quinta-feira, 24 de agosto de 2023

NÍGER: Argélia intensifica ação para prevenir intervenção militar da CEDEAO

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POR LUSA   24/08/23 

O secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros argelino, Lounes Magramane, viajou hoje para o Níger, no contexto de uma intensa atividade diplomática da Argélia para evitar uma intervenção militar contra a junta militar golpista no país vizinho.

O chefe da diplomacia argelina, Ahmed Attaf, manteve consultas esta quarta-feira na Nigéria com o seu homólogo, Yusuf Tuggar, e visitará também o Benim e o Gana - ambos Estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que está dividida quanto à opção de guerra para restabelecer a ordem constitucional no Níger.

A deslocação ao Níger do número dois da diplomacia argelina -- enviado pelo Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune - "insere-se nos esforços incansáveis e contínuos da Argélia para contribuir para uma solução pacífica da crise no Níger, evitando um aumento dos riscos para este país vizinho e irmão e para toda a região", esclarece um comunicado oficial citado pela agência espanhola Efe.

A CEDEAO exige a reintegração do Presidente nigerino deposto, Mohamed Bazoum, e mantém em cima da mesa a possibilidade de lançar uma operação militar "cirúrgica" e de "curto prazo", caso falhe uma solução política.

Entre os membros da organização regional, a Nigéria, o Benim, a Costa do Marfim e o Senegal manifestaram a disponibilidade dos respetivos exércitos para participar na operação, enquanto os vizinhos Mali e Burkina Faso, que são governados por juntas militares, se opõem ao uso da força. Cabo Verde também já anunciou que não apoia a via militar.

A Argélia, que não é membro da CEDEAO mas mantém um papel de mediação enquanto potência regional e país limítrofe do Níger, rejeitou desde o início a opção militar para reverter o golpe militar lançado no passado dia 26 de julho, devido a alegadas consequências "incalculáveis" que poderá ter na delicada situação de segurança da região.

A União Africana (UA), por seu lado, suspendeu o Níger como membro da organização até ao restabelecimento efetivo da ordem constitucional.

O autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), que liderou o golpe de Estado no Níger e depôs o Presidente democraticamente eleito, ignorou até agora as ameaças e advertiu para uma resposta "enérgica" a uma eventual ofensiva militar.

O Níger é o quinto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, que também tiveram golpes militares entre 2020 e 2022, além do Chade, onde o atual Presidente sucedeu ao seu pai, morto em combate.

Desde o derrube do regime do Presidente Bazoum, a comunidade internacional teme ainda mais instabilidade na região do Sahel, que enfrenta crescentes insurgências de grupos fundamentalistas islâmicos ligados aos grupos extremistas Estado Islâmico e Al-Qaida.

Muitos países, liderados pelos Estados Unidos, bem como a ONU e a União Europeia, apelaram a uma resolução pacífica da crise.


Noruega vai doar mísseis antiaéreos e equipamento de desminagem a Kyiv

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POR LUSA   24/08/23 

A Noruega anunciou hoje que vai doar mísseis antiaéreos IRIS-T e equipamento de desminagem à Ucrânia, segundo um comunicado do Governo norueguês.

Também hoje três 'media' noruegueses avançaram, sem citar fontes, que a Noruega prepara-se para enviar caças F-16 à Ucrânia.

Caso se concretize esta entrega, que não foi confirmada pelo executivo do país escandinavo, a Noruega será o terceiro país a fazê-lo, depois dos Países Baixos e da Dinamarca.

Os 'media' noruegueses não mencionaram a possível data da entrega ou o número de aeronaves que a Noruega, país membro da NATO, pretende dar a Kyiv.

Contactada pela agência noticiosa AFP, uma porta-voz do Ministério da Defesa norueguês não quis "confirmar nem desmentir" esta informação.

A Ucrânia tem vindo a pressionar os aliados ocidentais há vários meses para que lhe forneçam F-16 de fabrico norte-americano.

As forças ucranianas continuam a utilizar aviões de combate da era soviética e a contraofensiva iniciada em junho está a avançar sem apoio aéreo, o que, segundo analistas, constitui uma grande desvantagem.

Já a doação dos mísseis e do equipamento de desminagem será financiada através do plano de ajuda militar e civil a Kyiv, dotado de 75 mil milhões de coroas norueguesas (sete mil milhões de euros ao câmbio atual) e que foi apresentado em fevereiro passado.

Os mísseis podem ser disparados a partir de lançadores que a Suécia prometeu doar, explicou o comunicado governamental.

A Noruega já tinha enviado anteriormente mísseis antiaéreos NASAMS e Mistral para a Ucrânia.

"A Noruega continuará a apoiar, enquanto for necessário, a luta de defesa da Ucrânia contra a Rússia. A Ucrânia precisa de mais apoio militar e material com urgência. Precisa de mísseis e munições para defesa aérea. Neste sentido, iremos apoiá-los com o que podemos", afirmou o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, citado no comunicado.

O anúncio da doação acontece quando o primeiro-ministro norueguês está em visita oficial a Kyiv para as comemorações do Dia da Independência da Ucrânia, hoje assinalado.

Também hoje, o Ministério da Defesa russo informou que um caça russo MiG-31 da Frota do Norte intercetou um avião norueguês P-8A Poseidon que sobrevoava o Mar de Barents em direção à fronteira russa, o segundo incidente deste género em menos de 24 horas.

O Centro de Controlo de Defesa Nacional Russo, citado pela agência de notícias russa Interfax, referiu que a aeronave acabou por fazer meia volta e afastar-se da fronteira.

Na quarta-feira, o Ministério da Defesa russo informou que um caça russo MiG-29 intercetou um avião norueguês P-8A Poseidon que sobrevoava o Mar de Barents em direção à fronteira russa.

"Após a aproximação do caça russo, a aeronave militar estrangeira deu meia volta e voou para longe da fronteira russa. A violação da fronteira do Estado não foi permitida", referiu, na quarta-feira, o ministério russo.


Responsável de empresa "SUCCESS GATE COMPANY_GB SARL" está em Conferência de Imprensa para reagir apreensão dos camiões carregados de madeira na zona norte do país.


Radio Voz Do Povo 


Ucrânia leva a cabo "operação especial" na Crimeia durante a noite

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Notícias ao Minuto   24/08/23 

Todos os objetivos foram concluídos, pelo que os "defensores ucranianos" abandonaram o local "sem vítimas" do seu lado.

As forças armadas da Ucrânia anunciaram ter levado a cabo uma "operação especial" na Crimeia durante a madrugada desta quinta-feira.


Os serviços de inteligência ucranianos adiantaram que "unidades especiais [da marinha] desembarcaram na costa na zona de Olenivka e Mayak", tendo os "defensores ucranianos" travado "combates com as unidades do ocupante".

"O inimigo sofreu perdas humanas e o seu equipamento foi destruído. Além disso, a bandeira da Ucrânia voou novamente na Crimeia", assinalou a entidade, através da rede social Telegram.

A mesma nota apontou que todos os objetivos foram concluídos, pelo que os "defensores ucranianos" abandonaram o local "sem vítimas" do seu lado.

A entidade disse ainda que a “administração da Crimeia não comenta os acontecimentos, apesar dos apelos em massa dos residentes locais”.

“A única mensagem refere-se à suposta ‘destruição de munições de acordo com um cronograma definido’”, complementou.

Na mesma publicação, o organismo partilhou imagens da operação, às quais poderá aceder na galeria acima.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.444 civis desde o início da guerra e 26.384 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou hoje que militares ucranianos iniciaram uma operação na Crimeia, sem baixas até ao momento, mas que ainda é cedo para falar na recuperação daquele território.


quarta-feira, 23 de agosto de 2023

O Ministro do Comércio, Jamel João HANDEM convocou hoje todos os delegados e inspectores regionais do Comércio com objetivo de transmitir as orientações do governo em relação as últimas medidas sobre o preço de arroz.


Radio Voz Do Povo

EUA: Governo norte-americano aprova venda a Taiwan de caças F-16

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POR LUSA   23/08/23 

O Governo dos Estados Unidos aprovou hoje uma possível venda a Taiwan de aviões de combate F-16 e de sistemas de rastreamento por infravermelhos, que ainda terá de ser autorizada pelo Congresso.

O gabinete do representante Cultural e Económico de Taiwan havia pedido ao Governo norte-americano autorização para fazer as referidas aquisições à empresa Lockheed Martin, segundo um comunicado do Departamento de Estado.

"Esta potencial venda serve os interesses nacionais dos EUA, apoiando os esforços do comprador para modernizar as suas Forças Armadas e manter uma capacidade de defesa credível", afirma a nota da diplomacia norte-americana.

O pedido formal do comprador é o primeiro passo no processo de venda de armas militares dos EUA para o exterior.

Em seguida, o Departamento de Estado autoriza a venda, que depois passa pelo Congresso, que deve estudá-la, antes de poder dar autorização.

O pedido inclui material de apoio para as aeronaves de combate, munições, 'software' e equipamentos para treino militar.

O anúncio surge menos de um mês depois de a Casa Branca ter anunciado um pacote de ajuda militar de 345 milhões de dólares (cerca 320 milhões de euros) para Taiwan, retirados do orçamento do Pentágono e não do programa de vendas militares estrangeiras, como é habitual.

Taiwan é uma das principais fontes de tensão entre os Estados Unidos e a China, uma vez que os EUA são o principal fornecedor de armas do território, algo que Pequim tem repetidamente criticado.

A China reivindica a soberania sobre Taiwan, um território que considera uma "província rebelde" desde que os nacionalistas se retiraram, em 1949, depois de perderem a guerra contra o exército comunista.


Forças ucranianas içam a bandeira nacional em Robotyne, Zaporíjia

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Notícias ao Minuto   23/08/23 

O anúncio surge numa altura em que Kyiv continua a tentar recapturar a cidade estratégica de Melitopol, no sul do país, como parte da sua contraofensiva contra a invasão russa em larga escala.

As forças ucranianas já terão hasteado a bandeira nacional na povoação de Robotyne, na região de Zaporíjia, no sul do país, informou o exército de Kyiv esta quarta-feira, embora não tenha sido claro se toda a comunidade foi libertada do controlo das forças russas.

"Um dia histórico! Soldados da 47.ª Brigada Mecanizada Separada colocaram a bandeira da Ucrânia na aldeia de Robotyne, num dos destinos mais quentes - Melitopol", revelou a brigada, numa publicação no seu canal na rede social Telegram, aqui citada pela Reuters.

O anúncio surge numa altura em que Kyiv continua a tentar recapturar a cidade estratégica de Melitopol, no sul do país, como parte da sua contraofensiva contra a invasão russa em larga escala, que começou no princípio de 2022.

A notícia surge depois de, na terça-feira, o exército ucraniano ter confirmado a entrada das suas tropas em Robotyne, na província de Zaporíjia, após avanços nos últimos dias junto desta cidade no sul do país, ocupada até agora pelas forças russas.

"Os nossos combatentes estão na cidade de Robotyne", escreveu na sua conta no Telegram o brigadeiro-general Oleksandr Tarnavski, comandante do grupo operacional estratégico das forças ucranianas encarregado da área sudeste da frente.

A vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, também informou no Telegram a entrada, na terça-feira, em Robotyne da 47.ª Brigada do Exército Ucraniano.

Após serem forçados a deixar a cidade, explicou Maliar, as forças russas estão a usar peças de artilharia contra a cidade e a 47.ª Brigada está a retirar os civis restantes da área.

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), uma instituição privada norte-americana que acompanha o curso do conflito, confirmou também, na manhã de terça-feira, através de imagens geolocalizadas, que as tropas ucranianas chegaram ao centro desta cidade.

A cidade está localizada num dos três segmentos da frente da contraofensiva que decorre desde o início de junho.


RÚSSIA: Dez mortos em queda de avião na Rússia. Prigozhin na lista de passageiros

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POR LUSA   23/08/23 

Um jato executivo caiu hoje no norte de Moscovo matando 10 pessoas, e o líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, consta na lista de passageiros, informaram as autoridades russas.

A Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) iniciou uma investigação sobre a queda do avião da Embraer ocorrida na região de Tver, de acordo com a entidade em comunicado citado pela agência Tass, acrescentando que o nome Yevgeny Prigozhin foi incluído na lista de passageiros do voo.



UNICEF. No Sudão do Sul cerca de 60% da população defeca a céu aberto

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POR LUSA   23/08/23 

Cerca de seis milhões de pessoas, 60% da população do Sudão do Sul, defecam nas florestas, nas hortas ou nas ruas, por falta de casas de banho e saneamento, o que agrava a propagação de doenças, alertou a UNICEF.

Um especialista em saúde pública deste organismo das Nações Unidas para a infância expressou grande preocupação, em declarações feitas na capital sul-sudanesa, Juba, com a "alta percentagem" de pessoas que defecam ao ar livre e expõem toda a população a "doenças epidémicas".

"Esforçamo-nos para ajudar e apoiar iniciativas governamentais que visam eliminar esta prática até 2030", disse Hanchul Kim, que lembrou que as Nações Unidas implementaram medidas nesse sentido, porque é uma questão que "afeta centenas de milhões de pessoas em todo o mundo".

De acordo com a ONU, apenas 10% da população do Sudão do Sul tem acesso a serviços de saneamento básico geridos de forma segura, levando à propagação de doenças como cólera, diarreia ou febres transmitidas através de água contaminada com excrementos humanos.

De acordo com as autoridades sul-sudanesas, são necessários cerca de 56 milhões de dólares (cerca de 51,6 milhões de euros) para essa estratégia de apoio às comunidades locais.

A ONU tem apelado repetidamente à eliminação desta prática, que cerca de 673 milhões de pessoas em países, principalmente da África subsaariana, praticam, devido à ameaça à saúde de milhões de pessoas que carecem de serviços básicos adequados.

Em 2017, pelo menos três mil milhões de pessoas em todo o mundo não dispunham de sabão e serviços de saneamento em casa, enquanto todos os anos quase 300.000 crianças com menos de 05 anos morrem de diarreia devido à falta de higiene.


Turquia reafirma apoio à integridade do território ucraniano

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POR LUSA   23/08/23 

A Turquia reafirmou hoje o seu apoio à integridade territorial da Ucrânia, perante a agressão russa, aproveitando para pedir a Moscovo, com quem mantém relações próximas, para libertar os ativistas tártaros detidos na península da Crimeia anexada.

Numa comunicação por vídeo na cimeira da Plataforma da Crimeia, que hoje se realizou em Kyiv, com a participação de líderes de várias dezenas de países, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu continuar a lutar pela paz, num esforço de mediação entre a Ucrânia e a Rússia, com quem continua a manter relações estreitas.

"Reafirmo o nosso apoio à integridade territorial da Ucrânia, incluindo a Crimeia", assegurou Erdogan, que manifestou a sua preocupação com o destino do povo tártaro, de origem turca e oriundos da Crimeia sob ocupação russa, pedindo às autoridades de Moscovo para libertarem os ativistas tártaros ali detidos.

Após a primeira intervenção da cimeira, reservada ao Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, de visita a Kyiv, também a Presidente da Hungria, Katalin Novák, insistiu na necessidade de preservar "a soberania, a independência e a integridade territorial da Ucrânia".

De igual, forma, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, apelou à urgência em encontrar uma solução para o conflito na Crimeia, anexada pela Rússia em 2014 e que continua a ser um dos polos cruciais da invasão iniciada em fevereiro de 2022,

Também por vídeo, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, lembrou que, tal como fez na Crimeia em 2014, a Rússia está a tentar anexar ilegalmente regiões ucranianas, como Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

"A Rússia está a tentar roubar a identidade de cidadãos ucranianos, a raptar crianças e a retirar pessoas das suas casas", disse Michel, referindo-se em particular à questão do povo tártaro.

"A União Europeia continuará a apelar à plena responsabilização por estes crimes, incluindo o crime de agressão, e não reconhecerá qualquer tentativa ilegal de alterar o estatuto dos territórios da Ucrânia, incluindo a República Autónoma da Crimeia e a cidade de Sebastopol", prometeu o líder do Conselho Europeu.

O Presidente da República português defendeu hoje que qualquer discussão sobre o futuro da Ucrânia que exclua a questão da península da Crimeia é "um ruído" disfarçado de apoio à população do país invadido.

"Não é possível separar a questão da Crimeia da invasão total do território da Ucrânia. Qualquer tentativa, subjetiva ou objetiva, de separar as duas questões representa não uma ajuda, não um apoio à população ucraniana, mas um ruído que é desnecessário", considerou Marcelo Rebelo de Sousa.

Ladeado pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que o conflito de hoje é indissociável da invasão da Crimeia em 2014, considerado o primeiro momento da violação da integridade territorial daquele país pela Federação Russa.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.



Leia Também: A coordenadora do OCHA (Departamento da ONU para os Assuntos Humanitários) para a Ucrânia apelou hoje para o respeito do direito humanitário internacional, após uma nova vaga de ataques russos a alvos civis nas últimas 24 horas.

Governo e FMI capacitam contribuintes em matéria de acesso aos serviços fiscais via on-line

Bissau, 23 Ago 23 (ANG) – O governo através do Ministério da Economia  e  Finanças, em parceria com o Fundo Monetário Internacional (FMI), na sua ação denominada “Kontaktu”, iniciou hoje um seminário de capacitação dos contribuintes em matéria de acesso aos serviços fiscais via On-line para, com maior transparência e segurança, passassem a realizar o pagamento das suas obrigações fiscais.

A informação consta na página oficial de facebook do Ministério das Finanças consultado hoje pela a ANG.

Ao presidir a cerimónia de abertura do referido seminário, o Secretário de Estado de Orçamento e Assuntos Fiscais, Augusto Menjur considerou a iniciativa de uma mudança inovadora, reiterando o apoio do governo, em particular do Ministério da Economia e Finanças, para a execução e consolidação deste projeto,que visa  a melhoria do ambiente de negócios para se  estimular o investimento.

Menjur enalteceu a importância da plataforma Kontaktu para assegurar o aumento de transparência e facilitar a prestação de contas.

Por sua vez, o responsável pela Assistência Técnica na DGCI em matéria tributária do FMI, Paulo Silva da Paz  diz ser a iniciativa  um processo muito relevante, ressaltando a colaboração dos contribuintes.

“Esta plataforma é considerada pelo Departamento dos Assuntos Fiscais do Fundo Monetário Internacional, o primeiro e dos  mais sofisticados em África, pois, permite assegurar, duma forma mais fácil, as operações via on-line dos contribuintes fiscais”, lê-se na página do ministério da Economia a Finanças.

Nesta primeira fase, o serviço da  administração fiscal conta com parcerias que vão assegurar os serviços de pagamento, nomeadamente, a MTN (através da Mobile Money), ECOBANK, BAO , entre outros.

No decurso desta formação  serão analisados temas: a Possibilidade e benefícios do pagamento electrónico de impostos; Notificações electrónicas; Próximos passos da transformação da DGCI; Novo regime de efetivação, entre outros.

 ANG/DMG//SG

Novo Ministro da Educação Nacional Ensino Superior Investigação Cientifica Braima Sanhá recebeu esta quinta-feira (23.08) a visita do Embaixador de República Popular de China.

Radio Voz Do Povo

Ucrânia. Kyiv anuncia destruição de sistema de mísseis russo na Crimeia

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POR LUSA   23/08/23 

O serviço de informações militares da Ucrânia (GUR) anunciou hoje a destruição de um sistema russo de mísseis de médio e longo alcance S-400 na Península da Crimeia, na sequência de "uma explosão".

A explosão ocorreu "perto da aldeia de Olenivka, no Cabo Tarkhankut, na Crimeia temporariamente ocupada", disse o GUR num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

"Como resultado da explosão, a própria instalação, os mísseis nela instalados e o pessoal foram completamente destruídos", afirmou.

Os serviços de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia não especificaram a origem da explosão.

O anúncio foi acompanhado de um vídeo que divulgaram nas redes sociais, em que se vê uma explosão.

"Dado o número limitado de tais complexos no arsenal do inimigo, este é um golpe doloroso para o sistema de defesa aérea dos ocupantes, que terá um sério impacto em eventos futuros na Crimeia ocupada", acrescentou o GUR.

Esta última declaração aponta para uma intensificação dos ataques com 'drones' (aparelhos sem tripulação) contra infraestruturas militares na Crimeia, segundo a EFE.

Nas últimas semanas, a Ucrânia intensificou os ataques a portos, aeródromos e outras instalações militares estratégicas dentro da Federação Russa ou em territórios ocupados como a Crimeia.

O exército ucraniano e os serviços secretos desenvolveram 'drones' de ataque aéreo e marítimo de longo alcance com os quais atingiram alvos que as forças de Kyiv não conseguiram alcançar nas fases anteriores da guerra.

As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

A Rússia invadiu e anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014.

Após a invasão de 24 de fevereiro de 2022, Moscovo também declarou como anexadas as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania da Federação Russa nas cinco regiões anexadas.

Kyiv exige a retirada das forças russas de todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia, e a reposição das fronteiras definidas em 1991, quando se tornou independente após o colapso da União Soviética, de que fez parte.


Leia Também: Ucrânia diz que ataques destruíram 270 mil toneladas de cereais num mês

CHINA: Prédio de 27 andares consumido pelas chamas na China. As imagens

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Notícias ao Minuto  23/08/23 

As chamas foram combatidas por mais de 280 operacionais, apoiados por 62 viaturas, de 23 corporações diferentes.

Um incêndio deflagrou, na terça-feira, num prédio de 27 andares na cidade de Tianjin, na China. Segundo a agência de notícias Reuters, não há registo de vítimas mortais ou feridos.

As chamas deflagraram no Edifício Xintiandi, na Nanjing Road, pelas 14h30 locais (7h30 em Lisboa), e foram combatidas por mais de 280 operacionais, apoiados por 62 viaturas, de 23 corporações diferentes, segundo indicou o corpo de bombeiros de Tianjin na rede social chinesa WeChat.

De acordo com a Reuters, pelas 16h10 locais (09h10 em Lisboa) não havia registo de pessoas presas no edifício ou feridas.

Na plataforma Weibo, um residente revelou que o edifício ficou "completamente vermelho" ao ser consumido pelas chamas.

Pode ver imagens do incêndio.👇



Ucrânia? "Pôr fim à guerra desencadeada pelo Ocidente", defende Putin

© Reuters

Notícias ao Minuto   23/08/23 

O presidente da Rússia defende que, "com ajuda dos países ocidentais, foi realizado um golpe de Estado" na Ucrânia, em 2014, e depois foi "desencadeada uma guerra" contra quem não concordava com a revolução.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu, esta quarta-feira, que a chamada "operação militar especial" na Ucrânia teve como objetivo "pôr fim à guerra que foi desencadeada pelo Ocidente e os seus satélites" contra "as pessoas que vivem no Donbass.

"A Rússia decidiu apoiar as pessoas que lutam pela sua cultura, pelas suas tradições, pela sua língua, pelo seu futuro. As nossas ações na Ucrânia são ditadas por apenas uma coisa - pôr fim à guerra que foi desencadeada pelo Ocidente e os seus satélites na Ucrânia contra as pessoas que vivem no Donbass", disse no seu discurso por videoconferência, na 15.ª cimeira dos BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, citado pela agência de notícias TASS. 

Putin, que discursou à distância devido a um mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), afirmou que o "desejo" do Ocidente em manter a hegemonia no mundo "levou a uma grave crise na Ucrânia".

"Primeiro, com ajuda dos países ocidentais, foi realizado um golpe de Estado inconstitucional neste país, e depois uma guerra foi desencadeada contra aquelas pessoas que não concordaram com este golpe", defendeu Putin, referindo-se à revolução ucraniana de 2014, que levou à deposição do presidente pró-russo, Viktor Yanukovych. 

"A guerra é cruel, a guerra de extermínio dura há oito anos", afirmou Putin.

Falando perante os líderes dos BRICS, o presidente russo afirmou que todos "são unânimes a favor da formação de uma ordem mundial multipolar que seja verdadeiramente justa e baseada no direito internacional, respeitando ao mesmo tempo os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas, incluindo a soberania e o respeito pelo direito de cada povo ao seu próprio modelo de desenvolvimento".

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 16 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


Guiné. Comerciantes questionam decisão de baixar preço do arroz

POR LUSA  / Radio Voz Do Povo   23/08/23 
O presidente da Associação de Retalhistas de Mercados da Guiné-Bissau, Aliu Seidi, questionou hoje de que forma será executada a decisão do Governo de baixar o preço do arroz, base da dieta alimentar dos guineenses.
O Presidente da Associação Nacional de Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau, Aliu Saide está em Conferência de Imprensa sobre a comercialização do arroz nhelen( 50kg a 17.500 fcfa).☝

Em conferência de imprensa, Seidi perguntou qual o mecanismo previsto pelo Governo para os comerciantes que já têm arroz nos armazéns e que adquiriram por outros preços.

Na primeira reunião do Conselho de Ministros, na terça-feira, o novo Governo guineense decidiu baixar o preço de um saco de arroz, da variedade trinca partido 100%, de 22.500 francos cfa (cerca de 34 euros) para 17.500 francos cfa (cerca de 26 euros).

O presidente dos retalhistas afirmou que "não estão contra a decisão", mas apenas pretendem saber se serão autorizados a vender no preço atual o produto que têm já nos armazéns ou se serão reembolsadas das perdas que vão sofrer, caso vendam ao novo preço determinado pelo Governo.

"O Governo tem de dizer as coisas de forma clara, senão está a colocar-nos contra a população que, a partir de hoje, está a exigir comprar cada saco de 50 quilogramas por 17.500 francos cfa", observou Aliu Seidi.

O presidente dos comerciantes retalhistas notou que "até ao momento ainda não existe nenhum compromisso" com o Governo para baixar o preço do arroz que é vendido ao consumidor.

O responsável afirmou ter transmitido este facto ao primeiro-ministro, Geraldo Martins, que lhe disse que doravante uma empresa importadora de arroz vai passar a vender o produto aos retalhistas "num bom preço".

Aliu Seidi sublinhou que aguarda pela assinatura de um acordo nesse sentido.

"Para nós, não há problema. Se o grossista nos vender um saco de arroz de 50 quilogramas por 10 mil francos cfa, nós vamos vender por 10.500 francos cfa, se nos vender por 17 mil, nós vamos vender ao consumidor por 17,500 francos cfa", afirmou Seidi.

O Governo anunciou que vai colocar no terreno equipas de fiscalização para desencorajar os comerciantes que pretendem vender o arroz para além do novo preço.

CCIAS em conferência de imprensa para anunciar a realização da Assembleia Geral de Apresentação de Contas no próximo sábado e, consequente marcação da data para as eleições dos órgãos sociais.

Radio Voz Do Povo 

Gabú: “aumento do preço dos produtos, a redução de rendimento, deficuldades sobrevivência e acesso a água potável ” são as constatações da UBUNTU e UN-HABITAT, através do inquérito no período da pandemia do Covid’19.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

 Radio Voz Do Povo

Irpin e Bucha: as duas paragens "simbólicas" na agenda de Marcelo durante a visita à Ucrânia

Marcelo Rebelo de Sousa chegou esta manhã à Ucrânia para a primeira visita de Estado ao país desde o início da invasão russa.

O Presidente da República vai visitar dois dos locais que foram palco das maiores atrocidades da guerra - Bucha e Irpin.

O enviado especial da CNN Portugal à Ucrânia explica em detalhe o que está na agenda de Marcelo Rebelo de Sousa para esta visita de dois dias.


Por cnnportugal.iol.pt  23/08/23


GUERRA NA UCRÂNIA: Tanques russos expostos nas ruas da capital ucranianas. As imagens

© REUTERS/Gleb Garanich

Notícias ao Minuto   22/08/23 

A exposição foi colocada devido ao Dia da Independência da Ucrânia, que se assinala na próxima quinta-feira, 24 de agosto.

Uma rua central de Kyiv, na Ucrânia, é palco para uma exposição de tanques russos danificados no âmbito da guerra no país.

De acordo com a Reuters, a exposição foi colocada devido ao Dia da Independência da Ucrânia, que se assinala na próxima quinta-feira, 24 de agosto.

Nas imagens, é possível ver a vida a 'circular' nas ruas da capital ucraniana, com pessoas em esplanadas enquanto os tanques russos estão no exterior também.

Também foram fotografas crianças que visitam o local, acompanhadas por adultos, e ainda um casal - ambos vestidos de noivos.

Veja as imagens na galeria.👇




Leia Também: Tribunal de Haia ouvirá Rússia em setembro sobre caso iniciado por Kyiv

NÍGER: Emboscada de extremistas islâmicos no Níger resulta em 12 soldados mortos

© Djibo Issifou/picture alliance via Getty Images

POR LUSA  22/08/23 

Doze soldados nigerinos foram mortos no domingo numa emboscada executada por presumíveis combatentes extremistas islâmicos na região de Tillabéri (sudoeste do Níger), assolada pela violência dos grupos armados, anunciou hoje a televisão estatal.

Uma missão de operações da Guarda Nacional "foi alvo de uma emboscada" no domingo, por volta das 17h30 locais (16h30 TMG), perto da aldeia de Doukou Saraou, na comuna de Anzourou, na região de Tillabéri, noticiou a Télé Sahel.

"Doze dos nossos soldados" foram "mortos", acrescentou a estação pública de televisão nigerina.

A Télé Sahel refere ainda que a "reação" da guarda "infligiu pesadas perdas ao inimigo", sem indicar o número de mortos.

As vítimas foram enterradas na presença do tenente-coronel Maïna Boucar, o novo governador militar de Tillabéri, informou a estação de televisão.

A região de Tillabéri situa-se na chamada zona das "três fronteiras" entre o Níger, o Burkina Faso e o Mali, um território com forte presença de combatentes de grupos extremistas islâmicos filiados na Al-Qaida e Estado Islâmico.

Há anos que esta parte do Níger é regularmente alvo de ataques destes grupos armados, apesar do destacamento em larga escala de forças anti-extremistas.

Na semana passada, pelo menos 17 soldados nigerinos foram mortos e 20 ficaram feridos numa emboscada levada a cabo por supostos extremistas islâmicos armados no departamento de Torodi, perto da fronteira com o Burkina Faso, segundo o Ministério da Defesa nigerino.

O "agravamento da situação de segurança" no Níger foi um dos principais argumentos invocados pelos membros do regime militar que tomou as rédeas do país na sequência do golpe de Estado de 26 de julho, que derrubou o Presidente, Mohamed Bazoum.

De acordo com a organização não-governamental Acled, que regista as vítimas de conflitos em todo o mundo, nos primeiros seis meses de 2023, os ataques no país contra civis diminuíram 49% em relação aos primeiros seis meses de 2022, e o número de mortos 16%.


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Três mortos em ataque com 'drones' na região russa de Belgorod

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POR LUSA  23/08/23 

Três pessoas morreram hoje num ataque de um 'drone' ucraniano na região russa de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia, disse o governador regional, Vyacheslav Gladkov, na plataforma de mensagens Telegram.

"Três civis foram mortos na aldeia de Lavy, no distrito de Valuysk", escreveu Gladkov.

"As forças armadas ucranianas lançaram um engenho explosivo a partir de um 'drone' no momento em que as pessoas estavam na rua", acrescentou.

O presidente da autarquia de Moscovo já tinha afirmado esta madrugada que a defesa aérea russa abatera dois 'drones' em Moscovo e na região da capital, alvo pelo sexto dia consecutivo de ataques.

"Ontem à noite [terça-feira], a defesa aérea abateu um 'drone' no bairro de Mojaiski, na região de Moscovo. O segundo 'drone' atingiu um edifício em construção na cidade", declarou Sergei Sobyanin na plataforma de mensagens Telegram, acrescentando que, segundo as primeiras informações, não houve vítimas.

A agência de notícias russa RIA Novosti noticiara uma "explosão" na zona comercial da cidade de Moscovo.

O tráfego aéreo nos aeroportos internacionais de Moscovo Domodedovo, Sheremetyevo e Vnukovo chegou a ser interrompido, informou também a TASS.

O território russo tem sido alvo de ataques de 'drones' quase diariamente. Na madrugada de terça-feira, dois aparelhos foram abatidos sobre a região de Moscovo, nomeadamente em Krasnogorsk, a noroeste da capital, onde as janelas de um edifício foram destruídas.

Durante o verão, foram destruídas aeronaves sobre a zona comercial de Moscovo e, em maio, dois 'drones' foram abatidos perto do Kremlin.


terça-feira, 22 de agosto de 2023

EUA: Wagner torna países africanos "mais pobres, débeis e menos seguros"

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POR LUSA   22/08/23 

A embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse hoje no Conselho de Segurança que a presença do grupo paramilitar russo Wagner em vários países africanos tornou estes "mais pobres, mais fracos e menos seguros".

A diplomata falava durante uma sessão dedicada à situação na Líbia e aludia à presença do grupo de segurança privada, formado por mercenários, no Mali, Burkina Faso, Níger e Sudão.

Segundo Thomas-Greenfield, a atividade da Wagner nestes países e na Líbia tem "um impacto pernicioso" e, por isso, insistiu em que se deve colocar a tónica na sua presença, que nem sempre é oficialmente reconhecida em Moscovo ou nos países africanos.

Na segunda-feira, o chefe da Wagner, Yevgeny Prigozhin, apareceu em vídeo pela primeira vez desde o fracassado motim de 24 de junho contra o Kremlin, e sugeriu que regressou a África para tornar a Rússia "ainda maior em todos os continentes".

No vídeo, Prigozhin não diz explicitamente que está em África, mas aparece numa paisagem semelhante à savana africana e afirma que a temperatura à sua volta é de 50 graus.

"Justiça e felicidade para os povos africanos", proclama o chefe da Wagner na mensagem de video, na qual afirma que o seu grupo paramilitar é o "pesadelo" do [grupo extremista] Estado Islâmico, da Al-Qaida "e de outros bandidos".

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse à BBC, há dias, que o grupo Wagner está a "tirar partido" da instabilidade no Níger, embora tenha afirmado não acreditar que a Rússia esteja por detrás do recente golpe, insistindo que "onde quer que este grupo Wagner tenha ido, a morte, a destruição e a exploração seguiram-no".


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COSTA DO MARFIM: "Importância global"? Descoberto depósito de manganês na Costa do Marfim

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POR LUSA   22/08/23 

Um depósito de manganês de possível "importância global" foi descoberto no norte da Costa do Marfim, anunciou a empresa australiana Mako Gold Limited em comunicado.

Os resultados da perfuração realizada este ano em Uangolodougou "confirmam a possibilidade de uma descoberta de manganês de importância global", disse o diretor-geral da Mako Gold Limited, Peter Ledwidge, citado num comunicado divulgado pela agência France-Presse.

A área de cada uma das duas parcelas perfuradas até 50 metros de profundidade é de cerca de sete quilómetros de comprimento e um quilómetro de largura.

Um dos próximos passos será realizar "um levantamento geofísico para avaliar a largura e profundidade" do depósito, avançou Ledwidge, sem especificar uma data.

"A Costa do Marfim é um dos 10 maiores produtores mundiais de manganês", segundo a empresa australiana.

De acordo com o Ministério de Minas e Petróleo da Costa do Marfim, o país tem quatro minas deste mineral, localizadas em Bondoukou (leste), Guitry (sul), Kaniasso (noroeste) e Lagnonkaha (norte).

A produção deste metal, o quarto mais utilizado no mundo, depois do ferro, cobre e alumínio, ascendeu a 1.325.525 milhões de toneladas em dezembro de 2020, um aumento de 12,16% face a 2019.


MIGRAÇÕES: Morreram já mais de 2.000 migrantes no Mediterrâneo Central este ano

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POR LUSA   22/08/23 

Roma, 22 ago 2023 (Lusa) -- Mais de 2.000 migrantes terão morrido na rota do Mediterrâneo Central desde o início do ano, indicou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM), receando, no entanto, que o número real de vítimas seja muito superior.

A rota do Mediterrâneo Central, considerada como uma das mais mortíferas, sai da Argélia, Tunísia e Líbia em direção à Europa, nomeadamente para as costas italianas e maltesas.

"Até à data, 2.013 migrantes morreram no Mediterrâneo Central em 2023, segundo dados atualizados da OIM", revelou o porta-voz desta organização do sistema das Nações Unidas, Flavio di Giacomo, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).

O porta-voz admitiu que este número é "uma estimativa revista em baixa".

"As frágeis embarcações que zarpam da Tunísia provocaram provavelmente muitos naufrágios que não são conhecidos", afirmou.

À agência noticiosa espanhola EFE, o porta-voz da OIM esclareceu que as 2.013 mortes confirmadas pela organização são apenas referentes à rota migratória do Mediterrâneo Central, onde 974 pessoas morreram no mesmo período em 2022.

Para toda a zona do Mediterrâneo (que engloba outras duas rotas migratórias), o número oficial de vítimas é de 2.265. O Mediterrâneo Oriental (da Turquia para a Grécia) e o Mediterrâneo Ocidental (de Marrocos para Espanha) são as outras rotas migratórias da região.

De acordo com os últimos dados oficiais do Governo de Itália, mais de 100 mil migrantes chegaram ao país desde o início do ano, um aumento de mais de 115% em relação ao mesmo período de 2022, muito impulsionado pela crise política, económica e social na Tunísia, de onde fogem milhares de migrantes subsarianos, situação que levou o executivo italiano a declarar o "estado de emergência migratória" em maio passado.

"Não existe uma emergência numérica, mas sim uma emergência humanitária", afirmou o porta-voz da OIM, insistindo que o número real de mortos no Mediterrâneo inclui "muitas, muitas, muitas centenas [pessoas] mais".

Até segunda-feira, e desde o início do ano, 105.449 migrantes chegaram às costas italianas, um número bastante mais expressivo quando comparado com os 50.759 registados no mesmo período de 2022.

Atualmente, a Tunísia substituiu a Líbia como principal país de partida em direção a Itália, verificando-se também um aumento nos repatriamentos (28,05%) e nos pedidos de asilo (70,59%), dos quais um em cada dois é rejeitado.

Este número recorde de desembarques de migrantes irregulares coincide com a adoção de uma política migratória mais estrita por parte do Governo italiano, uma coligação de direita e extrema-direita liderada por Giorgia Meloni que chegou ao poder em outubro do ano passado.

Nos últimos dias, a política migratória do executivo de Meloni tem suscitado duras críticas por parte dos autarcas italianos, que têm avisado que a capacidade de acolhimento das cidades está à beira do colapso face ao número de chegadas e à falta de recursos.

As críticas dos presidentes de câmara estão a ser desvalorizadas pelo Governo, com fontes do Ministério do Interior a considerarem que as queixas, que classificam de "surreais", são motivadas por questões políticas, mas a associação de municípios italianos (ANCI) argumentou que "todos os autarcas estão a protestar, não apenas os do Partido Democrático" (PD), principal partido da oposição (centro-esquerda).


Kyiv confirma entrada em cidade no sul ocupada por russos

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POR LUSA   22/08/23 

O Exército ucraniano confirmou hoje a entrada das suas tropas em Robotyne, na província de Zaporíjia, após avanços nos últimos dias junto desta cidade no sul do país, ocupada até agora pelas forças russas.

"Os nossos combatentes estão na cidade de Robotyne", escreveu na sua conta no Telegram o brigadeiro-general Oleksandr Tarnavski, comandante do grupo operacional estratégico das forças ucranianas encarregado da área sudeste da frente.

A vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, também informou no Telegram a entrada hoje em Robotyne da 47.ª Brigada do Exército Ucraniano.

Depois de serem forçados a deixar a cidade, explicou Maliar, as forças russas estão a usar peças de artilharia contra a cidade e a 47.ª Brigada está a retirar os civis restantes da área.

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), uma instituição privada norte-americana que acompanha o curso do conflito, confirmou na manhã de hoje, através de imagens geolocalizadas, que as tropas ucranianas chegaram ao centro de Robotyne.

A cidade está localizada num dos três segmentos da frente da contraofensiva que decorre desde o início de junho.

A Rússia afirmou hoje, por sua vez, que repeliu uma nova incursão armada da Ucrânia na região fronteiriça de Bryansk, mas não forneceu qualquer informação sobre baixas nos combates.

"Graças às ações coordenadas e heroicas dos guardas de fronteira do FSB da região de Bryansk, do Ministério da Defesa e de unidades especiais da Guarda Nacional da região de Bryansk, o ataque foi repelido", afirmou no Telegrama ao governador regional, Alexandre Bogomaz.

As regiões fronteiriças russas foram alvo em diversas ocasiões de incursões, geralmente reivindicadas por unidades de combatentes que se afirmam russos opositores do Kremlin, e com base na Ucrânia.

Ao mesmo tempo, as forças russas continuam a bombardear cidades ucranianas e hoje pelo menos uma pessoa foi morta e outra ficou ferida após novos ataques das forças russas à cidade de Komishani, em Kherson (sul).

Por sua vez, em Kharkiv (leste) o governador Oleg Sinegubov sublinhou que as forças ucranianas repeliram mais ataques das tropas russas que têm ocorrido continuamente nos últimos dias na direção de Kupiansk.

"As nossas Forças Armadas não perderam uma única povoação na região de Kharkiv", sublinhou Sinegubov, em declarações à televisão estatal, segundo a agência de notícias Ukrinform.

"Todas as tentativas dos russos de atacar as nossas posições foram duramente repelidas, eles sofreram perdas significativas e retornaram às suas posições anteriores", indicou o governador.

A par destes desenvolvimentos, sabotadores ucranianos coordenados pelos serviços de informações militares de Kyiv realizaram dois ataques recentes de 'drones' que atingiram aviões bombardeiros estacionados em bases aéreas no interior da Rússia, afirmou segundo órgãos de media da Ucrânia.

Os órgãos ucranianos atribuíram dois ataques aos sabotadores: um ataque no sábado à base aérea de Soltsy, na região de Novgorod, no noroeste da Rússia, cerca de 700 quilómetros a norte da fronteira ucraniana, e o ataque na segunda-feira contra a base aérea de Shaikovka, no sudoeste de Kaluga, região que fica cerca de 300 quilómetros a nordeste da fronteira com a Ucrânia.

O porta-voz dos serviços de informações militares ucranianos, Andriy Yusov, disse ao canal de notícias ucraniano LIGA.net na segunda-feira que pelo menos um avião de guerra russo foi danificado no ataque a Shaikovka.

Yusov afirmou que a operação foi realizada por pessoas que trabalharam em estreita coordenação com a secreta militar ucraniana.

O Ministério da Defesa russo disse que o ataque a Soltsy danificou uma aeronave, sem mais comentários.

Imagens de satélite do Planet Labs PBC analisadas pela Associated Press mostraram o que pareciam ser 10 bombardeiros de longo alcance Tupolev Tu-22M estacionados na placa da base aérea de Soltsy em 16 de agosto.

Dois dias depois, os bombardeiros tinham deixado a base aérea e uma grande mancha preta era visível numa das placas onde um dos Tupolevs estivera estacionado.

Fotos supostamente tiradas da base aérea de Soltsy e publicadas por media russos e ucranianos mostraram um bombardeiro russo Tu-22M em chamas após o ataque.


A sessão especial do Primeiro Conselho de Ministros termina com anúncio de algumas medidas, para baixar o preço dos produtos de primeira necessidade (ARROZ).

 Radio Voz Do Povo 



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