© Andrew Matthews/PA Images via Getty Images Notícias ao Minuto 05/12/2024
O chefe de Estado-Maior das Forças Armadas do Reino Unido, Tony Radakin, alertou, na quarta-feira, que o mundo está "no início de uma terceira era nuclear", que será "muito mais complexa".
Numa conferência no Royal United Services Institute do Reino Unido, o responsável sublinhou que o "mundo mudou" e o "poder global está a mudar", colocando-nos "no início de uma terceira era nuclear".
Radakin explicou, de acordo com um comunicado divulgado no site do governo britânico, que a "primeira era nuclear - a Guerra Fria - foi definida por dois blocos opostos, regidos pelo risco de uma escalada incontrolável e pela lógica da dissuasão". Já a segunda era nuclear "foi regida por esforços de desarmamento e de contra-proliferação".
No entanto, a "terceira era nuclear" será "muito mais complexa", sendo "definida por dilemas múltiplos e simultâneos, pela proliferação de tecnologias nucleares e disruptivas e pela ausência quase total das arquiteturas de segurança anteriores".
O responsável acusou a Rússia de fazer "ameaças selvagens de utilização de armas nucleares táticas, de exercícios nucleares em grande escalas e ataques simuladores contra países da NATO", com o objetivo de "coagir" o Ocidente a "não tomar as medidas necessárias para a estabilidade".
"A não-proliferação nuclear tem sido um dos grandes êxitos da segurança internacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial, mas está agora a ser posta em causa", alertou.
No entanto, Radakin considerou que "existe apenas uma hipótese remota de um ataque" à NATO porque a "Rússia sabe que a resposta seria esmagadora, quer convencional quer nuclear".
"A estratégia de dissuasão da NATO está a funcionar. Mas tem de ser mantida forte e reforçada contra uma Rússia mais perigosa", afirmou.
Sublinhe-se que o presidente russo, Vladimir Putin, alertou, em setembro, que a Rússia poderia usar armas nucleares no caso de um "lançamento massivo" de ataques aéreos contra o país e que qualquer ataque realizado por um país não nuclear, como a Ucrânia, mas apoiado por uma potência com armas atómicas, como os Estados Unidos, poderia ser considerado uma agressão "conjunta", exigindo potencialmente o uso de armas nucleares.
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