sexta-feira, 22 de setembro de 2017

PRS REÚNE A COMISSÃO POLÍTICA PARA ANALISAR A SUSPENSÃO DE MANDATOS DE TRINTA DIRIGENTES

O Partido da Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau reuniu ontem, 21 de setembro 2017, a Comissão Política para validar a lista de delegados ao seu quinto Congresso ordinário,  e também para analisar a suspensão de mandato de mais de trinta membros que outrora pertenciam a família renovadora. O partido de milho e arroz, agendou a sua reunião magna para os dias 26 e 29 do mês em curso, no setor de Prábis, região de Biombo.

Em declaração aos jornalistas, o presidente da Comissão Organizadora do V Congresso do PRS, Orlando Mendes Viegas, informou que a reunião visa deliberar sobre alguns assuntos antes do congresso ordinário e discutir a situação dos militantes do partido que agora se afiliaram numa outra formação partidária.

Viegas assegurou ainda que a data de 26 a 29 do mês em curso marcada para a realização do quinto congresso é “irreversível”, sendo que a comissão organizadora já dispõe de meios e requisitos necessários para a sua concretização.

“A comissão política do Partido da Renovação Social é o órgão responsável para discutir e tomar decisões sobre a lista e a suspensão do mandato de mais de trinta membros que outrora pertenciam a família dos renovadores para melhor apurar a verdadeira lista que irá para o congresso. O que nos preocupava era as eleições dos delegados mas felizmente correu bem”, enalteceu Mendes Viegas.

Questionado sobre as alegações de alguns candidatos em participar no congresso com dez (10) delegados, Orlando Mendes Viegas pediu os candidatos para invocar artigo de estatuto ou regulamento que fala sobre esta questão. Assegurou que a Comissão que dirige está obedecer todas as leis do partido.

Por: Epifânia Mendonça
OdemocrataGB

Dizem que o fim do mundo é amanhã. Será?

Mais uma vez, os fãs de numerologia e astrologia prevêem o fim do mundo.


Não é novidade e até ver ainda não se confirmou, mas são várias as teorias de fãs de numerologia e astrologia de que o fim do mundo está para breve.

A mais recente data apontada para o Apocalipse é (já) amanhã, dia 23 de setembro. Isto porque, explica o jornal espanhol ABC, estes seguidores de astrologia e numerologia garantem que a Bíblia tem pistas ocultas para o grande evento que colocará um fim à Humanidade este sábado.


Segundo acreditam estas pessoas, o fim chegará pelo planeta Nibiru, também conhecido por Planeta X, que chocará com a Terra e dará origem a eventos catastróficos.

Para a comunidade científica este planeta não existe, mas para os fãs deste tipo de teorias trata-se de um corpo celestial da mitologia babilónica.

A teoria de que o mundo acaba amanhã ganha ainda mais força devido ao eclipse solar do passado dia 21 de agosto que é visto como um presságio do que acontecerá.

NAOM

Dívidas à ONU impedem Guiné-Bissau e São Tomé de participar nas votações

Quatro países africanos têm o seu direito a voto suspenso na Assembleia Geral das Nações Unidas por falta de pagamento das quotas de membro. Dois lusófonos, a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, estão na lista.

FOTO:ONU/RICK BAJORNAS

Um jornalista da Voz da América, Harun Maruf, reportou esta informação, que afecta o seu próprio país de origem, a Somália. Os outros países são a Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e as Ilhas Comores.

No caso específico da Somália, o montante em questão ronda os dois milhões de dólares americanos. A Somália e a Guiné-Bissau estão representadas na presente sessão da Assembleia Geral da ONU pelos seus respectivos primeiros-ministros, Hassan Khaire e Umaro Sissoco Embalo.

Durante a última sessão, a Assembleia Geral tinha votado uma excepção para os quatro países cujo voto está agora suspenso. Na altura, aquele órgão também tinha votado a suspensão de voto da Líbia e Venezuela na sessão de 2016-2017 pelo mesmo motivo.


A quotização na ONU é obrigatória para todos os 193 estados membros e é calculada segundo factores que incluem a sua renda.

África 21 Digital com AIM

Discurso Primeiro ministro da Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló na 72ª Assembleia Geral da ONU - Quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, discursa na 72ª Assembleia Geral da ONU. Imagem: reprodução vídeo.

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, falou na 72ª Assembleia Geral da ONU nesta quinta-feira.

Ouça o discurso na íntegra.

Duração:15’17″

Unmultimedia.org/radio/portuguese

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Dissidente diz que Kim Jong-Un matou 11 músicos com recurso a armas antiaéreas


Rapariga confessou que foi forçada a assistir à execução de um grupo de músicos após estes serem acusados de fazer um vídeo pornográfico

Hee Yeon Lim, uma dissidente do regime de Pyongyang, falou sobre os momentos que testemunhou enquanto vivia na Coreia do Norte. A rapariga, filha de um coronel do exército que fazia parte do regime e aceitava subornos para melhorar a sua qualidade de vida, levou uma vida confortável em Pyongyang mas a sua proximidade com o regime não a protegeu de ser exposta a horrores.

Quando o seu pai morreu, Hee Yeon e a família decidiram abandonar o país, acabando por ficar a viver escondida na Coreia do Sul.

Em declarações ao Mirror, Hee Yeon (nome falso utilizado para preservar a entidade da rapariga) confessou que foi forçada a assistir à execução, com recurso a armas antiaéreas, de um grupo de 11 músicos, num estádio de futebol, após estes serem acusados de fazer um vídeo pornográfico.

"Os músicos foram trazidos amarrados, encapuzados e aparentemente amordaçados, para que não pudessem fazer barulho, não pudessem implorar por piedade ou gritar. Foram atingidos por armas antiaéreas. Cerca de 10 mil pessoas foram obrigadas a assistir e eu estava a 200 metros das vítimas", disse Hee Yeon Lim.


"Uma arma foi disparada, o barulho foi endurecedor, absolutamente aterrorizante, e as armas foram disparadas uma após a outra. Os músicos simplesmente desapareciam cada vez que as armas eram disparadas contra eles", adiantou a rapariga, que afirma ainda que os corpos foram depois calcados por tanques militares.

Hee Yeon conta também que viu várias colegas de escola serem escolhidas para trabalhares nas casas de Kim Jong-Un como escravas sexuais.

"Eles levaram as mais bonitas, garantindo que têm boas pernas. Elas aprendem a servir-lhe comida como caviar e iguarias raras. Elas são também ensinadas a massajá-lo, tornando-se escravas sexuais", disse.

"Sim, elas têm de dormir com ele e não podem cometer um erro porque podem facilmente desaparecer", adiantou.

Questionada sobre o que poderia acontecer se alguma das raparigas engravidasse, Hee Yeon respondeu: "Talvez o mesmo".

Hee Yeon diz ainda que cresceu com a ideia de que Kim Jong-Un era um deus, mas que, quando o conheceu sentiu-se aterrorizada: "Toda a gente em Pyongyang apoia abertamente Kim Jong-Un porque seriam mortos se não o fizessem. Mesmo o seu círculo interno, pode ser-se morto pela menor coisa ou deslealdade. Kim Jong-Un ameaça a guerra porque se sente encurralado. Ele tem medo que o seu regime acabe e ele não terá para onde ir. Eu tive de escapar", disse a rapariga.

Dn.pt

Sociedade - Guineenses consideram de “insucesso” os 44 anos da independência

Bissau, 21 Set 17 (ANG) – Alguns guineenses consideraram hoje de “insucesso” os “44 anos” da independência, devido atrasos de desenvolvimento e sucessivas instabilidades política.

Numa auscultação feita hoje pela ANG, o Jornalista Juliano da Silva destacou que qualquer povo do mundo precisa e merece ser independente, não obstante muitos considerarem que não valia a pena Amílcar Lopes Cabral e outros combatentes de liberdade da pátria, darem os seus máximos para libertar “esta pátria”.

“O eros cometido há muito tempo é que está hoje a pagar. Amílcar Cabral mobilizou ontem pessoas sem níveis para aderirem a luta armada a fim de nos libertar. São essas pessoas que depois da luta armada assumiram o destino deste país. Uma pessoa sem nível académico será que pode governar uma sociedade, a não ser afundá-la como estão a afundar a nossa Guine?”, Pergunta Juliano da Silva.

Por seu turno, a funcionária Publica, Mariana Gomes considerou ”uma vergonha” ostentar hoje a pátria de Amílcar Cabral e independente. E sustenta: “um país sem ensino de qualidade, o problema de saúde não é a prioridade dos governantes, um país em que até então os seus responsáveis não têm a capacidade de regularizar a inflação dos produtos da primeira necessidade no mercado. Não é justo considerar a Guiné-Bissau independente”, disse.

Para o professor Universitário, Roberto Jacinto de Carvalho, 24 de Setembro é uma data muito triste para os guineenses e em particular para aqueles que ontem derramaram sangue para libertar a pátria.

“Convido à todos os políticos guineenses para reflectirem bastante sobre estes 44 anos que o pais esta prestes a realizar, o que fizeram até hoje, o que não está feito, e o que deve ser feito para tirar o pais neste total abismo em que se encontra”, disse.

Na opinião da comerciante Odete da Costa, seria melhor o PAIGC submeter-se aos colonialistas portugueses, talvez a povo guineense não estaria a sofrer desta maneira até a data presente.  

Odete acrescentou que a República vizinha de Senegal submeteu-se aos franceses e chegaram hoje onde pretendiam chegar, enquanto que os guineenses decidiram libertar-se pela via de uma luta armada, e hoje está a reflectir no atraso da sua progressão.

“A terra está como está, as dificuldades nos bate a porta cada dia que acordamos, os políticos em vez de servirem os interesses do povo, fizeram o contrário e priorizaram os seus interesses”, sustentou a comerciante.   
  
Contrariamente as opiniões anteriores, o  estudante Carlitos da Almeida considera  que valeu a pena os guineenses s tornarem independentes.

 Almeida sustenta que as constantes instabilidades política do país se devem a falta de  diálogo franco entre os guineenses.

Disse estar confiante de  que um dia a Guiné-Bissau vai voltar à normalidade. 

ANG/LLA/SG  

Agricultura - Presidente da República deseja que mandioca, batata e outros produtos sejam vendidos à bom preço

Bissau, 21 Set 17 (ANG) – O Presidente da República José Mário Vaz, apelou quarta-feira aos régulos do país para sensibilizarem as suas comunidades a conservarem os seus produtos agrícolas, a fim de poderem vendê-los num preço justo.

O apelo foi feito por Mário Vaz num encontro com régulos promovido com o objectivo de delinear mecanismos que garantem a criação de condições que permitem aos camponeses rentabilizarem os suas colheitas.

Segundo Nicolau dos Santos, ministro da Agricultura, Florestas e Pecuária, os produtores  são penalizados internamente assim como externamente no momento de venda.

 “Como assistimos na campanha da comercialização de castanha de caju deste ano, os agricultores venderam as suas castanhas num bom preço, de igual modo  pretendemos que os  produtores de mandioca, feijão, milho e outros cereais da região de Batatà vendessem esses produtos a bom preço”, disse.

 Referiu que em diferentes feiras populares (lumos) promovidas pelos comerciantes, em diferentes regiões do país, os produtos agrícolas são vendidos a preços muito baixo, razão pela qual é comprado e revendido nos mercados da sub-região por um bom preço”, revelou dos Santos.  

O governante acrescentou por outro lado que analisaram com o Presidente da República, a forma de instruir os agricultores a transitarem de agricultura de subsistência para a moderna com a aplicação de novas tecnologias. 

Acrescentou  que, com a inovação, os agricultores irão aumentar a produção no campo, razão pela qual José Mário Vaz está preocupado em saber como construir os celeiros que irão conservar os referidos produtos.

Por seu turno, o porta-voz de poder tradicional, Augusto Fernandes disse que ainda não têm  preços para os seus produtos, uma vez que as colheitas ainda não terminaram. 

ANG/LLA/ÂC

Função Pública - Governo pede compreensão aos funcionários afectados por transtornos no pagamento de salário de Setembro

Bissau 21 Set 17 (ANG) – O Secretário de Estado das Reformas na Função Publica pediu hoje desculpas e compreensão aos funcionários públicos que não receberam os seus salários  de Setembro, tendo justificado que tudo estaria ligado a reformas em curso no aparelho do Estado.

Marcelino Cabral que falava em conferência de imprensa disse que o primeiro passo para a reforma é a mudança de mentalidade do homem guineense.

“E, em segundo lugar fazer correcção das tendências negativas que estão a ser verificadas actualmente na administração pública”, explicou tendo acrescentado que o modelo em curso foi já aplicado com sucesso com os pensionistas.

O governante frisou que um estado não pode ter dois bancos de dados deferentes ou seja dados da função pública registam a existência de 24 mil funcionários e os do Ministério das Finanças, que paga, indicam 31 mil.

Cabral explicou que, por isso, foi criado uma comissão conjunta entre os dois ministérios que no final obteve como resultado a confirmação de  21 mil funcionários, quer dizer que  10 mil funcionários ficaram de fora.

“E nos 21 mil funcionários 3 mil se encontram em situação irregular ou seja são os que colocamos na lista amarela - os que não entregaram os documentos completos: pode estar a faltar número de NIF ou cópias de bilhetes, e temos uma outra lista  vermelha, que são os que estão na função pública indevidamente, não foram recenseados mais recebem no cofre de Estado”, explicou.

Marcelino Cabral disse que um Governo que não conhece o número de seus funcionários não pode falar em gestão, por isso as pessoas da lista amarela devem regularizar as suas situações, salientando que ninguém vai perder o emprego e quem o fizer até sexta-feira vai receber o seu salário no próximo dia 29 de Setembro.

O Secretário de Estado da Reforma na Função Publica disse que, para se concretizar o tão esperado reajuste salarial, o governo deve  saber quantos funcionários é que vai poder suportar.

Cabral revelou que a medida atingiu ao próprio ministro da tutela e à ele, e, consequentemente, viram os seus salários deste mês bloqueados.

“Quando este trabalho terminar a folha dos salários dos ministérios serão processados pela função pública que a vai passar para o ministério da finanças para feitos de pagamento,disse frisando que já há uma base para avançar com a reforma.  

ANG/MSC/SG

Regularização de base de dados afetou pagamento de funcionários públicos guineenses - Governo

O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, João Fadiá, disse hoje que a regularização da base de dados dos funcionários públicos guineense afetou o pagamento dos salários de setembro, mas que a situação ficará resolvida até à próxima semana.


"Estamos num processo de compatibilização da base de dados entre o Ministério da Função Pública e o Ministério das Finanças e o não pagamento é temporário e é para permitir a regularização daquela base de dados", disse o ministro das Finanças.

Segundo João Fadiá, o processo de regularização afetou o pagamento dos salários de setembro de mais de 3.000 funcionários públicos e a situação vai "estar regularizada" durante a próxima semana.

"O não pagamento é temporário e é para permitir a regularização da base de dados da Função Pública. A questão única é que a base de dados não estava atualizada e a está a decorrer a harmonização daquela base de dados entre os dois ministérios", afirmou.

João Fadiá salientou também que os funcionários públicos que não receberam o pagamento de setembro não estão irregulares e que os diretores-gerais dos ministérios afetados já estão a fazer listas das pessoas afetadas para a situação ser resolvida o mais rapidamente possível.

A Guiné-Bissau tem cerca de 32.000 funcionários públicos e, por norma, os salários são pagos a partir do dia 19 de cada mês.

MSE // VM
Lusa/Fim

«BISSAU ,18-20 OUTUBRO 2017» 3ª. CONFERENCIA DA ONGs RENOVAR O COMPROMISSO COM A GUINÉ-BISSAU





Conosaba.blogspot

Esta manha em Bissau no Dia Internacional da Paz marchamos pela paz na Guiné- Bissau e no mundo.



ONU na Guiné-Bissau

Coreia do Norte responde a Trump: "Parece um cão a ladrar"

À margem da 72.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, reage às farpas de Donald Trump.


O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, reagiu à ameaça de Donald Trump de destruir o seu regime: “Parece um cão a ladrar”, ironizou.

Para responder a Donald Trump, Ri Yong-ho fez questão de citar um provérbio: "Enquanto os cães ladram, a caravana passa”. E “se Trump pensa que nos surpreende com o som de um cão a ladrar, então está a sonhar", assegurou a agência de notícias Yonhap da Coreia do Sul citada pelo The Guardian.

Recorde-se que o presidente norte-americano, na terça-feira, defendeu que a única solução seria "destruir totalmente" a Coreia do Norte caso o regime de Pyongyang continuasse a ameaçar os Estados Unidos. Perante mísseis coreanos, Washington seria forçado a defender-se ou aos seus aliados.

"É altura de a Coreia do Norte perceber que a sua desnuclearização é o único futuro aceitável", advertiu Trump, na sua primeira intervenção perante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que começou hoje na sede da organização, em Nova Iorque.

O chefe de Estado norte-americano insistiu que os testes nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte "ameaçam o mundo inteiro". 

No seu discurso, Trump afirmou ainda que “o Rocket Man (homem foguete, em português) está numa missão suicida para si e para o seu regime", referindo-se ao líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Na sua manifestação, Ri Yong-ho acrescentou ainda, à margem da 72.ª Assembleia Geral das Nações Unidas onde está a participar, que, perante estas declarações de Trump, "sentiu pena" pelos conselheiros do presidente dos EUA.

Este discurso surge na sequência de meses de tensão crescente na península coreana que culminaram no sexto e maior teste nuclear de Pyongyang e no lançamento de dois mísseis balísticos sobre o norte do Japão.

NAOM

Guiné-Bissau: Cancelados salários de setembro de Ministro e de mais 7.000 funcionários


Mais de sete mil funcionários afetos em diferentes instituições públicas na Guiné-Bissau, entre os quais alguns membros do Governo, incluindo o Ministro da Função Pública Tumane Baldé, magistrados, militares e elementos de forças paramilitares, estão com o pagamento dos salários de setembro cancelados. E declarações à e-Global, Marcelino Simões Lopes Cabral, Secretário de Estado de …Ler mais

Médica alemã aposta com sucesso na medicina natural na Guiné-Bissau

Sonja Schwab criou a Associação Tabanka que tem até duas farmácias. Mas a associação ainda enfrenta um obstáculo: os curandeiros não divulgam facilmente o conhecimento que têm sobre plantas curativas.

Sonja Schwab, médica alemã e fundadora da Associação Tabanka na Guiné-Bissau

Um convite para dar um curso levou Sonja Schwab à Guiné-Bissau dezassete anos depois. A vontade de voltar a manter contacto com o país sempre existiu. E o convite do grupo de medicina natural da Guiné-Bissau marcou o recomeço.

A médica alemã que trabalhou no setor de saúde materno-infantil na Guiné-Bissau de 1981 a 1985 tem dado cursos anuais sobre medicina natural desde 2002.

A dra. Sonja, como é conhecida lá, diz o que ensina nas suas formações: "O valor das plantas, como tranformar as plantas, como fazer um xarope, como fazer uma pomada, mas sempre com muito cuidado em relação à higiene."

Mónica Canavesi é responsável do Grupo de Medicina Natural da Guiné-Bissau, um organismo que coopera com a doutora Sonja, e sublinha que "a diferença entre o grupo da medicina tradicional e a medicina natural é que enquanto os primeiros peraparam um medicamento que tem de ser consumido num dia enquanto os xaropes e pomadas podem ser conservados por mais tempo, mantém as suas propriedades curativas."

Medicamentos naturais, moringa e fruto do imbondeiro

Livros sobre higiene fazem sucesso entre os guineenses

E foi no contexto das formações que Sonja Schwab criou a Associação Tabanka. O objetivo é difundir cada vez mais as práticas de cura através da medicina natural e cuidados de higiene. A Associação Tabanka produz brochuras e pequenos livros educativos.

A médica conta como é produzir este material: "Praticamente só somos nós que fazemos isso, a revista sobre higiene, trabalhávamos em conjunto com dois artistas da Guiné-Bissau. Eu dava algumas ideias e eles fizeram a banda desenhada e cuidaram de aspetos linguísticos. E as crianças nas escolas gostam muito."

Os livros são distribuidos nas escolas especiais designadas EVA, Educação de Verificação Ambiental e a médica diz que "nessas escolas trabalham com a natureza."

Mas a Associação chega também a outros alvos:"E também fizemos um livro para as mulheres das tabankas (aldeias) afastadas, para que mesmo sem saberem ler e escrever, possam perceber o valor dos medicamentos naturais, mas também usar os medicamentos na dosagem certa."

Novo conceito: farmácias de medicamentos naturais

A Associação Tabanka têm duas farmácias, uma em Bissau e outra em Mansoa, onde tudo começou. A fundadora já colhe bons frutos e revela com agrado que "agora há uma grande procura dos medicamentos nas farmácias da associação e isso é um bom resultado. As pessoas agora confiam, porque sabem que trabalhamos com muita higiene e cuidado."

E a médica recorda que "infelizmente muitos medicamentos nas farmácias convencionais são falsos e por isso tem mais confiança na medicina natural."

Conhecimento dos curandeiros "fechado a sete chaves"

Arnold Schwab, Associação Tabanka

A doutora Sonja sempre contou com o apoio do marido, Arnold Schwab. Na Guiné-Bissau esteve sempre na companhia do engenheiro agrónomo. Mas em relação ao trabalho feito pela Associação, Arnold Schwab lembra que nem tudo é tão bonito assim.

Por exemplo, que nem sempre é fácil obter o conhecimento que os curandeiros têm sobre as plantas medicinais: "Mas eles têm problemas em divulgar esse conhecimento, eles fecham-se para não perderem os conhecimentos. E a nossa preocupação é de alargar os conhecimentos com plantações públicas dessas ervas que curam doenças básicas."

Dw.com/pt

Princípio do fim do franco CFA?

Francos CFA.

A manutenção ou não do franco CFA tem suscitado um amplo debate com muitos sectores africanos a denunciarem um instrumento tido como neo-colonial por parte da França que seria responsável pelo empobrecimento dos países da zona. Críticas rejeitadas pelo ministro guineense das Finanças, João Amadu Fadiá.

O franco das colónias francesas em África -CFA- foi criada no dia 25 de Dezembro de 1945 pelo general francês De Gaulle. Actualmente a moeda tem a designação de cooperação financeira africana, e é utilizada por mais de 155 milhões de habitantes nas Comores, Benim, Burkina Faso , Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal, Togo, Camarões, República Centro Africano, Congo , Gabão, Guiné Equatorial e no Chade.

Contudo a manutenção da moeda tem motivado um forte debate com muitos sectores africanos a denunciarem o franco CFA como um instrumento tido como neo-colonial por parte da França que seria responsável pelo empobrecimento dos países da zona.

Críticas rejeitadas pelo ministro guineense das Finanças, João Amadu Fadiá, que não vê o franco CFA como um instrumento tido neo-colonial e lembra que há um banco central cujo governador é nomeado pelos Estados membros.

" O debate quando dizem que é uma moeda ligada às antigas colónias e que tem a ver, enfim, com aspectos coloniais, eu digo que é muito falso. Porque temos um banco central cujo governador é nomeado pelos Presidentes dos Estados membros", admite.

O ministro lembra ainda que a política monetária é definida e conduzida pelo banco central.

Se por um lado há quem defenda que o franco CFA é uma moeda estável ao contrário do naira da Nigéria e do rande da África do Sul, moedas flutuantes e que sofrem com a desvalorização das matérias-primas. Outros acusam o franco CFA de ser uma moeda que favorece apenas os interesses da França, antiga potência colonial.

Com a colaboração de Allen Yero Embalo.

RFI/Paulina Zidi

Mandela Blamed for Leaving The Country to Whites


(GIN) – Thanks to the former South African leader, “Everything (today) is in the Whites’ hands.” That was the harsh judgement of the legacy of President Nelson Mandela heard this week at a rally in Zimbabwe. It provoked a media whirlwind that rocked southern Africa.

“The most important thing for (Mandela) was his release from prison and nothing else,” Zimbabwe’s President Robert Mugabe was widely reported to say. “He cherished that freedom more than anything else and forgot why he was put in jail.” Mugabe made his remarks in Shona at a ruling party rally in the central town of Gweru. They were translated by NewZimbabwe.com.

Mugabe claimed this view of Mandela was even shared by members of President Jacob Zuma’s cabinet.

“I was in South Africa recently talking to a minister in President Jacob Zuma’s office and I did ask him how they have handled the land issue after attaining independence. I did ask him why they left the whites with everything,” President Mugabe was quoted to say. “He answered my question in English and said: ‘Ask your friend Mandela.'”

Mandela had made “the biggest mistake” by failing to attend to land reform in South Africa, Mugabe declared, adding:  “They (whites) are in control of land, industries and companies and are now the employers of the blacks. These blacks have failed to liberate themselves from white supremacy all because of what Mandela did.”

The question of land ownership by whites has roiled both southern African countries where whites forcibly occupied good lands, dispossessing their Black African owners.  While Zimbabwe attempted a land reform program that gave land owned by whites to liberation war veterans and others, South Africa’s reform program was delayed for years.

Last March, faced with claims that 40,000 of the whites owned 80% of the land, President Jacob Zuma moved to expropriate white owned land without compensation.

“Land ownership is still deeply skewed along racial lines,” acknowledged Cherryl Walker, professor of sociology at the University of Stellenbosch and author of “Landmarked: Land Claims and Land Restitution in South Africa,” although she questioned the figures cited above.

 Over the years, Mugabe and Mandela had a frosty relationship, with the South African liberation icon being very critical of the Zimbabwean leader’s human rights record.  

Last week, South Africa announced it would give 200,000 Zimbabweans fresh work and residence permits for another four years so that they can continue eking out a living in that country.

By Global Information Network

UNICEF - Portugal é um dos únicos 15 países no mundo com políticas de apoio à família

Portugal é um dos únicos 15 países no mundo que tem as três políticas essenciais para apoiar famílias com crianças, revela um relatório da UNICEF, que alerta que uma em cada oito crianças vive num país sem qualquer apoio.



De acordo com o relatório, divulgado hoje, entre os 193 países no mundo, "apenas 15 (...) põem em prática três políticas nacionais básicas que ajudam a assegurar o tempo e os recursos de que os pais precisam para apoiar o desenvolvimento cerebral saudável dos seus filhos".

Nesse restrito grupo de 15 países está Portugal, juntamente com países como Cuba, França, Rússia ou Suécia, refere o relatório "Os primeiros momentos contam para todas as crianças".

As políticas que a UNICEF destaca são dois anos de educação pré-primária gratuita, licença de maternidade paga durante até os primeiros seis meses de vida da criança, além de quatro semanas de licença de paternidade remuneradas.

"Estas políticas ajudam os pais a proteger melhor os seus filhos e a proporcionar-lhes uma nutrição mais adequada, e permite-lhes brincar e ter experiências de aprendizagem precoce nos primeiros dois anos de vida, que são cruciais na altura em que as ligações neurais se processam a um ritmo que não voltará a repetir-se", lê-se no comunicado de imprensa.

Do lado oposto está um "cenário sombrio", onde vivem 85 milhões de crianças -- uma em cada oito com menos de cinco anos -- dispersas pelos 32 países que não adotam nenhuma dessas políticas, sendo que 40% destas crianças vivem em apenas dois países, Bangladesh e Estados Unidos.

Segundo a UNICEF, há milhões de crianças, com menos de cinco anos, que estão a viver em zonas inseguras, desde cerca de 75 milhões que vivem em zonas afetadas por conflitos, o que, segundo a UNICEF, aumenta o risco de stresse tóxico e pode inibir as conexões cerebrais na primeira infância.

"A nível global, uma nutrição pobre, ambientes insalubres e doenças deixaram 155 milhões de crianças com atrasos no desenvolvimento, o que as impede de desenvolver todo o seu potencial físico e cognitivo", diz a UNICEF.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância alerta que um quarto de todas as crianças com idades entre os dois e os quatro anos, que vivem em 64 países, não participam em atividades essenciais para o desenvolvimento cerebral, tal como cantar, brincar ou ler.

Além disso, cerca de 300 milhões de crianças vivem em zonas onde o ar é tóxico, "o que, segundo estudos recentes, pode danificar o desenvolvimento cerebral das crianças".

Segundo a UNICEF, os governos gastam, em média, menos de 2% dos seus orçamentos com programas para a primeira infância, apesar de o relatório destacar que "os investimentos que forem feitos nos primeiros anos de vida das crianças de hoje se traduzem em ganhos económicos significativos no futuro".

Nesse sentido, o relatório aproveita para apelar aos governos e ao setor privado para apoiarem as políticas nacionais básicas direcionadas para a primeira infância, nomeadamente investindo e ampliando os serviços que deem mais prioridade às crianças mais vulneráveis.

Propõe que se torne as políticas de apoio às famílias, especificamente as três que são destacadas, uma prioridade nacional, que seja dado aos pais que trabalham o tempo e os recursos para apoiar os filhos e que sejam monitorizados os progressos no que diz respeito ao universo das crianças e das famílias mais desfavorecidas.

NAOM

"Não podemos esperar obediência dos nossos filhos, uma obediência cega"

Todos os pais já passaram pela adolescência e pelo cocktail descontrolado de hormonas que deixa qualquer um com os nervos em franja nessa fase da vida, mas nem isso é suficiente para saberem lidar com um adolescente... Muito menos nos dias de hoje. Estivemos à conversa com a psicóloga Cristina Valente sobre os desafios desta fase da vida humana.


© Paulo Spranger / Global Imagens

Adolescência: Fase da vida humana entre a infância e a vida adulta, aproximadamente entre os 12 e os 18 anos, que se caracteriza por mudanças físicas e psicológicas que ocorrem desde a puberdade até ao completo desenvolvimento do organismo.

A definição, por si só, diz tudo sobre aquele que é, para a maioria, o momento mais impactante da vida humana, mas a verdade é que é cada vez mais difícil saber lidar com esta fase.

"Hoje em dia, a maior parte dos adolescentes tem já uma bagagem de conhecimento e de vida muito maior do que há algumas décadas. Olhamos hoje para um adolescente, com tudo aquilo que lhe é permitido fazer, tudo o que tem disponível na sociedade, pensamos que já não precisa de nós, que já não há nada a fazer quando as coisas correm mal, as pessoas desistem muito cedo porque acham que o adolescente é já um adulto, mas a verdade, é que, emocionalmente, a adolescência é a fase em que os miúdos mais precisam do acompanhamento dos pais. Eles não sabem dizer isso, eles não dizem isso".

As palavras são da psicóloga Cristina Valente que, em entrevista ao Lifestyle ao Minuto, falou da adolescência e da importância da presença dos pais nesta fase da vida. Para a especialista, e tal como acontece com as crianças, a falta de tempo dos pais, "impacta de uma forma incrível" na adolescência, "aliás, a idade dos filhos em que curiosamente mais precisam de acompanhamento é na da adolescência".

"A tendência deles é afastarem-se porque há neles um movimento de independência e de autonomia que faz parte do desenvolvimento e tem de acontecer, no entanto, posso dar espaço e liberdade sem que isso signifique não dar limites, não alertá-lo para os desafios de hoje em dia. Hoje, os desafios de um adolescente e dos pais de um adolescente são consideravelmente maiores do que quando foi a minha adolescência", conta-nos.

Mas não é por se tratar de uma fase difícil que a adolescência tem de ser um pesadelo. Pelo contrário. É nesta fase que uma boa parte da personalidade, da responsabilidade e das capacidades se formam e, por isso, o papel dos pais é mais determinante.

Saber o que se passa na mente de um adolescente pode ser um verdadeiro desafio, mas Cristina está disposta a ajudar. Chega hoje à bancas o livro 'O que se Passa na Cabeça do meu Adolescente? - Viva esta etapa de forma harmoniosa e positiva, com regras, respeito, equilibrando obediência e liberdade' [Manuscrito] em que "fala de algumas coisas que não são habitualmente abordadas nos livros para pais".

Ao longo de cerca de 300 páginas, a especialista dá a conhecer as melhores estratégias para compreender um adolescente, mas também para ajudar o adolescente a compreender-se a si mesmo. Dos sentimentos ao papel dos avós, da separação dos pais aos comportamentos típicos nesta fase da vida, nunca esquecendo a sensação de emancipação e a vontade desobediente de liberdade, são muitos os temas abordados neste livro que serve como um guia prático para os pais dos tempos modernos.



O que se Passa na Cabeça do meu Adolescente?© Manuscrito

"Em primeiro lugar, são alguns desafios que muitos pais de adolescentes nem sabem que os filhos enfrentam e quando eu não sei, não sei que não sei, portanto, temos de perceber o que está à volta para ajudá-los e protegê-los. E, em segundo lugar, uma coisa que também não é falada em livros para pais, que tem a ver com a importância do meu passado e da importância do meu inconsciente na forma como lido comigo próprio, na minha vida profissional e, sobretudo, na relação que vivo com os meus filhos", explica-nos.

Dar liberdade sem liberdade a mais

Falar de adolescência sem falar no desafio da liberdade é quase impossível e, segundo a psicóloga, "não é fácil percebermos qual é a linha" que separa a liberdade da liberdade a mais. "Nos adolescentes, hoje em dia, realmente não é nada fácil", frisou, destacando que, no entanto, se o pai e a mãe tiverem com o adolescente "um relacionamento de confiança, de proximidade e respeito mútuo que começou desde os seus primeiros anos" é meio caminho andado para conseguir resolver o que pode não vir a correr como o planeado.

Para a especialista, o método de 'tentativa-erro' é o mais eficaz, pois "os erros são uma oportunidade de aprendizagem para as crianças, mas também para os pais. Não podemos dizer 'ai, cometi uma grande erro e agora sou o pior pai do mundo, agora já não posso fazer nada'... não, podemos chegar ao pé dos nossos filhos e dizer 'também estou a treinar, também estou a crescer'. Já me aconteceu a fazer isso".

Mas neste jogo de cintura entre liberdade e não-liberdade, há sempre espaço para a desobediência. Ou então não. "Quando [o adolescente] percebe que há respeito, não vai compreender a mensagem de forma errada, vai sentir que as coisas estão a ser feitas pela melhor das razões. Mas há uma coisa: não podemos esperar obediência dos nossos filhos, uma obediência cega. Nós é que temos de ter o trabalho de menos ego, no sentido de assumir que somos o pai daquela pessoa, mas que não mandamos naquela pessoa. O que podemos fazer é inspirar essa pessoa para ela fazer aquilo que quero fazer, por isso é que falo de liderança".

Contudo, e uma vez que em causa estão os imprevisíveis adolescentes, a desobediência pode acontecer, mas "nem sempre quando se é desobediente as coisas correm mal". "O principal é mesmo a relação, criar uma relação forte em que combinamos as consequências com o adolescente. Se tiver para as coisas principais do dia a dia as consequências atribuídas para sempre que o adolescente ultrapasse os limites, vou ter a minha vida muito mais facilitada".

E a vida do adolescente também fica bem mais fácil - ou menos dramática aos seus olhos - com uma relação sólida. "Na verdade, o que tenho que perceber na vida do meu miúdo, na vida dele cá em casa, na minha relação com ele, o que é que não vou permitir nunca, os valores inegociáveis, aqui tenho de ser completamente firme. Mesmo assim ele pode falhar, mas quando ele falhar tenho de estar lá para, com base na relação de confiança que tenho com ele, inspirá-lo a fazer de forma diferente na próxima vez".

NAOM

Domingos Simões Pereira acusado de promover divisão do PAIGC

Grupo de 15 deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) quer o diálogo para promover a reconciliação e acabar com a crise no partido.


A abertura de canais de diálogo através de uma comissão paritária entre a direção do PAIGC e os 15 deputados é uma das recomendações de um encontro de reflexão promovido por aquele grupo juntando outros militantes em desacordo com a direção.

A conferência de três dias decorreu numa unidade hoteleira de Bissau, sob o lema "Reflexão para salvação do PAIGC de Cabral", visando preparar o partido para os próximos desafios de forma coesa.

Os conferencistas apontaram um "diálogo franco e sincero" como "única via" para acabar com a crise política que dividiu os militantes e dirigentes do histórico partido guineense em dois grupos antagónicos.

Também apelaram às organizações da sociedade civil e a comunidade internacional para se juntarem aos esforços de aproximação das partes desavindas no PAIGC e ainda a retoma do funcionamento normal do parlamento para que aquele órgão possa aprovar pacotes de leis sobre as reformas no país.

Divergências entre atores políticos motivaram o bloqueio do Parlamento guineense há cerca de dois anos.

Domingos Simões Pereira acusado de promover divisão do PAIGC

A antiga ministra do Interior Satu Camará, um dos 15 deputados expulsos da bancada do PAIGC, acusou o líder do partido, Domingos Simões Pereira, de promover a divisão de militantes e ainda de estar a querer mudar o posicionamento ideológico daquela força política.

 Domingos Simões Pereira

Segundo Satu Camará, Domingos Simões Pereira quer que o PAIGC passe a ser um partido de direita "quando é e sempre foi de esquerda", disse.

O grupo dos 15, coordenado por Braima Camará, que ficou em segundo lugar na corrida à liderança do partido, ganha por Domingos Simões Pereira, entrou em rutura com a direção do PAIGC, tendo-se juntado ao PRS no parlamento para chumbar o programa de Governo do então primeiro-ministro, Carlos Correia.

O grupo dos 15 é um dos signatários do Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, bem como a reintegração daqueles elementos no PAIGC, entre outros pontos.

O atual Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial, não tem o apoio do partido do PAIGC, ganhou as eleições com maioria absoluta, e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.

Angola aguarda "estabilidade política na Guiné-Bissau" para retomar cooperação


O embaixador de Angola na Guiné-Bissau, Daniel António Rosa, afirmou hoje que Luanda aguarda que haja estabilidade política para retomar os projetos de cooperação com o Governo guineense, entre os quais o da exploração da Bauxite.

Angola tem estado em contato com as autoridades da Guiné-Bissau, "mas aguarda que haja estabilidade política" na Guiné-Bissau para retomar os projetos, nomeadamente o de exploração da Bauxite guineense, disse o embaixador.

Daniel António Rosa falava aos jornalistas depois de um encontro com o chefe de Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, para entregar o convite formal para as cerimónias de tomada de posse do Presidente eleito de Angola, João Lourenço, que se vão realizar na terça-feira (26.09.).

Projeto orçado em mais de mil milhões de dólares

Segundo o embaixador angolano, o projeto de exploração daquele mineral está orçado em mais de um mil milhões de dólares.

Mina de bauxite em Débélen, na República da Guiné

"O bauxite é um dos dossiês que temos com a Guiné-Bissau e acreditamos que não vai morrer, mas tudo dependerá da estabilidade política na Guiné-Bissau", defendeu ainda António Rosa.

Nas declarações aos jornalistas, António Rosa recordou que a cooperação foi suspensa na sequência do golpe militar ocorrido em Bissau em abril de 2012, que levou a saída forçada do contingente do exército angolano estacionado na Guiné-Bissau, Missang.

O embaixador angolano frisou que as autoridades de Luanda "não têm nenhuma saudade em recordar" o que se passou na altura do golpe militar em Bissau e só vão retomar os projetos de cooperação no domínio das Forças Armadas com a Guiné-Bissau depois da realização de uma "comissão mista" em Angola.

Dw.com/pt

NAÇÕES UNIDAS - ONU inclui Venezuela na lista de países que violam Direitos Humanos

A ONU incluiu, pela primeira vez, a Venezuela na lista de países que exercem represálias e intimidam ativistas dos direitos humanos, disse na quarta-feira o secretário-geral das Nações Unidas para os Direitos Humanos.


"Temos conhecimento de casos de pessoas que foram sequestradas e outras que desapareceram. Todos os anos, somos obrigados a denunciar casos de intimidação contra pessoas, cujo delito, aos olhos dos seus governos, foi cooperar com instituições e mecanismos da ONU", disse Andrew Gilmoure aos jornalistas, ao apresentar o oitavo relatório ao Conselho da ONU para os Direitos Humanos.

O responsável sublinhou existirem "muitos casos" de detenções arbitrárias prolongadas, tortura e maus tratos, e indicou existir também um caso de tratamento psiquiátrico forçado, além de ataques sexuais e violações, durante a detenção de homens e mulheres.

Esta lista corresponde ao período entre junho de 2016 e maio de 2017.

Segundo a ONU, os países que perseguem ativistas de direitos humanos são a Argélia, Bahrein, Burundi, China, Cuba, Egito, Eritreia, Honduras, India, Irão, Israel, Mauritânia e México.

Integram também a lista Marrocos, Birmânia, Omã, Paquistão, Ruanda, Arábia Saudita, Sudão do Sul, Sri Lanka, Sudão, Tajiquistão, Tailândia, Turquia, Turquemenistão, Emiratos Árabes Unidos, Uzbequistão e Venezuela.

NAOM

DOMINGOS SIMÕES PEREIRA ACUSA PRESIDENTE VAZ DE DESVIAR MAIS DE TRÊS MILHÕES DE DÓLARES VIATURAS E ESBANJAR DINHEIRO DE ESTADO

O líder do PAIGC afirmou que o Presidente da República recebeu dos seus homólogos do Senegal e da Guiné-Conacri em Dakar, três milhões e meio de dólares e alguns carros que terá deixado em Senegal, que não foram disponibilizados até agora, ao serviço dos guineenses. 
Domingos Simões Pereira (DSP) acusa ainda o Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz de estar a esbanjar o dinheiro de Estado para sustentar o seu projeto, doravante denominado, “Fundação Mon Na Lama”.

“A lei da nossa Constituição não nos permitir retirar o dinheiro de Estado para coloca-lo na fundação. Porque fundação é uma sociedade privada”, elucidou Simões Pereira. 

DSP falava na noite de terça-feira, num comício popular realizado na cidade de Gabú para assinalar os sessenta e um anos da fundação do PAIGC.

Líder do PAIGC disse estar munido com todos elementos que comprovam que, o dinheiro a ser usado por, José Mário Vaz, veio da UEMOA, através da solicitação feita em junho de 2014, pelo Governo por ele liderado, num montante de um bilhão de francos CFA, para promoção agrícola.

Como se não bastasse, Simões Pereira disse ter recebido do deposto Presidente gambiano, vinte seis viaturas que o Presidente Vaz ordenou colocar na sua residência, cujo destino ainda se desconhece. Adiantando que os tratares da cor verde recebidos para a promoção da agricultura, já se encontram nas em mãos alheias nas plantações pessoais. Pelo que, ameaça responsabilizar judicialmente, José Mário Vaz, pelos erros cometidos.

Em relação a presença da Guiné-Bissau na reunião do Conselho de Seguranças da ONU, o político disse que o chefe de estado indigitou Primeiro-ministro para representá-lo neste concerto das Nações.

Domingos Simões Pereira pede responsabilização a José Mário Vaz, afirmando que não se deve admitir que uma pessoa ponha em causa os ideais do Amílcar Cabral, desafiando o mundo enviando um primeiro-ministro ilegal e refutado para representar o povo guineense na assembleia-geral das Nações Unidas.

Responsabilizando a Comunidade Internacional para assumir com as suas responsabilidades na reafirmação da democracia, no mundo.

DSP garante que a luta vai continuar com manifestações populares para denunciar aquilo que considera de crimes do regime do Presidente Mário Vaz.

Notabanca; 20.09.2019

MAIS DE CEM CRIANÇAS GUINEENSES TALIBÉS NO SENEGAL FORAM RETORNADAS AO PAÍS

A Directora da Promoção das Crianças admitiu, esta quarta-feira (20), que mais de cem (100) crianças, que estava na ruas de Senegal a pedir esmola no quadro de aprofundarem ao estudo do Alcorão, foram retornadas ao país de 2016 a 2017

A revelação feita durante uma entrevista no âmbito do encontro com a Embaixada dos Estados Unidos da América relativamente a reunião do Comité Nacional para Prevenção e Abandono ao Trafico de Seres Humanos para Promover um envolvimento social mais amplo.

Maria Victoria Correia, Directora da Promoção das Crianças do Instituto da Mulher e Criança, admite receber um grupo de 25 crianças na sexta-feira oriundo da vizinha Senegal que foram encontrados a pedir esmola nas ruas deste país.

Segundo, a directora da Promoção das Crianças, a situação de tráfico de seres humanos está a ser controlada no país destacando o esforço conjunto entre o governo e os parceiros para a eliminação desta prática.

Sobre, o encontro com a delegação da Embaixada dos Estados Unidos da América, Maria Victoria Correia, disse que visa avaliar a possibilidade de apoiar o plano de emergência de curto prazo relativamente ao centro de acolhimento das crianças talibés.

Recorda-se que o Primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo, tinha dado ordens de prisão a crianças e jovens apanhados a pedir esmola sustentado que é uma vergonha que os pais mandem os filhos para mendicidade pelas ruas em nome do ensino do Islão. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi
Radiosolmansi.net