domingo, 5 de fevereiro de 2023

"A Rússia não parará se não perder. Continuará a investir no terrorismo"

© Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto  05/02/23 

O responsável assinalou ainda que "a lei internacional é clara" e que qualquer ameaça de "ataques de retaliação" por parte de funcionários russos constitui apenas "uma tentativa de assustar".

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, apontou, no sábado, que o “terrorismo” russo se propagará pela Europa, caso Moscovo saia vitorioso no conflito com a Ucrânia, de forma “mais ousada”. O responsável considerou ainda que qualquer ameaça por parte de funcionários russos não passa de “uma confirmação da intenção de cometer assassinatos em massa”.

“A Rússia não parará se não perder. Continuará a investir no terrorismo na Europa. Fá-lo-á ainda com mais ousadia. Interferirá nas eleições, matará rivais políticos. Surtos de separatismo tornar-se-ão uma regra. É este o mundo em que quer viver? É assim que o ‘mundo russo’ é”, atirou, através da rede social Twitter.

O responsável foi mais longe, tendo, horas depois, assinalado que “a lei internacional é clara” e que qualquer ameaça de “ataques de retaliação” por parte de funcionários russos, como é o caso do antigo presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, constitui apenas “uma tentativa de assustar”, além de “uma confirmação da intenção de cometer assassinatos em massa”.

“A lei internacional é clara. A Ucrânia pode liberar os seus territórios através de qualquer ferramenta. A Crimeia é da Ucrânia. Portanto, as ameaças de funcionários russos com ‘ataques de retaliação’ são apenas uma confirmação da intenção de cometer assassinatos em massa e uma tentativa de assustar, ao estilo tradicional russo. Ignorem sempre o Medvedev”, considerou.

De notar que o antigo chefe de Estado russo ameaçou a Ucrânia com a chegada do "dia do juízo final", em julho, caso as autoridades daquele país ataquem a Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.

"As consequências [do eventual ataque] são óbvias. Se algo semelhante acontecer, o dia do juízo final chegará em breve para todos eles [ucranianos]. Será muito rápido e muito duro", disse, na altura, assegurando que "os objetivos desta operação vão ser cumpridos".

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 7.068 civis desde o início da guerra e 11.415 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


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