O tricampeão africano de luta livre, Augusto Midana irá ausentar-se da próxima edição do campeonato de África desta modalidade a realizar-se em Marrocos no final de abril de 2017, tudo porque o ‘melhor’ atleta guineense de ‘sempre’ não conseguiu tratar da lesão sofrida nos preparativos para os Jogos Olímpicos do Rio’2016, em Brasil.
Para confirmar este fato, o semanário ‘O Democrata’ contatou o atleta via telefónica, na altura encontrava-se na aldeia de Nhoma, no setor de Nhacra, sem hesitar o jovem lutador confirmou que irá ausentar-se da arena africana da modalidade este ano, na qual é detentor do título nas últimas três últimas edições, ou seja, é tricampeão de luta livre na africana categoria de 74 quilos.
Questionado pelo repórter do jornal ‘O Democrata’ sobre se estará na altura de competir no campeonato africano deste ano 2017, caso vier a ter condições para tratar da lesão, Midana respondeu que – “não vou conseguir, porque não sei como será os tratamentos médicos. Talvez posso participar apenas no campeonato do mundo que terá lugar em França no próximo mês de setembro deste ano”.
O atleta que arrecadou dezasseis (16) medalhas para a Guiné-Bissau entre elas, dez (10) de Ouro, três (3) de Prata e três (3) de Bronze, mostrou-se desapontado com as autoridades desportivas do país, que não lhe reconhecem por tudo aquilo que deu em prol do desporto nacional em particular na modalidade de luta livre.
“Esta situação me preocupa bastante, penso que represento o Hino Nacional e a Bandeira da Guiné-Bissau e defendo as cores nacionais, mas agora percebo que talvez estive a defender uma pessoa singular ou a minha própria pessoa. Na verdade, acho que é o país que defendo. Esta Nação que esperava que me reconhecia um dia, por isso, dediquei toda a minha vida nessa causa nacional”, lastima o tricampeão de luta livre (categoria de 74) quilos do continente berço da humanidade numa entrevista concedida a Rádio ‘Galáxia de Pindjiguiti’.
Recorde-se que Augusto Midana teve dez (10) participações nos campeonatos africanos, onde nas últimas três edições foi sempre detentor do título da sua categoria (74 quilos), mas este ano pela lesão sofrida antes dos Jogos Olímpicos do Brasil não vai poder revalidar em Marrocos a medalha conquistada no dia 09 de março de 2016 no solo egípcio. Agora o sonho do atleta é conseguir apoio para tratar-se da sua lesão e começar os preparativos para o mundial de luta livre prevista para o solo francês em setembro de 2017.
Por: Sene Camará
Foto: Marcelo N’canha Na Ritche
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