quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

CIA e Zelensky discutem assassinato de líder do Grupo Wagner? "Boa ideia"...

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Notícias ao Minuto  

Yevgeny Prigozhin ironizou as declarações, assegurando que "certamente” ajudará, se entrarem em contacto consigo.

O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), William Burns, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, terão discutido o assassinato de Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner, durante o encontro que ocorreu há cerca de duas semanas, na capital ucraniana. O responsável pela milícia militar reagiu, esta terça-feira, a estas informações, avançadas pelos meios de comunicação russos, ironizando que, a ser verdade, trata-se de “uma ideia muito boa”.

"Sim, estou a par. É uma ideia muito boa. Concordo que está na hora de liquidar Prigozhin. Caso entrem em contacto comigo, certamente ajudarei”, lançou o oligarca, na rede social Telegram.

O conteúdo da reunião entre Zelensky e Burns terá sido avançado por Vladimir Rogov, presidente da associação We Are Together with Russia, segundo diz a agência TASS.

Por seu turno, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, remeteu essa questão para os serviços de informação, recordando, contudo, a morte de Darya Dugina, filha do filósofo Alexander Dugin, que perdeu a vida a 20 de agosto, atribuindo responsabilidades ao governo de Zelensky.

“A Ucrânia está envolvida tanto em tentativas de assassinato, quanto em assassinatos absolutamente monstruosos. Vamos recordar as tentativas de assassinato que ocorreram, vamos recordar o assassinato de [Darya] Dugina. O envolvimento do regime de Kyiv nessas tentativas de assassinato é óbvio, portanto, há perigo para os nossos cidadãos", disse, citado pela agência TASS.

De notar que Dugina, de 29 anos, morreu na explosão do carro que conduzia na região de Moscovo, naquilo que as autoridades russas suspeitam ter-se tratado de um atentado que poderia ter como alvo o seu pai. Apesar das acusações, o regime de Kyiv negou estar envolvido.

Recorde-se também que Burns terá visitado Zelensky em Kyiv, há cerca de duas semanas, fornecendo-lhe informações quanto aos passos do regime de Moscovo no conflito tanto nas próximas semanas, como nos próximos meses. O responsável terá adiantando, contudo, que a ajuda fornecida pelo Ocidente poderá diminuir no futuro, à medida que a guerra se alastra no tempo, avançou o The Washington Post.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 7.068 civis desde o início da guerra e 11.415 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


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