A prometida retaliação do Irão contra os Estados Unidos começou. A Guarda Revolucionária disparou dez mísseis que atingiram a base de Ain al-Assad, situada perto da cidade de al-Baghdadi, no Iraque. Esta base, para além de soldados iraquianos, alberga ainda forças norte-americanas. Não há para já indicação de que este ataque tenha feito vítimas.
Qatri al-Obeidi, um dos comandantes sunitas das Forças Paramilitares destacadas naquela zona, confirmou à CNN o ataque com mísseis terra-terra. Havia ainda relatos de explosões na cidade de Arbil, no norte do Iraque.
A televisão estatal iraniana está a descrever este ataque como a operação de vingança pela morte do general Qasem Soleimani na passada sexta-feira. A operação tem o nome de 'Mártir Soleimani'.
O presidente norte-americano Donald Trump já foi informado do ataque à base de Ain al-Assad, confirmou a porta-voz da Casa Branca Stephanie Grisham.
Pouco depois, o Pentágono confirmou que "mais de uma dezena de mísseis" iranianos foram disparados contra duas bases em Ain al-Assad e Arbil, no Iraque, utilizadas pelo exército norte-americano. De acordo com o comunicado emitido pela Defesa norte-americana, citado pela agência France-Presse, "mais de uma dúzia de mísseis" atingiram duas bases iraquianas utilizadas pelo exército dos Estados Unidos da América.
O Departamento de Defesa garantiu ainda que está a ser feita uma "avaliação preliminar dos danos" causados pelo ataque e a planear "a resposta".
As tropas norte-americanas foram destacadas pela primeira vez para a base área de Ain al-Assad em 2003 durante a invasão do Iraque.
O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, capital do Iraque, ordenado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na sequência do ataque, os Guardas da Revolução iraniana avisaram os Estados Unidos da América e aliados regionais contra qualquer retaliação, através de uma declaração divulgada pela agência oficial iraniana IRNA.
[Notícia atualizada às 00h59]