unidos, alimentos e produtos agrícolas, taxas de utilização de rede e regulamentação de plataformas 'online', incluindo dados de localização e informações pessoais, a que Seul tem vindo a resistir.

O processo relativo à adesão da Coreia do Sul ao Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT) deve igualmente ficar concluído até ao final de dezembro.


Leia Também: EUA aprovam 1.ª venda de armamento a Taiwan no segundo mandato de Trump

Washington aprovou a venda a Taiwan de peças de reposição e reparação para aviões militares no valor equivalente a 283 milhões de euros, na primeira operação deste tipo desde o regresso ao poder de Donald Trump, em janeiro.


terça-feira, 11 de novembro de 2025

Dia dos Veteranos: "Viveram pesadelos para vivermos o sonho americano"... O presidente dos Estados Unidos relembrou hoje os "membros das forças armadas americanas que fizeram o sacrifício supremo e deram a sua vida pelos Estados Unidos", numa cerimónia do Dia dos Veteranos realizada no Cemitério Nacional de Arlington.

Por  LUSA   11/11/2025

O emblemático cemitério militar, no norte da Virgínia e próximo de Washington, alberga os restos de mais de 400.000 veteranos.  

"Geração após geração, os veteranos americanos deixaram para trás o conforto da família para enfrentar a violência, a maldade e a morte, para que as nossas famílias pudessem conhecer a alegria, a bondade e a paz", afirmou Donald Trump num discurso de mais de 20 minutos.  

"Nós os honramos profundamente. Os nossos heróis viveram pesadelos inimagináveis para que nós pudéssemos viver o sonho americano. E o sonho americano está a regressar, mais forte do que nunca, e iremos vê-lo à medida que os próximos anos avançarem", acrescentou.

Trump propõe que os EUA celebrem um Dia da Vitória e indicou que vários países comemoram anualmente as vitórias na Primeira e na Segunda Guerra Mundial, enquanto os Estados Unidos normalmente não participam em celebrações semelhantes. "Nós fomos os que ganhámos as guerras!", frisou Trump.

O presidente referiu que o Reino Unido e a Rússia celebram esta vitória. "Quando vejo outros países a celebrar o Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, como o Reino Unido ou a Rússia, penso: 'Nós também temos de ter um Dia da Vitória'", afirmou.

"No nosso país nem se fala disso. Mas a partir de agora, vamos celebrar o Dia da Vitória", anunciou, uma ideia que Trump já propôs noutras ocasiões este ano.

O presidente, como é tradição, depositou uma coroa de flores na Tumba do Soldado Desconhecido no Cemitério Nacional de Arlington para comemorar o Dia dos Veteranos.

Por sua vez, o ex-presidente dos EUA, Barack Obama (2009-2017), surpreendeu um grupo de veteranos das guerras da Coreia e do Vietname, que chegaram a Washington no Voo de Honra no passado fim de semana, segundo um vídeo partilhado hoje nas redes sociais do ex-chefe de Estado democrata.

"Na véspera do Dia dos Veteranos, tive a honra de receber um grupo de veteranos e as suas famílias à chegada a Washington D.C.", disse Obama na rede social X.

Enquanto isso, o ex-presidente Joe Biden (2021-2025) escreveu nas suas redes sociais: 'Sempre disse que a nossa nação tem uma obrigação sagrada: preparar aqueles que enviamos para situações de perigo, apoiar os seus entes queridos quando estão fora e prover a eles e famílias quando regressam a casa".

"Neste Dia dos Veteranos, honramos todos os homens e mulheres corajosos que responderam ao chamamento para servir e defender. A nossa nação é mais forte e a nossa democracia mais segura graças ao seu serviço e sacrifício", acrescentou.

Em todo o país, os americanos prestaram hoje homenagem aos homens e mulheres que serviram nas forças armadas norte-americanas.

Na cidade de Nova Iorque, realiza-se hoje o 106.º Desfile Anual do Dia dos Veteranos, que comemora o 250.º aniversário do Exército, da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, os três ramos das forças armadas criados durante a Guerra de Independência.

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Governo russo defende lançamento de míssil balístico pela Coreia do Norte... A Presidência russa defendeu hoje o "direito legítimo" da Coreia do Norte de se defender, horas depois de os norte-coreanos terem lançado um míssil balístico em direção ao mar do Japão.

Por LUSA 

"Respeitamos o direito legítimo dos nossos amigos da República Popular Democrática da Coreia [Coreia do Norte] de garantir a sua própria segurança e de tomar medidas nesse sentido", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante a sua conferência de imprensa diária, acompanhada pela agência de notícias AFP.

O exército da Coreia do Sul anunciou hoje que os norte-coreanos lançaram um míssil balístico não identificado no mar do Japão, um dia depois de Pyongyang ter ameaçado retaliar contra sanções impostas pelos Estados Unidos.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul informou às 12:40, no horário local (03:40 em Lisboa), que o Norte lançou um míssil balístico "não identificado", que acabou por cair no mar do Japão, sem fornecer mais detalhes.

Também a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, confirmou o lançamento do míssil, em comunicado de imprensa.

"Acredita-se que tenha caído fora da ZEE [Zona Económica Exclusiva] do nosso país e, neste momento, não há informações confirmadas sobre danos", disse a chefe de Governo.

Na quinta-feira, Pyongyang tinha prometido "responder adequadamente" às sanções norte-americanas impostas a indivíduos e empresas acusados de branqueamento de capitais para financiar o programa de armas nucleares da Coreia do Norte.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou oito indivíduos e duas empresas na quarta-feira por lavagem de dinheiro com origem em atividades ilícitas, como burlas cibernéticas, e destinado a financiar o programa de armas nucleares da Coreia do Norte.

A Coreia do Norte tem acelerado o ritmo dos testes de armas nas últimas semanas, incluindo o lançamento de supostos mísseis hipersónicos e mísseis de cruzeiro em outubro.

O mais recente lançamento ocorreu dias depois de o secretário da Guerra dos Estados Unidos ter viajado até à Coreia do Sul para conversações anuais de segurança entre os aliados.

Na altura, Pete Hegseth elogiou os planos sul-coreanos para aumentar os gastos militares face às ameaças nucleares da Coreia do Norte e outras incertezas regionais.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, tem rejeitado o diálogo com Washington e Seul desde que a diplomacia com o Presidente norte-americano, Donald Trump, descarrilou durante o primeiro mandato do republicano, em 2019, devido a divergências sobre a troca do alívio das sanções por medidas para desmantelar o programa nuclear.

Desde então, acelerou a expansão do seu programa de armas nucleares e mísseis, ao mesmo tempo que fez da Rússia o foco da política externa, enviando milhares de soldados e grandes quantidades de equipamento militar para ajudar a financiar a invasão russa da Ucrânia.

O arsenal de Kim inclui atualmente mísseis nucleares com capacidade de atingir o território continental dos Estados Unidos.


Leia Também: Coreia do Sul diz que Pyongyang lançou míssil balístico para mar do Japão

O exército da Coreia do Sul anunciou hoje que o Norte lançou um míssil balístico não identificado no mar do Japão, um dia depois de Pyongyang ter ameaçado retaliar contra sanções impostas pelos Estados Unidos.


sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Trump reitera que EUA irão retomar testes nucleares se outros países o fizerem... O Presidente norte-americano, Donald Trump, reafirmou hoje que os Estados Unidos (EUA) pretendem realizar testes nucleares se outros países o fizerem, sem, no entanto, esclarecer o tipo de testes que poderão ser conduzidos.

© JIM WATSON/AFP via Getty Images    Lusa   31/10/2025 

"Vamos fazer testes, sim, e outros países também estão a fazê-los. Se o fizerem, nós também faremos", disse Trump em declarações aos jornalistas a bordo do avião presidencial Air Force One. 

Questionado sobre o tipo de testes a que se referia, recusou-se a dar mais pormenores.

"Não vou dizer. Sei exatamente o que estamos a fazer, onde estamos a fazer, mas outros países também o estão a fazer, e se outros países o estão a fazer, nós também o faremos", disse Trump.

A declaração, marcada por uma ambiguidade deliberada, levanta receios de um regresso à proliferação nuclear, num momento em que a arquitetura internacional de controlo de armas é considerada frágil por analistas.

Trump começou a falar do assunto esta semana, poucas horas antes de se reunir com o Presidente chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul, justificando a intenção de retomar os testes de armas nucleares com alegados "programas de testes" conduzidos por outros países.

Pequim reagiu de imediato, apelando a Washington para que "respeite seriamente" as obrigações assumidas ao abrigo do Tratado de Proibição Completa de Ensaios Nucleares (CTBT) e adote "medidas concretas para preservar o sistema global de desarmamento e não proliferação nuclear".

Moscovo, que recentemente testou um míssil de cruzeiro e um torpedo de propulsão nuclear, afirmou tratar-se de ensaios com armas capazes de transportar ogivas nucleares, mas não de testes nucleares propriamente ditos.

Os Estados Unidos não realizam testes de armas nucleares desde 1992.


Leia Também: EUA preparam-se para bombardear instalações militares na Venezuela

Os Estados Unidos preparam-se para bombardear a qualquer momento instalações militares na Venezuela, numa escalada de conflito contra o regime de Nicolás Maduro, noticiaram hoje os diários norte-americanos Miami Herald e The Wall Street Journal.


Rússia alerta Estados Unidos contra possíveis testes nucleares... O secretário do Conselho de Segurança russo alertou hoje que os testes nucleares dos Estados Unidos afetam a estabilidade estratégica, garantindo que a Rússia está pronta para realizar também ensaios nucleares.

© Lusa   31/10/2025 

Sergei Shoigu, antigo ministro da Defesa russo, disse à imprensa russa que as recentes declarações do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre os testes de armas nucleares afetam a estabilidade estratégica. 

"Não queremos que a estabilidade estratégica continue a deteriorar-se", afirmou Shoigu.

No entanto, observou que a Rússia sempre manteve os seus campos de testes abertos "para que conservem as suas capacidades e possam ser utilizados, se necessário".

"Trata-se, naturalmente, o campo de testes de Novaya Zemlya", localizado no arquipélago ártico com o mesmo nome, indicou.

Shoigu esclareceu, no entanto, que a Rússia não realizará testes nucleares se os Estados Unidos não o fizerem, uma posição que "não é nova".

Acrescentou que, embora não tenham sido realizados testes nucleares nas últimas décadas, "os testes não pararam em nenhum país, nem por um único dia, nem por uma única hora. Apenas foram realizados digitalmente; não foram realizados testes físicos, mas sim com modelos matemáticos".

"Devido aos programas de testes de outros países, instruí o Departamento de Guerra para começar a testar as nossas armas nucleares em igualdade de circunstâncias. Este processo começará imediatamente", afirmou Trump na quinta-feira através da plataforma Truth Social.

No entanto, permanece incerto se o líder norte-americano se referia aos testes de lançamento de armas nucleares ou a testes nucleares reais, sejam eles acima ou abaixo do solo.

Mais tarde, a bordo do Air Force One, regressado da Coreia do Sul, Trump afirmou que o seu anúncio de retomada imediata dos testes nucleares tinha como foco alcançar a "desnuclearização" e incluir a China nas negociações do tratado de não-proliferação com a Rússia.

O anúncio de Trump surgiu depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter ordenado exercícios nucleares terrestres, marítimos e aéreos a partir do Kremlin, em 22 de outubro, e anunciado, nos últimos dias, testes de dois sistemas de armas nucleares de nova geração: o míssil de cruzeiro Burevestnik e o submarino não tripulado Poseidon.

Em resposta, o Kremlin esclareceu Trump que a Rússia não realizou qualquer teste nuclear, sendo o último deles realizado pela União Soviética em 1990.


quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Trump autoriza Coreia do Sul a construir submarino nuclear... O Presidente sul-coreano tinha dito que, se a Coreia do Sul estivesse equipada com submarinos de propulsão nuclear, isso poderia auxiliar as atividades dos EUA na região.

Por  SIC Notícias  Com Lusa

Os Estados Unidos vão partilhar tecnologia militar para permitir à Coreia do Sul construir um submarino de propulsão nuclear, revelou esta quarta-feira o Presidente Donald Trump, após reunir-se com o homólogo sul-coreano.

O Presidente sul-coreano Lee Jae Myung enfatizou a Trump, durante o seu encontro, que o objetivo era modernizar a aliança com os EUA, mencionando planos para aumentar as despesas militares de forma a reduzir o encargo financeiro para os Estados Unidos.

O líder sul-coreano disse que pode ter havido um mal-entendido quando falaram pela última vez, em agosto, sobre submarinos de propulsão nuclear, afirmando que o seu Governo estava à procura de combustível nuclear, e não de armas.

Lee disse que, se a Coreia do Sul estivesse equipada com submarinos de propulsão nuclear, isso poderia auxiliar as atividades dos EUA na região.

Coreia do Sul recebe luz verde de Trump

Já Trump sublinhou na sua rede Truth Social que a aliança entre os dois países está "mais forte do que nunca" e que, por isso, autorizou a construção de um submarino de propulsão nuclear, em vez dos "submarinos a diesel antiquados e muito menos ágeis que possuem atualmente".

Trump afirmou, noutra publicação, que o país iria construir o seu submarino de propulsão nuclear no estaleiro de Filadélfia, adquirido no ano passado pelo grupo sul-coreano Hanwha.

Não era claro qual seria a dimensão ou o custo do projeto do submarino, mas a Coreia do Sul tinha declarado, durante as negociações com Trump, que se comprometeu a investir 150 mil milhões de dólares na capacidade de construção naval dos Estados Unidos.

A tecnologia de submarinos nucleares dos EUA é amplamente considerada uma das mais sensíveis e altamente protegidas que as forças armadas americanas possuem.

Os EUA têm sido extremamente protetores deste conhecimento, e mesmo um acordo recentemente anunciado com aliados próximos, o Reino Unido e a Austrália, para ajudar esta última a adquirir tecnologia de submarinos nucleares, não prevê a transferência direta desta tecnologia.

A publicação de Trump nas redes sociais ocorreu antes do seu encontro com o Presidente chinês Xi Jinping, cujo país possui submarinos nucleares, e depois de a Coreia do Norte ter revelado, em março, pela primeira vez, a construção de um submarino de propulsão nuclear.

Trata-se de um sistema de armas que pode representar uma grande ameaça à segurança da Coreia do Sul e dos EUA.

Enquanto Trump visitava a Coreia do Sul, a Coreia do Norte anunciou esta quarta-feira que realizou testes bem-sucedidos de mísseis de cruzeiro, a mais recente demonstração das suas crescentes capacidades militares.

Coreia do Sul aceita pagar 350 mil milhões de dólares para reduzir tarifas

O republicano divulgou também que a Coreia do Sul aceitou pagar aos EUA 350 mil milhões de dólares (301 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual) para reduzir as tarifas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos.

"Além disso, concordaram em comprar o nosso petróleo e gás em grandes quantidades, e os investimentos no nosso país por parte de empresas e empresários sul-coreanos abastados ultrapassarão os 600 mil milhões de dólares (517 mil milhões de euros)".

O conselheiro principal do Presidente sul-coreano tinha adiantado esta quarta-feira que o acordo inclui as tarifas sobre automóveis e detalha os compromissos de investimento da Coreia do Sul.

Segundo Kim Yong-beom, o acordo prevê uma redução para 15% das taxas alfandegárias nas tarifas recíprocas sobre os automóveis.

Prevê também um plano de investimentos sul-coreanos nos Estados Unidos de 350 mil milhões de dólares (300,6 mil milhões de euros, ao câmbio atual), "dos quais 200 mil milhões em numerário".

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Donald Trump protagoniza (novo) momento de dança... agora, no Japão... Donald Trump está de viagem pela Ásia. Depois de ter estado na Malásia, segui u-se o Japão, onde se encontrou com militares norte-americanos na Base Naval de Yokosuka. O republicana voltou a protagonizar um momento de dança e, desta vez, ao som de 'YMCA'.

Por  noticiasaominuto.com

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a protagonizar um momento de dança na sua viagem pela Ásia. Desta vez, o republicano brindou os fuzileiros navais que estão a bordo de um porta-aviões dos EUA no Japão. 

Trump fez a sua já habitual dança ao som da música 'YMCA' do grupo Village People - pode ver o momento acima.👇

Assim que o Marine One - helicóptero oficial do chefe de Estado norte-americano - aterrou, ouviu-se uma música do filme 'Top Gun' enquanto os militares, que esperaram por Donald Trump durante um par de horas, cantaram 'Sweet Caroline' e 'Party in the USA'.

No vídeo partilhado nas diversas plataformas sociais, Donald Trump surge numa espécie de palco e vai-se 'mexendo' ao som da música que ecoa. Por sua vez, os militares aplaudem e filmam o momento. 

Acompanhado da primeira-ministra japonesa, Trump discursou na Base Naval de Yokosuka, onde elogiou os militares e referiu que o poder da Marinha não é fruto das máquinas, mas sim "dos homens e mulheres da base".

"[O poder] vem de vocês, pessoas incríveis, pessoas bonitas, muita gente bonita", disse à multidão que representa os Estados Unidos e o Japão. 

O líder republicano acrescentou ainda que os Estados Unidos e o Japão estão a trabalhar em conjunto no "fabrico de navios", uma vez que o secretário do Comércio, Howard Lutnick, assinou, na terça-feira, um memorando de entendimento para impulsionar a construção naval.

Já na Malásia... Donald Trump aterrou e deu 'show' de dança

Depois de um voo de 23 horas, Donald Trump desceu do avião de sorriso no gosto e com vontade de dançar.

No vídeo partilhado nas redes sociais, é possível ver o presidente norte-americano a aproximar-se de um grupo de malásios - a representar desde os povos indígenas, aos chineses ou indianos - que estavam a dançar para dar as boas-vindas.

Depois da Malásia e Japão, para onde segue Trump?

Coreia do Sul

A fechar a viagem está a Coreia do Sul, onde em Gyeongju se vai realizar um encontro da Cooperação Económica Ásia-Pacífico, que é o evento mais relevante que o presidente, Lee Jae Myung, tem no país desde que assumiu o cargo em junho.

Segundo aponta o New York Times, este é um dos pontos para a qual está virada mais atenção, sobretudo, para se perceber se os dois presidentes chegam a algum acordo relacionado com as tarifas. Note-se que desde a Guerra das Coreias que Washington e Seul têm sido muito próximos, até em 'combate' à influência da China na região.

É também na Coreia do Sul que está localizada a maior base militar dos EUA 'lá fora'. A proximidade à China e Coreia do Norte poderá, se necessário, ser uma vantagem para Washington.

Antes de regressar aos EUA, na quinta-feira, Trump terá de manhã uma reunião bilateral com o presidente da República Popular da China, Xi Jinping. O presidente dos EUA já revelou também qual será um dos temas a conversar, nomeadamente, a "a primeira pergunta" que vai fazer a Xi. 

E Kim Jong-un?

Apesar de a agenda estar fechada, Trump gostava de se encontrar com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Já na sexta-feira, um responsável norte-americano que falou sob a condição de anonimato explicou que o encontro não estava "no programa".

Antes, a Coreia do Sul disse que existia uma grande possibilidade de Trump e Kim Jong-un se encontrarem. De acordo com o ministro para as questões da Unificação do Executivo de Seul, Chung Dong-young, a Coreia do Norte "parece estar a prestar atenção" aos Estados Unidos.

Em declarações aos jornalistas, o ministro referiu que há "vários sinais" que sugerem uma forte possibilidade de um encontro entre os dois líderes.

Já na partida, Trump falou com os jornalistas sobre o assunto, dizendo que estaria "100% disponível" para se encontrar com o líder norte-coreano. "Dou-me muito bem com ele", referiu, já a bordo de o avião em que seguiu para a Ásia. Antes de entrar na aeronave, Trump já tinha sido questionado sobre o assunto, tendo dito: "Ele sabe que eu vou lá".


O presidente norte-americano está de visita à Ásia, sendo a sua primeira paragem a Malásia. Após aterrar, foi recebido por um grupo de malásios que cantavam a dançavam... e Trump 'juntou-se' a eles.


segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Trump considera inoportuno teste de míssil russo de propulsão nuclear... Presidente dos Estados Unidos diz que "é inadequado da parte de Putin" anunciar este teste

Por  Cnnportugal.iol.pt

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou esta segunda-feira que o anúncio do homólogo russo, Vladimir Putin, sobre a realização do teste de um míssil de cruzeiro russo de propulsão nuclear, "é inoportuno".

O Presidente da Rússia "deveria pôr fim à guerra" na Ucrânia, afirmou o dirigente norte-americano, considerando que "é inadequado da parte de Putin" anunciar este teste.

“Esta guerra, que deveria durar uma semana, entrará em breve no quarto ano. É isso que ele deveria fazer, em vez de testar mísseis”, disse Trump, aos jornalistas, a bordo do avião que o leva ao Japão, no segundo dia de uma digressão pela Ásia.

O Presidente russo anunciou, no domingo, o sucesso do teste final de um míssil de cruzeiro com propulsão nuclear, elogiando a arma, que descreveu como única, com um alcance de até 14 mil quilómetros, em resposta ao escudo antimísseis dos EUA.

“Os testes decisivos estão agora concluídos”, disse Vladimir Putin num vídeo divulgado pelo Kremlin, durante uma reunião com responsáveis militares, ordenando que se comecem a “preparar as infraestruturas para colocar esta arma ao serviço nas forças armadas” russas.

Segundo garantiu, o Burevestnik ('pássaro da tempestade' em russo) tem um “alcance ilimitado” e “é uma criação única que mais ninguém no mundo possui”.

Durante o último teste, em 21 de outubro, o míssil Burevéstnik permaneceu no ar “cerca de 15 horas”, sobrevoando 14 mil quilómetros, precisou o chefe do Estado-Maior russo, Valeri Guerasimov, acrescentando que “este não é um limite” para este armamento.

“As características técnicas do Burevestnik permitem utilizá-lo com precisão garantida contra locais altamente protegidos situados a qualquer distância”, afirmou.

Vladimir Putin anunciou em 2018 o desenvolvimento pelo exército russo destes mísseis, capazes, segundo o líder, de superar praticamente todos os sistemas de interceção.

Segundo Guerasimov, “durante o seu voo, o míssil completou todas as manobras verticais e horizontais”, demonstrando assim “as suas grandes possibilidades na hora de eludir os sistemas antiaéreos e antimísseis”.

Putin destacou que se trata de “uma peça de armamento única que mais ninguém tem no mundo” e lembrou que especialistas do mais alto nível previram que tal projeto era “irrealizável”.

"E agora concluímos os testes finais", afirmou, orgulhosamente.

Putin anunciou pela primeira vez em outubro de 2023 um teste bem-sucedido com o Burevestnik, um míssil envolto em controvérsia devido aos numerosos testes falhados realizados no final da década passada.

A Rússia decidiu avançar com o desenvolvimento desses mísseis quando os EUA decidiram criar um escudo antimísseis, abandonando, em 2001, o tratado antimísseis, assinado por Moscovo e Washington em plena Guerra Fria (1972).

Putin dirigiu esta semana manobras das forças nucleares russas por terra, mar e ar, logo após o cancelamento da cimeira de Budapeste com Donald Trump, devido à recusa de Moscovo em cessar as hostilidades na Ucrânia.


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O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou acreditar que "muito em breve não haverá mais problemas" entre Estados Unidos e o Brasil, um dia depois do encontro com o homólogo norte-americano.


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O Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou hoje que adoraria encontrar-se com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, durante a deslocação ao continente asiático esta semana.

sábado, 25 de outubro de 2025

"Não vou desperdiçar o meu tempo": Trump diz que só se encontra com Putin se houver acordo sobre Ucrânia

Por  Sicnoticias     25/10/2025

O presidente norte-americano diz que não se encontra com Putin se não houver a possibilidade de um acordo de paz. Trump espera ajuda da China para acabar com o conflito na Ucrânia e tem encontro marcado com Xi Jinping na próxima semana.

Donald Trump afirmou, este sábado, que só vai encontrar-se com Vladimir Putin quando estiver garantido que é possível avançar com um acordo de paz na Ucrânia. O presidente norte-americano diz que não quer perder tempo. Apesar de afirmar que tem uma boa relação com Putin, o líder dos Estados Unidos diz que está dececionado.  

“Vou ter de saber que é para fazermos um acordo. Não vou estar a desperdiçar o meu tempo”, afirmou Trump, em declarações aos jornalistas, quando questionado em relação ao encontro com o presidente da Rússia. 

Sempre tive uma ótima relação com Vladimir Putin, mas isto tem sido muito decepcionante. Pensava que [o tema da guerra na Ucrânia] estaria resolvido bem antes da paz no Médio Oriente”, atirou. 

O encontro de Trump com Xi Jinping

Trump quer a ajuda da China para acabar com a guerra na Ucrânia e esse é um dos temas a debater no encontro com o presidente da China. Trump e Xi Jinping vão estar juntos na próxima quinta-feira, na Coreia do Sul. O encontro está integrado no périplo do presidente dos Estados Unidos pela Ásia.  

Na primeira viagem oficial à Ásia desde o início do segundo mandato, Donald Trump visita o Japão, a Malásia e a Coreia do Sul. Antes de regressar a Washington, o presidente dos Estados Unidos terá a reunião mais aguardada, com Xi Jinping, com quem vai encontrar-se à margem da cimeira asiática em que ambos participam.  

Os dois presidentes reúnem-se numa fase particularmente complexa da relação entre as duas maiores economias do mundo, ensombrada pela ameaça de uma guerra comercial. É o primeiro encontro entre os dois líderes desde que Donald Trump regressou à Casa Branca e uma das primeiras oportunidades que terão para discutir frente a frente a guerra que envolve um dos maiores aliados de Pequim.  

A mini-cimeira Trump-Xi Jinping acontece depois do cancelamento do encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin e quando Washington, além de impôr sanções a Moscovo, pondera fornecer à Ucrânia armas que podem mudar o curso da guerra.

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Taiwan vai criar novos "batalhões de drones" face à pressão militar da China... A formação de uma vasta frota de 'drones' tornou-se uma das prioridades de defesa de Taiwan, que vê na experiência ucraniana um exemplo claro de como utilizar tecnologia para enfrentar uma eventual agressão da China.

Por  sicnoticias.pt

O Exército de Taiwan vai criar novos "batalhões de veículos aéreos não tripulados (drones)" para fazer face à crescente pressão militar da China, que considera a ilha como parte "inalienável" do seu território, anunciaram hoje fontes militares.

Em declarações no Parlamento, citadas pela agência oficial CNA, o chefe do Estado-Maior do Exército, Chen Chien-yi, afirmou que a criação das unidades já está em curso, de acordo com o calendário de aquisição de equipamento e outros "marcos específicos", e que se prevê concluir a sua formação antes de julho de 2026.

Chen garantiu ainda que as Forças Armadas estão a reforçar as capacidades de combate contra veículos não tripulados, que passarão a integrar o sistema geral de defesa antiaérea e antimísseis da ilha.

Segundo o oficial, Taiwan está a recolher, observar e analisar "de forma sistemática" as estratégias e o desenvolvimento da guerra com 'drones' por parte do Exército de Libertação Popular (ELP, Exército chinês).

Ucrânia é exemplo

A formação de uma vasta frota de 'drones' tornou-se uma das prioridades de defesa de Taiwan, que vê na experiência ucraniana um exemplo claro de como utilizar tecnologia para enfrentar uma eventual agressão da China.

O aumento da pressão militar de Pequim no Estreito levou ainda o Governo de Taipé a propor uma subida do orçamento da Defesa para 3,32% do Produto Interno Bruto em 2026.


Leia Também: Pyongyang confirma lançamento de mísseis hipersónicos antes da APEC

A Coreia do Norte disse hoje ter testado mísseis hipersónicos, apresentados como "armamento de ponta", com o objetivo de testar as capacidades de defesa contra "potenciais inimigos" do regime.

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Pyongyang lança mísseis em vésperas de visita de Trump à Coreia do Sul... A Coreia do Norte lançou hoje vários mísseis balísticos de curto alcance, no primeiro teste desde a posse do Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, e a uma semana da visita do Presidente norte-americano, Donald Trump, à Coreia do Sul.

Por LUSA 

"O Exército detetou hoje, por volta das 08:10, hora local (23:10 TMG de terça-feira), o lançamento de vários mísseis balísticos de curto alcance da zona de Jungwha, na província de Hwanghae do Norte", anunciou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) num comunicado.

Segundo o mesmo texto, os mísseis foram lançados para nordeste, aparentemente em direção ao mar do Japão, conhecido como mar do Leste nas duas Coreias, e as autoridades sul-coreanas e americanas estão a realizar uma análise de especificações exatas.

Numa informação anterior, o JCS tinha informado que, pelo menos, um míssil tinha sido hoje lançado pelo exército norte-coreano.

O lançamento destes mísseis ocorre uma semana antes da visita prevista de Trump à Coreia do Sul, no âmbito dos eventos do fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).

Vários relatos indicam que o Presidente norte-americano visitará a cidade sul-coreana de Gyeongju na quarta-feira da próxima semana, onde poderá pernoitar.

Tem igualmente sido avançada a hipótese de Trump realizar uma cimeira com o homólogo chinês, Xi Jinping, que, a acontecer, tem como contexto o fortalecimento dos laços entre Pequim e Pyongyang, marcado pela presença do líder norte-coreano, Kim Jong-un, num importante desfile militar na China no início de setembro.

Este foi também o primeiro teste de mísseis pela Coreia do Norte desde a tomada de posse do novo líder da Coreia do Sul, no início de junho.

Os canais de comunicação intercoreanos permanecem cortados desde 2022, e Pyongyang tem rejeitado repetidamente os apelos da administração de Lee Jae-myung para reabrir o diálogo.

O último lançamento semelhante de mísseis por parte de Pyongyang ocorreu em maio, mês em que lançou um míssil balístico de curto alcance no dia 08, e vários mísseis de cruzeiro no dia 22, em ambos os casos também sobre águas do mar do Japão.


Leia Também: Rússia volta a atacar infraestruturas de gás ucranianas

A Rússia voltou esta madrugada a atingir infraestruturas de gás localizadas em Poltava, no centro da Ucrânia, de acordo com o chefe da Administração Militar da Região, Volodímir Kogut.


quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Ucrânia acusa Coreia do Norte de participar em operações de drones... As Forças Armadas ucranianas acusaram hoje a Coreia do Norte de colaborar com a Rússia em operações de reconhecimento com drones a partir da região russa de Kursk, junto à fronteira.

Por LUSA 

O Estado-Maior ucraniano afirmou ter detetado comunicações e um vídeo que mostra operadores norte-coreanos a ajustar um destes dispositivos, de acordo com um comunicado.

"As forças de ocupação russas continuam a envolver tropas norte-coreanas em operações de combate devido à crítica falta de pessoal e ao fracasso da sua ofensiva em Sumi", acrescentou.

Kiev disse que estes militares estrangeiros participam em missões de recolha de informações e de ajustamento de disparos de artilharia, funções consideradas essenciais para os ataques russos.

"As Forças Armadas da Ucrânia estão a documentar todas as provas da participação de formações estrangeiras na agressão armada e reservam-se o direito de neutralizar qualquer colaborador de Moscovo", avançou o Estado-Maior.

A presença de tropas norte-coreanas na Rússia tem vindo a ser noticiada desde 2024, quando Pyongyang enviou contingentes para apoiar Moscovo na defesa da região de Kursk, alvo de incursões ucranianas no verão desse ano.

As autoridades russas têm mantido silêncio sobre a cooperação militar com a Coreia do Norte, mas fontes dos serviços de informações sul-coreanos estimaram que centenas de soldados norte-coreanos terão morrido em operações de combate no território russo.