quarta-feira, 9 de julho de 2025

O robô terá realizado a cirurgia com "100% de precisão”, embora “tenha demorado mais tempo a realizar o trabalho do que um cirurgião humano"

Por cnnportugal.iol.pt

Um robô operou pela primeira vez um modelo realista de paciente respondendo durante a operação aos comandos da equipa, “como um cirurgião principiante a trabalhar com um mentor”, revela um estudo publicado esta quarta-feira na revista científica Science Robotics.

Treinado com vídeos de cirurgias, o robô procedeu à remoção da vesícula biliar sem ajuda humana, indica um comunicado sobre o estudo divulgado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, cujos investigadores o lideraram.

“O robô teve um desempenho irrepreensível durante os testes e com a perícia de um cirurgião humano habilidoso, mesmo em cenários inesperados típicos de emergências médicas reais”, adianta.

Segundo a universidade, o trabalho “representa um avanço transformador na robótica cirúrgica, em que os robôs podem atuar tanto com precisão mecânica como com adaptabilidade e compreensão semelhantes às humanas”.

O denominado Surgical Robot Transformer-Hierarchy (SRT-H) realiza realmente cirurgias, adaptando-se às características anatómicas individuais na ocasião, tomando decisões em tempo real e autocorrigindo-se quando é necessário.

Construído com a mesma estrutura de aprendizagem automática do sistema de inteligência artificial (IA) ChatGPT, o SRT-H também é interativo, capaz de responder a comandos de voz, como "agarrar a cabeça da vesícula biliar", e correções, como "mover o braço esquerdo um pouco para a esquerda", aprendendo neste processo.

"Este avanço leva-nos de robôs que podem executar tarefas cirúrgicas específicas para robôs que realmente compreendem os procedimentos cirúrgicos", assinala o especialista em robótica médica Axel Krieger, citado no comunicado.

O especialista acrescenta tratar-se de um passo decisivo no caminho para a criação de “sistemas cirúrgicos autónomos clinicamente viáveis, capazes de funcionar na realidade confusa e imprevisível dos cuidados reais ao doente”.

Em 2022, o Smart Tissue Autonomous Robot (STAR) de Krieger realizou a primeira cirurgia robótica autónoma num animal vivo – uma cirurgia laparoscópica num porco -, mas este robô trabalhou com “tecido marcado” e operou num ambiente altamente controlado, seguindo um rigoroso e predeterminado plano cirúrgico.

Segundo Krieger, no caso anterior foi como ensinar um robô a conduzir por uma rota cuidadosamente mapeada, enquanto no seu novo sistema se ensinou o robô “a navegar em qualquer estrada, em qualquer condição, respondendo de forma inteligente a tudo o que encontra".

Ji Woong (Brian) Kim, ex-investigador de pós-doutoramento na Johns Hopkins e atualmente na Universidade de Stanford (EUA), autor principal do artigo, diz que o trabalho “mostra que os modelos de IA podem ser fiáveis o suficiente para a autonomia cirúrgica, algo que parecia distante, mas que é comprovadamente viável”.

A equipa de Krieger já tinha treinado um robô para realizar três tarefas cirúrgicas fundamentais: manipular uma agulha, levantar tecido corporal e suturar, cada uma das quais demorava alguns segundos.

A remoção da vesícula biliar é um procedimento muito mais complexo, uma sequência de 17 tarefas, que duram alguns minutos, tendo o SRT-H aprendido a realizar o trabalho assistindo a vídeos de cirurgiões da Johns Hopkins, com legendas descrevendo as tarefas.

O robô “realizou a cirurgia com 100% de precisão”, embora “tenha demorado mais tempo a realizar o trabalho do que um cirurgião humano, os resultados foram comparáveis”, refere o comunicado.

"Isto mostra realmente que é possível realizar procedimentos cirúrgicos complexos de forma autónoma", declara Krieger.

O passo seguinte para a equipa é treinar e testar o sistema em mais tipos de cirurgias e expandir as suas capacidades para que possa realizar operações de forma completamente autónoma.

"Gostaria muito". Trump manifesta interesse em visitar África... O Presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou hoje abertura a visitar países africanos, na sequência de um encontro com cinco líderes de Estados desse continente, incluindo o Presidente da Guiné-Bissau, na Casa Branca

Por LUSA 

Num almoço com os cinco líderes africanos - Guiné-Bissau, Gabão, Libéria, Mauritânia e Senegal - Trump discutiu potenciais parcerias económicas com esses países e questões ligadas à imigração.

No final, questionado por uma jornalista sobre se tenciona visitar o continente, Trump afirmou que "gostaria de ir a África, com certeza", acrescentando: "Vamos ver qual é o cronograma, mas eu gostaria muito de fazer isso".

Perante a imprensa, Donald Trump começou por apresentar as potencialidades dos cinco países que convidou para a Casa Branca, os quais classificou como "lugares muito vibrantes, com terras muito valiosas, grandes minerais, grandes depósitos de petróleo e pessoas maravilhosas".

"Há um grande potencial económico em África, como em poucos outros lugares, em muitos aspetos", afirmou, acrescentando que quer aumentar o envolvimento norte-americano no continente.

Desde que regressou à Casa Branca, em janeiro passado, Donald Trump defendeu a diplomacia baseada em princípios transacionais e colocou a questão dos minerais no centro das negociações com muitos Estados estrangeiros, como a Ucrânia ou no âmbito do acordo de paz entre Ruanda e a República Democrática do Congo.

Por sua vez, os líderes africanos elogiaram os esforços do Presidente dos Estados Unidos para tentar resolver conflitos no mundo e, a maioria, colocou os recursos naturais dos seus países na mesa de negociações.

Um por um, os cinco líderes foram indicando as suas prioridades nas relações com Washington, mas sem mencionarem os cortes de ajuda externa que Donald Trump decretou contra o continente africano.

O Presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani, falou por vários minutos, lançando elogios e expressando satisfação com "o comprometimento de Trump com o continente" africano.

"Temos minerais, terras raras, minerais raros. Temos manganês, temos urânio e temos boas razões para acreditar que temos lítio e outros minerais", indicou o líder da Mauritânia, ao descrever os atrativos naturais do seu país.

Já o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi o líder que menos falou na Casa Branca, focando-se na importância da resolução de conflitos militares.

"A Guiné-Bissau é um país pacífico e somos um país pequeno, mas somos um grande Estado. Não um grande Estado como os Estados Unidos, mas também somos um grande país. E, para finalizar, estamos a acompanhar a sua dinâmica e a guerra com a Rússia e a Ucrânia. Pode contar com a Guiné-Bissau", afirmou Embaló.

Mais tarde, quando os cinco líderes africanos foram questionados por uma jornalista sobre se equacionavam indicar Trump ao Prémio Nobel da Paz, o Presidente guineense optou por manifestar apoio aos esforços do líder norte-americano para acabar com a guerra na Ucrânia.

"Estamos muito comprometidos com a paz. Fui o primeiro chefe de Estado a ir à Rússia e à Ucrânia desde o início da guerra. Eu presidi a CEDEAO [Comunidade Económica de Estados da África Ocidental] e fui ver o Presidente [da Rússia, Vladimir] Putin. Conversamos por quatro horas e depois fui para a Ucrânia. Passei 12 horas num comboio para falar com o Presidente [da Ucrânia, Volodymy] Zelensky", disse Embaló.

"Mas o peso do Presidente Trump é completamente diferente. Estamos consigo, para ver o que podemos fazer para ajudar a trazer a paz de volta. Ninguém ganha quando há guerra. Têm o nosso apoio para que possamos trazer a paz de volta", concluiu o líder guineense.

Já o Presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, quis "tranquilizar os investidores americanos sobre a estabilidade política" do seu país e o "ambiente regulatório favorável", antes de destacar os recursos de petróleo e gás natural do Senegal.

"O Gabão é um país rico", declarou por seu turno o Presidente deste pais, Brice Oligui Nguema, antes de acrescentar: "Temos mais de dois milhões de habitantes e uma grande diversidade de matérias-primas, reservas de petróleo e gás, e gostaríamos de ver esses recursos explorados".

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o Gabão foi em 2023 o segundo maior produtor mundial de manganês, mineral essencial para fabricar baterias, apenas atrás da África do Sul.

Também o Presidente da Libéria, Joseph Nyuma Boakai, apelou ao investimento norte-americano no país, enaltecendo os minerais que detém.

Trump elogiou o domínio do inglês do Presidente da Libéria, parecendo ignorar que o inglês é a língua oficial desse país africano.


Leia Também: "O Brasil, por exemplo, não tem sido bom connosco, nada bom", disse Trump no final de um encontro com líderes da África Ocidental na Casa Branca, quando questionado pelos jornalistas sobre o temas da taxas alfandegárias

Ataque com laser chinês a avião alemão no Mar Vermelho? "Inaceitável"... O chanceler alemão declarou hoje "totalmente inaceitável" o incidente em que um laser chinês terá sido apontado para um avião de reconhecimento alemão que participava da Operação Áspides da UE no mar Vermelho.

Por LUSA 

"O possível ataque com laser a um avião de vigilância militar [para proteger a navegação civil dos ataques das milícias hutis do Iémen] é totalmente inaceitável", afirmou Friedrich Merz, numa conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.

Merz lembrou que o embaixador chinês em Berlim foi convocado na véspera ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para uma nota de protesto por causa do incidente.

Enquanto aguarda o relatório final do ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, sobre este incidente e a conversa com o embaixador chinês, o chanceler indicou que, por sua parte, não fará hoje uma avaliação final.

"Mas algo assim demonstra que também temos de enfrentar tais fenómenos e que também esclareceremos exatamente de onde veio este ataque a laser a um avião alemão", acrescentou.

Em declarações ao grupo de "media" RedaktionsNetzwerk Deutschland (RDN), Wadephul disse estar "mais do que irritado" com o incidente e acrescentou que a China terá que se explicar.

"Uma perturbação semelhante dos nossos aviões, bem como colocar em risco sem motivo as nossas unidades, é inaceitável. Dissemos isso claramente ao embaixador chinês", afirmou.

Segundo o Ministério da Defesa alemão, o incidente, negado por Pequim, ocorreu durante um voo de rotina a 02 deste mês, quando o avião, "sem motivo algum e sem contacto prévio", segundo um porta-voz, foi atacado com laser a partir de um navio chinês.

Pequim recusou a acusação de Berlim, considerando as alegações "completamente incompatíveis com os factos".

"Ambas as partes devem adotar uma atitude pragmática, reforçar a comunicação em tempo útil e evitar mal-entendidos e erros de cálculo", afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning, em conferência de imprensa.

Mao Ning indicou que os navios chineses realizam missões de escolta no golfo de Aden e nas águas somalis, "contribuindo assim para a segurança das rotas marítimas internacionais".

A China já foi várias vezes acusada de ações de intimidação marítima com lasers. Em fevereiro de 2023, um navio da marinha chinesa foi acusado de ter usado um "laser de tipo militar" contra um navio da guarda costeira filipina no mar do Sul da China.

Em 2022, a Austrália acusou o Exército chinês de ter apontado um laser militar a um do avião no norte do país.

Desde 2017, a China possui uma base militar em Djibuti, com acesso ao golfo de Aden, na foz do mar Vermelho, o que permite a Pequim proteger os interesses geopolíticos e económicos (transportes, indústria, energia) na região.


Leia Também: Polícia alemã rejeita mais de seis mil migrantes nas fronteiras 

Saúde? Ex-médico de Biden recusa-se a responder (e invoca Quinta Emenda)

Por  LUSA 

Uma investigação levada a cabo pelo Partido Republicano 'chamou' o antigo médico da Casa Branca Kevin O’Connor para falar sobre a saúde do antigo presidente Joe Biden. Profissional recusou e advogados dizem que investigação devia ser suspensa.

O antigo médico de Joe Biden recusou-se a testemunhar num inquérito à porta fechada no âmbito da investigação que o Partido Republicano está a levar a cabo acerca da saúde mental do antecessor de Donald Trump na Casa Branca.

Segundo avançam as publicações norte-americanas, o médico Kevin O’Connor invocou o privilégio médico-paciente e o seu direito à Quinta Emenda contra a autoincriminação.

Segundo explica um comunicado citado pela imprensa, O’Connor diz, repetidamente, que os seus deveres como médico complicam o seu testemunho e o impedem também de partilhar algumas informações mais sensíveis.

A Associated Press diz ainda que a Quinta Emenda da Constituição dos EUA foi invocada esta quarta-feira antes de se realizar o Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes.

Note-se que a Quinta Emenda garante a proteção contra o abuso da autoridade estatal, incluindo o direito de não falar, por forma a evitar a autoincriminação. Esta emenda faz parte da Carta de Direitos dos EUA e estabelece o "devido processo legal", assegurando que ninguém seja privado de vida, liberdade ou propriedade sem o devido processo legal.  

Note-se que a investigação em causa está a ser conduzida pelos republicanos, que se questionam sobre as ações de Biden no cargo de presidente dos Estados Unidos.

Segundo o que defendem, algumas políticas levadas a cabo pela Casa Branca podem ser inválidas, se se provar que Biden esteve mentalmente incapacitado durante uma parte do seu mandato - e que terá usado uma 'autopen' [máquina para assinaturas automáticas] em certas ações. Note-se que Donald Trump afirmou que o Joe Biden tinha usado uma máquina destas para assinar perdões.

"Com exceção da eleição presidencial fraudulenta de 2020, o uso de 'autopen' é o maior escândalo político da História", escreveu Trump na Truth Social, no início de junho.

No comunicado em nome do médico, um dos seus advogados, David Schertler, explicou que o Comité de Supervisão da Câmara devia suspender a sua investigação até que a Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, concluísse uma investigação que o presidente do Comité de Supervisão, o deputado James Comer, disse que esta iniciou sobre o uso destas máquinas, usadas já por presidentes, mas também por escritores.

A saúde de Biden

Note-se que ainda antes de Biden dizer que se ia recandidatar ao cargo de presidente dos EUA, várias vozes levantaram questões acerca da sua saúde, apontando que este não estaria bem mentalmente. Após insistir várias vezes que ia defrontar Donald Trump, Biden acabou por retirar a sua candidatura, em julho de 2024, dizendo que a acreditava ser "do melhor interesse do partido e do país dar um passo atrás."

Biden demonstrou desde logo o seu apoio à sua então 'vice', Kamala Harris, que acabou por perder as presidenciais dos EUA para Trump.

Mais recentemente, em maio deste ano, Joe Biden anunciou que tinha sido diagnosticado com cancro na próstata, que já estaria metastizado - e que terá sido descoberto na semana anterior.

Depois de a notícia ser tornada pública, um outro antigo médico da Casa Branca, Ronny Jackson, explicou que o antigo presidente poderia não ter entre "12 a 18 meses de vida."

AO VIVO | O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe líderes da África Ocidental na Casa Branca, com a presença do Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.


Rede para casamentos por conveniência: "Noivos só se encontraram para registar o contrato e nunca mais se viram"... A rede criminosa recrutava mulheres para casamentos como imigrantes, a troco de elevadas quantias de dinheiro, para obterem a nacionalidade portuguesa. Foram identificados 60 'casais', ou seja, 120 pessoas que casaram por conveniência para a obtenção de nacionalidade portuguesa.

Rita Rogado     sicnoticias.pt   09/07/2025

José Ribeiro, coordenador de investigação criminal da Polícia Judiciária (PJ), diz que foram identificadas 120 pessoas, ou seja, 60 'casais' por conveniência para a obtenção da nacionalidade portuguesa, no âmbito da operação Aliança Digital. Explica ainda que os noivos não se conheciam e só se encontraram para registar o contrato de casamento.

A rede criminosa recrutava mulheres para casamentos como imigrantes, a troco de elevadas quantias de dinheiro, para obterem a nacionalidade portuguesa.

Segundo o responsável, as noivas são portuguesas porque "era-lhes fundamental [para a rede] para a aquisição de nacionalidade". Pelo contrário, os noivos clientes da rede criminosa "são todos oriundos" de fora da União Europeia.

No total, foram identificadas até ao momento 120 pessoas, ou seja, 60 'casais'.

"As noivas e os noivos não se conheciam. Apenas se encontraram para registar o contrato de casamento e nunca mais se viram. Aliás, tem sido grande dificuldade fazer regressar os noivos para obter o divórcio", acrescenta o coordenador de investigação criminal da PJ.

Numa conferência de empresa sobre o balanço da operação, que começou em 2023, explica que inicialmente o objetivo da rede era a "constituição de empresas", contudo, "rapidamente perceberam que casamento por conveniência" era um processo "mais ágil e célere" para a obtenção da autorização de residência.

A operação Aliança Digital desenrolou-se em todo o país, mas teve mais incidência na Grande Lisboa. Contou com a colaboração de cerca 300 elementos da Polícia Judiciária. Foram cumpridos 57 mandados de busca e apreensão.

"Eu disse a Putin: 'Se vocês entrarem na Ucrânia, eu bombardeio Moscovo": este é o áudio explosivo de Trump

O presidente dos Estados Unidos ameaçou bombardear Moscovo para evitar que Vladimir Putin invadisse a Ucrânia. Na altura terá feito a mesma ameaça à China, a propósito de Taiwan. Donald Trump contou tudo em 2024, numa conversa privada com doadores da sua campanha. A gravação áudio foi agora conhecida

Fez o aviso a Putin e repetiu a mesma ameaça a Xi Jinping

Donald Trump disse, no ano passado, numa reunião privada de doadores, que em tempos tentou dissuadir o presidente russo, Vladimir Putin, de atacar a Ucrânia, ameaçando “bombardear Moscovo” como retaliação, de acordo com um áudio fornecido à CNN.

"A Putin, eu disse: 'Se entrarem na Ucrânia, vou bombardear Moscovo. Estou a dizer-vos que não tenho escolha'", pode ouvir-se Trump a dizer durante uma angariação de fundos para 2024, de acordo com o áudio. "E então [Putin] disse, tipo, ‘não acredito em ti’. Mas ele acreditou em mim 10%."

Mais tarde, Trump afirmou que transmitiu um aviso semelhante ao presidente chinês Xi Jinping sobre uma potencial invasão de Taiwan, dizendo-lhe que os EUA bombardeariam Pequim em resposta.

“Ele pensou que eu estava louco”, disse Trump sobre Xi, antes de observar que “nunca tivemos um problema”.

Os comentários, que surgiram no momento em que Trump defendia um segundo mandato, estão entre os captados numa série de gravações áudio de angariações de fundos para 2024 em Nova Iorque e na Florida, que foram posteriormente obtidas por Josh Dawsey, Tyler Pager e Isaac Arnsdorf, que descreveram em pormenor algumas das trocas de impressões no seu novo livro, “2024”. O áudio não foi transmitido anteriormente. A campanha de Trump recusou-se a comentar o conteúdo das gravações.

O áudio mostra um lado mais solto de Trump que o presidente estava disposto a revelar a portas fechadas para apelar aos doadores ricos - quando falou não apenas sobre a sua estratégia de política externa por vezes agressiva, mas também sobre a deportação de estudantes manifestantes e a opinião de que “as pessoas do Estado social” votará sempre nos democratas.

Trump referiu as suas conversas com Putin e Xi enquanto argumentava que teria evitado os conflitos na Ucrânia e em Gaza se fosse ele o presidente em vez de Joe Biden - uma afirmação que continuou a repetir enquanto luta agora para acabar com ambas as guerras.

Ainda esta terça-feira, Trump voltou a manifestar a sua frustração com a resistência de Putin a um acordo de paz, queixando-se de que o líder russo estava a atirar “um monte de tretas” aos EUA.

“Não estou satisfeito com Putin”, sublinhou durante uma reunião do gabinete. “Estou muito descontente com eles”.

Durante uma angariação de fundos, Trump gabou-se de ter pressionado aliados ricos a doar dezenas de milhões de dólares para a sua campanha. Noutra, fez uma antevisão dos esforços da sua administração para deportar estudantes manifestantes, para além de contar as suas trocas de impressões com líderes estrangeiros.

“Uma coisa que eu faria seria expulsar do país qualquer estudante que protestasse”, disse Trump numa segunda angariação de fundos à porta fechada, prometendo reprimir as manifestações pró-palestinianas nos campus universitários. "Essas pessoas cometeram um grande erro. Expulsem-nas do país e acho que isso vai acabar com o problema".

Depois de um doador ter manifestado a sua preocupação com o facto de alguns dos estudantes manifestantes poderem vir a “governar este país”, Trump pressionou a audiência a “ser realmente generosa” para o ajudar a ser eleito.

“Se me elegerem, vamos fazer recuar esse movimento 25 a 30 anos”, garantiu.

Trump tem procurado cumprir essa promessa desde que assumiu o cargo, provocando uma série de confrontos legais entre a Casa Branca e o poder judiciário sobre o âmbito da ação de deportação em massa da administração - incluindo contra estudantes que possuem vistos que a administração procurou revogar.

Noutra angariação de fundos, Trump pressionou os participantes a darem mais para a sua campanha, afirmando que os republicanos estavam em desvantagem porque “as pessoas que vivem da assistência social votarão sempre nos democratas”.

“Os sindicatos dão muito dinheiro, a função pública dá muito dinheiro, e eles têm a vantagem do Estado social”, disse. "A única coisa que tenho a dizer aos meus amigos judeus: têm de os fazer começar a votar nos republicanos."

Durante esse evento, Trump também se gabou de ter convencido um doador rico, que tinha oferecido um donativo de 1 milhão de dólares em troca de um almoço com ele, a aumentar o montante para 25 milhões de dólares.

“E ele fê-lo, deu-me 25 milhões de dólares”, referiu Trump. “É uma loucura.”

O então candidato presidencial do Partido Republicano afirmou que, da mesma forma, tinha conseguido que outros doassem muito mais do que tinham planeado inicialmente.

“É preciso ter a coragem de pedir”, pode ouvir-se. “É preciso fazer com que as pessoas tenham essa mentalidade”.

Um grupo expressivo de mulheres, incluindo antigas apoiantes do PAIGC, realizou uma marcha tradicional em forma de Djambadon nas ruas de Mansoa, manifestando apoio à reeleição do Presidente Umaro Sissoco Embaló, reconhecendo os esforços do Chefe de Estado em melhorar as infraestruturas, segurança, diplomacia e apoio social e, o compromisso com a paz e o progresso da Guiné-Bissau.

As manifestantes também reafirmaram o seu apoio ao deputado Cuca Fadul, candidato pelo círculo 08 (Nhacra/Mansoa), elogiando a sua dedicação às causas da comunidade

Envelhecimento levará a falta de mão de obra nos mercados de trabalho... Os mercados de trabalho da OCDE continuam resilientes, mas o envelhecimento da população provocará uma escassez significativa de mão-de-obra e pressões fiscais, alertou a entidade.

Por LUSA 

Os mercados de trabalho da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) continuam resilientes, mas o envelhecimento da população provocará uma escassez significativa de mão-de-obra e pressões fiscais, alertou hoje a entidade.

Os mercados de trabalho da OCDE continuam resilientes: as taxas de emprego aumentaram ainda mais no ano passado para 72,1% na média dos países da OCDE, o nível mais elevado desde pelo menos 2005", afirmou o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, em comunicado, sobre a relatório das perspetivas de emprego na OCDE.

O relatório refere que o emprego em toda a OCDE, que atingiu 668 milhões em maio deste ano - um aumento de cerca de 26% desde 2001 - deverá crescer cerca de 1,1% em 2025 e 0,7% em 2026.

Já a taxa de desemprego em toda a OCDE situou-se em 4,9% em maio e a projeção é que se mantenha perto deste nível até 2026.

A taxa de desemprego foi 0,5 pontos percentuais superior para as mulheres do que para os homens, mas, entre o primeiro trimestre de 2024 e o primeiro trimestre de 2025, a taxa de emprego das mulheres aumentou em média mais cerca de 0,2 pontos percentuais do que a dos homens.

A edição deste ano inclui também uma nova análise sobre o impacto significativo que o declínio das taxas de natalidade e o aumento da esperança de vida na OCDE terão no crescimento económico e no emprego.

"O envelhecimento populacional deverá conduzir a uma escassez significativa de mão-de-obra e a pressões fiscais. Estimamos que, até 2060, a população em idade ativa diminua 8% na OCDE e as despesas públicas anuais com pensões e cuidados de saúde aumentem 3% do PIB", apontou a organização internacional que promove políticas para melhorar o bem-estar económico e social em todo o mundo.

O relatório prevê que a população em idade ativa diminua mais de 30% num quarto dos países da OCDE até 2060 e realçou que a taxa de dependência dos idosos aumentou de 19% em 1980 para 31% em 2023, estimando-se que suba para 52% até 2060.

A OCDE sinalizou a necessidade de medidas políticas ambiciosas para melhorar as oportunidades de emprego para os trabalhadores mais velhos, desbloquear o potencial inexplorado do mercado de trabalho das mulheres e dos jovens e reativar o crescimento da produtividade, incluindo a garantia de que os trabalhadores têm as competências certas para beneficiarem das novas ferramentas de Inteligência Artificial (IA).

"Sem uma ação política decisiva, o crescimento do PIB per capita diminuirá cerca de 40% na área da OCDE -- de 1% ao ano em 2006-19 para 0,6% ao ano em 2024-60, em média", apontou.

Para já, ressalvou a OCDE, os mercados de trabalho continuam resilientes, mas há sinais de abrandamento, uma vez que as incertezas geopolíticas e de política comercial prejudicam a atividade económica.

Os salários reais estão a crescer na maior parte dos países da OCDE, mas continuam abaixo dos níveis observados no início de 2021, pouco antes do aumento da inflação pós-pandemia, em cerca de metade dos países.

A OCDE é um fórum político global que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento económico sustentável, a expansão do comércio mundial e a melhoria da qualidade de vida nos 38 países membros, trabalhando com mais de 100 países.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, participou hoje na Mesa Redonda Executiva de Negócios Estados Unidos / Guiné-Bissau, realizada na sede da Câmara de Comércio dos EUA.

O encontro reuniu empresários norte-americanos interessados em investir na Guiné-Bissau e serviu como espaço de diálogo sobre oportunidades concretas nos setores da energia, agricultura, tecnologia e infraestruturas.

Na ocasião, o Chefe de Estado destacou o potencial económico do país, reforçando a imagem de uma Guiné-Bissau segura, estável e com um código de investimento atrativo, além de acesso estratégico aos mercados regionais africanos.


Presidência da República da Guiné-Bissau / Radio Voz Do Povo

Rússia não vai cumprir decisões do tribunal europeu: "Insignificantes"

Por LUSA 

O TEDH condenou hoje a Rússia por violação do direito internacional na Ucrânia, sendo esta a primeira vez que um tribunal internacional considera Moscovo responsável por abusos dos direitos humanos na invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

A presidência russa (Kremlin) anunciou hoje que não vai cumprir as decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) que responsabilizam Moscovo por violações dos direitos humanos na Ucrânia, tendo classificado as deliberações da instância como insignificantes.

Não as cumpriremos. Consideramos que são insignificantes", afirmou o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, durante a sua conferência de imprensa diária.

O TEDH condenou hoje a Rússia por violação do direito internacional na Ucrânia, sendo esta a primeira vez que um tribunal internacional considera Moscovo responsável por abusos dos direitos humanos na invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Segundo o presidente da instância judicial, o juiz francês Mattias Guyomar, a Rússia foi considerada culpada pela execução de "civis e militares ucranianos fora de combate", "atos de tortura", "deslocação injustificada de civis" e "destruição, pilhagem e expropriação" durante uma operação na região ucraniana do Donbass (leste da Ucrânia).

O TEDH também anunciou a sua decisão sobre uma outra ação, interposta pelos Países Baixos, considerando o Kremlin responsável pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, que matou 298 pessoas em 2014.

Todos os passageiros e membros da tripulação do voo MH17 foram mortos quando o aparelho que estabelecia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur foi atingido no leste da Ucrânia, controlada pelos separatistas russófonos, por um míssil.

Estas foram as primeiras decisões de um processo contra a Rússia que envolve quatro ações: as duas primeiras, apresentadas pela Ucrânia em 2014, relacionadas com a guerra no leste do país e com as ações russas, incluindo a deslocação forçada de crianças para território russo e o envolvimento direto de Moscovo no financiamento e armamento das tropas separatistas.

A terceira foi apresentada pelos Países Baixos em 2020, a propósito da queda do voo MH17. Entre as vítimas mortais, cerca de metade eram neerlandesas.

A quarta ação foi novamente interposta pela Ucrânia após o início da guerra em 2022.

Embora a Rússia tenha sido expulsa do Conselho da Europa em 2022, o TEDH mantém a jurisdição porque os atos cometidos abrangem o período em que o país ainda era membro.

O TEDH é o órgão jurisdicional do Conselho da Europa, organização criada em 1949 para defender os Direitos Humanos, a Democracia e o Estado de Direito e que integra atualmente 46 Estados-membros, incluindo todos os países que compõem a União Europeia.


Leia Também: Tribunal europeu responsabiliza Rússia por invasão e queda do voo MH17 

Cientistas identificaram que esta quarta-feira (9) poderá ser o dia mais curto já registrado na história. Isso porque a Terra completará sua rotação entre 1,3 e 1,51 milissegundos mais rápido que o padrão de 24 horas.

 Terra vai ter dia mais curto do ano nesta quarta-feira; entenda... VÍDEO 
Por Redação g1.globo.com  09/07/2025
Terra vai girar mais rápido do que o comum em torno de seu próprio eixo e, com isso, dia vai ser mais curto.

Nesta quarta-feira (9) a Terra vai viver o dia mais curto do ano. Isso acontece porque o planeta vai girar em torno de seu próprio eixo em uma velocidade ligeiramente maior do que o normal, fazendo com que o dia dure 1,30 milissegundo a menos. (Entenda mais abaixo)

🌎 A Terra leva, em média, 86.400 segundos para completar uma rotação — o que representa as 24 horas de um dia. Nesta quarta-feira, no entanto, o planeta vai acelerar levemente esse movimento e completará a volta com 1,30 milissegundo a menos.

Se você ficou preocupado com a possibilidade de “perder tempo”, pode ficar tranquilo:

O encurtamento do dia será de apenas 1,30 milissegundo. Para ter uma noção, um piscar de olhos dura cerca de 300 milissegundos. Ou seja, o tempo perdido é muito menor que isso.

O fenômeno não é raro. Em 2025, além desta quarta-feira, os dias 22 de julho e 5 de agosto também devem ser ligeiramente mais curtos: 1,38 milissegundo e 1,51 milissegundo a menos, respectivamente.

Cientistas ainda não sabem exatamente por que isso ocorre. Eles explicam que, ao longo da história da Terra, variações na rotação são comuns e não representam motivo de preocupação.

A Terra está acelerada

Até 2020, o dia "mais curto" registrado havia acontecido em 5 de julho de 2005, com duração de 1,0516 milissegundos a menos que 24 horas.

Mas em 2020, a Terra registrou os 28 dias mais curtos que se tem conhecimento desde que os relógios atômicos começaram a ser usados ​​na década de 1960.

Em 19 de julho de 2020, o planeta bateu o recorde que havia estabelecido em 2005, registrando um dia 1,47 milissegundos mais curto que o normal.

Depois, seguiu em um novo recorde, em 29 de junho de 2022 com o dia mais curto já visto: 1,59 milissegundos mais curto que o normal.

Mas é algo que os cientistas acreditam não ser motivo de preocupação.

Por que a Terra está 'com pressa'?

Os especialistas explicam que em escalas temporais de décadas (entre 10 e 100 anos), a duração dos dias tem algumas variações irregulares.

"A gente sabe que, de modo geral, a Terra vem desacelerando sua rotação desde a sua formação. Há bilhões de anos atrás, por exemplo, um dia durava cerca de cinco horas, bem diferente das 24 horas que dura atualmente. No entanto, essa desaceleração não é completamente regular, e eventualmente, ocorrem pequenas acelerações momentâneas, que é o que a gente está vendo nesse momento", explica Fernando Roig, diretor do Observatório Nacional.

Os cientistas concordam que essas mudanças são causadas pela interação de fatores como a atividade do núcleo fundido do planeta e o movimento dos oceanos e da atmosfera. Mas, não sabem exatamente o motivo pelo qual elas acontecem.

Apesar disso, eles ainda apontam que é surpreendente a precisão de cronômetro, já que só se perde alguns milissegundos.

O que aconteceria se a Terra se atrasasse ou adiantasse mais?

Mesmo sendo pequenas, mudanças no tempo da Terra podem se somar ao longo dos anos e fazer com que nossos relógios se adiantem ou atrasem um segundo.

Para corrigir o descompasso, os cientistas usam o chamado "segundo bissexto" desde 1973, que pode ser positivo ou negativo.

Ou seja, este segundo pode ser adicionado aos nossos relógios quando a Terra se atrasa, ou pode ser retirado quando o planeta termina suas rotações em menos tempo que o normal.

Desde 1973, o IERS adicionou 27 segundos bissextos à hora oficial dos relógios na Terra.

"Se os dias mais curtos continuarem, em algum momento podemos precisar de um segundo bissexto negativo, ou seja, tirar um segundo de nossos relógios para que se ajuste à rotação mais rápida da Terra", diz Jones.

"Mas podemos ou não precisar. Não sabemos se isso vai acontecer porque não sabemos quanto tempo essa tendência vai durar ou se vai durar", acrescenta.

Rússia lançou o maior ataque com drones desde o início do conflito... Segundo a Força Aérea de Kyiv foram intercetados 711 drones e destruídos sete mísseis, sem especificar os danos exatos causados pelo ataque noturno.

Por LUSA 

A Força Aérea ucraniana disse hoje que a Rússia lançou, durante a última noite, o maior ataque com drones e mísseis desde o início da invasão em 2022.

De acordo com a mesma fonte, as forças russas dispararam 728 aparelho aéreos não tripuladas (drones) e 13 mísseis.

Segundo a Força Aérea de Kyiv foram intercetados 711 drones e destruídos sete mísseis, sem especificar os danos exatos causados pelo ataque noturno.

Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia comunicou que as defesas antiaéreas abateram durante a noite 86 drones ucranianos, seis dos quais nas imediações de Moscovo.

De acordo com o relatório militar russo, dois dos seis drones abatidos perto de Moscovo dirigiam-se diretamente para a capital, o que levou a Rosaviatsia, a agência federal de aviação civil, a suspender temporariamente as operações no aeroporto de Sheremetyevo, na zona da capital.

A mesma medida foi tomada no aeroporto de Kaluga, uma cidade a cerca de 160 quilómetros a sudoeste de Moscovo.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014 anexando a Península da Crimeia e lançou uma operação militar em 2022 contra território ucraniano.


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Trump recebe presidentes da Guiné-Bissau e de outros 4 países africanos... O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, receberá hoje os chefes de Estado de cinco países africanos, entre eles o da Guiné-Bissau, que irá tentar obter ajudas ao crescimento económico e a reabertura da embaixada em Bissau.

Por  LUSA  09/07/2025

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou esta segunda-feira o encontro, que a Lusa tinha já noticiado na semana passada, quando fontes do Governo em Bissau revelaram que Sissoco Embaló seria recebido por Trump juntamente com os presidentes do Gabão, Mauritânia e Senegal.

A Casa Branca não especificou quais os presidentes africanos que estarão no encontro, em Washington, mas a imprensa norte-americana antecipa que estarão presentes os quatro já referidos e ainda o da Libéria.

O presidente guineense viajou segunda-feira para os Estados Unidos da América, com a esperança de obter da Administração Trump ajudas ao crescimento económico e a reabertura da embaixada em Bissau, encerrada na sequência do conflito político-militar de 1998, como disse à partida do aeroporto de Bissau aos jornalistas.

Na ocasião, Embaló observou que os Estados Unidos exigem um reforço de níveis de segurança aos países onde vão colocar as suas embaixadas, diligências que disse estarem em curso na Guiné-Bissau.

O presidente guineense referiu que, "há muito" que a Guiné-Bissau deixou de beneficiar de "apoios consequentes" dos Estados Unidos da América, uma situação que estava a tratar com o anterior presidente norte-americano, Joe Biden, e que agora vai retomar com Donald Trump.

O encontro deverá centrar-se na segurança regional e nas oportunidades económicas que Washington pode encontrar no setor dos minerais críticos na África Ocidental.

Trump, segundo uma fonte da Presidência dos Estados Unidos, acredita que os países africanos oferecem "oportunidades comerciais incríveis" com benefícios tanto para a população norte-americana como para essas nações.

Detidos militares acusados de planear ações antigovernamentais no Canadá... Estão acusados de "participarem em treinos de estilo militar", incluindo exercícios de tiro, exercícios de emboscada e uma operação de rastreio, acrescentou a mesma fonte.

Por LUSA 

Quatro canadianos, incluindo militares, foram detidos por tentarem formar uma milícia para tomar à força o controlo de um território na região de Quebec, anunciou na terça-feira a polícia federal.

Três dos suspeitos, com cerca de 20 anos, foram acusados de "atos específicos para facilitar atividades terroristas", de acordo com um comunicado da Real Polícia Montada do Canadá (RCMP, na sigla em inglês).

Estão acusados de "participarem em treinos de estilo militar", incluindo exercícios de tiro, exercícios de emboscada e uma operação de rastreio, acrescentou a mesma fonte.

O quarto suspeito, de 33 anos, foi acusado de posse ilegal de armas de fogo.

Entre os quatro suspeitos, alguns são "membros ativos das Forças Armadas canadianas", segundo o comunicado, que não adiantou mais pormenores.

Durante as buscas em janeiro de 2024, a polícia apreendeu vários engenhos explosivos, bem como dezenas de armas de fogo e acessórios.

Sem mencionar os motivos dos suspeitos, as autoridades refere no comunicado que a polícia está empenhada "em combater o extremismo violento motivado ideologicamente".

Taiwan inicia maior exercício militar de sempre a simular ataque da China

Por LUSA 

As Forças Armadas de Taiwan iniciaram hoje os exercícios militares anuais Han Kuang, destinados a testar a capacidade de resposta do território a um eventual ataque da China, informou a agência de notícias taiwanesa CNA.

As manobras, que incluem simulações com fogo real, vão decorrer durante dez dias e nove noites, com a participação de cerca de 22 mil reservistas - um número e duração sem precedentes para este tipo de exercício.

Segundo a CNA, o primeiro dia será dedicado à resposta a "possíveis ações hostis do inimigo", como o uso de embarcações civis ou da guarda costeira para assediar a ilha, e à prevenção de uma escalada para "conflito aberto".

Durante o dia de hoje, navios da Marinha deverão zarpar em estado de urgência após reabastecimento, enquanto radares móveis e lançadores de mísseis são deslocados para posições táticas, permanecendo em alerta e prontos para o combate, de acordo com a mesma fonte.

Unidades terrestres serão também destacadas para proteger infraestruturas críticas, como redes elétricas, sistemas de abastecimento de água e de combustível.

Está ainda previsto que equipas de engenharia militar construam obstáculos defensivos nas chamadas "praias vermelhas", consideradas os pontos mais prováveis para um eventual desembarque inimigo.

Num comunicado divulgado na véspera do início das manobras, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) de Taiwan sublinhou que, sob exigências de um treino orientado para "combate real", o exército adotou uma "postura pragmática" para simular "diversos cenários de guerra" integrados nos exercícios.

"Qualquer situação imprevista durante os exercícios será considerada parte do treino, com o objetivo de acumular experiência e continuar a reforçar a capacidade operacional das forças armadas", assinalou o MDN.

A China, que considera Taiwan uma "parte inalienável" do seu território e não exclui o uso da força para assegurar a reunificação, classificou os exercícios Han Kuang como uma encenação do Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla em inglês), no poder em Taipé, para promover a sua "agenda separatista".

"Sejam quais forem os participantes ou as armas utilizadas, as firmes contramedidas do ELP [Exército de Libertação Popular] contra a 'independência de Taiwan' não serão dissuadidas, nem será travada a tendência irreversível para a reunificação nacional da China", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, coronel Jiang Bin.

"As autoridades do DPP estão a prejudicar Taiwan em nome dos seus próprios interesses. Advertimos solenemente que tentar alcançar a independência pela força é um beco sem saída", acrescentou.

Pequim manifestou ainda o desagrado através de demonstrações militares: nas últimas 24 horas, mais de 30 aeronaves chinesas - incluindo caças, bombardeiros e veículos aéreos não tripulados (drone) - sobrevoaram áreas próximas de Taiwan, segundo dados do Ministério da Defesa de Taipé.


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