quarta-feira, 2 de março de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA - Edifício da polícia e universidade bombardeados em Kharkiv

© Twitter/Twitter/Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia

Notícias ao Minuto 02/03/22 

No Twitter, o Serviço de Emergência partilhou várias imagens da destruição causada pelos bombardeios. Não está ainda claro se este ataque provocou mortos ou feridos.

Um ataque de mísseis russos por volta das 8h10 (hora local) destruiu esta quarta-feira um edifício da polícia e uma universidade em Kharkiv, segundo relata o Serviço de Emergência ucraniano. 

No caso do edifício da universidade de Kharkiv, esta fundada em 1805, a segunda a ser criada no então Império Russo (quando Kharkiv se chamava Kharkov, o nome da cidade em russo).

No Twitter, o Serviço de Emergência partilhou várias imagens da destruição causada pelos bombardeios. Não está ainda claro se este ataque provocou mortos ou feridos. 

Nas imagens partilhadas pelo Serviço de Emergência é possível ver os bombeiros e equipas de resgate a tentar apagar o fogo do topo de um dos edifícios.

O ataque também terá atingido o edifício do Serviço de Segurança do Estado (SBU).

A segunda maior cidade ucraniana, no nordeste da Ucrânia, começou a ser atacada na segunda-feira, dia 28 de fevereiro, tendo os ataques escalado com o passar dos dias. Os ataques aéreos persistentes contra a cidade desencadearam uma destruição significativa em Kharkiv. 

Há vários edifícios fortemente danificados e reduzidos a destroços. 

O governador de Kharkiv, citado pela agência Reuters, deu conta de pelo menos 21 mortos e 112 feridos em bombardeamentos na cidade nas últimas 24 horas. 


Leia Também: 

Acordo dos EUA e parceiros para colocar 60 milhões de barris no mercado não trava subida da cotação do crude. Mercados asiáticos voltam a cair

Com a Rússia a intensificar os ataques militares a cidades ucranianas, numa tentativa de acelerar uma invasão que tem demorado mais do que o Kremlin gostaria, o preço do petróleo continua a subir. Esta quarta-feira, a negociação do barril de Brent - que serve de referência para a venda internacional de crude - está a ser negociada nos mercados asiáticos acima dos 110 dólares por barril. 

Um veterano norte-americano das guerras do Afeganistão e do Iraque pretende entrar na Ucrânia para ensinar tudo o que aprendeu naqueles cenários sobre insurreições armadas, para que os militares ucranianos apliquem o mesmo tratamento aos invasores russos.

Russos estarão próximos da central nuclear de Zaporizhzhia.

Ogoverno ucraniano intensificou os alertas sobre a possibilidade de um desastre nuclear na Ucrânia, dada a ofensiva russa em torno de Enerhodar, onde se localiza a central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa.

Presidente dos EUA aproveitou o discurso mais importante do ano para anunciar o encerramento do espaço aéreo a todos os aviões russos. Biden prometeu “ir atrás” das elites russas e defender o povo ucraniano, cuja resistência elogiou. Porém, advertiu que os EUA não estão na Europa para entrar na guerra da Ucrânia, mas para defender “cada centímetro de território da NATO”. Com a coligação das democracias, o “ditador russo” está “mais isolado do que nunca”

Informação foi confirmada pela agência ucraniana Unian.

O chefe do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia confirmou que foram "eliminados" os membros da tropa de elite chechena Kadyrovites, cuja missão era a de matar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.


Militares ucranianos dizem que os russos estão a preparar "operação psicológica e de informação" para gerar "pânico e caos".

Os militares russos estarão a preparar uma "operação psicológica e de informação em larga escala" para gerar "pânico e caos" e assim quebrar a resistência ucraniana que se tem revelado mais forte do que o esperado. 


ONG investigou fotos, vídeos e imagens de satélites de ataques da Rússia na Ucrânia.

AAmnistia Internacional (AI) confirmou, esta quarta-feira, a existência de pelo menos dez ataques "indiscriminados" da Rússia na Ucrânia que poderão ser considerados crimes de guerra.

terça-feira, 1 de março de 2022

D.R.P. da Coreia - Ensaio para o desenvolvimento de um satélite de reconhecimento

A Direção Nacional de Exploração Espacial e a Academia Nacional de Ciências da Defesa da República Popular Democrática da Coreia realizaram um teste importante em 27 de fevereiro como parte do programa de desenvolvimento de satélites de reconhecimento.

No final do teste, as características e a correção da operação do sistema de fotografia de alta resolução, o sistema de transmissão de dados e os dispositivos de controle de atitude foram confirmados por disparos verticais e regiões terrestres oblíquas especialmente determinadas usando filmadoras para se estabelecer no satélite de reconhecimento .

Este teste é de grande importância no desenvolvimento do satélite de reconhecimento.

Agência Central de Notícias da Coréia


Rússia avisa que vai atacar Kyiv e alerta civis para fugirem

© Wikimedia Commons

Notícias ao Minuto   01/03/22 

O exército russo avisou hoje que vai atacar em Kyiv as infraestruturas tecnológicas dos serviços de segurança ucranianos, SBU, e pediu aos civis que vivam próximos desses alvos para fugirem.

"Para impedir ciberataques contra a Rússia, serão realizados ataques com armas de alta precisão, em Kiev, contra as infraestruturas tecnológicas do SBU e o principal centro da Unidade de Operações Psicológicas. Nós apelamos aos cidadãos que vivem próximo dessas infraestruturas para abandonares as suas casas", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

Entretanto, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigú, citado pela agência Interfax, afirmou hoje que a Rússia vai prosseguir a "operação militar especial" iniciada na Ucrânia na passada quinta-feira "até alcançar os seus objetivos".

"O importante é proteger a Federação Russa da ameaça militar criada pelo Ocidente, que tenta utilizar o povo ucraniano na luta contra o nosso país" adiantou o governante.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.


Leia Também: AO MINUTO: Rússia ataca torre de TV; Violações "aumentam a cada hora"

GUERRA NA UCRÂNIA - Jornalista em lágrimas confronta Boris Johnson: "A III Guerra já começou"

© Twitter

Notícias ao Minuto  01/03/22 

Daria Kaleniuk fugiu de Kyiv e manifestou a sua revolta em frente ao primeiro-ministro britânico, exigindo que este implemente uma zona de exclusão aérea na guerra Rússia-Ucrânia porque são as crianças e mulheres que estão a pagar o preço.

Uma jornalista ucraniana, que fugiu de Kyiv, desfez-se hoje em lágrimas em frente ao primeiro-ministro britânico Boris Johnson e acusou-o de ter medo de agir. 

Daria Kaleniuk censurou o primeiro-ministro do Reino Unido numa conferência de imprensa em Varsóvia, na Polónia, e exigiu que este implementasse uma zona de exclusão aérea para impedir que jatos russos matassem civis.

A jornalista começou por confrontar Boris Johnson afirmando ter uma mulher da sua equipa com filhos medo de ser morta.

"Uma mulher da minha equipa está em Bila Tserkva, ela tem dois filhos, e militares russos estão lá. Ela tem medo de ser baleada. A cidade onde estudei foi bombardeada hoje na praça central. Você fala sobre o estoicismo do povo ucraniano, mas as mulheres ucranianas e as crianças ucranianas vivem em profundo medo por causa das bombas e mísseis que caem do céu", começa por sublinhar Kaleniuk.

"O povo ucraniano pede desesperadamente que o Ocidente proteja o nosso céu, pedimos uma zona de exclusão aérea, mas dizem-nos que isso desencadeará a III Guerra Mundial", continua. De seguida, a ucraniana questiona qual é a alternativa. 

"A alternativa é observar? As nossas crianças, em vez de aviões, estão a proteger a NATO das bombas?", confrontou a jornalista acrescentando que "neste momento, é impossível atravessar a fronteira". "Imagine com um bebé", continua acrescentando que Boris Johnson está na Polónia, não está em Kyiv ou Lviv porque "tem medo". 

"A III Guerra Mundial já começou e são as crianças ucranianas que estão a pagar o preço", alerta. 

Daria fala ainda do caso de Roman Abramovich que se encontra em Londres. “Você fala de mais sanções, senhor primeiro-ministro, mas Roman Abramovich não é sancionado, está em Londres, os seus filhos não estão nos bombardeios, estão em Londres", disse fazendo também referência aos filhos de Vladimir Putin que "estão na Holanda, na Alemanha, em mansões".

"Onde estão todas essas mansões confiscadas? Não vejo isso", apontou.

Em resposta, Boris Johnson admitiu que o que o Reino Unido pode fazer não é suficiente. O britânico recusou implementar uma zona de exclusão aérea, mas disse que poderia ajudar de outras maneiras.

“Infelizmente, a implicação disso [implementar uma zona de exclusão aérea] é de que o Reino Unido estaria envolvido em derrubar aviões russos, estaria envolvido num combate direto com a Rússia – isso não é algo que possamos fazer ou que tenhamos previsto", explicou o primeiro-ministro.

"As consequências disso seriam realmente muito difíceis de controlar", concluiu.

A jornalista deixa um apelo ao Ocidente: proteger o céu ucraniano numa altura em que os ucranianos agarram em "armas com proteção zero" para "combater o mal" das tropas russas.

Nas redes sociais, a jornalista reage à rejeição de Boris Johnson de implementar uma zona de exclusão aérea na Ucrânia indicando que são os bebés que vão sofrer com esta decisão. 

"Não, os membros da NATO não vão fechar o céu sobre a Ucrânia. Líderes dos estados-membros da NATO virão à fronteira ocidental da Ucrânia para fazer conferências de imprensa. Serão estas crianças que enfrentarão os mísseis, não os sistemas de defesa aérea da NATO. Que vergonha, NATO", escreveu a ucraniana.

A Rússia lançou uma ofensiva militar sobre a Ucrânia na madrugada de dia 24 de fevereiro entrando hoje no sexto dia de invasão. Mais de 660 mil pessoas abandonaram o país, segundo os dados da ONU.  



Cerimónia de Posse do Chefe de Estado Maior da Armada, Sr. Hélder Nhanque e do Vice-Chefe de Estado Maior do Exército, Sr. Baute Yamta Na Mam.

    
@Rádio Jovem Bissau Tomada de posse dos novos chefias militares (Hélder Nhanque e Baute Yamta Na Mam)

UCRÂNIA - Zelensky diz que míssil russo atingiu praça central de Kharkiv

© Lusa

Notícias ao Minuto  01/03/22 

O Presidente da Ucrânia disse que um míssil russo atingiu hoje a praça central de Kharkiv, a que chamou "terror indisfarçável".

"Ninguém perdoará. Ninguém esquecerá", afirmou Volodymyr Zelensky.

A declaração surge depois de o chefe da administração regional de Kharkiv, Oleh Sinehubov, ter afirmado que o centro da cidade, a segunda maior da Ucrânia, está a ser hoje alvo de novos bombardeamentos russos.

O edifício da administração, no centro da cidade, e vários prédios residenciais foram alvo das forças russas, acrescentou o responsável.

Zelensky declarou, numa mensagem vídeo publicada no Telegram, que o bombardeamento russo de Kharkiv constitui um "crime de guerra" e que a defesa da capital do país, Kiev, é "a prioridade".

"O ataque contra Kharkiv é um crime de guerra. É terrorismo de Estado", disse o presidente ucraniano, alertando para um avanço russo em direção a Kiev.

"Eis porque a defesa da capital é hoje a prioridade chave" da Ucrânia, acrescentou.?

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.


Leia Também: 

Numa conferência sobre desarmamento que ocorria esta terça-feira na ONU, um dos intervenientes era Sergei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros. O discurso de Lavrov foi pré-gravado, já que o MNE russo, devido às sanções, não pôde sair da Rússia.

Mas quando o discurso do governante de Moscovo passava no ecrã, centenas de diplomatas saíram da sala, que ficou praticamente vazia, boicotando assim as palavas do MNE da Federação Russa.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky interveio esta terça-feira na sessão do Parlamento Europeu, tendo sido aplaudido de pé pelos eurodeputados, alguns envergando bandeiras da Ucrânia pelas costas.

Segundo o Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, além dos mais de 5.700 russos mortos, há ainda 200 soldados de Putin presos. As perdas russas incluem ainda 198 tanques russos, 29 aeronaves, 846 veículos blindados e 29 helicópteros. 

Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano diz que ataque a Kharkiv é "bárbaro" e que Putin comete cada vez mais crimes de guerra.


Edifícios ucranianos estão a ser marcados por forças russas e sabotadores pró-Kremlin.



O Presidente russo, Vladimir Putin, causou incredulidade ao invadir a Ucrânia, a sua maior ação militar desde a anexação da Crimeia, em 2014, apesar de nunca ter escondido a ambição de restaurar o poder da Rússia.

EUA expulsam 12 diplomatas russos na ONU por "activistas de espionagem"

Vasily Nebenzya, Representante Permanente da Rússia junto das Nações Unidas, discursa na Assembleia Geral, Nova Iorque, 28 Fevereiro 2022

Por voaportugues.com

Representante russo na ONU acusa Estados Unidos de "acção hostial"

NOVA IORQUE — Os Estados Unidos decidiram expulsar 12 diplomatas que trabalham na Missão Permanente da Rússia junto das Nações Unidas em Nova Iorque, acusados de envolvimento em actividades de espionagem.

"Os Estados Unidos informaram às Nações Unidas e à Missão Permanente da Rússia nas Nações Unidas que estamos a iniciar o processo de expulsar 12 agentes de inteligência da Missão Russa que abusaram dos seus privilégios de residência nos Estados Unidos ao se envolverem em actividades de espionagem que são adversos à nossa segurança nacional", disse a porta-voz da Missão dos EUA nas Nações Unidas em comunicado.

Olivia Dalton acrescentou que a acção está a ser tomada “ao Acordo da Sede da ONU e está em desenvolvimento há vários meses"

O representante russo na ONU, Vassily Nebenzia, disse a repórteres que os EUA deram aos diplomatas até 7 de Março para deixarem o país, uma acção que considerou de “hostil" do Governo dos EUA e que viola as obrigações de Washington como país anfitrião das Nações Unidas.

Nebenzia acrescentou que o país anfitrião mostrou "desrespeito grosseiro" ante os seus compromissos "tanto sob a Carta da ONU quanto o Acordo do País Anfitrião e as convenções de Viena".

Não é a primeira vez que os Estados Unidos declaram diplomatas russos na ONU como persona non grata.

Em 2018, a Administração Trump expulsou uma dúzia de diplomatas russos da missão da ONU por acusações semelhantes, à medida que as tensões aumentavam devido ao envenenamento a um ex-espião russo na Grã-Bretanha.

Leia Também:

Segundo o presidente da Ucrânia, a Rússia terá também enviado 113 mísseis de cruzeiro com destino a território ucraniano.



Na perspetiva do presidente da Ucrânia, "comprar bens russos" equipara-se, neste momento, a "pagar para matar pessoas".



Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, acredita que o número de refugiados possa atingir os quatro milhões nas próximas semanas.

Caso resgate aos bancos: PGR SUSPENDE O MAGISTRADO FERNANDO MENDES E ORDENA PROSSEGUIMENTO DOS AUTOS DO PROCESSO

O DEMOCRATA
28/02/2022

O Procurador-Geral da República, Bacar Biai, ordenou o prosseguimento dos autos do processo resgate aos bancos, por estar em curso diligências necessárias para o esclarecimento do destino dos valores alocados para o resgate e para o próprio esclarecimento das imputações que impendem sobre o suspeito Domingos Simões Pereira.

Na última sexta-feira, o magistrado Fernando Mendes arquivou o processo resgate aos bancos que implicava Simões Pereira, presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Através de um despacho, com a data de 28 de fevereiro, na posse de O Democrata, Bacar Biai informou que, quando chamado para se pronunciar sobre as circunstâncias que moveram a mudança do posicionamento do seu coordenador em menos de 72 horas, o coordenador, “no lugar de esclarecer estas circunstâncias, decidiu pura e simplesmente apresentar a sua demissão do cargo”.

Lê-se no despacho que, “da apreciação da reclamação”, o artigo 51 Código de Processo Penal (CPP) determina o destinatário da reclamação, neste particular, “dos despachos do Ministério Público durante a investigação, apenas cabe a reclamação para o superior hierárquico, normas aliás concretizada nos arts. 170.°/2”, lembrando que o magistrado titular do processo, Fernando Mendes, tinha ordenado a notificação de várias empresas e particulares beneficiárias de resgate e ouviu em autos as empresas “Belinca Construções, SARL, a empresa SUINAVE, Aparthotel Lobato e Alvalade Safim e todos, unanimidade, afirmaram que não beneficiaram de resgate, porquanto até hoje os bancos continuam a exigir o cumprimento do mútuo e ameaçaram até acionar a garantia em alguns casos”.

“Curiosamente o magistrado titular do processo convocou para o dia 24 de fevereiro de 2022, pelas 10h, a inquirição dos representantes legais da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, da empresa Malaika Trading, Lda, da empresa Gomes e Gomes, da Mavegro EIR, Lda, e para o dia 25 de fevereiro de 2022, a mesma hora, o escritório da Advocacia Carlos Pinto Pereira e Associados (curiosamente advogado nos presentes autos e co-autor num outro processo), Hotel Bassamar e a Empresa Hiperium” explicou, para de seguida afirmar que “embora não tenha adiado as referidas diligências”, o magistrado Fernando Mendes decidiu pelo arquivamento dos autos com fundamento no art.° 203.°/1 al. c) CCP.
“Compulsados o despacho em crise, denota-se algumas incongruências insanáveis”, argumenta Bacar Biai, a invocação de uma suposta sentença absolutória de um processo ainda em curso, a revogação do despacho da constituição do suspeito e a revogação do despacho da aplicação da medida de coacção.

Lembrou que o processo resgate aos bancos não chegou ao julgamento, porque o Juíz de Instrução Criminal (JIC) rejeitou a acusação, devolvendo os autos ao Ministério Público para “corrigir as eventuais irregularidades para depois apresentá-las sem aquele vício, o que ainda está em curso”.

Por isso, Bacar Biai revogou o despacho de arquivamento e o da revogação da medida de coacção aplicada ao (PAIGC), Domingos Simões Pereira, mantendo-se “intatos todos os atos processuais até aqui realizados”, dando 45 dias para que se prossiga com a inquirição das empresas convocadas de “fls. 40- 46, 50- 52, constante no volume II dos autos”, assim como a designação da data da inquirição das empresas “supostamente” resgatadas conforme a lista fornecida pelos Bancos BAO e BDU constante de “fls. 59 do volume II  dos autos”.

Também o procurador-geral suspendeu das suas funções o magistrado Fernando Mendes.

Por: Tiago Seide

@Gaitu Baldé  Procuradoria Geral da Republica.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Putin retalia com "medidas económicas especiais" contra os EUA e aliados

© Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS

Notícias ao Minuto  28/02/22 

O documento, publicado no site do Kremlin, estabelece, entre outras medidas, que os exportadores deverão vender 80% dos lucros creditados a partir do dia 1 de janeiro de 2022.

Depois do anúncio de um novo pacote de sanções, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto-lei que impõe "medidas económicas especiais aos Estados Unidos da América (EUA) e aos países que a eles se juntaram", avança a agência estatal russa RIA.

O documento, publicado no site do Kremlin, estabelece que os exportadores deverão vender 80% dos lucros creditados a partir do dia 1 de janeiro de 2022, incluindo a “transferência de bens para não residentes, prestação de serviços a não residentes, realização de trabalho para não residentes, transferência para não residentes dos resultados da atividade intelectual, incluindo direitos exclusivos, o mais tardar três dias úteis a partir da data em que este decreto entrar em vigor”.

Além disso, os residentes russos estão, a partir de agora, proibidos de transferir moedas estrangeiras para suas contas, ou de realizar depósitos em bancos estrangeiros.

O decreto-lei permite, contudo, que as instituições de crédito abram contas bancárias sem a presença física de uma pessoa ou do seu representante, no caso da transferência de fundos de outra organização.

Recorde-se que hoje foram aplicadas novas sanções à Rússia, particularmente contra o seu Banco Central, tendo os EUA, a União Europeia e o Reino Unido proibido todas as transações. Ainda assim, o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, assegurou que o país tem capacidade para fazer frente à onda de sanções económicas que lhe foram impostas devido à "operação militar especial" lançada contra a Ucrânia.


Leia Também: 


NO COMMENT!!

Alfa Umaro

Manifestação contra Senegal em curso



Fonte: Sana Cante 

O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló recebeu hoje, em audiência de cortesia, o novo Diretor Geral do Tribunal de Justiça para os Direitos Humanos, Sr. Jorge Lopes.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

MARCHA KINA FACIDO PÁ MILITANTES DI PAIGC DI DSP CANCELADO AOS NA LISBOA...KUSAS DI MISTI ODJADA.

Por Gaitu Baldé  

NO COMMENT!

 
Alfa Umaro

PAIGC pede ao PR da Guiné-Bissau demissão do procurador-geral


Por  LUSA  28/02/22

O advogado do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) pediu hoje ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, que demita o procurador-geral da República, Bacari Biai, a quem acusa de "ilegalidades".

Em conferência de imprensa na sede do partido em Bissau, Carlos Pinto Pereira defendeu que Bacari Biai deve ser afastado "por não estar a trabalhar ao serviço das leis" da Guiné-Bissau.

"Ele não está a cumprir a lei e nem está a fazer cumprir a lei", observou o advogado, citando a atuação de um magistrado do Ministério Público que "deu o dito por não dito" na apreciação de um processo judicial que supostamente envolvia o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

De acordo com Carlos Pinto Pereira, o magistrado "acabou por voltar atrás" na sua decisão de fixar a medida de coação de obrigação de permanência a Simões Pereira, uma diligência que, na opinião do advogado, "devia merecer uma atitude" do procurador-geral da República.

Para o advogado do PAIGC, Bacari Biai "sabia das ilegalidades" que o magistrado estava a praticar ao decretar a medida de coação contra Domingos Simões Pereira, que "é deputado em efetividade de funções, sem o ter constituído antes suspeito e ainda sabendo que existe uma ordem do Supremo Tribunal de Justiça" que proíbe ao Ministério Público tomar aquela decisão.

Carlos Pinto Pereira considerou que o atual procurador-geral da República deve auto afastar-se ou ser demitido de funções, pelo poder político, que o nomeou.

"Quem permitir que ele lá continue está também ele a ser cúmplice com as ilegalidades do senhor procurador-geral da República", defendeu Pinto Pereira.

O advogado afirmou que o Ministério Público "está claramente com uma atitude persecutória" contra o PAIGC no sentido de impedir que o partido realize o seu 10.º congresso e ainda de não permitir que Domingos Simões Pereira "seja naturalmente reeleito" líder.

"O Ministério Público está ao serviço de interesses obscuros", declarou Carlos Pinto Pereira.

Na mesma conferência de imprensa, o PAIGC denunciou alegadas situações de "ameaças e de intimidações" aos seus militantes e ainda a suposta violação da sede do partido por parte de homens armados.


PAIGC - COMUNICADO À IMPRENSA👇


Exclusivo "O golpe de Estado foi secundarizado pelo PAIGC" ...Fernando Vaz porta voz do Governo.

© Leonardo Negrão / Global Imagens

César Avó, Dn.pt 27 Fevereiro 2022 

Fernando Vaz, ministro do Turismo e porta-voz do governo de coligação chefiado por Nuno Gomes Nabiam, deseja estabilidade política para que a Guiné-Bissau possa fazer reformas e construir infraestruturas. E esclarece o ataque realizado no Palácio do Governo no início do mês.

Pode fazer uma atualização dos acontecimentos de dia 1 [quando o Palácio do Governo em Bissau esteve sob ataque durante cinco hora]? O que pode dizer?

Em relação ao processo de investigação o que posso dizer é que está em curso e eu não vou avançar muito para depois não dizerem que há três ou quatro versões do governo porque o presidente da república (PR) falou, o porta-voz falou, embora todos dissessem que foi um golpe de Estado. As pessoas de má-fé fogem do cerne da questão, que é o golpe de Estado, e depois vão discutir que um disse que havia rebeldes, o outro disse que havia paramilitares, coisas que, enfim, não fazem nenhum sentido e não é o cerne da questão. 

O cerne da questão é que houve um golpe de Estado, houve uma tentativa de decapitação do Estado da Guiné-Bissau, o assassínio do presidente da república e do primeiro-ministro e do executivo que estava reunido, e que ao todo morreram oito cidadãos guineenses. Isso parece que foi secundarizado por interesses políticos de algum setor da nossa política, nomeadamente o PAIGC, e dando mais importância ao assalto à Rádio Capital, que tem a sua importância, mas onde não morreram pessoas, e que houve uma tentativa de alteração da ordem constitucional, que está a ser secundarizada. O ponto da situação é que temos o princípio de separação de poderes na nossa constituição, estamos a observar esse princípio, e mesmo observado esse princípio somos criticados de que há interferência e que deve haver um inquérito internacional independente. Como se isto fosse prática no mundo. Enfim, isto parece um filme a preto e branco. Portanto, a comissão de inquérito vai fazer o seu trabalho. Vamos esperar por aquilo que a comissão ou a Procuradoria-Geral da República vier a apurar.

Em relação ao que se fala de os mandantes estarem ligados ao narcotráfico. O que pode comentar?

Acho que não há nenhuma dúvida. Está preso o comandante Bubo Na Tchuto, é público, foi dito pelo PR. Agora faço eu a pergunta: esse indivíduo, do seu conhecimento, está ou não ligado ao narcotráfico? ...Veja Mais: @ Gaitu Baldé 👇


Kiev diz que travou avanço russo e que tropas russas estão desmoralizadas

© REUTERS/Gleb Garanich

Notícias ao Minuto  28/02/22 

O comando militar ucraniano garantiu hoje que as forças armadas do país impediram as tropas russas de avançarem para Kiev e que estas estão desmoralizadas e sofreram baixas consideráveis.

"Todas as tentativas das tropas de ocupação russas para alcançar os seus objetivos falharam", disse o comandante-chefe do exército ucraniano, Oleksandr Syrski, sobre as tentativas russas de invadir a periferia da capital.

Syrski, citado pela agência noticiosa UNIAN, salientou que "o inimigo sofreu baixas consideráveis".

"As tropas russas estão desmoralizadas e exaustas. Mostrámos que sabemos como defender a nossa casa de quem não foi convidado", disse o general.

De acordo com o exército, todos os movimentos das tropas inimigas estão sob controlo.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.


Leia Também: Kiev regista mais de 350 civis mortos na invasão russa

Elon Musk deu à Ucrânia a Internet que a Ucrânia pediu. Que impacto tem na guerra? "É um gesto simpático mas no plano militar não muda nada"

Elon Musk

Cnnportugal.iol.pt

Com esta tecnologia, a Ucrânia tem agora acesso ao melhor serviço de internet disponível no mundo, facto que pode tornar impossível à Rússia comprometer as comunicações do país vizinho. Mas será que isso pode realmente influenciar o curso da guerra?

Mykhailo Fedorov, vice primeiro-ministro e ministro da Transição Digital da Ucrânia, fez um simples pedido a Elon Musk: disponibilizar estações Starlink. "Enquanto tentas colonizar Marte, a Rússia tenta ocupar a Ucrânia. Enquanto os teus foguetões aterram a partir do espaço, os rockets da Rússia atacam civis ucranianos", afirmou o ministro no sábado, através do Twitter.

E foi também através de um tweet que o magnata da tecnologia acedeu ao pedido. Em poucas horas, Elon Musk forneceu à Ucrânia o mais resistente serviço de Internet que existe.

Na base deste serviço está a Starlink, uma gigantesca constelação de satélites em construção pela SpaceX, a agência espacial privada liderada por Elon Musk. São atualmente cerca de 2.000 satélites que permitem levar Internet de alta velocidade para zonas mais remotas do planeta, mas o objetivo da agência é chegar aos 42.000. Em janeiro, o serviço tinha cerca de 145.000 utilizadores em 25 países.

Com o serviço de Internet da SpaceX, a Ucrânia passa a ter melhor serviço e deixa de ficar dependente das infraestruturas por fibra. Segundo Rodrigo Adão da Fonseca, especialista em cibersegurança, a Starlink funciona como uma rede alternativa de comunicações, "como se fosse uma rede privativa, via satélite, mas privada", sem que haja hipótese de interferência russa.

A Ucrânia sofreu uma série de ciberataques em larga escala que afetou sites do parlamento, governo e Ministério dos Negócios Estrangeiros. Segundo fonte do governo, vários bancos do país também foram afetados. Tratou-se de um ataque informático DDoS: simples de executar, que inunda o site atingido com uma vasta quantidade de tráfego, sobrecarregando os servidores que o albergam. 

Mas será que este gesto de Musk pode realmente influenciar o curso da guerra? Não no plano militar, refere o major-general Agostinho Costa. "Mas há aqui um dado muito importante: esta campanha militar segue os princípios conceptuais e doutrinários russos, que são diferentes dos nossos" e, sobre isso, "a última coisa que os russos querem é eliminar a possibilidade de a comunicação social poder comunicar" - e facto é que nenhuma das partes tem impedido os jornalistas de fazer o seu trabalho porque esta campanha decide-se no plano comunicacional. "Esta batalha decide-se no plano do chamado mainstream media e do social media. E nós, no Ocidente, ainda não percebemos isso." Nesse domínio, segundo o major-general, a Ucrânia está em vantagem. Mas outra coisa é o que se passa no terreno. 

Resumindo: "É um gesto simpático de Elon Musk, mas no plano geral militar não muda nada."

Aliás, segundo refere o major-general Agostinho Costa, a primeira fase da campanha (a aérea) foi para a destruição dos meios de comunicação militares: os radares, os meios de comunicação militares, os postos de comando... tudo no mesmo dia. "Uma coisa são ciberataques para neutralizar o funcionamento da estrutura politico-administrativa. Outra coisa é o domínio da comunicação da população porque a centralidade numa guerra destas é a população e as perceções. O teatro de operações é aqui nas redações, através da influência da campanha comunicacional de ambas as partes e da opinião pública."

Este projeto da empresa de Elon Musk foi uma aposta disruptiva que alertou os países para uma nova realidade. É possível ter internet e comunicações em qualquer parte do planeta com mais segurança e com menos controlo de terceiros nos tarifários, velocidades e outros aspetos fundamentais para a sociedade moderna. Nesse sentido, há várias potências mundiais a querer ter a sua própria "constelação", entre elas a União Europeia.

Ora, enquanto a maioria dos serviços de internet via satélite provém de satélites em órbita a cerca de 35.000 quilómetros da Terra, a constelação Starlink está muito mais próxima, a cerca de 550 quilómetros, o que lhe permite reduzir o tempo de viagem de dados entre o utilizador e o satélite. E, curiosamente, a tecnologia que permite precisamente a comunicação entre nano-satélites numa constelação de baixa órbita é um dos projetos de engenharia mais inovadores de sempre em Portugal: o Gamalink.