© Shutterstock
POR LUSA 14/08/23
O Tribunal de Recurso de Niamey anulou hoje a condenação de um dirigente de uma coligação apoiante dos militares que deram o golpe de Estado, que estava detido há sete meses por um atentado fundamentalista, anunciou um dirigente associativo.
"O Tribunal de Recurso de Niamey anulou a decisão do Supremo Tribunal (...) que tinha condenado o nosso camarada Abdoulaye Seydou a nove meses de prisão", disse à imprensa Sanoussi Mahaman, secretário-geral do movimento M62 - que apoia os militares no poder - do qual Seydou é coordenador.
Abdoulaye Seydou tinha sido condenado a nove meses de prisão.
"Sempre dissemos que a detenção de Abdoulaye Seydou tinha sido uma decisão arbitrária (...) orquestrada do princípio ao fim", acrescentou Mahaman.
O movimento M62, criado há um ano, é uma coligação de cerca de 10 associações e organizações não-governamentais que se opõem à presença das forças militares francesas no Níger.
Em resposta a um apelo do M62, vários milhares de pessoas manifestaram-se em Niamey para "apoiar" os militares que derrubaram o Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, em 26 de julho, e que são também muito críticos em relação à França.
Condenado em meados de abril, Seydou estava preso preventivamente desde janeiro.
O seu movimento tinha acusado as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de massacrar civis em represália de um ataque extremista islâmico, em 24 de outubro de 2022, contra uma esquadra de polícia em Tamou (sul).
Na sequência deste ataque, o exército retaliou e matou sete "assaltantes" num garimpo ilegal nas proximidades.
A oposição política e as organizações da sociedade civil afirmaram que os ataques tinham causado muitas mais vítimas.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.