© Getty Images
POR LUSA 04/01/23
As autoridades da Gâmbia acusaram três pessoas - dois civis e um oficial militar - de "conspiração" relacionada com uma alegada tentativa de golpe de Estado que foi desmantelada em dezembro.
Os três homens foram também acusados de "traição oculta", razão pela qual a liberdade provisória sob fiança lhes foi negada. Estas acusações significam que os arguidos podem ser condenados à prisão perpétua.
Os acusados são Mustapha Jabbi, Saikou Gassama e Fabakary Jawara, que rejeitaram as acusações na terça-feira durante uma visita a um tribunal na capital, Banjul, de acordo com o diário gambiano "Foroyaa".
As autoridades acreditam que os três suspeitos conspiraram entre si e não informaram o Governo da existência de uma conspiração para derrubar o Presidente do país, Adama Barrow, após o militar Sanna Fadera lhes ter revelado os planos sobre a conspiração.
O Conselheiro de Segurança Nacional da Gâmbia, Abubacarr Jeng, revelou em 29 de dezembro que as autoridades estavam a investigar o possível envolvimento de civis na conspiração uma vez que os responsáveis estavam alegadamente a realizar reuniões clandestinas com a colaboração de civis.
O porta-voz do Governo da Gâmbia, Ebrima Sankareh, anunciou em 21 de dezembro a detenção de quatro militares que estavam "a planear derrubar o Governo democraticamente eleito do Presidente". Dias mais tarde, três outros soldados suspeitos de envolvimento no enredo foram presos.
Barrow tomou posse em janeiro para um segundo mandato após o Supremo Tribunal no final de dezembro ter rejeitado um recurso do principal candidato da oposição contra os resultados oficiais das eleições de 04 de dezembro de 2021.
O Presidente ganhou a reeleição apesar de ter quebrado a sua promessa de se manter apenas três anos no cargo - que completou em 2020 - após ter alcançado uma aliança controversa com o partido do antigo ditador Yahya Jammeh e depois de alguns aliados terem deixado o seu lado para concorrer contra ele.
O chefe de Estado, que conquistou a vitória em dezembro de 2016 após apresentar a sua candidatura como independente com o apoio de grupos contrários a Jammeh, foi empossado em janeiro de 2017 depois de o ditador se ter exilado na Guiné Equatorial depois de ter rejeitado inicialmente a sua derrota, o que levou a uma ameaça de intervenção militar por parte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.