Fonte: Capitalnews.gw outubro 28, 2020
Ministro da Economia do Senegal admite Acordo entre os Presidentes da Guiné-Bisasau e do Senegal para investigação petrolífera.
O ministro da Economia do Senegal admitiu, no final da sua visita de trabalho a Bissau (21.10), a exsistência de um Acordo de exploração petrolífera assinado entre os Chefes de Estado dos dois países. Em declarações à imprensa depois de um encontro com o presidente guineense, Amadou Hott, que citava às áreas de cooperação entre os dois países, revelou que, recentemente, os Ministérios assinaram dezenas de Acordos, mas os Chefes de Estado, neste caso Macky Sall e Umaro Sissoco Embaló também assinaram.
A corresponder a verdade às declarações do ministro, significa que, o Acordo polémico acontece no momento em que o dossier de exploração petrolífera entre os dois países se encontra a aguardar os pareceres de algumas instituições do país, principalmente da Assembleia Nacional Popular (ANP), que deverá aprovar ou recusar a proposta entregue pelo Governo.
Nas suas declarações depois da visita de cortesia ao Presidente da Repíública da Guiné-Bissau, o governante senegalês disse que estava a frente de uma delegação sob a instrução dos dois chefes de Estado para fazer troca de impressões com o ministro guineense da economia, Víctor Mandinga, sobre diferentes dossiers de cooperação, tendo em vista as relações de cooperação e de fraternmuidade que unem os dois povos, no ambito da coperação e “boa vizinhança”.
Sobre a reforma da administração pública, disse ser importante para os dois países em geral que tenham uma boa administração que, os efectivos respeitem algumas normas de convergência, pelo que é bom que cada um saiba como reformar e como podem apoiar o pessoal da administração para melhorar o nível e como assegurarar que as receitas do Estado sejam investidas em áreas rentáveis.
Sobre todas essas reformas, Amadou Hott garantiu que as mesmas serão apoiadas pelo Banco mundial, o Banco Africano para o desenvolvuimento (BAD) e demais instituuições.
O segundo ponto, conforme disse o ministro da Economia do Senegal, foi na área de infraestruturas, onde as partes analisaram o projecto da autoestrada subregional onde os dois países analisaram os trabalhos que deverão ser realizados e financiados pelo BAD, através do Bureau Regional e demais parceiros. Neste caso, a estrada eleita é Farim/Tanaf, passando por Sedhiou do lado senegalês e fazer a extensão do interior até Bissau, da parte guineese, cujo acordo já foi assinado.
“Também discutimos aquilo que é empreendedorismo e como apoiar os jovens, as mulheres e para a autoniomização de todas essas parcerias. E neste caso já foi criado no Senegal o DER (Delegação de Empreendedorismo Rápido) para a autonomização das nmulheres e jovens que recebem dinheiro do Estado e dos outros parceiros. Mas todas as ações que vamos começar do zero, no âmbito do empreendedorismo”, disse, tendo acrescentado que estão a trabalhar para que a Guiné-Bissau tenha o mesmo tipo de agência..
Hott revelou terem trabalhado sobre um projeto agrícola onde construíram quatro agropolos para trabalhar na transformação dos produtos agrícolas locais e facturar os valores para os diferentes sectores agrícolas, o que pensam fazer na Guiné-Bissau através da região de Casamansa (sul do Senegal). Disse ter discutido sobre parceria/público privado. Ele Entende que os dois Estados não podem avançar sem o setor privado. Revelou terem encorajado o sectopr privado senegalês para investirem onde são fortes.
“Terei todo o prazer de receber o ministro Víctor Mandinga e outros colegas no Senegal, para discutirmos as vantagens sobre os sectores atrás mencionados e reforçarmos o que já existe.
Temos boas relações no sector das pescas, no comércio transfronteiriço onde há muito intercâmbio entre as populações. No setor da energia, sobretudo na investigação petrolífera, temos uma zona comum que devemos gerir para fazer a investigação de gás e petróleo. Assinamos acordos, não muito longe. Foi uma dezena de dias. Os Chefes de Estado também assinaram acordo neste sentido. Portanto, tudo isso mostra que temos uma cooperação profunda e dinâmica, mas podemos torná-la ainda mais dinâmico, aproveitando às boas relações entre os nossos dois Chefes de Estados, mas também às relações entre a população e que são de antes da colonização. A colonizaçãio separou os nossos dois Estados, mas a população é a mesma e nada nos impede de trabalhar de mãos dadas para ter uma cooperação económica, social, cultural e política mais reforçada”, assegurou Amadou Hott.
A maior novidade dessas declarações se preende ao facto de se assinar o Acordo, quando as autoridades anteriores terem recusado o mesmo nas moldes em que se encontrava. Um dos maiores opositores do referido Acordo, foi o então presidente da república, José Mário Vaz, que de forma determinante impediu as autorisdades de Bissau a particioparem nas negociações e consequentemente assinar o Acordo, porque “não havia igualdade na salvaguarda dos interesses dos dois países”.
Por Última Hora