domingo, 5 de abril de 2020

Covid-19: África com mais de 8.500 casos e 360 mortes

O número de mortes provocadas pela Covid-19 em África subiu para 360 nas últimas horas num universo de mais de 8.500 casos registados em 50 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia naquele continente.



Segundo o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC Africa), nas últimas 24 horas o número de mortes registadas subiu de 313 para 360 com as infeções confirmadas a passarem de 7.741 para 8.536.

O CDC África registou também 710 doentes recuperados após a infeção, mais 70 do que os registados no sábado.

O norte de África mantém-se como a região mais afetada pela doença com 3.837 casos, 255 mortes e 391 doentes recuperados.

Na África Austral, são 1.682 os casos registados da doença, que já provocou 14 mortes, tendo 51 doentes recuperado da infeção.

Na África Ocidental, há registo de 1.541 infeções, 45 mortes e 217 doentes recuperados.

A África do Sul é o país com mais casos confirmados da doença (1.585), registando nove mortes e 45 doentes recuperados.

Argélia (1.171 casos e 105 mortes), Egito (1.170 casos e 71 mortes) e Marrocos (919 casos e 59 mortes) são outros países com números expressivos.

Em pelo menos uma dezena de países, o número de casos confirmados é na ordem das centenas.

Globalmente, 50 dos 55 países e territórios membros da União Africana apresentam agora casos comprovados da doença.

Até ao momento, não foram anunciados quaisquer casos em São Tomé e Príncipe, Sudão do Sul, Comores, República Sarauí e Lesoto.

São Tomé e Príncipe mantém-se assim como o único país lusófono em África sem qualquer caso confirmado.

A Guiné-Bissau é agora o país africano lusófono com mais casos registados, depois de, no sábado, ter confirmado 18 pessoas com infeções pelo novo coronavírus.

Angola, que já contabiliza duas mortes, anunciou também, no sábado, mais dois casos confirmados da doença, registando agora 10, o mesmo número que Moçambique.

Cabo Verde totaliza sete casos de infeção desde o início da pandemia, entre os quais um morto.

Na Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, estão confirmados 16 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 63 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 220 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

noticiasaominuto.com

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ESTUDO -Covid-19: Especialistas teorizam que vírus já circularia entre humanos

Cientistas defendem que doença que 'isolou o mundo em casa' poderia já estar entre humanos há vários meses ou anos, mas que apenas agora teve uma manifestação pandémica.


A pandemia que o mundo enfrenta desde há meses teve, ao que tudo indica, início na China, mais especificamente, segundo os estudos preliminares, em Wuhan. O contágio inicial terá acontecido num mercado local, passando depois todas as fronteiras possíveis e viajando para os quatro cantos do globo.

Porém, se esta é a 'versão oficial', há cientistas que defendem que esta hipótese pode estar, no mínimo, incerta, isto porque o vírus poderia já viver entre humanos há muito mais tempo.

Esta é a opinião defendida por Ian Lipkin, professor de epidemologia na Columbia Mailman School of Public Health, que confessa que o vírus poderá ter evoluído para uma forma mais letal.

"Eu acho que o vírus provavelmente já circula em humanos há algum tempo. Há quanto tempo? Poderemos nunca conseguir reconstruir esse caminho... Poderia estar a circular há meses ou mesmo anos", afirmou este especialista em declarações à CNN

Esta opinião parece corroborar a defendida num recente estudo da Nature Medicine Magazine, onde se defendia que o vírus já estaria em seres humanos há anos.

"A faísca que espoletou isto [a pandemia] só teve lugar há alguns meses, mas podem ter existido outras faíscas que fizeram surgir o vírus mas que fizeram fogos menores que simplesmente não detetámos", defendeu o professor Robert Gary, autor do estudo e professor na Tulane University School of Medicine.


"Há alguns coronavírus que conhecemos que circularam entre nós durante décadas antes de descobrirmos o primeiro", defendeu este professor.

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