Este domingo termina o prazo dado pela CEDEAO aos golpistas do Níger para reporem no poder o presidente Bazoum. A junta militar terá pedido ajuda ao grupo Wagner.
A situação agrava-se no Níger. Os chefes militares da CEDEAO já definiram um plano de intervenção mas apelam a uma solução diplomática.
Abdel-Fatau Musah, Comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da CEDEAO afirmou: "Queremos que a diplomacia funcione e queremos que esta mensagem seja claramente transmitida aos líderes da Junta do Níger de que estamos a dar-lhes todas as oportunidades para reverterem o que fizeram."
Este domingo expira o ultimato de sete dias lançado pelos países da África Ocidental, que exigem que os golpistas restabeleçam a administração civil e libertem o presidente Bazoum.
Esta sexta-feira, a delegação da CEDEAO visitou Niamey, mas não conseguiu encontrar-se com o general Tchiani. Inicialmente, foi noticiado que a CEDEAO recusava a intervenção militar, passando a aplicar sanções. Mais tarde, porém, os chefes militares do bloco anunciaram que tinham elaborado um plano para uma invasão armada.
Estão estacionadas no Níger cerca de 1500 tropas francesas e 1000 tropas norte-americanas, bem como outras unidades de outros países da União Europeia e de África. Tanto Paris como Washington manifestaram um apoio inequívoco ao deposto presidente Bazoum e a qualquer decisão da CEDEAO, incluindo uma solução militar.
Por sua vez, os líderes golpistas do Níger pediram a intervenção do grupo de mercenários russos, Wagner, segundo diversos meios de comunicação ocidentais.
O possível envolvimento do Wagner tem sido discutido desde o início do golpe, mas até agora não houve provas.
Dois países vizinhos, o Mali e o Burkina-Faso - que tiveram os seus próprios golpes de Estado nos últimos dois anos - opõem-se fortemente às ações da CEDEAO e prometeram apoio militar ao Níger, em caso de intervenção estrangeira.
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