terça-feira, 5 de setembro de 2023
Ataque no Burkina Faso mata 17 soldados e 36 auxiliares do exército
© Lusa
POR LUSA 05/09/23
Um ataque levado a cabo por alegados terroristas no norte do Burkina Faso causou a morte a 17 soldados e 36 auxiliares do exército deste país, anunciou hoje o Estado-Maior, através de um comunicado.
"Cinquenta e três combatentes", mais precisamente "dezassete soldados e trinta e seis Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), auxiliares civis do exército, perderam a vida" na segunda-feira, indica a nota informativa.
A unidade atacada estava destacada em Koumbri, na província de Yatenga, para "permitir a reinstalação" de pessoas "que abandonaram a zona há mais de dois anos", expulsas pelos extremistas, explicou.
O quartel-general também "registou cerca de 30 feridos, que foram transferidos e tratados".
O Estado-Maior acrescentou que as "operações de contra-ataque" tinham resultado na "neutralização de vários assaltantes" e na "destruição do seu material de combate", indicando que "as operações continuam a decorrer na zona".
"Tudo está a ser feito para desativar os elementos terroristas" que se encontram "em fuga", acrescentou.
O Burkina Faso, palco de dois golpes militares em 2022, está mergulhado numa espiral de violência desde 2015, que nos últimos sete anos fez mais de 16.000 mortos civis e militares e mais de dois milhões de deslocados, segundo a ONG Acled.
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ONG vai libertar mais de 2.000 rinocerontes brancos nos próximos dez anos
© Reuters
POR LUSA 05/09/23
Mais de 2.000 rinocerontes brancos confinados na Platinum Rhino, a maior fazenda dedicada a este animal na África do Sul, serão libertados na natureza nos próximos dez anos, anunciou a ONG conservacionista African Parks, segundo a imprensa local.
A divulgação da Organização Não Governamental (ONG) acontece depois de a African Parks ter comprado a quinta de 7.800 hectares na província sul-africana Noroeste.
"A African Parks não tinha qualquer intenção de possuir uma quinta de criação em cativeiro de 2.000 rinocerontes. No entanto, reconhecemos o imperativo moral de encontrar uma solução para estes animais, de modo a que possam voltar a desempenhar o seu papel integral em ecossistemas plenamente funcionais", afirmou o diretor executivo da ONG, Peter Fearnhead.
A Platinum Rhino é a maior exploração privada de criação de rinocerontes em cativeiro do planeta, com mais de 2.000 rinocerontes brancos, que representam "até 15% da população selvagem remanescente no mundo", afirmou a ONG.
"A escala deste projeto é enorme e, por isso, assustadora. No entanto, é igualmente uma das oportunidades de conservação mais interessantes e estratégicas a nível mundial", acrescentou Feranhead.
Várias organizações de conservação, parceiros financeiros e vários governos confirmaram à ONG que se empenharão "em tornar uma realidade esta visão de reintrodução" dos rinocerontes na natureza.
Em abril passado, o parque Platinum Rhino foi posto à venda devido a problemas financeiros e a African Parks comprou-o, depois de numerosas pessoas preocupadas com o setor da conservação terem contactado a ONG.
A ONG já efetuou recolocações de animais selvagens em grande escala no Ruanda, no Malawi e na República Democrática do Congo.
"A African Parks tem um objetivo claro: reintroduzir estes rinocerontes durante os próximos dez anos em áreas seguras e bem geridas, estabelecendo ou complementando populações estratégicas e, assim, retirar de perigo o futuro da espécie", refere o comunicado.
A organização de conservação descreveu o projeto como "uma das maiores iniciativas de repovoamento de uma espécie em todo o continente africano".
O rinoceronte branco enfrenta atualmente uma pressão extrema no continente devido à caça furtiva dos seus chifres para o comércio ilegal de animais selvagens, que faz com que existam menos de 13.000 indivíduos atualmente.
Na década de 1930, os números da espécie atingiram um mínimo histórico de 30 a 40 animais, mas graças às medidas de conservação, chegaram a 20.000 em 2012.
A African Parks é uma organização de conservação sem fins lucrativos com sede na África do Sul, que gere vinte e dois parques nacionais e áreas protegidas em doze países, cobrindo mais de vinte milhões de hectares no continente africano.
Leia Também: ONG salva maior parque de rinocerontes do mundo na África do Sul
OMS recebida por protestos de médicos em Portugal
Por SIC Notícias 05/09/23
A FNAM entregou uma carta ao diretor da OMS para a Europa. Os médicos insistem que é preciso contratar mais profissionais e melhorar as condições de trabalho.
Cerca de duas dezenas de médicos manifestaram-se esta terça-feira à margem de um simpósio da Organização Mundial de Saúde (OMS) no Porto, para que "o mundo inteiro ouça o grito de alerta" por melhores salários e condições de trabalho.
A ação, organizada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que lhe chamou 'flashmob', iniciou-se cerca das 08:00 e decorreu até às 10:00, coincidindo com a abertura do Simpósio da OMS dedicado ao futuro digital.
O protesto marcou também o arranque de uma caravana que vai percorrer o país, para reforçar a mobilização dos médicos, para que não façam mais do que as 150 horas extraordinárias obrigatórias por ano e para mapear a "situação dramática" que se vive em várias unidades de saúde.
Gritando palavras de ordem como "Pizarro escuta, os médicos estão em luta", "o público é de todos, o privado é de alguns" ou "o povo merece o SNS", os médicos protestaram contra o "silêncio" do Ministério da Saúde (MS) e do Governo à contraproposta da FNAM relativamente às grelhas salariais e ao novo regime de dedicação plena e integração do internato médico na carreira.
No decorrer do protesto, a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, foi ouvida por Hans Kluge, diretor regional da OMS/Europa, que, acompanhado pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, se deslocou junto do grupo de médicos.
"Conseguimos passar a mensagem de que de facto há um problema grave em Portugal, que somos dos médicos mais mal pagos a nível europeu, estamos de facto há mais de uma década sem nenhum aumento salarial, com condições de trabalho a deteriorarem-se", disse Joana Bordalo e Sá, que entregou a Hans Kluge uma carta com o histórico das reivindicações.
O diretor regional da OMS/Europa, também médico, "pareceu ser sensível à questão de que de facto é preciso haver inovação, investir na digitalização, mas que também é preciso investir onde falta investimento em Portugal, que é nos recursos humanos", contou a dirigente da FNAM.
"Precisamos de mais profissionais de saúde e, acima de tudo, precisamos dos médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) que é onde nós queremos estar e é para isso que a FNAM luta", sublinhou.
Joana Bordalo e Sá afirmou: "Fizemos questão de estar aqui para que o mundo inteiro ouça o nosso grito de alerta e para que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e o primeiro-ministro, António Costa, percebam que é preciso investir nos médicos e no SNS".
"Não é só na digitalização, não é só usar os 10 milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para investir, por exemplo, em cinco robots. Nós precisamos também de dinheiro para ser investido nos profissionais, nomeadamente nos médicos", sublinhou.
Com este protesto no Porto, a FNAM iniciou uma caravana que "vai percorrer o país inteiro".
"Vamos ouvir-nos uns aos outros, vamos incentivar a entrega das minutas para que os médicos não façam mais do que as 150 horas extraordinárias obrigatórias por ano e terminamos com uma greve nacional dias 14 e 15 de novembro, e com uma manifestação (dia 14) em frente ao Ministério da Saúde", disse.
Sobre a ronda negocial agendada para quinta-feira, a presidente da FNAM, salientou que será "a sexta reunião extra negocial, porque o protocolo negocial acabou no dia 30 de junho, mas não houve nem competência, nem vontade", por parte do Ministério da Saúde, de resolver os problemas dos médicos.
"Os médicos em Portugal são dos mais mal pagos na União Europeia e têm vindo a ver as suas condições de trabalho deterioradas na última década, pelo que temos emigrado e saído do SNS para o setor privado ou para empresas de prestação de serviços", disse.
Segundo a FNAM, "após 16 meses de negociações que não resolveram o problema da falta de médicos no SNS, o Ministério da Saúde não apresentou, nem aceitou até à data, propostas adequadas para salvaguardar as carreiras médicas, revelando falta de competência para chegar a um acordo capaz de responder rapidamente à necessidade de fixar médicos no SNS" .
A Federação Nacional dos Médicos defende que para inverter esta realidade, o Governo tem de "aumentar a fatia do Orçamento de Estado destinada aos salários dos médicos, e dar uma utilização adequada aos fundos europeus que vão ser injetados no PRR".
O 2.º Simpósio da Organização Mundial da Saúde debate no Porto, até quarta-feira, o Futuro dos Sistemas de Saúde na Era Digital e é dedicado à área da tecnologia aplicada à saúde.
Em foco estão questões que possam afetar o panorama atual e futuro dos sistemas de saúde na Europa, nomeadamente, o impacto dos recentes avanços da tecnologia e da inteligência artificial (IA) na saúde das populações.
TECH DA VINCI: Robô remove tumor inoperável nas amígdalas (e salva vida do paciente)
© Robert Michael/picture alliance via Getty Images
Notícias ao Minuto 05/09/23
Foi apenas necessária uma incisão no pescoço ao invés de terem cortado a mandíbula do paciente em duas partes para chegar ao tumor e, depois, removê-lo manualmente.
As cirurgias exigem paciência, sapiência e destreza, exigindo que as equipas médicas realizem trabalhos de alto risco. Contudo, um antigo jornalista da CBC revelou, através de uma reportagem, como o robô Da Vinci pode ser essencial nessas operações de risco.
De acordo com Glenn Deir, o robô ajudou no sucesso da sua cirurgia a um tumor inoperável nas amígdalas, já com metástases para a parte posterior da língua, nos Estados Unidos.
Conforme conta o BGR, para remover o tumor, os médicos teriam de cortar delicadamente a amígdala, a língua e a garganta, "um procedimento que não tinha nenhum voluntário a fazer fila para tentar", revelou Deir num dos seus artigos.
A esperança chegou através do robô cirurgião Da Vinci, cujos 'dedos' chegam onde uma mão humana não consegue.
"Foi mais complicado do que se previu. A radiação anterior enrijeceu a amígdala, o tumor na minha língua era do tamanho de uma cereja grande. Também teve que girar um músculo para fechar uma lacuna na minha garganta. Acordei com um tubo de alimentação no nariz e uma incisão que percorria todo o pescoço", explicou Deir, citado pela BGR.
A cirurgia acabou por ser um sucesso, tendo o tumor sido removido.
Tudo teria sido muito diferente sem o robô Da Vinci. Foi apenas necessária uma incisão no pescoço ao invés de terem cortado a mandíbula do paciente em duas partes para chegar ao tumor e, depois, removê-lo manualmente, destacou o médico responsável pelo caso, Dr. Martin Corsten.
Esta história de sucesso e a criação de robôs capazes de realizar cirurgias de forma autónoma mostram como a robótica se tornou fundamental para a área da saúde.
Leia Também: Mais de 17 mil crianças de Santa Maria da Feira vão participar em dois programas específicos para desenvolver competências em ciência, robótica e programação, revelou hoje essa autarquia, que tem reservados para o efeito cerca de 850 mil euros.
CÉREBRO: É isto que o açúcar em excesso pode fazer ao seu cérebro... Veja o que dizem vários médicos
Notícias ao Minuto 05/09/23
Consumir demasiado açúcar não traz apenas problemas na saúde oral ou até de excesso de peso. O seu cérebro também sai prejudicado quando come vários alimentos doces, especialmente os processados.
O 'website' Clean Plates falou com vários médicos, como o psicólogo Benson Munya, para saber como é que o açúcar afeta a saúde cerebral. Saiba tudo.
Mudanças de humor
"Quando o açúcar no sangue aumenta, pode sentir um aumento temporário no humor e na energia", revela o psicólogo Benson Munya. "No entanto, quando o açúcar no sangue desce, pode sentir-se irritado, cansado ou até mesmo ansioso."
Função cognitiva em risco
"O açúcar em excesso pode levar a dificuldades de concentração, foco e desempenho cognitivo geral."
Aumento da ansiedade
"Quando consumimos alimentos açucarados, o nosso corpo libera uma onda de insulina para ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue. Com isso acontece também uma queda do açúcar que pode desencadear uma resposta ao stress."
Dificuldade em dormir
"Muito açúcar, especialmente consumido no final do dia, pode prejudicar a capacidade de adormecer e permanecer a dormir."
Afeta a memória a dificuldade na aprendizagem
"A ingestão excessiva de açúcar pode afetar a nossa memória de curto prazo e dificultar a forma como processa informações", conta Murphy Richter.
Reduz a capacidade de gerir o stress
"Pode levar a vários distúrbios relacionados com o stress, como ansiedade e depressão."
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CEEAC dá ao Gabão um ano para restaurar "ordem constitucional"
© ABDELHAK SENNA/AFP via Getty Images
POR LUSA 05/09/23
A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) deu aos autores do golpe de Estado no Gabão de 30 de agosto um ultimato de um ano para restaurar a "ordem constitucional".
"Foi dado um prazo de um ano para que o processo político seja reativado para um rápido regresso à ordem constitucional", anunciou na segunda-feira à noite o vice-presidente da Guiné Equatorial, na rede social X (antigo Twitter).
Teodoro Nguema Obiang confirmou ainda que o país passará a assumir a Presidência e a sede da CEEAC na capital, Malabo, considerando que o Presidente do Gabão, Ali Bongo, que era o presidente em exercício da organização desde fevereiro, foi deposto pelos autores do golpe de Estado.
A decisão saiu de uma reunião extraordinária da CEEAC, realizada na segunda-feira na Guiné Equatorial.
Por outro lado, a CEEAC designou o presidente da República Centro Africana como facilitador das negociações, devendo se deslocar "imediatamente para Libreville para contactos, não só com o poder estabelecido, mas também com a oposição, sociedade civil e todas as partes envolvidas" na base de orientações previamente definidas na reunião, disse o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe.
Patrice Trovoada disse que participaram na reunião extraordinária da CEEAC os Presidentes de Angola, da República do Congo, da República Centro Africana, da Guiné Equatorial, um representante do Chade e o representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a África Central.
Fazem parte da CEEAC Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Ruanda, São Tomé e Príncipe e República Democrática do Congo.
O general Brice Oligui Nguema, que derrubou na semana passada Ali Bongo, tomou posse na segunda-feira como presidente do Gabão durante um período de transição, no final do qual prometeu eleições sem especificar uma data.
No dia 30 de agosto, os militares golpistas anunciaram o "fim do regime" de Ali Bongo Ondimba, que governou o Gabão durante 14 anos, menos de uma hora após a proclamação da sua reeleição nas eleições de 26 de agosto, alegando que estas tinham sido fraudulentas.
No dia seguinte, os golpistas proclamaram o general Oligui Nguema presidente de um Comité de Transição e de Restauração das Instituições (CTRI).
Os golpistas colocaram Ali Bongo em prisão domiciliária por "alta traição às instituições do Estado" e "desvio massivo de fundos públicos", entre outros crimes, e anunciaram a nomeação do general Brice Oligui Nguema, comandante da Guarda Republicana, como novo "presidente de transição".
A família de Ali Bongo Ondimba - que se tornou Presidente após a morte do seu pai, Omar Bongo, em 2009 - está no poder desde 1967.
O golpe de Estado no Gabão, uma das potências petrolíferas da África subsaariana, é o segundo a ocorrer em África em pouco mais de um mês, depois de o exército ter tomado o poder no Níger, em 26 de julho.
O Gabão juntou-se assim à lista de países palcos de golpes de Estado bem-sucedidos nos últimos três anos, que, para além do Níger, inclui o Mali (agosto de 2020 e maio de 2021), a Guiné-Conacri (setembro de 2021), o Sudão (outubro de 2021) e o Burkina Faso (janeiro e setembro de 2022).
Feministas acusam o novo governo de Israel de promover medidas contra as mulheres
Os activistas dos direitos das mulheres em Israel estão cada vez mais preocupados com as medidas do novo governo para separar homens e mulheres nos espaços públicos.
Contraofensiva ucraniana ultrapassa “dentes de dragão” em algumas localizações de Zaporizhzhia
Depois de mais uma noite marcada por alguns ataques russos, a contraofensiva ucraniana está a conquistar pequenos avanços na região de Zaporizhzhia, como relata o enviado especial da CNN Portugal à Ucrânia, Sérgio Furtado.
Nacionalistas russos reivindicam incursão na Rússia com dois mortos
© Getty Images
POR LUSA 05/09/23
Uma milícia nacionalista russa que luta ao lado das forças ucranianas reivindicou hoje ter matado dois agentes dos serviços secretos russos durante uma incursão em território da Rússia.
O Corpo de Voluntários Russos, que tem efetuado incursões armadas na Federação Russa, disse que a ação ocorreu na região de Bryansk, que faz fronteira com o norte da Ucrânia.
O governador de Bryansk, Alexandr Bogomaz, disse na segunda-feira à noite que o exército russo e as tropas do Serviço Federal de Segurança (FSB) tinham frustrado uma tentativa de sabotagem dos serviços secretos ucranianos em território russo.
A versão do governador foi desmentida pela milícia num comunicado nas redes sociais citado pela agência espanhola EFE, em que, ironicamente, saudou o FSB "por mais uma operação bem sucedida".
O grupo afirmou ainda que os dois agentes russos alegadamente mortos foram abatidos pela própria milícia e não pelo grupo de sabotagem ucraniano mencionado pelo governador de Bryansk.
Nos últimos meses, as autoridades russas têm denunciado várias tentativas de sabotagem, que atribuem a forças ucranianas, nas regiões russas que fazem fronteira com a Ucrânia, em Belgorod e Bryansk, em que morreram vários civis.
O Corpo de Voluntários Russos e a Legião da Liberdade para a Rússia, outra milícia de exilados russos, realizaram a ação mais notória em 22 e 23 de março, quando conseguiram controlar várias localidades em Belgorod durante horas.
Embora Kiev afirme não ter nada a ver com estas ações, ambas as formações utilizam equipamento do exército ucraniano, em alguns casos de fabrico ocidental.
As duas milícias também estão autorizadas a lançar estes ataques a partir de território ucraniano, segundo a EFE.
As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra iniciada por Moscovo em 24 de fevereiro de 2022 não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.
A Ucrânia tem recebido armamento dos aliados ocidentais, que também decretaram sanções contra Moscovo para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra.
O número oficial de baixas civis e militares do conflito é desconhecido, mas diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que será elevado.
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Desmantelada rede russa que recrutava mercenários para lutar na Ucrânia
© Lusa
POR LUSA 05/09/23
O governo de Cuba anunciou na segunda-feira o desmantelamento de uma rede de tráfico de pessoas, com sede na Rússia, que recrutava cubanos para lutar como mercenários na guerra na Ucrânia.
O Ministério do Interior "detetou e está a trabalhar para neutralizar e desmantelar uma rede de tráfico de seres humanos que opera a partir da Rússia para recrutar cidadãos cubanos aí radicados, incluindo alguns de Cuba", refere-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da ilha.
"Cuba não faz parte do conflito armado na Ucrânia", sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, assegurando que Cuba "está a agir e agirá energicamente" contra quem "participe em qualquer forma de tráfico de seres humanos com o objetivo de recrutamento (...) para que os cidadãos cubanos possam usar armas contra qualquer país".
Neste sentido, sublinha-se que as autoridades da ilha "neutralizaram tentativas desta natureza e foram iniciados processos penais contra pessoas envolvidas nestas atividades". No comunicado não se especifica quais os indivíduos ou organizações que estão por detrás desta rede.
O ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez, defendeu ainda que Cuba tem uma "posição histórica firme e clara contra" os grupos mercenários e desempenha "um papel ativo nas Nações Unidas em repúdio desta prática".
O governo cubano e os meios de comunicação oficiais têm feito eco da retórica de Moscovo quando se referem à invasão da Ucrânia pela Rússia, mas nas Nações Unidas optaram em várias ocasiões por se abster em vez de apoiar as posições do Kremlin.
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segunda-feira, 4 de setembro de 2023
Comunidade Económica dos Estados da África Central suspende Gabão
© Lusa
POR LUSA 04/09/23
O Gabão foi hoje suspenso da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), que exigiu a realização de eleições "o mais rapidamente possível", depois do golpe de Estado da semana passada, revelou o primeiro-ministro são-tomense.
Patrice Trovoada disse que a decisão saiu de uma reunião extraordinária da organização realizada hoje na Guiné Equatorial, país que passará a assumir a Presidência e a sede da CEEAC, considerando que Ali Bongo, que era o presidente em exercício da organização desde fevereiro, foi deposto pelos autores do Golpe de Estado.
Por outro lado, a CEEAC designou o presidente da República Centro Africana como facilitador das negociações, devendo se deslocar "imediatamente para Libreville para contactos, não só com o poder estabelecido, mas também com a oposição, sociedade civil e todas as partes envolvidas" na base de orientações previamente definidas na reunião.
"Fundamentalmente o que nós queremos é que os gaboneses saem a ganhar na paz, no diálogo. O que queremos é um regresso o mais rapidamente possível ao funcionamento das instituições democráticas daquele país", disse Patrice Trovoada, que regressou hoje da Guiné Equatorial.
O primeiro-ministro são-tomense insistiu que o Golpe de Estado no Gabão "traduziu-se numa interrupção do processo eleitoral" na base de uma contenda sobre os resultados eleitorais e a maneira como o processo foi organizado, por isso sublinhou que "não pode demorar muito tempo" para se ultrapassar esta situação e regressar "ao funcionamento normal das instituições através de mecanismo de expressão popular nas urnas".
O general Brice Oligui Nguema, que derrubou na semana passada o Presidente do Gabão, Ali Bongo Ondimba, tomou hoje posse como presidente durante um período de transição, no final do qual prometeu eleições sem especificar uma data.
Patrice Trovoada referiu que a tomada de posse do Presidente de transição no Gabão foi perante a vice-presidente, o primeiro-ministro da antiga presidência de Ali Bongo, e juízes de um Tribunal Constitucional que foi dissolvido.
Para o chefe do governo são-tomense "há muita coisa ainda que tem que ser esclarecida" e toda a situação "é anormal" por isso é preciso que "o mais rapidamente possível se volte a organizar eleições".
"A democracia quer dizer a expressão livre do povo, então nós pensamos que há prazos que podem ser muito curtos para que os gaboneses possam escolher livremente os seus dirigentes", disse Patrice Trovoada.
"Não vamos também ser ingénuos. Há uma situação que é preciso reconhecer. Há um golpe de Estado, há um Presidente que não está no poder, há pessoas membros do poder que aderiram ao novo poder, há também uma população que demonstra estar satisfeita com a mudança do poder, nós não podemos ignorar isso", acrescentou Patrice Trovoada.
Segundo o primeiro-ministro são-tomense participaram na reunião extraordinária da CEEAC, os Presidentes de Angola, da República do Congo, da República Centro Africana, da Guiné Equatorial, representante do Tchad e o representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para África Central.
Fazem parte da CEEAC Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Tchad, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Ruanda, São Tomé e Príncipe e República Democrática do Congo.
No passado dia 30 de agosto, os militares golpistas anunciaram o "fim do regime" de Ali Bongo Ondimba, que governou o Gabão durante 14 anos, menos de uma hora após a proclamação da sua reeleição nas eleições de 26 de agosto, alegando que estas tinham sido fraudulentas.
No dia seguinte, os golpistas proclamaram o general Oligui Nguema presidente de um Comité de Transição e de Restauração das Instituições (CTRI).
Os golpistas colocaram Ali Bongo em prisão domiciliária por "alta traição às instituições do Estado" e "desvio massivo de fundos públicos", entre outros crimes, e anunciaram a nomeação do general Brice Oligui Nguema, comandante da Guarda Republicana, como novo "presidente de transição".
A família de Ali Bongo Ondimba - que se tornou Presidente após a morte do seu pai, Omar Bongo, em 2009 - está no poder desde 1967.
O golpe de Estado no Gabão, uma das potências petrolíferas da África subsaariana, é o segundo a ocorrer em África em pouco mais de um mês, depois de o exército ter tomado o poder no Níger, em 26 de julho.
O Gabão juntou-se assim à lista de países palcos de golpes de Estado bem-sucedidos nos últimos três anos, que, para além do Níger, inclui o Mali (agosto de 2020 e maio de 2021), a Guiné-Conacri (setembro de 2021), o Sudão (outubro de 2021) e o Burkina Faso (janeiro e setembro de 2022).
Inglaterra lançará a primeira injeção mundial administrada em sete minutos para tratar câncer
Injeção subcutânea será aplicada em pacientes que passam por imunoterapia, com objetivo de encurtar o tratamento
RESUMINDO A NOTÍCIA👇
- Serviço de saúde estatal britânico será o primeiro a oferecer uma injeção que trata o câncer.
- Pacientes elegíveis tratados com a imunoterapia atezolizumab receberão injeção 'sob a pele'.
- Injeção pode reduzir o tempo de tratamento em até três quartos, durando só sete minutos.
- NHS England disse esperar que pacientes que iniciam tratamento mudem para nova injeção.
O NHS (Serviço Nacional de Saúde) do Reino Unido será o primeiro órgão no mundo a oferecer uma injeção que trata o câncer a centenas de pacientes na Inglaterra, o que pode reduzir o tempo de tratamento em até três quartos, segundo informações da agência Reuters.
Após a aprovação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na sigla em inglês), o NHS afirmou na última terça-feira (29) que centenas de pacientes elegíveis tratados com a imunoterapia atezolizumab receberão injeção “sob a pele”, o que liberará mais tempo para as equipes de câncer.
“Essa aprovação não somente nos permitirá oferecer cuidados convenientes e mais rápidos aos nossos pacientes, mas também permitirá que as nossas equipes tratem mais pacientes ao longo do dia”, disse o médico Alexander Martin, oncologista consultor da West Suffolk NHS Foundation Trust.
O NHS informou que o atezolizumabe, também conhecido como Tecentriq, é geralmente administrado aos pacientes por via intravenosa, diretamente nas veias, por gotejamento, o que pode levar cerca de 30 minutos ou até uma hora para alguns pacientes, quando pode ser difícil acessar uma veia.
“Demora aproximadamente sete minutos, em comparação com 30 a 60 minutos para o método atual de infusão intravenosa”, disse Marius Scholtz, diretor médico da empresa responsável pela injeção.
O atezolizumab é um medicamento imunoterápico que capacita o sistema imunológico do próprio paciente a procurar e destruir células cancerígenas. O tratamento é atualmente oferecido por transfusão a pacientes do NHS com diversos tipos de câncer, incluindo pulmão, mama, fígado e bexiga.
O NHS England disse esperar que a maioria dos cerca de 3.600 pacientes que iniciam o tratamento com atezolizumab todos os anos na Inglaterra mude para a injeção que economiza tempo.
No entanto, o serviço de saúde britânico acrescentou que os pacientes que recebem quimioterapia intravenosa em combinação com atezolizumab podem permanecer na transfusão.
Kim Jong-un deve ir à Rússia este mês para negociações com Putin
© KCNA/via REUTERS
Notícias ao Minuto 04/09/23
Os dois líderes deverão discutir o fornecimento de armamento aos russos para a guerra na Ucrânia, após meses de acusações por parte de autoridades ocidentais de que os norte-coreanos estariam a enviar armas para o conflito.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, deverá visitar a Rússia, durante o mês de setembro, para reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, segundo avança esta segunda-feira o New York Times. Será uma rara saída do norte-coreano para fora das fronteiras do país.
O jornal norte-americano afirma, apontando fontes militares norte-americanas, que Kim planeia negociar com o presidente russo sobre o fornecimento de armas para a Rússia, que há muito que tem procurado promover relações com Pyongyang e aumentar o armamento disponível para combater na Ucrânia.
Com a confirmação das negociações, confirmam-se também as acusações dos aliados da NATO, nomeadamente os Estados Unidos, que há muito que apontam o dedo à Coreia do Norte por enviar armas para serem usadas no leste ucraniano.
Kim Jong-un deverá viajar a partir da capital norte-coreana, viajando de comboio armado até Vladivostok, localizada na longínquia costa pacífica da Rússia. Também há a hipótese de Kim ir até Moscovo, mas tal não foi confirmado.
As autoridades dos Estados Unidos explicaram que Putin pretende comprar, em específico, munições de artilharia pesada e anti-tanque, enquanto que a Coreia do Norte está interessada em tecnologia para satélites - que ainda há pouco tentaram enviar para o espaço, sem sucesso, enervando e preocupando os japoneses - e submarinos movidos a energia nuclear. Além disso, acrescenta o NYT, o regime ditatorial de Pyongyang pretende mais assistência alimentar para a sua população, subnutrida, após épocas de crise ambiental, de pandemia e de a opressão colocada pelo próprio regime.
Os líderes deverão reunir no campus da Universidade Federal de Vladivostok, para um fórum económico agendado para os dias 10 a 13 de setembro, acrescentam as fontes do Times.
A notícia surge depois de, na quarta-feira passada, a Casa Branca ter avisado que Putin e Kim Jong-un estavam a trocar cartas sobre um possível acordo nuclear. O porta-voz, John Kirby, chegou a considerar que as conversas entre ambos os países estavam a "avançar ativamente".
Surge também depois de meses em que os aliados da NATO acusaram a Coreia do Norte, e o Irão, de fornecer armamento à Rússia para combater na sua invasão na Ucrânia, e para tentar complementar o seu arsenal, que se tem demonstrado sem capacidade para subjugar os ucranianos.
Associação de Estudantes da Universidade Colinas de Boé volta a realizar esta manhã uma vigília em frente daquela instituição universitária privada para exigir a revogação da decisão da Administração daquele estabelecimento que considera ilegal.
A Administração da Universidade Colinas de Boé terá obrigado os estudantes a pagar a propina referente ao mês de agosto, período em que os mesmos se encontravam em férias.👇
Por Quemo Dabó © Rádio Capital Fm Data: 04.09.2023
Presidente da Nigéria participará na cimeira G20 e equaciona adesão
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POR LUSA 04/09/23
O presidente da Nigéria, Bola Tinubu, viajou hoje para a Índia para participar na cimeira do G20, um bloco de economias ricas e em desenvolvimento a que o país considera aderir, disse o porta-voz presidencial Ajuri Ngelale.
"Embora a adesão da Nigéria ao G20 seja desejável, o Governo iniciou amplas consultas com vista a determinar os benefícios e riscos da adesão", disse Ngelale em comunicado.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, fez um convite especial a Tinubu para participar na cimeira de dois dias, 09 e 10 de setembro, em Nova Deli, numa altura em que a adesão da Nigéria ao Grupo dos Vinte (G20) está a ser considerada.
O G20 reúne 19 países e a União Europeia, com a Índia a exercer atualmente a sua presidência, que é rotativa anualmente entre os membros.
Se a Nigéria aderir ao G20, será o segundo país africano, depois da África do Sul, a entrar no grupo das nações mais industrializadas do mundo. A Nigéria tem o Produto Interno Bruto (PIB) mais alto da África, de acordo com o Banco Mundial.
Desde que assumiu o cargo em maio, o presidente Tinubu lançou reformas económicas ousadas que atraíram protestos em massa e enfraqueceram a naira, a moeda da Nigéria.
Durante a cimeira, Ngelale disse que o país africano, rico em petróleo, tentará atrair mais investimento estrangeiro direto para construir infraestruturas, sem se endividar.
O Ministro da justiça e Direitos Humanos, Albino Gomes visitou hoje (04.09), a Casa de Direitos da Liga Guineense, Gabinete de Informação e Consulta Jurídica GiCJU- Centro de Acesso à Justiça GAJ, Polícia Judiciária PJ, Interpol, Centro Prisional de Bandim, Comissão Nacional dos Direitos Humanos e Conservatória de Registo Civil de Bairro de Ajuda.
Inundações provocaram 33 mortos no Níger
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POR LUSA 04/09/23
Trinta e três pessoas morreram por afogamento ou na sequência da derrocada de edifícios devido às inundações provocadas pelas fortes chuvas caídas nos últimos dias na região de Agadèz, no centro do Níger, disseram hoje as autoridades.
Fontes da Direção-Geral da Proteção Civil do Ministério do Interior, citadas pela Agência Nigerina de Imprensa, afirmaram que foram contabilizados 24 mortos por afogamento e nove vítimas de desabamentos provocados pela chuva.
No domingo, a agência noticiou que fortes tempestades haviam causado vítimas mortais e importantes danos materiais, com quedas de árvores, muros e postes elétricos, em Agadèz.
No passado dia 14 de agosto, outras oito pessoas morreram afogadas ou vítimas do desmoronamento das suas casas devido às inundações que atingiram a região de Tahoua, no centro-sul do país, tendo as fortes chuvadas afetado 1.794 pessoas.
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Professores na Coreia do Sul protestam contra assédio por pais e alunos
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Notícias ao Minuto 04/09/23
A manifestação foi motivada por um crescimento no número de suicídios na classe docente do país, que tem denunciado situações de bullying e pedido melhores condições de trabalho.
Milhares de professores sul-coreanos fizeram greve pelo país inteiro e protestaram em massa em Seul, a capital da Coreia do Sul, para exigir melhores condições de trabalho e de segurança após uma onda violenta de assédio e abuso por parte de estudantes e encarregados de educação.
Cerca de 15 mil pessoas manifestaram-se esta segunda-feira pelas ruas da capital, com os docentes a apresentarem-se vestidos de preto, marchando até à porta da assembleia nacional sul-coreana.
O evento foi motivado pela morte de uma professora de jardim de infância, de 23 anos, que se terá suicidado na sua escola em Seul, após ter denunciado problemas de ansiedade e de saúde mental perante as queixas de pais abusivos e verbalmente violentos. Após a sua morte, vários professores falaram de situações semelhantes no seu local de trabalho, e organizaram vigílias e demonstrações em homenagem à colega e pedindo mais direitos laborais e maior proteção nas escolas.
Nas últimas semanas, mais casos de suicídios de professores têm sido registados, o que só tem fomentado ainda mais descontentamento na classe profissional. Até junho, cerca de 100 professores tiraram a própria vida na Coreia do Sul desde 2018, segundo dados do governo citados pelo The Guardian. Desses, 57 lecionavam no ensino primário.
A Coreia do Sul tem a taxa de suicídio mais elevada da OCDE, sendo a principal causa de morta para as pessoas entre os dez e os 39 anos de idade.
Cerca de 200 mil profissionais de educação terão aparecido nos protestos em Seul ao longo do fim de semana.
Muitos, perante as leis restritas sobre o direito à greve, meteram baixa para poder protestar. Isto resultou no encerramento de algumas escolas um pouco por todo o país, e as autoridades afirmaram que estes protestos eram considerados ilegais, prometendo consequências legais.
O ministério da Educação prometeu que iria reforçar a autoridade dos professores e promover legislação que punisse abusos e assédio em espaços educativos, mas também acusou os anteriores governos de "priorizar" os direitos dos estudantes, descurando os dos professores.
Se estiver a sofrer com alguma doença mental, tiver pensamentos autodestrutivos ou simplesmente necessitar de falar com alguém, deverá consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral. Poderá ainda contactar uma destas entidades:
SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545 (Número gratuito) - 912 802 669 - 963 524 660
Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (Número gratuito) e 210 027 159
SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020 - 915246060 - 969554545
Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 080 707
Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535
Todos estes contactos garantem anonimato tanto a quem liga como a quem atende. No SNS24 (808 24 24 24 - depois deve selecionar a opção 4), o contacto é assumido por profissionais de saúde. A linha do SNS24 funciona 24 horas por dia.
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O Presidente da República recebeu, em audiência, o representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, para o Gabinete da ONU para a África Ocidental e Sahel (UNOWAS), Sr. Leonardo Simão.
Alemanha defende reforma da UE e do Conselho de Segurança de ONU
© Reuters
POR LUSA 04/09/23
A Alemanha defendeu hoje a necessidade de uma reforma da União Europeia (UE), tendo em vista um futuro alargamento, e do Conselho de Segurança das Nações Unidas para responder aos novos desafios.
"Serão necessárias reformas das instituições europeias e da política de coesão, bem como respostas à forma como queremos reforçar a UE enquanto ator geopolítico", afirmou a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock.
Num discurso na conferência de chefes de missões alemãs no estrangeiro, em Berlim, Baerbock referiu-se à Ucrânia, à Moldova, aos Estados dos Balcãs Ocidentais e, futuramente, à Geórgia para defender reformas na UE.
Disse ter chegado o momento de agir com coragem "para que a futura UE de mais de 30 Estados seja uma união forte e capaz de agir", o que "exige reformas internas".
Baerbock anunciou que a Alemanha pretende organizar uma Conferência sobre a Europa antes do Conselho Europeu de dezembro, para discutir quais os passos necessários na UE com vista ao alargamento e às reformas correspondentes.
A UE atribuiu o estatuto de países candidatos a Albânia, Bósnia Herzegovina, Macedónia do Norte, Moldova, Montenegro, Sérvia, Turquia e Ucrânia.
Geórgia e Kosovo são considerados potenciais candidatos.
Baerbock também se referiu ao Conselho de Segurança da ONU para recordar que a última reforma deste órgão ocorreu há 60 anos.
Desde então, disse, a Alemanha reunificou-se e cerca de 60 Estados tornaram-se independentes em África, na América Latina e na Ásia.
"Exigiram, com razão, uma voz e um lugar à mesa", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã.
O Conselho de Segurança tinha originalmente 11 membros, dos quais cinco permanentes, mas passou aos atuais 15 em 1965, duas décadas depois de ter sido criado no rescaldo da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que a Alemanha perdeu.
Baerbock defendeu que o mesmo se aplica às instituições financeiras internacionais, aos organismos de saúde e a formatos como o G20, "no qual, por exemplo, a União Africana merece ser membro permanente".
A ministra e dirigente dos Verdes mencionou ainda a 'Zeitenwende', termo alemão que designa uma mudança de era, neste caso precipitada pela guerra de agressão russa na Ucrânia, com a invasão de há 18 meses.
Segundo Baerbock, a guerra provocou "uma nova fase na política externa alemã" e uma mudança na forma como a Alemanha quer moldar o seu futuro papel numa Europa unida e no mundo.
Defendeu que a nova fase é sobre como lidar com as ameaças à segurança da própria Alemanha no coração da Europa.
"Em primeiro lugar, temos de nos reorganizar e fazê-lo de uma forma mais forte, a nível político, económico, militar, civil e mental. Temos de investir na nossa própria força", afirmou.
"Em segundo lugar, temos de investir no exterior, nas nossas alianças europeias e transatlânticas, e também em novas parcerias globais", disse aos diplomatas alemães.
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Cereais. Putin rejeita acordo enquanto Ocidente não cumprir exigências
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POR LUSA 04/09/23
O Presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou hoje firmar um novo acordo para o transporte de cereais através do Mar Negro enquanto o Ocidente não cumprir exigências de Moscovo.
O líder russo falava após conversações com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na estância balnear de Sochi, no sul da Rússia.
A par da ONU, Erdogan foi um dos mediadores do acordo original, conhecido como a Iniciativa do Mar Negro e firmado no verão de 2022 em Istambul, que permitiu à Ucrânia exportar a sua produção de cereais em segurança.
Moscovo abandonou unilateralmente o protocolo em julho.
De acordo com a imprensa de Ancara, o chefe de Estado turco esperava no encontro de Sochi "convencer" o Presidente russo a retomar os acordos.
Na abertura daquele que foi o primeiro encontro entre os dois chefes de Estado desde outubro do ano passado, Erdogan havia prometido para o final um anúncio "muito importante" sobre as exportações de cereais.
Nas declarações após o encontro com Erdogan, Putin disse que a Rússia está a finalizar um acordo para fornecer gratuitamente cereais a seis países africanos.