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Notícias ao Minuto 03/05/22
O Parlamento Europeu (PE), reunido em plenário, em Estrasburgo, assinalou hoje o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, lembrando os jornalistas que estão na Ucrânia e recordando que "uma democracia forte precisa de uma imprensa forte".
"Os jornalistas nunca deviam ter de escolher entre a verdade e a vida", assinalou a presidente do PE, Roberta Metsola, numa declaração na abertura dos trabalhos da sessão plenária, que decorre até quinta-feira, em Estrasburgo, França.
A líder do PE lembrou os jornalistas que se encontram a fazer cobertura da guerra na Ucrânia e realçou que "uma democracia forte precisa de uma imprensa forte" e que "não pode haver democracia sem liberdade de imprensa".
Na ocasião, Metsola lançou a segunda edição do Prémio de Jornalismo Daphne Caruana Galizia, lançado em 2020, por ocasião do aniversário da morte da jornalista, com o objetivo de premiar jornalismo de excelência que reflita os valores da União Europeia.
Daphne Caruana Galizia era uma jornalista, 'blogger' e ativista anticorrupção maltesa cujo trabalho jornalístico se centrava na corrupção, lavagem de dinheiro, crime organizado, venda de cidadania e nas ligações do governo maltês aos Panamá Papers, assassinada em 2017.
Por sua vez, a vice-presidente da Comissão Europeia (CE), Vera Jourová, lembrou também os jornalistas na Ucrânia, salientando que os repórteres mostram o que a Rússia não quer que seja visto e garantindo que a sua segurança é "a primeira prioridade" da União Europeia.
Adicionalmente, a responsável da CE recordou as medidas apresentadas em setembro aos Estados-membros para a garantia da segurança dos repórteres.
"Queremos providenciar apoio psicológico e legal aos jornalistas que enfrentam ameaças, e aumentar a sua proteção 'online' e 'offline'", afirmou.
A par com a legislação, Vera Jourová disse ainda que vão ser delegados fundos "para apoiar projetos jornalísticos", destacando o financiamento de oito milhões de euros para parcerias na área, recentemente anunciado.
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa celebra-se a 03 de maio e foi criado em 20 de dezembro de 1993, com uma decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
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Um ataque para matar, ferir ou sequestrar um jornalista constitui um crime de guerra, alertaram hoje quatro organizações internacionais, incluindo a ONU e a OSCE, exigindo o fim dos ataques a profissionais de imprensa na Ucrânia.
"Estamos profundamente preocupados com a segurança dos jornalistas", afirmaram observadores de quatro organizações internacionais numa declaração conjunta divulgada a propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que hoje se assinala.
Na declaração, os representantes das Nações Unidas, da Comissão Africana de Direitos Humanos (CADH), da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), destacam o "alto risco" que correm atualmente os jornalistas que estão a cobrir o conflito na Ucrânia.
"Um ataque para matar, ferir ou sequestrar um jornalista constitui um crime de guerra" e os responsáveis "devem ser levados à Justiça", defendem as organizações...Ler Mais