Células que já não realizam convenientemente a sua função podem estar a comprometer o bom funcionamento das que a circundam. O resultado? Perda de memória.
Porquê o declínio cerebral? A questão é colocada incontáveis vezes por neurologistas no sentido de encontrar soluções que contrariem o desacelerem o inevitável processo de perda de memória.
Para o biólogo molecular Darren Baken, um dos principais motivos para tal problema advém das células senescentes, ou seja, aquelas que naturalmente já se encontram envelhecidas (senescência é, aliás, o processo natural metabólico de envelhecimento a nível celular). Ora, tais células continuam vivas, mas não realizam a sua suposta função, pelo contrário, apenas se acumulam o que leva à criação de uma proteína que é tóxica para o cérebro.
Segundo um estudo liderado por Baken, a eliminação de tais células daria assim mais espaço, literalmente, para que as células ainda ativas desempenhem a sua função.
O mesmo processo ajudariam ainda a evitar o desenvolvimento de doenças de foro mental como Alzheimer ou demência, que os cientistas acreditam ter relação com as referidas proteínas tóxicas
Além de apontarem esta hipótese, os responsáveis pelo estudo aqui mencionado apontam também uma solução: uma droga anticancerígena que atua no combate às células, de forma quase imediata aquando da sua passagem ao estado de senescência.
Certos de que são as células senescentes as principais responsáveis pelo envelhecimento célular, os investigadores admitem ter aberto portas que permitirão novos estudos sobre o tema – algo essencial para a neurologia, que conta ainda com muitas questões sem resposta.
NAOM
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