quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Nigéria diz ter resgatado mais de 1.100 pessoas sob o poder do Boko Haram

Área externa de uma escola em Dapchi, no Estado de Yobe, na Nigéria, que foi atacada por extremistas do Boko Haram.

As forças militares da Nigéria disseram nesta terça-feira (27) que resgataram mais de 1.100 pessoas, incluindo mulheres e crianças, que estavam sob o poder do grupo radical Boko Haram em diferentes partes da região do lago Chad, perto de Camarões

O anúncio ocorre mais de uma semana depois que o Boko Haram sequestrou 110 crianças de uma escola em Dapchi, no Estado nigeriano de Yobe. O grupo sequestrou mais de mil pessoas nos últimos anos

O porta-voz da operação militar nigeriana, coronel Onyema Nwachukwu, disse que os soldados mataram 35 combatentes do Boko Haram durante os confrontos que ocorreram na segunda-feira (26). Ele também acrescentou que foram encontradas uma grande quantidade de armas.

O governo da Nigéria enfrenta uma crescente pressão pública por resposta ao sequestro em massa em Dapchi. Ontem, o presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, confirmou que as 110 meninas desaparecidas foram "sequestradas" e prometeu que elas seriam resgatadas. Foi a primeira vez que este termo é utilizado de maneira oficial. Até então, as autoridades se referiam a "desaparecimento" e não "sequestro".

De acordo com moradores, em 19 de fevereiro, milicianos do grupo extremista, fortemente armados, atacaram a cidade de Dapchi. Eles atiraram para o alto e detonaram granadas. Muitas estudantes e professoras fugiram pelo medo de sequestro, mas 110 outras não tiveram a mesma sorte.

Depois que circularam notícias de que muitas das meninas estavam desaparecidas, dispararam os temores de que os jihadistas teriam voltado a sequestrar numerosas meninas após o rapto de 200 estudantes em outro colégio, em Chibok, no estado vizinho de Borno, há quatro anos.

É impossível contar com precisão as meninas ainda detidas pelo Boko Haram, cujo nome significa "a educação ocidental é um pecado", porque algumas podem ter sido assassinadas ou morreram em cativeiro.

No início de janeiro, várias delas apareceram em um vídeo transmitido pelo grupo, dizendo que não iriam voltar e não queriam deixar o "califado".

Em um encontro com um grupo de antigos reféns do Boko Haram na capital, Abuja, Buhari disse: "Pedi às agências de segurança que garantam que todas as pessoas sequestradas, inclusive as meninas de Dapchi, sejam libertadas de forma segura".

A Nigéria viu o número de ataques suicidas aumentar nos últimos meses, apesar de os terroristas terem perdido presença em alguns de seus territórios após operações feitas pelas forças de segurança.

Em represália, os jihadistas adaptaram seus ataques a locais considerados como pontos fracos, como lugares de oração, escolas e acampamentos de refugiados.

Fonte:  noticias.uol.com.br

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