O governo da Guiné-Bissau através do ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural lançou, esta sexta-feira, 28 de janeiro de 2022, o projeto de apoio à autonomização e inclusão financeira destinado às mulheres e jovens das fileiras de cajú, frutas e legumes, com financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
O projeto prevê ajudar a profissionalizar 100 cooperativas de mulheres e pequenas e micro empresas, bem como a formação e inserção de 300 rapazes e meninas, formação de cinco especialistas em cajú e dez no processamento de produtos agrícolas. Ainda no âmbito do mesmo projeto, serão instaladas duas unidades de processamento de cajú, além de oito armazéns e oito áreas de secagem.
O ministro da agricultura, Marciano Silva Barbeiro, explicou que para a execução do projeto será aberto um fundo de financiamento ou linha de crédito no valor de 780.000.000 de Francos CFA, como também serão criados espaços infantis para a saúde e educação de crianças, instalados nas unidades de produção. Acrescentou que serão criados pelo menos 1500 empregos diretos.
“Os objetivos do projeto entram assim diretamente na visão global de desenvolvimento delineada pelo atual governo. A nível setorial, o projeto contribuirá para a operacionalização da ‘Carta de Política de Desenvolvimento Agrário’ e do programa nacional de segurança alimentar, apoiando as ambições do país exprimidas no PNIA 2º geração de: reduzir o défice na qualidade dos recursos para aumentar a produção agrícola e aproveitar melhor as cadeias de valor agrícola, profissionalizar as cooperativas e melhorar seu acesso ao financiamento, entre outros”, assegurou o governante.
O ministro apelou aos diferentes intervenientes durante todo o processo de execução do projeto, para o seu envolvimento na implementação e seguimento das atividades do projeto, tendo frisado que o objetivo visa a melhoria do crescimento inclusivo das fileiras de cajú, frutas e legumes, bem como a melhoria dos rendimentos das mulheres no setor e acesso das mulheres ao financiamento da atividade económica.
Em representação dos beneficiários, Mariama Danfá Nanqui, disse que as mulheres sofrem diversas discriminações, nomeadamente, a insuficiência de capacitação que, segundo a sua explicação, gera a falta de emprego e de oportunidades.
“O acesso ao crédito é uma das estratégias para o empoderamento das mulheres e a promoção de igualdades de género”, assegurou, para de seguida apelar aos gestores do projeto para tomarem em conta a situação das mulheres e jovens que considera de camadas que podem contribuir para autonomização económica.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N
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