quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
Covid-19: Presidente senegalês vacinado para "dar o exemplo"
© Getty Images
Notícias ao Minuto 25/02/21
O Presidente senegalês, Macky Sall, recebeu hoje a primeira dose da vacina da Sinopharm, produzida pela China, afirmando querer "dar o exemplo", dois dias depois do arranque da campanha de vacinação no seu país.
"Acabo de ser vacinado contra #Covid19. Há esperança para todos. Apelo a toda a população para que faça o mesmo", escreveu, na sua conta na rede Twitter, o chefe de Estado senegalês, sob uma foto mostrando-o com a manga esquerda erguida até ao ombro enquanto um médico se prepara para o injetar com uma dose da vacina.
"Juntos, desde o início da crise, temos vindo a combater um inimigo que ameaça a nossa saúde e as nossas vidas, que tem levado os nossos entes queridos. Agora que temos a arma de que precisamos para reduzir ou mesmo eliminar a propagação do nosso inimigo, não devemos perder a oportunidade", exortou aos seus compatriotas.
"Devemos dar o exemplo e nós demos o exemplo. Outros devem seguir", disse Macky Sall, também na televisão, que transmitiu a operação em direto do salão de banquetes do Palácio Presidencial.
A mulher do Presidente e várias personalidades destacadas receberam depois a sua dose de vacina.
Sall, de 59 anos, que não se enquadra nas categorias prioritárias, tinha insinuado na Rádio France Internationale (RFI), na terça-feira, que seria vacinado brevemente.
O Senegal adquiriu 200.000 doses de vacina Sinopharm, da China, que foram entregues em 17 de fevereiro, e deu 20.000 doses no total a dois dos seus vizinhos, Gâmbia e Guiné-Bissau.
Mais de 4.000 pessoas foram vacinadas na terça-feira, de acordo com as autoridades senegalesas. A campanha tem como alvo principal cerca de 20.000 trabalhadores da saúde e os idosos.
O Senegal, um país com mais de 16 milhões de habitantes, tem sido confrontado desde o final de novembro com um aumento dos casos de covid-19, com um total de mais de 33.741 casos e 852 mortes.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.498.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Não consigo compreender porque achamos que os racistas são os outros, quando também temos ódio aos outros, pela cor da pele com que os caracterizamos,...Fernando Casimiro
Por Fernando Casimiro
Continuamos, infelizmente, enquanto Guineenses, possuídos pelo espírito do recalcamento, do ódio e da vingança, com base em conjunturas históricas, culturais, sociais e políticas de um passado horroroso, sem dúvida, mas que deveria ser, nos dias de hoje, todo ele, de aprendizagem e de reflexão para a projecção, promoção e construção de espaços e pontes, de convivência, suportados pelo realismo da nossa própria emancipação cidadã.
Não consigo compreender porque achamos que os racistas são os outros, quando também temos ódio aos outros, pela cor da pele com que os caracterizamos, para um julgamento secular, que nos dias de hoje não deveria ser uma continuidade, por via de uma suposta herança comportamental dos povos cujos antepassados tiveram comportamentos desumanos para com os nossos antepassados, nos nossos espaços geográficos.
Quem pode aspirar a um Mundo Melhor, continuando a querer fazer da História a sua própria história, para daí, igualmente, vestir-se de colonizador ou invasor, em jeito de revanchismo, pondo em causa as transformações pelas dinâmicas políticas, sociais e culturais, Globais, que possibilitaram o fim da Escravatura; o Direito à Autodeterminação e Independência dos Povos colonizados, e uma série de Direitos Humanos sem discriminação da cor, do sexo, da religião?
Afinal estamos a "lutar" contra o quê ou a favor do quê?
Queremos reavivar o passado por não conseguirmos curar ou cicatrizar as feridas de um passado secular, quiçá, de gerações, que nos continua a atormentar;
Ou o que realmente queremos é a reavaliação dos nossos Direitos, entre Humanos e Fundamentais, onde quer que seja, face às oportunidades que se tornaram cada vez mais escassas fora do nosso Continente Africano?
Será que África não precisa da presença física de todos quantos reclamam discriminação na Europa, por exemplo?
Creio que todas as portas estão abertas em África para todos os Africanos e seus descendentes.
A questão que se coloca é: porque queremos, enquanto Africanos, emigrar para a Europa e para as Américas, ignorando a nossa própria África?
Se a Europa é alegadamente racista, porque continuamos por lá, querendo mudar essa alegada mentalidade racista da Europa e dos europeus?
Se argumentamos que no nosso Continente não há respeito pelos Direitos Humanos e pelos Direitos Fundamentais, como justificação para a emigração ou para a solicitação de estatuto de refugiado ou asilado político, porque é que não temos a iniciativa e a coragem para lutar contra os políticos e governantes dos Países do nosso Continente, mas temos a iniciativa e a coragem para nos sentirmos no direito de "lutar" contra a forma como Países e povos europeus que nos acolheram, vivem e convivem, e onde os Direitos, as Liberdades e Garantias, são uma realidade, independentemente das excepções ou de casos fora do contexto institucional e legal do Estado?
Positiva e construtivamente.
Didinho 25.02.2021
Helena Said reacende debate tribalista na política guineense
Por capitalnews.gw fevereiro 25, 2021
Helena Said, membro da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), reacendeu esta quarta-feira (24.02) o debate tribalista, há muito inaugurado na Guiné-Bissau.
As declarações surgiram em resposta à conferência de imprensa do seu colega do partido, Midana Na Tchá, que, segunda-feira (22.02), proferiu duras críticas ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, acusando-o de dividir os guineenses, usando questões étnicas (falar da sua etnia, fula) e religiosas.
“É uma preocupação que nos uniu, porque, desde segunda-feira, estou a receber várias ligações de pessoas, a perguntarem a nós fulas o que houve.
Nós somos fulas e estamos a fazer a política. Não estamos a fazer política pela etnia, mas sim, como cidadãos guineenses”, disse Helena Said, em conferência de imprensa na qual usaram de palavras alguns dos elementos de APU-PDGB.”
Said prosseguiu ainda, reprovando o debate étnico na Guiné-Bissau:
“Em pleno século XXI não se pode estar a falar da etnia sobretudo na Guiné-Bissau, porque hoje em dia, se for escrever a história dos fulas na Guiné-Bissau, não vais conseguir porque a partir da quarta frase aparecerá a história de uma outra etnia. Hoje, não é possível escrever a história dos Balantas porque vais escrever duas ou três palavras aparecerá a história dos Manjacos. Não se pode escrever a história dos mandingas, papéis, beafada e nalus, sem aparecer uma outra etnia”, refere.
Aludindo às declarações de Midana Na Tchá, a dirigente de APU-PDGB afirma que, pelo facto de não conseguir o que se quer dentro do partido não é a razão para a frustração, ou para fazer discursos incendiários.
“Não queremos isso no nosso partido. Não queremos discursos incendiários na Guiné-Bissau. BASTA, não queremos mais”, disse.
Na Guiné-Bissau, o debate sobre as questões étnicas e religiosas acendeu nas últimas eleições legislativas, em 2019, e teve a continuidade nas presidenciais. Os protagonistas são as figuras políticas e os seus apoiantes, que se acusavam mutuamente, de um estar contra uma étnica ou religião.
Por CNEWS
Um GOVERNO DE UNIDADE NACIONAL com SOCIEDADE CIVIL ?
O futuro não é cósmico, é o do meu século,
do meu país, da minha existência.
Frantz Fanon
Por estes dias tenho assistido nas rádios e lido nas redes sociais uma espécie de debate sobre a inclusão da Sociedade Civil no Governo. Muitos são contra, com argumentos que posso respeitar e respeito, e outros são a favor com argumentos que também me parecem respeitáveis e competentes.
Há quem fale de Governo de Unidade Nacional em que a Sociedade Civil teria um papel preponderante que baste, e há quem ache que esta deve fugir dos políticos como o Diabo da Cruz, se não correrá o risco de se desagregar.
Há quem pense mesmo que o papel da Sociedade Civil é de lutar contra o Governo sempre, independentemente das virtudes ou das ações do mesmo. Assim resumidamente: Se o Governo errar, atacar, se acertar, calar a boca, nada dizer, se não, é conotado com o mesmo, etc.
Sendo este assunto - da ida ou não da Sociedade Civil para o Governo -, uma matéria interessante, e sendo eu membro da Sociedade Civil por força de uma ONG (Cultura Património e Cidadania) que criei e sou o Coordenador e por ser também membro da Direção do próprio Movimento Nacional da Sociedade Civil que engloba quase todas as organizações da Sociedade Civil – achei que deveria dar a minha sincera opinião neste caso.
Por isso fiz questão de começar por dizer quem sou em relação a Sociedade Civil, para que quem me leia perceba-me e perceba a minha independência de pensamento nesta ou em qualquer outra matéria (e assim espero continuar mesmo no dia em que comece a passar fome).
Mas antes de continuar queria ainda tecer algumas considerações sobre este convite (assim é entendido) feito pelo Primeiro Magistrado: Se o Presidente da República entende que a Sociedade Civil é útil e necessária neste momento, para servir o país em algo mais do que ser simples crítico ou apoiante de políticas, a sua intenção é louvável. É um reconhecimento de que dá algum valor a Sociedade Civil. Mesmo que esta viesse a recusar este convite, sentirá que não foi posta de lado como tantas vezes (quase sempre) pelo poder Politico, durante estes anos todos.
Todos estes últimos quarenta anos a Sociedade Civil em Geral (aqui não falo do Movimento Nacional em si) tem servido muitas vezes de caixa de ressonância de políticas do Poder e usada pelo Poder Politico, muitas vezes, para legitimar as suas ações de uma forma ou de outra. E isso levou a roturas profundas dentro desta parte significativa e marcante da nossa Nação (por ex. a Liga e outras organizações pediram a suspensão de membros do Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento). Seja como for, isso é compreensível e normal, pois sendo a Sociedade Civil formada por diferentes atores, diferentes organizações, com diferentes objetivos e metas num largo arco de diapasão que vai desde a Protecção do Ambiente, do Património, Cultura, Direitos Humanos, Sociais e Económicos, então é natural que cada acontecimento Politico importante tenha a sua repercussão em cada uma dessas organizações. E consoante a sua sensibilidade ou posicionamento, as reações foram diferentes e por isso muitas acusações ou suspeições sobre apoios a este ou aquela fação politica são recorrentemente lançadas entre elas e acabam passando para a população em geral. E a verdade seja dita, por força disso, hoje em dia muita gente não acredita em nós e na nossa independência de Acção e de pensamento.
Mas isso é errado, pois eu que fui Coordenador da Casa dos Direitos, logo a seguir ao Golpe de 12 de Abril de 2012, e trabalhei com quase todas as organizações da Sociedade Civil, tanto as Nacionais como as estrangeiras ou Internacionais, conheço a fundo esta problemática. Tendo estado ausente do País uns 14 anos, e acabado de chegar, foi um dos melhores aprendizados que tive sobre esta nossa sociedade e os homens que a compõem, mais do que sobre as diferentes organizações que compõem a Sociedade Civil ou o Movimento Nacional.
Nessa altura, como antes e depois, sempre houve acusações de que a Sociedade Civil fazia política encapotada, etc. por exemplo, a Liga dos Direitos Humanos (membro do Movimento nessa altura, era suspeita de apoiar o regime que tinham acabado de ser derrubado e outras organizações eram suspeitas de apoiar o Golpe de Estado. No meu papel de Coordenador da Casa dos Direitos, tinha que trabalhar com todas as organizações independentemente de serem apoiantes de uma das partes ou não. E foi o que fiz, dialogando como todos e trabalhando com todos. Apreendi que esta sociedade é muito mais complexa que nos aprece a primeira vista e as vezes o que nos parecia errado no momento, a longo prazo se viria a revelar verdadeiro. Por isso hoje sou outro homem coma capacidade de entender as opiniões e pontos de vistas de todos mesmo que fossem contra as minhas próprias fortes convicções. Por exemplo eu que era contra o Golpe - por uma questão de principio (não podia aceitar que havia golpes bons e Golpes maus) - acabei criando amizade com muita gente que apoiou e apoiava o Golpe. Pois percebi que muito mais importante do que os lados da trincheira onde nos encontrávamos nesse momento, era o facto de sermos compatriotas. Ser compatriotas, diferentemente de ser amigos, não se escolhe, é uma realidade que nos assiste irrevogavelmente por termos nascido na mesma pátria e comungarmos dessa mesma essência.
De outro modo teremos, como há quarenta anos atrás, apenas palavreado ideológico estafado sobre a “unidade nacional” social e política do país, que como antigamente, conforme as conjunturas, se traduz no palavreado político (ainda mais estafado) sobre a utilidade dos “Governos de Unidade Nacional”. Uma noção extremamente perniciosa, grandemente responsável pelo nosso atraso e subdesenvolvimento, durante anos.
Na verdade, esta noção de “Unidade Nacional” - que geralmente por falta de ideias, meios e capacidade para a sua aplicabilidade prática não teve nenhuma utilidade em qualquer esfera da vida nacional (seja económica, cultural, social ou politica) - só tem expressão, ou por outro, só é “realizada” através dos tais “Governos de Unidade Nacional”; que geralmente nem são Governos (nunca governam, só desgovernam) e muitos menos são algum instrumento de coesão nacional.
Portanto, os Governos de Unidade Nacional, sempre foram uma falácia baseada num certo conceito de “justiça nacional”, esquecendo-se que a “justiça” stricto sensu nada tem a ver com a liberdade, desenvolvimento e progresso.
Também eram baseados em “repartição equitativa” de tribos no aparelho de Estado. Tantos Balantas em relação a tantos Fulas que por sua vez estão em relação a mandingas, etc. Um conceito simplista, muitas vezes utilizada para manter um certo statos quo num determinado momento político (ou pura e simplesmente para dividir postos e tachos) e traduz-se na ideia errónea e tola de que por um representante de cada etnia nacional no Executivo resolve por si só algum problema ou seria uma mais-valia no processo governativo; como se isso alguma vez acrescenta-se competência ou valor a um Governo.
Isso, numa linguagem simples e compreensível para a maioria, é como fazer uma Seleção Nacional de Futebol com representantes de todas etnias, em vez de seguir simplesmente lúcidos critérios futebolísticos, consubstanciados na arte e genica de cada jogador e o contributo que pode dar a à equipa como um todo.
Alem de que Governos de “Unidade Nacional” são Governos políticos e não técnicos, no sentido que não “criam riqueza” e nem “produzem desenvolvimento” de alguma índole, servem apenas para atenuar (e não resolver) problemas políticos (num dado momento) e nenhum problema nacional de verdade. E como não criam riqueza, não a podem distribuir e com o tempo a pobreza é mais forte do que lealdades sejam elas tribais ou religiosas.
Mas se me permitem, sobre este particular – ainda sobre quimeras baseadas em fictícias unidades nacionais -, deve-se dizer que muita gente, inteligente e lúcida quanto aos destinos desta Pátria, também advoga por um Exercito de Unidade Nacional com representantes de várias etnias, em pé de igualdade. Pensam honesta e erroneamente que criando um exército nacional com elementos de várias etnias (com numero de efectivos iguais) teríamos um exército necessariamente melhor; como se esse facto político, por si só, melhorasse o desempenho do mesmo; como se na vida militar pudesse haver outros pressupostos que não sejam a rígida disciplina, coragem, amor a pátria, dedicação e respeito aos poderes constituídos.
Não percebem que isso não resolveria nenhum problema “político” e muito menos “militar” e pelo contrário iria levar a que houvesse indisciplina, brigas e falta de autoridade das chefias, que teriam que funcionar na base de tribalismo - em vez de competência, patriotismo e capacidades naturais de cada elemento - tanto na incorporação como nas promoções, nas passagens a reserva, na atribuição de subsídios, alojamentos, etc.
E isso seria uma fonte de permanente conflitualidade, pois haveria o problema de as tribos maiores quererem ter mais efectivos que as menores, etc. , o que no limite levaria a uma bipolarização entre as duas maiores; coisa que longe de servir para uma unidade orgânica, levaria conflitos que no limite nos levaria a uma outra Guerra a curto prazo.
Mas deste asunto em particular, do exercito nacional, falarei depois, agora voltemos ao Governo com elementos da Sociedade Civil. Como disse o facto de ser convidado para fazer parte de um Governo, seja de Unidade Nacional ou não, é uma honra para o Movimento nacional, afinal neste País já tentamos tudo, e nada resultou. Porque não a Sociedade Civil? Se há anos que a sociedade Civil critica a atuação dos Políticos porque não demostrar na prática a sua capacidade? O que teríamos a perder? Não era Marx que dizia que "É na prática que o homem tem que demonstrar a verdade, isto é, a realidade, e a força, o carácter terreno de seu pensamento. O debate sobre a realidade ou a irrealidade de um pensamento isolado da prática é um problema puramente escolástico." ? Bom penso que é hora de o pensamento da Sociedade Civil ser demostrado no terreno.
Em quantos países a Sociedade Civil foi a solução de todos os impasses de dezenas de anos entre políticos e seus apoiantes? Esquecem da Polonia do Lech Wałęsa? Do Egipto, da Tunísia, do Mali? Toda a revolução nos países árabes foi conduzida pela sociedade Civil já para não falar das Clássicas como a Francesa.
Talvez, hoje, depois e todas as tentativas, golpes e contragolpes, chegou a altura da Sociedade Civil ajudar? Acho sinceramente que sim, apenas não a devem condicionar através de jogos políticos e conjunturais em que os partidos políticos são maquiavélicos. Nós podemos ajudar e como se pretende, mudar o paradigma deste País. Deixar de sermos um país que só se conhece pelas piores razões e fazer dela algo que nos orgulhe.
Se queremos um novo começo, uma tentativa nova vamos incluir um actor novo sem condicionamentos.
Diz-se que ninguém é profeta na sua terra, mas a teorização política deve ser também um instrumento para elevar o nível das nossas gentes e originar uma melhor compreensão do que se passa no nosso país e das reais possibilidades de caminharmos rumo a uma etapa superior.
Não falei com o Presidente do Movimento sobre este artigo e ele nem sabe que vou fazer um artigo, mas é melhor assim. Se aquilo que aqui digo não for do seu agrado, ainda bem, pois eu entendo que no Movimento e dentro do Movimento deve haver sempre independência de pensamento. Assim as minhas opiniões são minhas e de mais ninguém e só me vinculam a mim.
Mas como o mundo, que “nunca envelhece, mas apenas nós” - como bem dizia o meu velho pai, usando a sabedoria do nosso povo neste ditado crioulo-guineense, eu direi que "o povo também “nunca termina nem envelhece, apenas os seus filhos”, então é hora de por as mãos na massa e criar algo novo de raiz em todas as áreas.
Que Déus abençoe esta terra.
Coordenador da CPC
Vice Assembleia Geral do MNSCPD
Bastonário da ONAGB
Guiné-Bissau: Choque com a Presidência provoca caos na Ordem dos Advogados
Por © e-Global Notícias em Português 25/02/2021
POR UMA REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA
Por Idriça Djalo
As declarações do Chefe de Estado difundindo por um lado, rumores do seu eventual assassinato assim como o de responsáveis do sector securitário e, por outro lado de um possível golpe de estado em preparação, trazem-nos más recordações.
Colocam em evidência que o Sistema esgotou completamente o seu potencial.
Mais trágico ainda, a incapacidade congénita da classe politica que dirige este País há longos anos, de se questionar e de fazer o inventário de um Sistema que tornou-se uma ameaça existencial para a nossa segurança coletiva, constituindo um problema.
É o que salta aos olhos e que choca!
Os paliativos até aqui utilizados, dos quais a corrupção constitui o último patamar, mostraram os seus limites.
A utilização excessiva da corrupção, o recurso massivo de fundos desviados do erário publico, os recursos financeiros oriundos de tráficos diversos e variados, assim como os financiamentos de origem indeterminada usados no momento das eleições, criaram a ilusão durante algum tempo. Transformaram a nossa democracia em momento de carnaval e de diversão.
O despertar é cada vez mais doloroso porque os factos são teimosos.
A população constata a cada dia que passa que este Sistema não tem nada de bom a oferecer.
Com o passar do tempo, todos os guineenses conseguem avaliar sem dificuldade os estragos que tem provocado:
1-Destruição da nossa administração publica através de uma politização e partidarização excessiva;
2-Descrédito do nosso sistema judicial que funciona no vazio, distante das preocupações das populações;
3-Desarticulação do nosso sector privado causado por uma politização inadequada;
4-Instrumentalização das nossas forças de defesa e segurança;
5- Ausência total de perspectivas de futuro para os guineenses, principalmente para a camada juvenil.
Estes dirigentes políticos destruíram sistematicamente todas as tecnoestruturas institucionais do Paìs.
Para evitar que a sua responsabilidade seja colocada em evidência, eles procuram instrumentalizar as populações, precipitando-as em conflitos étnicos e religiosos.
Infelizmente para eles, as populações, sobretudo os jovens, compreendem cada vez melhor que esses indivíduos que controlam o poder do Estado há demasiados anos, não têm nada mais do que agendas e interesses pessoais e que, todas as invocações de narrativas étnicas, são argumentos falaciosos para continuar disfarçadamente, as suas obras de predação ás custas de um Paìs esgotado.
As jogadas escondidas duraram demasiado tempo.
Os guineenses já compreenderam que os governantes e alguns políticos são os únicos beneficiários deste Sistema podre.
Em conjunto, trabalhemos pois para o nascimento de uma nova República!
Idriça Djalo
Presidente do Partido da Unidade National
Avenida Macky Sall - Quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
Guiné-Bissau: Registados mais 44 casos novos de infeção pelo no Coronavírus.
_ Registados mais 44 casos novos de infeção pelo no Coronavírus.
_ 19 pessoas internadas com COVID-19, mais 4 do que ontem.
_ 3215 casos ativos.
_ Mais 9 pessoas recuperadas.
Cumpra as medidas de proteção individual.
#somos2milhõesdecomportamentos
Alto Comissariado para o Covid-19
MOCÃO DE CONFIANÇA AO PRESIDENTE
Por Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau
MOCÃO DE CONFIANÇA AO PRESIDENTE
O Conselho de Ministros atento ao avizinhar do primeiro aniversário do mandato de Sua Excelência Senhor Presidente da República, deliberou "reiterar a moção de confiança do Governo ao Chefe de Estado e 1° Magistrado da Nação pela elevação patriótica e clarividência política demonstradas na complexa condução dos destinos da Pátria de Amilcar Cabral e dos Combates da Liberdade da Pátria".
Juntos somos mais fortes
GOVERNAR PARA TODOS
NOTA DE CONDOLÊNCIA
RÉPUBLICA DA GUINÉ-BISSAU
MOVIMENTO PARA ALTERNÂNCIA DEMOCRÁTICA, GRUPO DOS 15
MADEM-G15
NOTA DE CONDOLÊNCIA
A Coordenação Nacional do MADEM-G15 tomou conhecimento da triste notícia do desaparecimento físico e de forma inesperada do Deputado da Nação e Presidente da Comissão Eventual da Revisão da Constituição da Républica, Camarada JOÃO SEIDIBA SANÉ, destacado dirigente e político do PAIGC, foi primeiro secretário da Assembleia Nacional Popular na oitava legislatura, combatente de uma uta para implementação do estado de direito na Guiné-Bissau, baseado nos alicerces da democracia.
O vazio deixado pelo nosso irmão Camarada JOÃO SEIDIBA SANÉ dificilmente será preenchido, o Parlamento guineense fica internamente órfão de um dos seus filhos que marcou década de debate parlamentar num estilo próprio, caraterizado por voz forte que simultaneamente abalava a consciência e apelava ao sentido de responsabilidade do Hemiciclo a cada vez que se fazia ouvir.
O malogrado era Deputado no círculo eleitoral N.º 6, Região de Oio, eleito na lista do PAIGC, onde exercia sua atividade até os últimos dias do seu falecimento, na manhã de Domingo passado, dia 21 de fevereiro.
Nesta hora de profunda consternação, dor e tristeza que paira no fundo do coração, a coordenação do MADEM-G15, apresenta à família enlutada, ao PAIGC, a ANP e ao povo da Guiné-Bissau, assim como todos os amigos do malogrado, as suas mais sentidas condolências.
Que a sua alma descanse em Paz.
Bissau, 22 de Fevereiro de 2021.
O coordenador Nacional
Braima Camará
Madem-G15 Movimento para Alternância Democrática
Hospital de Gabú recebe medicamentos por parte de SIUFAL
🇳🇬Palace of the Ohinoyi of Ebiraland, Kogi State, Nigeria
By Afrikan Child
The Ohinoyi of Ebiraland is the traditional ruler of the Ebira people. The title Atta of Ebiraland has also historically been used for this position but fell out of favour in the 20th Century. The position is elected by a group of elders and has traditionally rotated amongst the major clans of the Ebira.
O QUE A GUINÉ-BISSAU PRECISA É DE VENDER
Por Umaro Djau
Em primeiro lugar, reconheço que a Guiné-Bissau vai continuar a depender do mercado externo, em termos materiais, de equipamentos, da tecnologia e até dos produtos básicos de consumo nacional.
Todavia, qualquer economista dir-nos-ia que, de um modo geral, a economia de um país não cresce com as "compras" dos produtos ou serviços doutros países, ou seja, com o hábito e a prática do consumismo.
A economia faz-se quando nós produzimos serviços e produtos que os outros (outras nações) possam comprar ou que nós próprios possamos consumir internamente, com o devido poder de compra que acaba por gerar capitais.
Qualquer economista dir-nos-ia que uma economia funcional gera à volta de um sistema interligado de trabalho (humano ou através da automação), da troca e de consumo. Sim, também, através de consumo.
Mas, uma economia não se constrói com a ênfase na "compra", mas fundamentalmente, através de um processo da poupança (e de reinvestimento) de capitais adquiridos durante o processo de produtividade, quer no mercado de negócios (ou de serviços) interno ou externo, quer formal ou informal.
Portanto, a Guiné-Bissau não precisa de "começar a comprar". Ela precisa é de começar a produzir internamente e vender (produtos) e/ou começar a oferecer (serviços) que lhe possa render capitais, através das compras dos "outros" ou de nós próprios, dentro da permissibilidade que a nossa capitalização nos confere.
Dita de uma forma simples: devemos produzir mais e exportar mais. Por outro lado, devemos consumir menos (produtos/serviços externos) e importar menos.
Haverá certamente outras teorias económicas e práticas complementares (i.e. o poder económico dos empreendedores nacionais e a questão da diversificação da nossa economia nacional) impossíveis de mencionar nestes breves trechos, por uma questão de tempo e da brevidade.
--Mestre Umaro Djau
25 de Fevereiro de 2021
Comunicado conjunto SNPC & PAM, sobre doação das viaturas e outros materiais
Nigeria: Photos From The Construction Of Zungeru hydro-Power Project
The project is largely financed by the Chinese CCECC with the Nigerian government contributing 15% worth $194 Million Dollars as its counterpart funding and it will be recalled that President Muhammadu Buhari approved and paid this money at once to ensure the speedy completion of this Project.
Zungeru hydropower project is a 700MW hydroelectric facility being built with Chinese assistance on the upper and middle reaches of Kaduna River in the Niger State of Nigeria.
Estimated to cost $1.3bn, Zungeru is the biggest hydropower project under construction in Nigeria.
Construction works on the power plant started in May 2013 and were expected to take 60 months for completion. However, legal and financial challenges related to ecological settlement in the affected area delayed the project commissioning to 2021.
The project was expected to provide employment opportunities to more than 2,000 people during the peak construction period.
The Zungeru hydroelectric project site is located on the Kaduna River near Zungelu in the Niger State, approximately 150km away from Abuja, the capital city of Nigeria.