sexta-feira, 6 de maio de 2022

África do Sul: Um Presidente contra o seu povo

Dw.com 06.05.2022

Cyril Ramaphosa era tido como o "salvador" do partido no poder na África do Sul, o ANC, quando assumiu a Presidência, em 2018. Mas a sua credibilidade junto da classe trabalhadora está em declínio.

Poucos trabalhadores apareceram no comício do 1º de Maio na província de North West para ouvir o Presidente Cyril Ramaphosa, no início da semana. Os poucos que o fizeram abafaram o discurso do chefe de Estado com as palavras de ordem "Cyril tem de sair".

O confronto com o Presidente no Estádio Royal Bafokeng, no domingo (01.05), envolveu sobretudo trabalhadores em greve da mina de ouro de Sibanye-Stillwater, em Rustenburg e vários apoiantes dos mineiros que exigem melhores salários.

Ramaphosa entregou o microfone e abandonou o palco, sem conseguir discursar. E a sua saída num carro blindado da polícia foi transmitida em direto na televisão.

Controlo de danos

"Eu não conseguia acreditar quando tudo aconteceu. Na verdade, quando o Presidente estava a ser mandado embora [pelo público] eu dizia à minha mulher que não acreditava", disse Herman Mashaba, o antigo presidente da câmara de Joanesburgo e líder do partido ActionSA, em entrevista ao canal News24.

Nos últimos dias, o partido de Ramaphosa, Congresso Nacional Africano (ANC), e os seus aliados e apoiantes têm estado ocupados a tentar controlar os danos. Ramaphosa rapidamente divulgou um comunicado expressando a necessidar de um acordo "justo" de salários para os mineiros.

"As queixas salariais dos trabalhadores em Rustenburg merecem a atenção de todos os envolvidos, empregadores e trabalhadores para que se possa chegar a um acordo justo e sustentável", escreveu Ramaphosa. "Como Governo, estamos empenhados em desempenhar o nosso papel".

Um momento crucial

Mas as classes média e baixa recusam ser iludidas e muitas pessoas têm expressado o seu apoio à multidão anti-Ramaphosa do Dia do Trabalhador. Partidos políticos e analistas estão a acompanhar a situação atentamente. Além de estarem a decorrer eleições municipais em três províncias, os conflitos internos intensificam-se no ANC e Ramaphosa prepara-se para se candidatar à reeleição como líder do partido no próximo ano.

"Podemos dizer que ele está gradualmente a perder credibilidade entre os trabalhadores que querem que o Governo aborde questões básicas", considera Brian Sokotu, jornalista político em Joanesburgo.

Os dois maiores sindicatos mineiros exigem um aumento salarial de mil rands, cerca de 60 euros por mês, nos próximos três anos. A mina pretende aumentar os seus trabalhadores em apenas 800 rands.

Trabalhadores vaiam Cyril Ramaphosa no comício do Dia do Trabalhador.

Ferida aberta

Os trabalhadores descontentes da província de North West não estão muito distantes da mina de platina de Marikana, onde a polícia matou 34 mineiros em greve e deixou dezenas de feridos em 2012.

Na altura, Ramaphosa era diretor não-executivo da Lonmin, a multinacional que geria Marikana. A Lonmin, que entretanto foi comprada pela Sibanye-Stillwater, apoiou uma intervenção dura para acabar com a greve.

Foi o pior tiroteio policial desde o fim do regime de segregação racial do 'apartheid'. Muitos cidadãos ainda não aceitaram o pedido de desculpas de Ramaphosa pelo seu papel. Durante a era do 'apartheid', Ramaphosa liderava a União Nacional de Mineiros, mas, como líder sindical, era conhecido pelos seus gostos requintados, bons vinhos e viagens em primeira classe.

Acumulou uma fortuna considerável graças às iniciativas de capacitação económica dos negros após o fim do domínio da minoria branca, em 1994. Hoje, estima-se que a sua fortuna se situe na casa dos três milhões de dólares.

Massacre de Marikana

Quem confia em Ramaphosa?

A questão que o Presidente sul-africano enfrenta agora é como reconciliar as necessidades dos tranalhadores com as exigências das grandes empresas de mineração e outras.

"Em teoria, ele está envolvido nas duas partes - o movimento dos trabalhadores e os negócios. Mas nenhuma das partes confia nele, pela sua falta de determinação nos principais problemas do país", diz Lumkile Mondi, economista e professor na Wits Business School, em entrevista à DW.

"É visto pelos trabalhadores como um representante dos negócios. Distante, solitário e, sob a sua liderança, a crise económica e política da África do Sul agravou-se, com violência, destruição de infraestruturas e anarquia", acrescenta.

Lucie Mbele, residente em Joanesburgo, tem três filhos e está desempregada. À DW, conta que percebe porque é que os mineiros se comportaram daquela forma no Estádio Royal Bafokeng: "A economia está muito mal. Tudo está a ruir. Os preços dos alimentos estão a aumentar. Tudo está caro - a habitação é cara e não há oportunidades de emprego agora, porque a maioria das empresas está a fechar por causa da economia".

"Por isso, parece-me que o Presidente não está a fazer o suficiente para ajudar o país, neste momento", conclui.

Ramaphosa durante o comício em Rustenburg, no domingo (01.05).

Quatro anos de um novo capítulo

Quando Ramaphosa venceu as eleições presidenciais em 2018, a África do Sul estava otimista na capacidade do novo chefe de Estado, com uma vasta experiência no mundo empresarial, fazer crescer a economia rapidamente, de forma a tirar mais pessoas da pobreza.

Mas Ramaphosa tinha herdado problemas e teve de monitorizar uma investigação à corrupção do Estado que teve o ponto alto sob a liderança do seu antecessor, o veterano do ANC Jacob Zuma, que ainda escapa à justiça.

Entretanto, dados do Governo mostram que 18 milhões de cidadãos dependem do seu programa de apoio social. O número de jovens desempregados entre os 15 e os 24 anos bateu recordes em finais de 2021.

"Em termos de desemprego, se o país tem uma taxa de desemprego jovem de 66,5%, isso é realmente muito elevado", nota Brian Sokutu, jornalista político. "As pessoas estão mesmo a clamar por empregos através do empoderamento dos jovens".

Ramaphosa, Nelson Mandela e Jacob Zuma durante as negociações para o fim do 'apartheid'.

Grandes empresários

No ano passado, o diretor-executivo da Sibanye-Stillwater Neal Froneman recebeu cerca de 300 milhões de rands em salários, segundo o relatório anual da empresa. Ao mesmo tempo, a indústria extrativa estimava que ajudar o Governo custaria cerca de 300 milhões de rands.

Muitas vezes, os salários dos magnatas das minas e grandes empresários fazem manchete na África do Sul. Em média, um trabalhador sul-africano recebe 24 rands por mês, segundo um inquérito realizado em 2021 pela Statistics South Africa.

A juventude do país é particularmente crítica de figuras como o diretor-executivo da Sibanye-Stillwater. "As críticas justificam-se, num país com enormes desafios económicos e políticos", diz o economista Mondi. No entanto, acrescenta, as empresas sul-africanas precisam de líderes que "compreendam os desafios da comunidade, alterações climáticas, governação e sustentabilidade". E para os atrair, nota, precisam de ser remunerados ao nível dos seus pares em todo o mundo.

Desempregados sul-africanos aguardam na rua por trabalho setor informal.

As perspectivas de Ramaphosa

Analistas políticos esperam que Ramaphosa se mantenha na Presidência após as próximas eleições gerais, em 2024, mesmo com os graves conflitos internos no ANC, incluindo membros indisciplinados e rivalidades que, em alguns casos, levaram a mortes.

Mas, ao mesmo tempo, o ANC conta tradicionalmente com os trabalhadores para garantir a sua maioria nas urnas. Enquanto a poderosa Confederação Sindical Sul-africana (COSATU) continua a ser uma aliada do partido, as uniões sindicais, no geral, estão divididas e o número global de membros é baixo.

Zwelinzima Vavi, secretário-geral da COSATU, disse recentemente que mais de 70% dos cidadãos empregados não pertencem a um sindicato. E a culpa, afirmou, é do capitalismo e da intimidação dos empregadores.

No mês passado, o partido de esquerda radical Lutadores pela Liberdade Económica (EFF, na sigla em inglês), anunciou que está a planear criar um sindicato associado à formação política.

Fragata russa do mar Negro que Ucrânia diz ter atacado está a arder

© Reuters

Por LUSA   06/05/22 

Uma fragata russa incendiou-se na ilha de Zmeiny, no Mar Negro, e algumas agências ucranianas locais atribuem o incidente ao impacto de um míssil lançado pelo exército ucraniano.

Segundo a agência ucraniana Dumskaya, a fragata russa 'Almirante Makarov' foi alvo de uma explosão que provocou um incêndio, num incidente que terá acontecido na quinta-feira, e que foi atribuído ao impacto de um míssil do tipo Neptuno, lançado pelas forças militares ucranianas.

A agência observou que estavam vários aviões russos a sobrevoar esta área do Mar Negro e que navios de resgate foram chamados para ajudar o navio de guerra em chamas.

Um deputado ucraniano, Oleksiy Goncharenko, confirmou o incidente com a fragata numa mensagem publicada na rede Telegram, observando que "outro navio de guerra russo teve o que merecia".

Também a imprensa local destacou que os dados atualizados do Estado-maior ucraniano, hoje publicados, especificam que os russos perderam outro importante navio de guerra.

Segundo as fontes, a fragata danificada está ao serviço da frota russa do Mar Negro e faz parte da 30ª divisão de navios de superfície (os submarinos também são chamados navios).

Segundo avançou hoje o site da revista Forbes, com este incidente, a juntar-se ao naufrágio do cruzador de mísseis 'Moskva', causado por mísseis ucranianos, em 14 de abril, a frota russa do Mar Negro fica reduzida a apenas três grandes navios de superfície de combate.

A 'Almirante Makarov' era considerada a mais importante da frota depois do naufrágio do "Moskva'.

O 'Moskva' afundou-se a 13 de abril, após um incidente que os russos atribuíram a um acidente fortuito e os ucranianos a um ataque com vários dos seus mísseis.

Encomendada em 2017, o 'Almirante Makarov' foi o terceiro e último navio da sua classe, mas também o mais moderno.

Todas as três fragatas da classe pertencem à frota do Mar Negro. Armadas com 24 mísseis terra-ar de médio alcance Buk e oito mísseis de cruzeiro Kalibr, todos em células verticais, as fragatas podem escoltar outras embarcações e também atacar alvos em terra.

Embora a Rússia ainda não se tenha pronunciado sobre o incidente, esta poderá ser a segunda mais grave perda da armada russa no Mar Negro desde que Moscovo invadiu a Ucrânia, no passado dia 24 de fevereiro.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


ENTREGA DE VIATURAS AO ESTADO MAIOR GENERAL DAS FORÇAS ARMADAS

 Ministério da Defesa Nacional e Combatentes da Liberdade da Pátria

O Ministério da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria entrou hoje, 06-05-2022, ao Estado Maior General das Forças Armadas 10 viaturas com a capacidade de transportar uma companhia a cada.

A cerimónia foi presidida por Sua Excelência Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló nas instalações de Serviço Material ao lado do Exército.

Os intervenientes foram unânimes em elogiar brilhante engajamento do governo guineense para a compra de equipamentos militares através de fundos provenientes do orçamento de Estado.

Se tudo correr como previsto, a Força de Defesa e Segurança irão beneficiar mais equipamentos até final de julho deste ano.



Rússia atacou Azovstal pelo 2.º dia consecutivo, confirmou Reino Unido ...Kremlin negou estar a desrespeitar o cessar-fogo prometido.

© Reuters

Notícias ao Minuto  06/05/22 

Fontes do ministério da Defesa do Reino Unido anunciaram, esta sexta-feira, que as tropas russas continuaram a atingir o complexo siderúrgico em Azovstal, pelo segundo dia consecutivo.

Apesar dos relatos, a Rússia negou que estava a atacar as instalações, alegando que está a cumprir o cessar-fogo que prometeu cumprir entre quinta-feira e sábado.

"O esforço renovado da Rússia para manter Azovstal e assim assegurar o controlo de Mariupol está, provavelmente, relacionado com as comemorações do Dia da Vitória [9 de maio] e com os objetivos de Putin em ter uma vitória simbólica na Ucrânia", lê-se no documento.

Apesar de já terem sido resgatadas centenas de pessoas do complexo siderúrgico, os militares ucranianos continuam no seu interior. Já esta semana, José Milhazes falou sobre esta situação, considerando que a vida dos militares correria "talvez" um risco maior à saída das instalações do que no seu interior.

Kyiv. Diplomatas acusam Rússia de "desprezar" ONU após ataque "chocante"

© Lusa

Por LUSA  05/05/22 

Embaixadores de vários países afirmaram hoje que a Rússia "despreza" não apenas o secretário-geral, mas toda a Organização das Nações Unidas (ONU), após o ataque "chocante" e "vergonhoso" a Kyiv quando António Guterres estava na capital ucraniana.

"O secretário-geral da ONU foi recebido em Moscovo para discussões incómodas com as autoridades. Ele também visitou Kiev. Por mais chocante e vergonhoso que seja, Kiev foi bombardeada durante a sua visita e enquanto falava", disse o embaixador da Albânia junto das Nações Unidas, Ferit Hoxha, perante o Conselho de Segurança.

"Raramente testemunhamos tanto descaso pela ONU e seu secretário-geral, tanto desprezo pela Organização e todo o pessoal da ONU. Não sei como os russos explicam isso", acrescentou Hoxha.

O embaixador defendeu que todos deveriam "estar orgulhosos" daquilo que o sistema da ONU está a fazer para ajudar a Ucrânia e o seu povo, destacando o trabalho de Guterres.

Também o diplomata francês, Nicolas de Riviere, indicou que os ataques mostraram a "baixa estima que a Rússia" tem pela ONU.

Já a embaixadora norte-americana, Linda Thomas-Greenfield, salientou que a Rússia, ao ter a "audácia" de bombardear Kiev enquanto o secretário-geral lá estava, passou a mensagem clara de que "não respeita nem ouve a ONU, nem a carta das Nações Unidas".

De acordo com a diplomata, a Rússia tem mentido perante o Conselho de Segurança, apresentando desinformação e teorias da conspiração.

Pediu ainda que outros diplomatas parem de pedir que "as duas partes parem" o conflito, quando a Rússia é a única responsável pela guerra,

"A Rússia diz que é a Ucrânia a atacar o seu próprio país, desafiando toda e qualquer lógica. É incrível como há membros deste Conselho que ainda pedem às duas partes para parar o conflito, quando é a Rússia a única perpetradora. Só a Rússia sozinha pode terminar esta guerra, assim como a começou sozinha", disse Linda Thomas-Greenfield.

A avaliação dos embaixadores foi partilhada numa reunião do Conselho de Segurança sobre a situação na Ucrânia, e contou com a presença do próprio António Guterres.

Na semana passada, o Conselho de Segurança das Nações Unidas já tinha informado que discutiria os ataques de que Kiev, capital ucraniana, foi alvo durante a visita à cidade do secretário-geral da ONU.

Kiev foi alvo na quinta-feira da semana passada de pelo menos dois bombardeamentos por parte das forças russas enquanto decorria a visita do secretário-geral da ONU à cidade.

O embaixador ucraniano, Sergíy Kyslytsya, aproveitou o encontro para agradecer a Guterres pela sua visita à Ucrânia e por, juntamente com toda a estrutura da ONU e da Cruz Vermelha, "ter conseguido avanços" na retirada de civis de Mariupol.

Por outro lado, o diplomata da Rússia junto à ONU, Vassily Nebenzia, usou o seu discurso no Conselho de Segurança para voltar a acusar a Ucrânia de ser responsável pela guerra e criticou ainda o ocidente pelas sanções impostas a Moscovo.

De acordo com o diplomata russo, o conflito na Ucrânia permitiu ao Ocidente lançar uma repressão económica há muito preparada contra a Federação Russa.

"Não temos dúvidas de que vocês (ocidente) estava a preparar-se para isto", disse Nebenzya, apontando a "velocidade" com que as sanções foram aplicadas a Moscovo pelos países ocidentais.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

[Notícia atualizada às 22h56]


Leia Também:

A Organização das Nações Unidas (ONU) documentou 180 casos de civis, jornalistas e políticos locais que foram detidos arbitrariamente ou que desapareceram em áreas controlas pela Rússia na Ucrânia.

Segundo a Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, foram ainda registados oito casos semelhantes em território controlado pela Ucrânia de possíveis desaparecimentos forçados de indivíduos pró-Rússia.

No total, foram documentados 188 raptos...Ler Mais

O Presidente do Tribunal de Contas de São Tomé e Príncipe chegou à Bissau para participar VII encontro das Instituições Superiores de Controlo da CPLP_9 a 12 maio_

quinta-feira, 5 de maio de 2022

INÉDITO - Há pelo menos 50 anos, é a primeira vez que na Guiné-Bissau um paciente foi submetido a uma tomografia (TAC).

Este feito nunca antes registado, foi possivel graças ao formidável trabalho realizado durante os dois anos de governação do II Governo da X legislatura, dirigida pelo Primeiro-Ministro Eng Nuno Gomes Nabiam.

Consiguimos transformar e mudar o rosto do HNSM e estamos a extender acções idênticas aos Hospitais Regionais.


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Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau


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Ordenamento do território. Bissau conta com autarquias portuguesas

© Lusa

Notícias ao Minuto  05/05/22 

A Câmara Municipal de Bissau (CMB) "conta e espera muito" das autarquias portuguesas para iniciar um processo de ordenamento do território, disse hoje à Lusa o secretário-geral, Lente Embassa.

O responsável falava à Lusa à margem dos trabalhos do primeiro fórum internacional da Guiné-Bissau organizado pela CMB, sob o lema "A força do poder local", com a participação de representantes das câmaras municipais de Águeda, Braga, Castelo Branco, Lisboa, Oeiras e Rio Maior.

O fórum, que decorre até sábado, está a analisar aspetos que contribuem para o desenvolvimento, nomeadamente o território, a coesão, a competitividade, a sustentabilidade, a conexão e a colaboração.

Lente Embassa notou que os trabalhos, iniciados na terça-feira, estão a decorrer "da melhor forma possível", e que entre as metas identificadas para o futuro imediato, está a criação de um Plano Diretor Municipal para Bissau que deverá substituir o Plano Geral Urbanístico, caduco desde 1997.

"O Plano Diretor Municipal é a força de qualquer município para se lançar ao desenvolvimento", afirmou o secretário-geral da CMB, salientando a disponibilidade de todas as câmaras portuguesas presentes no fórum de Bissau em apoiar o projeto.

Leopoldo Martins Rodrigues, presidente da Câmara de Castelo Branco, disse à Lusa que a sua edilidade "está disponível" para apoiar a congénere guineense na elaboração de documentos normativos no âmbito da criação do Plano Diretor Municipal de Bissau.

O autarca português considerou que a "simpatia" dos guineenses e a "forma prática" como o presidente da Câmara de Bissau coloca as questões, em termos de necessidades, ajudam a que a sua entidade "não tenha dificuldades em corresponder".

Vereadora da Educação, inovação e coesão social no município de Braga, Carla Sepúlveda, com experiência de 12 anos como consultora de projetos na Guiné-Bissau, defendeu que Braga está aberta a apoiar Bissau na implementação de projetos que visem a melhoria das condições de vida dos munícipes.

Também manifestou prontidão do seu município em participar na criação do futuro Plano Diretor Municipal de Bissau e que irá contemplar o ordenamento do território que compõe a capital guineense.

A mesma disponibilidade foi manifestada por Edmilson Santos, em representação da câmara de Oeiras, para quem a experiência deste concelho português poderá ser replicada em Bissau.

Aquele técnico português salientou o facto de Oeiras ser "em anos passados" uma zona que ainda tinha barracas, mas que "deu um salto qualitativo" a partir do momento em que o atual autarca, Isaltino Morais, colocou em marcha um plano de ordenamento do território.

Edmilson Santos, de origem guineense, destacou o facto de Oeiras ser hoje uma zona que "atrai turistas e investidores".

"Um território ordenado atrai investimentos. Bissau poderá beber da experiência de Oeiras", notou Edmilson Santos.

O secretário-geral da Câmara Municipal de Bissau adiantou que os trabalhos para criação do Plano Diretor Municipal serão iniciados ainda este ano e contarão também com o apoio da delegação da União Europeia no país.

Leia Também: Guiné-Bissau quer abrir Casa da Cultura em Portugal ainda este ano

NATO à 'beira-Rússia'. Tropas serão enviadas quando Suécia disser o 'sim'

© Reuters

Notícias ao Minuto  05/05/22 

Tanto a Suécia como a Finlândia ponderam candidatar-se à aliança. Decisão é esperada este mês.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) garantiu, esta sexta-feira, que a organização ia reforçar a sua presença no Mar Báltico se a Suécia se decidir candidatar.

"Estou convencido de que vamos encontrar uma solução para a segurança da Suécia numa eventual fase transitória", disse Jens Stoltenberg em entrevista à estação televisiva sueca SVT.

Devido à proximidade com a Rússia, a  Suécia como a Finlândia, que estão a ponderar candidatar-se à aliança, procuram também garantias de segurança durante o processo de adesão, que poderá demorar um ano até ser aprovado. 

"A partir do momento em que a Suécia se candidatar [...] a NATO tem a obrigação de estar disponível para garantir a segurança da Suécia",  reiterou, explicando que é a partir daí que mais tropas serão colocadas tanto à volta do país, como no Mar Báltico.

Recorde-se que perante as demonstrações públicas de interesse da Suécia e da Finlândia em juntarem-se à organização, o Kremlin respondeu de imediato, dizendo uma eventual adesão por parte destes países ia ter "consequências graves". Moscovo chegou mesmo a dizer que iria colocar armas nucleares e mísseis hipersónicos na região marítima que é comum aos três países.

A decisão dos dois países é esperada este mês.

Mali: Guterres defende força africana com mandato robusto da ONU

© Lusa

Por LUSA  05/05/22 

Bamaco, 05 mai 2022 (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu hoje a necessidade de uma missão internacional no Mali para evitar o colapso do país, propondo uma força africana com um mandato mais robusto da ONU.

O Conselho de Segurança deverá considerar em junho a renovação do mandato da Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), que foi criada em 2013 e conta com cerca de 13.000 soldados e milhares de agentes policiais e civis no país, que tem sido abalado pela violência, particularmente a extremista.

O debate terá lugar à luz da evolução verificada desde a renovação da força em junho de 2021 por um ano: o anúncio da retirada das forças francesas e europeias, a chegada de centenas de russos apresentados por Bamaco como instrutores e pela França e seus aliados como mercenários, e a junta militar, que se mantém no poder apesar do seu compromisso inicial de organizar eleições em fevereiro de 2022.

"A situação real é que, sem a Minusma, o risco de colapso do país seria enorme", disse António Guterres, quando questionado se iria pedir a renovação do mandato de Minusma, numa entrevista da rádio francesa RFI e citada pela agência noticiosa France-Presse.

"Não vou propor que terminemos esta missão, porque penso que as consequências seriam terríveis. Mas está a ter lugar em circunstâncias que realmente exigiriam, [não] uma força de manutenção da paz, mas uma robusta força de imposição da paz e de combate ao terrorismo", afirmou Guterres.

Esta "força robusta", sustentou, "deve ser uma força africana, da União Africana, mas com um mandato do Conselho de Segurança ao abrigo do Capítulo 7 e com financiamento obrigatório".

O Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas permite o uso da força armada no caso de uma ameaça à paz.

Os países africanos são os maiores contribuintes de tropas para a Minusma, missão que tem sido criticada pelo seu mandato limitado, com vários líderes africanos a apelar a prerrogativas mais fortes.

Guterres admite que a tarefa é difícil.

O facto de a missão da ONU no Mali ter perdido mais agentes de manutenção da paz em 2021 do que todas as outras missões das Nações Unidas no mundo, "é uma situação realmente difícil" para a organização, admitiu.

Cerca de 170 soldados da paz da ONU foram mortos desde 2013 em ataques perpetrados por extremistas ou em explosões de bombas artesanais.

Por outro lado, Guterres reconheceu existir "uma cooperação muito difícil" entre a Minusma e o exército maliano em matéria de direitos humanos.

A missão da ONU continua à espera da autorização das autoridades para enviar os seus peritos para a cidade central de Moura, cenário do que a organização Human Rights Watch descreve como o massacre de 300 civis por soldados malianos associados a combatentes estrangeiros, possivelmente russos, no mês passado.

O exército do Mali nega e reivindica a eliminação de mais de 200 extremistas.

A recente criação, pela junta militar no poder no Mali, de uma vasta zona de exclusão aérea também complica as operações da Minusma, que tem de pedir autorização para voar para lá.

A deterioração das relações entre o Mali, a França e os seus aliados levanta também questões sobre as repercussões para a Minusma e se poderá ficar em causa o direito que o Conselho de Segurança da ONU confere às forças armadas de prestar apoio à Minusma no caso de uma "ameaça grave e iminente".

Leia Também: Togo aceita papel de mediador na crise política do Mali

CONSELHO DE MINISTROS : COMUNICADO ... 0️⃣5️⃣ 0️⃣4️⃣ 2️⃣2️⃣

O Coletivo Governamental reuniu-se hoje em sessão ordinária no Palácio da República sob a presidência de Sua Excelência Senhor Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló, tendo debruçado sobre vários assuntos da vida nacional.

No final foi produzido o seguinte comunicado que podem conferir o seu conteúdo na íntegra.👇

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

PARLAMENTO MANTÉM A IMUNIDADE DO DEPUTADO DOMINGOS SIMÕES PEREIRA

JORNAL ODEMOCRATA  05/05/2022

A Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, votou por unanimidade a manutenção da imunidade parlamentar ao deputado e líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.

A informação foi avançada, esta quinta-feira 5 de maio de 2022, aos jornalistas pelo porta-voz da Comissão Permanente, Helder Henrique de Barros, após uma reunião convocada para analisar a carta que Domingos Simões Pereira enviou à mesa de Assembleia Nacional Popular para saber se continua a gozar dos seus direitos e liberdade, enquanto cidadão e deputado da nação.

Barros lembrou que um juiz que tinha aplicado a Simões Pereira medida de coação que mais tarde suspendera arquivando o processo, mas o Procurador-Geral da República emitiu outro despacho que manteve a medida.

“O deputado Domingos Simões Pereira precisa ir fazer consultas médicas, razão pela qual fez a questão de perguntar a ANP se continua a gozar ou não dos seus direitos. O presidente do Parlamento convocou a Comissão Permanente para deliberar sobre essa matéria”, explicou.

Hélder de Barros disse estranhar que algumas instituições continuam a insistir na restrição de liberdade de um deputado que nem sequer é parte desse processo.

“Pessoas que estavam ligadas diretamente ao processo foram ao tribunal e o juiz arquivou o processo, porque entendeu que não tem nada que possa prejudicar o país”, sublinhou.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

TERRORISMO: Parlamento Europeu manifesta preocupação com instabilidade na África Ocidental e no Sahel

© Getty Images

Por LUSA  05/05/22 

O Parlamento Europeu manifestou hoje preocupação com o aumento da instabilidade na África Ocidental e no Sahel, nomeadamente pela crescente presença de grupos terroristas na região, condenando a violência e exigindo um "rápido regresso à ordem constitucional".

Numa resolução hoje aprovada na sessão plenária da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, os eurodeputados "expressam a sua preocupação com o aumento da instabilidade na África Ocidental e no Sahel, condenando veementemente a violência e as mortes na região, incluindo os abusos cometidos no contexto de operações militares", indica a instituição em comunicado.

Na resolução (aprovada por votação de mão no ar), os parlamentares dizem também estar "profundamente preocupados com o estado da democracia e com os recentes golpes de Estado", apelando por isso a "todos os líderes golpistas que estabeleçam limites claros para a duração da transição política e que garantam um rápido regresso à ordem constitucional e a organização de eleições transparentes e inclusivas".

Para o Parlamento Europeu, "qualquer cooperação política e de segurança a longo prazo com os atores da UE exigirá calendários realistas para um regresso à democracia, incluindo marcos claros e mensuráveis".

"Preocupados com a crescente presença de grupos terroristas na região do Sahel e da África Ocidental, os eurodeputados apontam para o crescente empobrecimento das pessoas que constitui a base socioeconómica do desenvolvimento do terrorismo", refere a instituição à imprensa.

No documento aprovado, os eurodeputados afirmam ainda apoiar as ações da União Africana e as ações e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para defender a democracia e o Estado de direito.

Falando na quarta-feira no debate em plenário, a comissária europeia para as Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, disse que a União Europeia (UE) não vai abandonar o Sahel devido à instabilidade em que se encontra aquela região africana, embora exigindo mais empenho político e responsabilização aos países.

"Que fique claro que não vamos abandonar o Mali ou o Sahel", que "continua a ser uma prioridade para a UE", salientou Jutta Urpilainen, intervindo num debate sobre a situação daquela região africana que engloba 11 países: norte do Senegal, sul da Mauritânia, Mali, norte de Burkina Faso, extremo sul da Argélia, Níger, norte da Nigéria, centro do Chade e Sudão, Eritreia e norte da Etiópia.

Porém, alertou: "Só podemos trabalhar com quem quiser trabalhar connosco, sendo mais exigentes na necessidade de um compromisso político reforçado e de uma maior responsabilização".

A UE já veio denunciar a presença de mercenários do grupo russo de segurança privada Wagner em diferentes países africanos, que compromete o trabalho realizado há anos para fortalecer a defesa dos estados severamente afetados pelo terrorismo 'jihadista'.

Enfraquecida pela crise do Sahel, a África Ocidental foi ainda mais desestabilizada pelos golpes militares que ocorreram sucessivamente no Mali (agosto de 2020 a maio de 2021), Guiné-Conacri (setembro de 2021) e Burkina Faso (janeiro de 2022).

Bill Gates: "Nunca devemos menosprezar o Elon Musk"

© Getty Images

Notícias ao Minuto  05/05/22 

O cofundador e ex-líder da Microsoft foi questionado sobre o futuro que o Twitter terá sob liderança de Elon Musk.

O cofundador e ex-líder da Microsoft, Bill Gates, afirmou num evento organizado pelo The Wall Street Journal nesta quarta-feira, dia 4, que não sabe o que esperar do futuro do Twitter sob liderança de Elon Musk - notando todavia que nunca se deve menosprezar o empresário.

“[O Elon Musk] pode vir a piorar o Twitter. Esse não é o historial dele. O historial dele com a Tesla e com a SpaceX é bastante impressionante”, notou Gates. “Tenho algumas dúvidas que isso acontecerá desta vez, mas temos de ter uma mente aberta e nunca menosprezar o Elon”.

Mesmo depois de ter reunido o montante necessário para comprar o Twitter, Elon Musk parece continuar à procura de financiadores que lhe permitam contribuir com menos da sua riqueza pessoal.

Entretanto, Musk recebeu um convite do Reino Unido para discutir o que planeia para o futuro do Twitter e como procura equilibrar a moderação de conteúdo com a liberdade de expressão na plataforma.


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PRIMEIRO-MINISTRO DE CABO VERDE VAI VISITAR GUINÉ-BISSAU

Por Rádio Jovem | maio 5, 2022 

O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Ulisses Silva, inicia domingo uma visita à Guiné-Bissau com a assinatura de acordos de cooperação em agenda, segundo o programa divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam.

Segundo o programa, José Ulisses da Silva chega domingo a Bissau, mas a visita de trabalho tem início na segunda-feira com um encontro com o primeiro-ministro guineense, seguido de um encontro bilateral alargado às duas delegações, que será concluído com a assinatura de acordos de cooperação.

Após uma declaração à imprensa, o chefe do Governo cabo-verdiano segue para a Assembleia Nacional Popular, onde fará uma visita de cortesia ao presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, sendo depois recebido pelo chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, na Presidência da República.

Na agenda para segunda-feira consta também uma visita à empresa que importa e distribui medicamentos na Guiné-Bissau, Saluspharma e onde a cabo-verdiana Inpharma entrou em 2019, e um jantar oficial oferecido por Nuno Gomes Nabiam.

Já na terça-feira, último dia da visita, o primeiro-ministro cabo-verdiano começa o dia com uma visita à Escola Nacional da Administração, onde dará uma palestra dedicada ao tema “Estabilidade e Desenvolvimento” e à Faculdade de Medicina, estando também previsto um encontro com a comunidade cabo-verdiana.

NM

“Rússia está a comportar-se como um Estado pária ao nível da Coreia do Norte”

SIC Notícias 5 Maio, 2022  

A análise do comentador da SIC Rui Cardoso à guerra na Ucrânia.

O exército russo realizou um exercício militar onde simulou o disparo de mísseis com capacidade nuclear no enclave russo de Kaliningrado, entre a Polónia e a Lituânia. 

Rui Cardoso diz que Kaliningrado pode ser o local de início de uma III Guerra Mundial e compara a Rússia à Coreia do Norte.  

“A Rússia está a comportar-se como um Estado pária ao nível da Coreia do Norte”, afirma. “[Kaliningrado] “É aquilo que nas universidades e academias militares se estuda como o sítio maldito do começo de uma eventual III Guerra Mundial.” 

O comentador da SIC considera que isto é uma forma de intimidação aos Estados bálticos e à Suécia e a Finlândia, que poderão vir a aderir à NATO.  

Na SIC Notícias, fala ainda sobre o cessar-fogo acordado para o complexo de Azovstal, em Mariupol, e o Dia da Vitória, 9 de maio. Sobre a possibilidade da Rússia declarar, formalmente, guerra à Ucrânia, diz:  

“Permite apenas a Putin ter as mãos mais livres para ir buscar soldados dos destacamentos de reserva, os do serviço militar obrigatório e arrebanhar mais material.” 

Notícias da Guiné-Bissau: Atualidade Nacional 4-5-22 ...RTP África Repórter África

Rússia faz exercício militar com disparo simulado de mísseis nucleares

© Lusa

Notícias ao Minuto  05/05/22 

O Exército russo realizou um exercício militar onde simulou o disparo de mísseis com capacidade nuclear no enclave russo de Kaliningrado, entre a Polónia e a Lituânia, revelou na quarta-feira o Ministério da Defesa da Rússia.

As manobras militares neste enclave no mar Báltico, entre a Polónia e a Lituânia, países membros da União Europeia (UE), consistiram numa simulação de "lançamentos eletrónicos" de sistemas de mísseis balísticos móveis Iskander, com capacidade nuclear.

Em comunicado, o Ministério da Defesa russo referiu que as forças russas realizaram ataques únicos e múltiplos contra alvos que simulavam zonas de lançamento de sistemas de mísseis, aeródromos, infraestruturas protegidas, equipamento militar e postos de comando de um inimigo fictício.

Após terem efetuado os disparos "eletrónicos", os militares realizaram uma manobra de mudança de posição, de forma a evitar "um possível ataque de retaliação", pode ler-se.

As unidades de combate também praticavam "operações em condições de radiação e contaminação química".

O exercício militar envolveu mais de 100 soldados, acrescentou Moscovo.

O anúncio deste teste militar ocorreu no 70.º dia da invasão russa da Ucrânia, que já resultou em milhares de mortos e causou a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com mais de 13 milhões de pessoas deslocadas.

Desde o início da "operação militar" que o Presidente russo, Vladimir Putin, tem produzido ameaças onde sugere estar disposto a implantar armas nucleares táticas.

A Rússia colocou, de resto, as suas forças nucleares em alerta máximo logo após enviar tropas para a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Putin alertou para uma retaliação "rápida como um relâmpago" em caso de intervenção direta do Ocidente no conflito ucraniano.

Segundo observadores, nos últimos dias a televisão estatal russa tentou tornar o uso de armas nucleares mais aceitável para o público.

"Há duas semanas que ouvimos na televisão que os silos nucleares devem ser abertos", sublinhou na terça-feira Dimitri Muratov, editor de um jornal independente russo e Prémio Nobel da Paz 2021.

A Rússia iniciou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar o país vizinho para segurança da Rússia -, condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, e a guerra, que entrou hoje no 70.º dia, causou até agora a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, mais de 5,5 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que a classifica como a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A ONU confirmou hoje que 3.238 civis morreram e 3.397 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.


O jornal norte-americano New York Times noticiou que as informações fornecidas pelos serviços secretos dos Estados Unidos aos militares ucranianos levaram à morte de vários generais russos perto da linha da frente.

O diário, que citou fontes não identificadas dos serviços secretos norte-americanos, escreveu, na quarta-feira, que as informações incluíram "determinar a localização e outros detalhes do quartel-general móvel do exército russo, que se desloca regularmente".

De acordo com responsáveis, esta informação, combinada com a dos ucranianos e, em particular a interceção de comunicações, permitiu a estes últimos efetuar ataques de artilharia contra altas patentes russas...Ler Mais

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Kremlin em alerta. Generais estarão a preparar retirada Putin do poder

© Reuters

Notícias ao Minuto  04/05/22 

Ex-generais e funcionários da KGB (secretas russas) querem acabar com a guerra na Ucrânia e livrar-se do presidente russo Putin.

Rumores de que se estará a formar um grupo de generais russos frustrados com a guerra que querem tirar Vladimir Putin do poder estão a deixar o Kremlin em alerta. 

De acordo com relatos dos meios de comunicação locais, que se baseiam em grupos do Telegram, ex-generais e funcionários da KGB (secretas russas) querem acabar com a guerra na Ucrânia e livrar-se do presidente russo, Vladimir Putin.

Muitos destes generais consideram a invasão um erro que está a provocar um desastre económico no país. 

A falta de progresso militar e o fracasso do exército de Putin, também está a levar ao aumento da tensão entre elementos das secretas e o Serviço Federal de Segurança (FSB) russo. 

Alegadamente, o grupo que se estará a formar é composto por ex-oficiais do FSB e ex-oficiais de outras unidades de inteligência russas e é denominado 'Siloviki'.

Vários analistas já levantaram a hipótese de que Putin possa enfrentar um golpe de Estado. Recorde-se que a invasão a que o líder russo chama de "operação militar especial" não correu da forma como este esperava tendo a resiliência e resistência do povo ucraniano dificultado a tarefa das tropas russas. 

No entanto, espera-se que Putin possa usar o dia 9 de maio, Feriado do Dia da Vitória, que comemora a vitória da União Soviética frente à Alemanha nazi, em 1945, para declarar-se vencedor na guerra contra a Ucrânia. 

Posse do Comissário do Governo para EAGB ...0️⃣4️⃣ 0️⃣5️⃣ 2️⃣2️⃣✔

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

EAGB - O Primeiro-Ministro conferiu posse hoje ao Senhor Mamadu Baldé, para as funções de Comissário do Governo para a Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau  - EAGB.

Mamadu Baldé, um quadro com vasta experiência em gestão empresarial, vai agora pilotar uma equipa que tem sobre os seus ombros a imperiosa e inadiável missão de sanear definitivamente os passivos da EAGB, e incrementar modelos de gestão financeira que torne a empresa rentável, auto-suficiente, eficiente e funcional, dando assim respostas aos problemas atuais e contribuir com soluções consensuais em torno de vários interesses.

Esta aposta num quadro sénior, de experiência comprovada, vem reforçar o compromisso do Governo com a melhoria de qualidade de serviço que a empresa presta a população.

Presenciaram a tomada de posse do Comissário, para além do Chefe do Executivo, o Ministro de Estado da Energia, Ministro das Finanças, Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, Secretário de Estado do Tesouro, Diretor Geral da EAGB, e altos funcionários ligados ao setor da energia.

Uma viatura atingiu mortalmente uma criança de aparentemente entre 9 a 11 anos contra o muro de IBAP e deixou o pai com pernas fruturadas.

A família estava à caminho da escola da criança, e na altura o pai assegurava-a aguardando transporte. Foi dali que foram surpreendidos e atingidos brutalmente, o que provocou a morte desta criança.  Segundo informações, o motorista fugiu do local de crime.

Mas dentro da viatura foram encontradas algumas bebidas alcoólicas.👇

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 Rádio Jovem Bissau

Presidente do Senegal diz que redes sociais são um cancro das sociedades modernas

 John Thys, Pool Photo via AP

Sicnoticias.pt 4 Maio, 2022 

Macky Sall argumenta que a regulamentação das redes sociais é necessária por “razões de segurança nacional”.

O Presidente do Senegal, Macky Sall, declarou na terça-feira que as redes sociais se tornaram “um verdadeiro cancro das sociedades modernas” e apelou à sua regulamentação através de uma lei, noticiaram hoje os meios de comunicação locais.

“O próprio Estado empreendeu uma reforma, mas quisemos esperar pelas conclusões [dos assessores de imprensa] para integrar tudo numa lei que terá de ser aprovada para regular as redes sociais e a internet de uma forma séria”, disse Sall durante a cerimónia tradicional de entrega dos cadernos de reclamações dos trabalhadores ao Presidente senegalês.

Argumentou que a regulamentação das redes sociais é necessária por “razões de segurança nacional”, mas também por “respeito pela harmonia nacional” e “pela dignidade do povo”, referindo-se aos insultos “gratuitos” que são feitos através deste canal “sob anonimato”.

“Nenhuma sociedade organizada pode aceitar o que está a acontecer aqui hoje [no Senegal] “, acrescentou.

Coincidindo com o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Sall, que na sua conta do Twitter prestou homenagem aos jornalistas que promovem a liberdade de expressão, advertiu que 29 jornais e 450 portais de notícias num “pequeno país como o Senegal” é “simplesmente anarquia”, argumentando que ninguém tem tempo para os ler a todos.

As observações do Presidente surgem quando se aproximam as próximas eleições legislativas, marcadas para julho, e as eleições presidenciais de 2024, após a realização de eleições locais em janeiro último, há muito aguardadas após sucessivos adiamentos desde 2019.

O Senegal é conhecido pela sua estabilidade política e alternância democrática e é o único país da África ocidental que não sofreu um golpe de Estado. Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, “a consolidação democrática do país e as leis em vigor garantem a liberdade de imprensa”, mas “o pluralismo dos media senegaleses é contrariado pela predominância da política no tratamento da informação, especialmente nos jornais.

Hospital Nacional Simão Mendes, recebeu hoje 04 de maio, um pacote de donativos da Fundação ROUND TABLE de Italia e do Governo da República do Niger, foi recebido pelo Diretor Dr. Sílvio Coelho na presença do Ministro da Saúde, Dionísio Cumba.

Hospital Nacional Simão Mendes

Os materiais serão para ajudar na melhoria de atendimento aos utentes. 

 Constam: 10 frigoríficos,   1 máquina de mamografia,  5 concentradores,  5 electrocadiografos

Entre outros... 

#tabelfoundation #nigergoverment #HNSM #SIMAOMENDES #hospital #saudepublica #guinébissau #bissau

ONU: Insegurança alimentar grave aumenta em todo o mundo em 2021

© Reuters

Por LUSA  04/05/22 

A insegurança alimentar atingia quase 200 milhões de pessoas em todo o mundo em 2021, mais quase 40 milhões do que no ano anterior, devido a conflitos e crises climáticas e económicas, avançou hoje a ONU.

De acordo com um relatório hoje publicado pelas Nações Unidas, no ano passado, 193 milhões de pessoas em 53 países estavam em situação de insegurança alimentar aguda, ou seja, precisavam de assistência urgente para sobreviver.

A classificação engloba os níveis entre 3 e 5 da escala internacional de segurança alimentar: "crise", "emergência" e "desastre".

O número de pessoas nesta situação tem aumentado todos os anos desde 2016, quando este relatório passou a ser publicado anualmente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Programa Alimentar Mundial e a União Europeia.

Como sublinha a ONU no documento, o relatório de 2021 não leva em conta a guerra na Ucrânia, que teve início em 24 de fevereiro deste ano e promete agravar as fragilidades de países altamente dependentes das exportações russas e ucranianas de cereais e fertilizantes, como por exemplo a Somália.

As projeções para 2022, que nesta fase incluem apenas 42 dos 53 países em causa, estimam que entre 179 e 181,1 milhões de pessoas poderão sofrer de insegurança alimentar aguda.

"A guerra já mostrou a natureza interligada e a fragilidade dos sistemas alimentares", sublinha a FAO, avisando que "as perspetivas para o futuro não são boas".

"Se não se fizer alguma coisa para apoiar as áreas rurais, a magnitude dos danos ligados à fome e à deterioração dos padrões de vida serão dramáticos. É necessário uma ação humanitária urgente em grande escala", refere a organização.

O aumento registado em 2021 de pessoas que não sabem se vão ter alimentos no seu futuro próximo decorre de uma "combinação tóxica de conflitos, eventos climáticos extremos e choques económicos", explica a FAO no relatório.

Os conflitos são a causa das dificuldades de sobrevivência alimentar para 139 milhões de pessoas, principalmente em países que passam por crises políticas e humanitárias como a República Democrática do Congo (RDC), a Etiópia, o Afeganistão ou o Iémen, os mais afetados.

As dificuldades económicas ligadas à pandemia de covid-19 foram, em 2021, menos graves do que em 2020, mas constituíram a principal causa de fome aguda para 30,2 milhões de pessoas em todo o mundo.

A ONU ressalva, no entanto, que os números também aumentaram porque a organização ampliou a cobertura geográfica do seu estudo, passando a incluir novos Estados como a RDCongo.

De acordo com a FAO, seriam necessários cerca de 1,4 mil milhões de euros de ajuda financeira imediata para aproveitar a época de plantio de sementes que decorre com vista a aumentar a produção em regiões de risco.

O tema vai estar em debate numa reunião que a FAO convocou para hoje para discutir possíveis ações de combate à insegurança alimentar no mundo.

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A organização humanitária Médicos do Mundo alertou hoje para o "número preocupante" de casos de transtornos mentais causados pela guerra na Ucrânia, especialmente entre os deslocados e refugiados, e para a dificuldade em fornecer a ajuda necessária.

Segundo a estrutura, a população mais vulnerável encontra-se entre os deslocados, já que, apesar de terem fugido para zonas mais seguras, "o choque de abandonar as suas vidas e começar do zero sem recursos é muito difícil de assimilar".

Estas pessoas "vivem com incertezas, com ambiguidade e sem saber como consertar as suas vidas. É muito difícil adaptarem-se a uma nova vida, porque tudo está arruinado", referiu a Médicos do Mundo.

A organização não-governamental (ONG) apontou ainda que um dos principais entraves para conseguir realizar tratamentos psicológicos adequados são os próprios ucranianos já que não estão familiarizados com a cultura de fazer terapia...Ler Mais