segunda-feira, 28 de março de 2022
Uma espada, Putin e um bunker: Rússia censura desenhos animados
UCRÂNIA/RÚSSIA: Protestos populares forçam russos a abandonar cidade de Slavutych
Notícias ao Minuto 28/03/22
As forças russas tinham tomado Slavutych e raptado o presidente, mas já terão abandonado a cidade onde vivem os trabalhadores de Chernobyl.
Slavutych, cidade onde vivem os trabalhadores de Chernobyl, esteve momentaneamente ocupada pelas tropas russas, que entretanto decidiram libertar o presidente da Câmara e abandonar a cidade ucraniana.
"Completaram o trabalho que se tinham proposto fazer", disse Yuri Fomichev, o presidente da Câmara da cidade do norte, num vídeo online. "Hoje acabaram de vistoriar a cidade. Não há nenhum russo na cidade neste momento".
A Reuters, que cita o vídeo, refere que esta informação não é verificada.
Fomichev, sentado em frente a duas pequenas bandeiras da União Europeia e da Ucrânia, acrescentou que estava a trabalhar, e que não cooperava com os russos. Na semana passada, o governador regional, Oleksandr Pavlyuk, tinha dito que as forças russas tinham raptado o presidente da câmara.
Durante o fim-de-semana, várias centenas de residentes de Slavutych, no norte da Ucrânia, marcharam até à praça principal em protesto contra a ocupação russa da cidade e a detenção do presidente da Câmara. Os soldados russos dispararam rajadas de metralhadora e atiraram granadas de atordoar, mas a população ali concentrada apenas se intensificou, tal como se pode ver no vídeo.
Caso 1 de fevereiro: SISSOCO AFIRMA QUE PESSOAS QUE ATACARAM PALÁCIO DO GOVERNO NÃO SÃO BONS MILITARES
O DEMOCRATA 28/03/2022
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou que não foi atacado por militares, frisando que em todas as sociedades há pessoas más, acrescentando que os que atacaram o Palácio do Governo, no dia 01 de fevereiro, não são bons militares.
“As pessoas que assaltaram o Palácio do Governo para atacar o Presidente da República não são bons militares. Será que ouviram que alguma unidade militar chegou a revoltar-se para atacar o comandante supremo? Não! Viram alguns chefes militares a juntarem-se aos assaltantes? Não! Portanto, a sociedade não deve julgar os nossos militares”, disse.
Embaló falava este domingo, 27 de março de 2022, durante a cerimónia da entrega de instrumentos musicais à banda musical das forças armadas, “NôPintcha”.
A cerimónia decorreu no pátio do Palácio da República e contou com a presença do ministro da defesa nacional, General Sandji Fati, membros do Gabinete do Presidente da República, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biague Na N’Tan e algumas chefias militares.
O chefe de Estado disse que as forças armadas têm uma enorme responsabilidade, não havendo, por isso, espaço para ódio, porque as forças armadas são republicanas.
“Qual é o problema na Guiné-Bissau ao ponto de pegar em armas para matarmos uns aos outros!? O que justifica isso tudo… Não chegamos ao Palácio, porque matamos alguém, não. Para assumirmos essa função, ganhamos a eleição. Quando ganhamos a eleição, passamos a ocupar o cargo e ser o comandante supremo”, enfatizou.
Lembrou que deixou o uniforme militar para fazer política, acrescentando que criou um partido para fazer a política e conseguiu ganhar a eleição.
“A partir de agora, o militar que não presta no quartel vai para a casa. A transferência acabou. Quem tiver merecimento e a capacidade é que estará ao nosso lado, portanto esta é a diretiva que vai ser cumprida”.
Recordou que, no caso 01 de fevereiro, perderam irmãos que tinham como profissão proteger o Presidente da República.
“Essas pessoas são como meus filhos. Não podem imaginar a dor que estou a sentir! Às pessoas que não querem compreender essa situação, pedimos a Deus que lhes perdoe”, assegurou, apelando aos guineenses para renunciarem à cultura da violência.
Embaló lembrou que acabou a campanha eleitoral e que todos devem unir esforços para construir a Guiné-Bissau, reafirmando que quem ama o seu país nunca fala mal dele.
Sobre a banda musical das forças armadas “Nô Pintcha”, recordou que tinha prometido ao seu comandante que faria tudo para reerguê-la.
“A Guiné-Bissau, a nível da sub-região, tem maior número de mulheres na banda de música das forças armadas, o que demonstra que respeitamos o género nas forças armadas” assegurou, para de seguida avançar que a banda terá a oportunidade de tocar, um dia, num dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) numa das datas de celebração de qualquer desses países.
Por: Assana Sambú
Crise de farinha: GUINÉ-BISSAU CORE RISCO DE FICAR SEM PÃO NO MERCADO
Jornal Odemocrata / 27/03/2022
[REPORTAGEM março 2022] A Associação dos Padeiros Tradicionais da Guiné-Bissau alertou que, se persistir a crise de farinha, o mercado nacional poderá ficar sem pão, devido ao não funcionamento da empresa que fabrica a farinha na Guiné-Bissau e a crise entre a Rússia e Ucrânia, dois gigantes produtores de cereais no mundo, disse Suleimane Baldé secretário da organização. A falta de farinha tem provocado a especulação do preço do pão no mercado e a população que, em grande parte utiliza esse alimento no seu pequeno-almoço, queixa-se do tamanho e do preço a que é vendido o pão.
Em entrevista ao Jornal O Democrata para falar da subida do preço da farinha e da escassez do pão no mercado nacional, Suleimane Baldé, Secretário da Associação dos Padeiros Tradicionais, explicou que atualmente os padeiros estão a enfrentar uma crise em adquirir o produto, devido à subida do preço da farinha.
Segundo Suleimane Baldé, a fábrica não está a produzir farinha, o que torna cada vez mais difícil encontrar o produto no mercado.
O ativista denunciou que os comerciantes que importam esse produto, escondem-no nos armazéns ou vendem-no seletivamente aos chamados “clientes fixos”, para de seguida sublinhar que a crise instalada no leste europeu com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia está a refletir-se na importação e na subida de preço da farinha.
Suleimane Baldé disse não ter dúvidas que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode ter muitas consequências negativas para a África, principalmente a Guiné-Bissau, porque “é um país que depende muito de produtos do exterior”.
Suleimane Baldé avisou que se o Estado guineense não intervir para regular os preços deste produto, poderá trazer muitas consequências para o setor privado e com reflexos imprevisíveis para a sociedade.
Suleimane Baldé exortou o Estado a acionar os mecanismos necessários para negociar a fixação de preços dos produtos nacionais e os importados para precaver eventuais situações que possam complicar ainda mais a vida das populações, caso contrário “haverá fome e protestos”.
Informou que para além da farinha, os preços de outros produtos, nomeadamente açúcar, neste momento oscilam até setecentos francos CFA.
“Temos ainda o registo da subida do preço de outros produtos no mercado nacional. Se o governo não intervir, os comerciantes e consumidores acabarão por sofrer consequências” referiu, para de seguida assegurar que a população precisa de pão diariamente.
O secretário da Associação dos Padeiros Tradicionais apelou ao governo a baixar as taxas ou isentar despachos de produtos da primeira necessidade, para que o povo possa ter poder de compra, contudo, disse que terá que ser mediante um controlo rigoroso dos comerciantes.
Dados estatísticos indicam que um saco de farinha custava 21.500 francos CFA, mas depois de uma reivindicação desencadeada pelos panificadores o preço baixou para 20.000, o que terá levado o pão a ser vendido 150 francos CFA. Dada a escassez do produto, os padeiros tradicionais, que fazem pão apenas com o stock, decidiram acelerar o preço e diminuir o tamanho do pão, por precaução, e aguardar pela evolução da situação na Ucrânia e na Rússia.
Questionado sobre as negociações que estavam em curso entre a associação e o governo, Suleimane Baldé esclareceu que não tiveram os resultados esperados, porque a sua organização contava que os fornecedores e fabricadores fizessem parte dessas negociações.
“Não vamos negociar com o governo sem fornecedores, nem fabricantes. Vamos aguardar pelas futuras consequências”, afirmou.
Quanto à subvenção, assegurou que desde o período da pandemia da Covid-19 o governo nunca subvencionou, nem sequer alocou um centavo a seus associados.
O Democrata soube que a Associação dos Padeiros da Guiné-Bissau conta atualmente com 650 associados na capital Bissau e legitimamente registados. Face a esta situação, o ativista apelou ao executivo no sentido de assumir as suas responsabilidades e diligenciar os mecanismos necessários para pôr fim a esta situação de “subida descontrolada” de preços no mercado.
SECRETÁRIO-GERAL DA ACOBES ALERTA QUE FALTA DE FARINHA TEM CONSEQUÊNCIAS DIRETAS NO CONSUMO
O Secretário-geral da Associação de Defesa de Consumidores da Guiné-Bissau (ACOBES), Bambo Sanhá, alertou, na entrevista exclusiva ao Jornal O democrata, que o aumento e a falta da farinha no mercado nacional terão as suas consequências diretas nos consumidores
Afirmou ter informações de que a empresa importadora, que tem o domínio do produto farinha no mercado, voltou a aumentar o preço da farinha, o que terá consequências diretas no consumo porque, conforme disse, quando os padeiros queixam-se de perdas por venderem o pão a 150 francos CFA quem acabará por sofrer as consequências são os consumidores ou a população em geral.
Bambo Sanhá confirmou ter constatado há muito tempo a rotura de produtos e a especulação de preços dos produtos de primeira necessidade no mercado nacional.
Segundo o secretário-geral da ACOBES, essa situação vem se arrastando há mais de um ano e de forma reincidente, com consequências diretas na vida dos consumidores e das populações.
O ativista frisou que a sua organização, depois de ter detetado anomalias, fez várias diligências, lançando grito de socorro, denúncias, para que entidades competentes tomassem medidas para baixar os preços dos produtos, reduzir as dificuldades e garantir que a população tenha o poder de compra.
De acordo com Bambo Sanhá, a crise da pandemia da Covid-19 teve consequências negativas na economia, no mercado nacional e na vida dos cidadãos, criando rotura de alguns produtos assim como houve um aproveitamento ” exorbitante” de alguns comerciantes que aumentaram “abusivamente” as suas margens, aproveitando-se da escassez de produtos no mercado.
Bamba Sanhá sublinhou que foram feitas sensibilizações, tanto para os comerciantes como para as autoridades, para permitir que a situação fosse corrigida a tempo, mas nada melhorou e “foram surpreendidos com o aumento do preço da farinha”.
“Fomos surpreendidos com as informações do aumento do preço da farinha e, consequentemente, recebemos informações que há uma ameaça iminente de o preço do pão subir de 150 para 250 francos CFA”, explicou.
O ativista revelou que, no meio dessas especulações e informações não confirmadas, desencadearam-se de imediato negociações “intensas” a nível do ministério de comércio, envolvendo a Associação dos Padeiros, os Importadores e a Associação dos Consumidores, razão pela qual o aumento do preço do pão não aconteceu em grande escala, embora tenha sido registado em algumas partes de Bissau e no interior do país.
Perante estes fatos, Bambo Sanhá exigiu a intervenção urgente das autoridades do Estado para ou corrigir a situação ou encontrar soluções aos problemas antes que seja tarde, tendo em conta que a situação do pão é um assunto “muito delicado e sério”, que poderá provocar a criação de um movimento social ou revolta de muita gente e de grande dimensão.
“Apesar de o preço do pão manter-se entre os 150 e 200 francos CFA, graças às negociações feitas no passado com o ministério de comércio, constatou-se a redução do tamanho do pão, o que significa que estamos a falar ainda de aumento. Porque antes, o tamanho era 400 gramas e agora passou para 300 gramas “, frisou.
Bambo Sanhá revelou ao jornal O Democrata que depois de uma audiência na Presidência da República, o empresário que importa este produto havia garantido que continuaria a fornecer o produto ao mercado sem rotura e que manteria o preço razoável num espaço de seis meses, mas não cumpriu.
O Secretário-geral da Associação de Defesa de Consumidores da Guiné-Bissau disse não compreender o porquê de um operador económico sair do Palácio da República e no dia seguinte decide aumentar o preço do produto com a alegação de que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia fez o preço subir mais de cem por cento.
O Secretário-geral da ACOBES insistiu na sua tese e disse que a guerra entre a Ucrânia e a Rússia não se reflete de “forma automática” no mercado nacional, porque “é preciso tempo suficiente para ter reflexos negativos no mercado.
“A farinha não é da origem ucraniana, nem da Rússia. É um produto que sai da Holanda, portanto mesmo que saísse dos dois países da Europa de leste em guerra, não justificaria uma reposição imediata ou automática no aumento de preços”, notou Bambo Sanhá.
De acordo com Bambo Sanhá, para além de não ser um produto da Ucrânia ou da Rússia, a farinha em questão já estava no mercado nacional antes da guerra de um mês e picos.
“Não há motivos para aumento de preços dos produtos da primeira necessidade, uma vez que não houve aumentos de taxas ou impostos”, defendeu.
O Secretário-geral da ACOBES aproveitou a ocasião para reforçar o apelo ao governo liderado por Nuno Nabian no sentido de subvencionar bens de primeira necessidade, como forma de estabilização dos seus preços no mercado nacional, à semelhança de outros países do mundo.
Bambo Sanhá lançou um desafio aos consumidores no sentido de mudarem hábitos de alimentação ao pequeno-almoço e recorrer a outros alimentos, nomeadamente inhame, batata doce, cuscuz, banana entre outros, para não depender só do pão na dieta dos guineenses, mas sobretudo neste momento em que se verifica aumentos e falta da farinha no mercado nacional.
Frisou que há necessidade de o governo incentivar e subvencionar os agricultores para produzirem em quantidade e qualidade a fim de permitir que os produtos nacionais sejam mais baratos e acessíveis.
A nossa reportagem fez uma passeata pelas ruas dos bairros de Bissau e no centro da cidade para constatar nos locais onde se vendem pães trouxe um registo de um mercado de pão deserto.
A presença dos vendedores de pães era quase nula nos espaços de maior concentração desse alimento, sobretudo na chapa de Bissau e Caracol.
Mamadu Baldé, um dos vendedores de pão entrevistado pelo O Democrata, lamentou que o preço da farinha tenha subido bastante. Mamadu Baldé acusou os comerciantes de estarem a comercializar a farinha muito caro, razão pela qual subiram o preço de pão de 150 para 200 francos CFAS para compensar as perdas. De acordo com Mamadu Baldé, compram um saco de farinha a 24 e 25 mil francos CFA.
Perante esta situação, pediu a intervenção do governo a baixar as taxas e impostos para poder permitir que comprem a farinha a um preço razoável para colocar pães em quantidade no mercado e, consequentemente, vendê-los a um preço acessível para os consumidores.
Por: Carolina Djemê
Foto: C.D
Sexta-feira 1 de abril, estão todos convidados para o MEGA COMÍCIO que terá lugar no círculo 24 (cupelum de baixo).
ODETE DA COSTA SEM-MEDO NA MAMA TACO KU BAI IRÃS KU BALOBAS...
Por Alfa Umaro
A Odete do Chico Caruca do Mama Djombo saiu da sombra esquecendo que muito boa gente a poupa por amizade e respeito do Mingô. Não fora por esta causa relembraríamos a dita cuja que os guineenses não se esqueceram do seu "mama taku" na Presidência cujo dossier está ainda com o então Procurador-Geral Abdu Mané.
Por respeito ao nosso irmão de Pilum não vamos falar do seu ptimo bijagó que a abandonou nem do seu caso com Diplo antigo Representante da CEDEAO tão amigos qud eles eram, nem tão pouco da barraca que deu quando foi gravada e a dar tiros no seu pê e do PAIGC quando falou com a esposa do Representante de uma organização regional...também nem vamos falar da sua obsessão pelos djambakús...temos um filme da sua deslocação com a sua tia Teo para Bolama e mais precisamente para Intatchá...e as fortunas que gasta com as "coisas da terra" (murus, djambakus, irãs, balobas, etc) sua maior loucura...e perdição...
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domingo, 27 de março de 2022
ONU já contabilizou 1.119 civis mortos e 1.790 feridos na Ucrânia
© Lusa
Notícias ao Minuto 27/03/22
A invasão russa da Ucrânia já matou pelo menos 1.119 civis e feriu 1.790, segundo o balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) divulgado hoje.
O ACNUDH indica que 139 crianças morreram e que pelo menos 205 ficaram feridas, citando o relatório do Gabinete do Procurador-Geral da Ucrânia com dados até às 08:00 locais (07:00 em Lisboa) de hoje.
A maioria das baixas civis deve-se ao uso de "armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, mísseis e ataques aéreos", adianta o Alto Comissariado.
O ACNUDH acredita que os dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques intensos não permitem recolher e confirmar a informação.
Tal acontece, por exemplo, de Mariupol e Volnovakha (região de Donetsk), Izium (região de Kharkiv), Popasna e Rubizhne (região de Lugansk) e Trostianets (região de Sumy).
A invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores.
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Mais de 3,8 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país em 24 de fevereiro, mas o fluxo de refugiados diminuiu acentuadamente desde terça-feira, avançou a Nações Unidas (ONU) numa contagem hoje divulgada.
No total, mais de 10 milhões de pessoas, mais de um quarto da população da Ucrânia, tiveram que deixar as suas casas, quer seja passando a fronteira para encontrar refúgio em países vizinhos, quer deslocados no próprio país. A ONU estima que existam quase 6,5 milhões de deslocados internos.
Segundo a informação de hoje do 'site' do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)foram contabilizados 3.821.049 refugiados ucranianos, mais 48.450 pessoas do que no sábado...Ler Mais
Os avanços dos militares ucranianos permitiram um certo alívio no cerco a Kiev.
Mas mesmo assim, os habitantes e os soldados não hesitaram em erguer barricadas, recorrendo a tudo o que possa ajudar a travar uma eventual ofensiva russa.
O Governo ucraniano indicou hoje que "nenhum país do mundo" reconhecerá o resultado de um eventual referendo anunciado pelos dirigentes da autoproclamada República separatista de Lugansk, no leste da Ucrânia, que segundo Kiev seria "ilegal".
"Nenhum país do mundo reconhecerá a alteração pela força das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia", afirmou na sua conta da rede social Facebook um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucranianos.
Kiev argumenta que esta consulta à população seria "ilegal" e que, caso seja concretizada, a Rússia enfrentaria uma "resposta internacional" mais contundente que as atuais sanções, aprofundando o seu "isolamento"...Ler Mais
O Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló ofereceu diversos instrumentos musicais à Banda de Música das Forças Armadas "No Pintcha" a cerimónia de entrega decorreu, hoje a tarde, no Palácio da República.
Tropas russas lançam mísseis contra depósito de combustível em Lviv
As tropas russas voltaram a atacar a cidade de Lviv. Ao final da tarde deste sábado, a cidade ucraniana foi surpreendida com várias explosões na sequência do lançamento de mísseis, destruindo um depósito de combustível. Cinco pessoas ficaram feridas.
sábado, 26 de março de 2022
OBRAS EM CURSO - “AV. JOSÉ CARLOS SCHWARTZ” (RUA SITEC) ...26 DE MARÇO DE 2022
2@ Vice presidente do partido PAIGC… Maria Odete Costa Semedo
Terceira Guerra Mundial já começou "há muito", diz reitor de Mariupol
© Lusa
Por LUSA 26/03/22
O reitor da Universidade Estatal de Mariupol, Mykola Trofymenko, afirmou que a terceira guerra mundial promovida pela Rússia já começou "há muito", primeiro através da desinformação e propaganda e agora com uma ação militar na Ucrânia.
Primeiro, foi a "guerra global" em "termos de desinformação, propaganda e informação" e agora "a parte militar desta guerra já começou na Ucrânia e não sabemos o que vai ser a seguir porque Putin [Presidente russo] também já começou a dizer-nos que vai usar armas químicas ou nucleares", afirmou, em entrevista à Lusa, Mykola Trofymenko, que saiu de Mariupol há poucos dias, quando já era impossível sobreviver, como civil, na cidade fortemente bombardeada pelas tropas russas.
Putin, que ordenou a invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro com o argumento de que iria afastar um regime nazi, é "um homem que tomou como refém todo o seu país e está a lavar a mente das pessoas através da televisão e propaganda. O seu próprio povo não compreende o que está a acontecer".
Nas últimas semanas, o mundo está a falar de um risco de uma terceira guerra mundial, mas Mykola Trofymenko avisa que esse conflito já começou há muito através de ações de descredibilização da democracia com recurso à desinformação em larga escala e que a Ucrânia é apenas uma etapa.
O Presidente russo "deve ser detido", afirmou o reitor da universidade, mostrando-se incrédulo com o que se está a passar: "tenho um doutoramento em ciência política e quero queimar o meu diploma".
"Veja o que fizeram à minha terra, é impossível acreditar que tudo isto seja possível no centro da Europa, na Ucrânia, no século XXI", afirmou o reitor, que estende a responsabilidade também à hierarquia militar russa.
A culpa não é apenas de Putin, os seus "soldados estão a carregar nos botões, estão a atirar as bombas para as zonas civis. Não sei como é que eles conseguem dormir depois disso", acusou.
Sobre a ação dos países ocidentais, Mykola Trofymenko agradece o apoio militar e as palavras de incentivo, mas diz que isso não chega. "Claro que os países estrangeiros estão a ajudar-nos com as suas armas e com o seu dinheiro, mas deveriam tomar algumas decisões responsáveis e fechar o céu sobre a Ucrânia" porque está a haver "um genocídio na Europa e a União Europeia também está em perigo".
Nos últimos dias, os russos têm publicado vídeos nas zonas alegadamente libertadas de Mariupol, com distribuição de comida e entrevistas a habitantes locais, que Mykola Trofymenko considera serem atores pagos.
"Esta propaganda ajuda-os a manter o poder no seu próprio país. Se os russos souberem a verdade sobre o que estão a fazer na Ucrânia, o que estão a fazer ao povo que era anteriormente irmão, não acredito que concordem em apoiar este Presidente que é agora um criminoso militar", argumentou.
Com formação nos Estados Unidos em desinformação e propaganda, Mykola Trofymenko disse à Lusa que começou a verificar as pessoas filmadas em Mariupol pelo exército russo e explicou que é visível que os habitantes da cidade não falam, mas apenas pessoas estrangeiras que dizem ter amigos na Rússia e se dizem perseguidos por Kiev.
"Estão a tentar mostrar que Mariupol faz parte do mundo russo", mas "nós não somos parte do mundo russo, e nunca lhes perdoaremos o que fizeram à nossa cidade e às nossas instituições, às nossas famílias e às nossas casas", afirmou o reitor, dando outro exemplo recente de propaganda russa.
Na sexta-feira de manhã, Ramzan Kadyrov, líder de um grupo de militares chechenos pró-russos, publicou nas redes sociais que havia tomado a Câmara de Mariupol. Mas, segundo Trofymenko, o local é apenas umas das delegações camarárias.
Os milicianos chechenos "devem verificar a desinformação e a informação de propaganda com muito mais frequência", ironizou, embora admita que a queda de Mariupol seja uma questão de tempo.
"É claro que a Ucrânia é muito forte e não vamos desistir tão facilmente", mas "não sabemos o que Putin vai fazer a seguir depois da Ucrânia".
Autoridades europeias acusam Rússia de "roubar" aviões no estrangeiro
© Reuters
Por LUSA 25/03/22
Altos funcionários europeus acusaram hoje a Rússia de "roubar" centenas de aviões alugados no estrangeiro, ao permitir que essas aeronaves fossem registadas no seu território, o que representa milhares de milhões de euros de prejuízos aos locadores.
A informação é avançada hoje pela agência de notícias France Presse (AFP), que afirma que as companhias aéreas russas têm até segunda-feira para devolver os aviões, ao abrigo das sanções aeronáuticas da UE adotadas após as forças russas terem invadido a Ucrânia.
Em causa está uma lei promulgada pelo presidente Vladimir Putin de 14 de março que veio autorizar as companhias aéreas do país a registar na Rússia os aviões que alugam no estrangeiro para que possam voar com eles no país.
A medida permite às companhias continuar a utilizar as aeronaves para voos domésticos, mas essas seriam apreendidas se voassem para o estrangeiro, explica a AFP.
"A maioria dos aviões em que eles (os russos) poderiam voar para o estrangeiro são aviões alugados, de origem europeia ou americana, que foram agora roubados aos seus legítimos proprietários, os locadores", disse o diretor-geral dos transportes da Comissão Europeia, Henrik Hololei, citado pela AFP.
Ao registar novamente as aeronaves na Rússia, as autoridades do país "violaram gravemente as leis do transporte aéreo internacional, e a lei básica da aviação civil, a Convenção de Chicago", acusou Hololei, durante uma conferência online do organismo europeu de controlo do tráfego aéreo (Eurocontrol).
"Uma enorme quantidade de bens foi de facto roubada pelos russos", acrescentou o director-geral da Eurocontrol, Eamonn Brennan, explicando que "existem cerca de 10 mil milhões (de euros) em bens, mais de 500 aviões apreendidos pelos russos e registados na Rússia, o que cria uma situação muito difícil para os locadores e seguradoras europeias".
A 12 de março, a Autoridade da Aviação Civil das Bermudas, onde várias centenas de aviões russos estavam registados, anunciou que retirava a sua certificação a partir do dia seguinte, abrindo o caminho para a proibição de voos.
Segundo o Ministério dos Transportes russo, em 11 de março, as companhias aéreas russas operavam 1.367 aeronaves, mais de metade das quais (739) estavam registadas no estrangeiro.
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O ex-secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou hoje à comunidade internacional para que se una e impeça a invasão russa da Ucrânia, denunciando "crimes de guerra" por parte de Moscovo.
"[Este conflito] É algo que nos afetou e não podemos aceitar esta agressão", realçou o diplomata sul-coreano, que liderou a ONU entre 2007 e 2016, sendo sucedido pelo português António Guterres...Ler Mais
O chefe da inteligência militar da Ucrânia, Kyrylo Budanov, prometeu hoje aos russos um "verdadeiro inferno" na Ucrânia, onde o Exército do Kremlin, que considerou "medieval", vai enfrentar um constante confronto de guerrilheiros ucranianos.
"Ocomando russo cometeu muitos erros e estamos a usar esses erros", disse o general ucraniano Kyrylo Budanov, numa entrevista ao semanário norte-americano The Nation.
"O Exército ucraniano mostrou que o Exército russo, o segundo Exército do mundo, era apenas um mito. É apenas uma concentração de poder medieval, métodos antigos de combate", acrescentou o jovem general de 36 anos.
Kyrylo Budanov juntou-se ao Exército após a queda da União Soviética e foi treinado pelos métodos da NATO.
O general foi nomeado para liderar a diretoria principal de inteligência do Ministério da Defesa ucraniano pelo chefe de Estado do país, Volodymyr Zelensky.
"Temos muitos informadores dentro do Exército russo, não só nas suas fileiras, mas também no seu círculo político e no seu comando", afirmou na entrevista.
Uma das suas prioridades nos últimos meses foi organizar uma força de guerrilheiros que vai permanecer atrás das linhas russas no caso de uma longa ocupação para realizar operações de combate.
Budanov não deu detalhes da força, mas observou que era "um grande número de pessoas" e mencionou a presença de combatentes.
"Os nossos combatentes, os nossos soldados e até os nossos caçadores vão começar a perseguir o agressor, as tropas russas, com as armas nas florestas. A primavera vai chegar em breve, as nossas florestas vão ficar verde novamente e um verdadeiro inferno vai se abrir diante do agressor", disse.
O general observou que, embora a resistência ucraniana tenha enfrentado o Exército russo por um mês, a situação continua "muito difícil".
"Temos grandes forças russas no nosso território que cercaram as cidades da Ucrânia. Quanto às perspetivas da paz, apesar das negociações, permanecem vagas e imprevisíveis", salientou.
Kyrylo Budanov também desprezou os combatentes chechenos que se juntaram às tropas da Rússia na frente ucraniana, observando que era fácil rastreá-los ao ouvir as suas conversas nos telemóveis.
"Temos muitos informadores nas fileiras chechenas. Assim que prepararem uma operação, nós sabemos graças aos nossos informadores", acrescentou.
sexta-feira, 25 de março de 2022
Demonstração impressionante do grande músculo militar do Juche Coreia – lançamento bem-sucedido de teste do novo MBIC Hwasongpho-17 em R. P. D. da Coreia
O teste de lançamento do novo míssil balístico intercontinental Hwasongpho-17 das forças estratégicas da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) foi realizado em 24 de março de 2022 sob a liderança efetiva de Kim Jong Un, Secretário-geral do Partido de Trabalho da Coreia, Presidente dos Assuntos de Estado da RPDC e Comandante Supremo das Forças Armadas da RPDC.
Em 23 de março, ele deu uma ordem por escrito para realizar o lançamento do teste e, em 24 de março, foi ao local de lançamento para liderar pessoalmente todo o processo de teste.
Com sua profunda visão da situação internacional em constante mudança, a causa raiz da escalada diária das tensões militares na área da Península Coreana e a exigência de longa data que decorre da inevitabilidade de um confronto de longo prazo com os imperialistas dos EUA, acompanhado pelo perigo de guerra nuclear, ele apresentou a política de fortalecer continuamente a força de dissuasão de guerra nuclear ao 8º Congresso do Partido de Trabalho da Coreia. Acima de tudo, ele deu prioridade ao desenvolvimento do novo tipo de MBIC para completar o Hwasongpho-17 como o principal meio de ataque das forças estratégicas da RPDC como um dissuasor de guerra nuclear confiável.
Ele perguntou em detalhes no local sobre os preparativos para o lançamento de teste do novo MBIC na tarde de 24 de março e deu a ordem de lançamento do Hwasongpho-17.
O lançamento de teste foi realizado usando o sistema de lançamento de ângulo mais alto por uma questão de segurança para os países vizinhos.
O míssil, lançado no Aeroporto Internacional de Pyongyang, subiu à altitude máxima de 6.248,5 km e percorreu a distância de 1.090 km por 4.052 s (1h 7m 32s) antes de atingir com precisão a área alvo em águas internacionais ao redor do Mar do Leste da Coréia.
O teste de lançamento provou claramente que todos os parâmetros do sistema de armas atendem exatamente aos requisitos de projeto e que sua operação rápida na condição de possível guerra pode ser assegurada cientifica e praticamente.
Kim Jong Un disse que quem se atreve a tentar minar a segurança de nosso país deve estar ciente de que terá que pagar um preço terrível por sua tentativa, dizendo que as forças estratégicas da RPDC estão totalmente preparadas para controlar e suprimir qualquer tentativa militar perigosa dos imperialistas americanos.
Ele tirou uma foto com militares e funcionários da ciência de defesa que ajudaram a manifestar plenamente o status estratégico da RPDC para o mundo.👇
Agência Central de Notícias da Coreia