sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

"Macron demitir-se seria dar as chaves do manicómio aos reclusos." Portanto: "Vamos ter mais um ou dois governos e depois eleições em 07/25"

 Por cnnportugal.iol.pt

Macron prepara-se para anunciar o próximo chefe de Governo. Lecornu ou Bayrou são nomes prováveis, Gérald Darmanin nem por isso: "Sei de fonte segura que ele não quer arriscar-se a danificar a sua reputação"

Levou cinco anos a reconstruir a Catedral de Notre Dame após um enorme incêndio ter destruído grande parte de um dos mais icónicos monumentos de Paris – e foi na Notre Dame que Emmanuel Macron se apoiou quando falou à nação quinta-feira à noite, um dia depois de o governo de Michel Barnier ter caído na esteira de uma moção de censura parlamentar, face aos seus planos orçamentais para 2025.

“Somos capazes de fazer grandes coisas… podemos fazer o impossível”, disse o Presidente num discurso transmitido na televisão estatal, sob a promessa de anunciar nos próximos dias quem vai ser o próximo primeiro-ministro de França. A tarefa, dizem os especialistas, é no mínimo hercúlea.

“O problema neste momento é que está muita coisa a acontecer e as escolhas com que Macron lida são as mesmas – e encerram os mesmos problemas – que no verão passado”, refere à CNN Julien Hoez, editor do The French Dispatch e especialista em geopolítica, referindo-se às negociações que decorreram no rescaldo das legislativas que Macron antecipou para julho, após uma enorme derrota nas europeias no mês anterior.

Com a Assembleia Nacional dividida em três grandes blocos, sem nenhum partido em maioria, passaram semanas entre essa ida às urnas e o anúncio do tecnocrata Barnier para o cargo de primeiro-ministro. E 90 dias depois, o ex-negociador da UE para o Brexit tornou-se o chefe de governo francês que menos tempo permaneceu no cargo na história do país.

A dura crise política que França atravessa neste momento está cheia de pequenos recordes pelos piores motivos. Um governo não caía em França pela mão dos seus deputados desde 1962, quando George Pompidou foi alvo de uma moção de censura semelhante à que depôs Barnier esta semana. E é a primeira vez em 45 anos que o país chega ao fim do ano sem ter um Orçamento do Estado aprovado para o seguinte – algo que Macron ainda está a tentar evitar.

“Sejamos honestos: esta é uma situação muito, muito complicada”, sublinha Julien Hoez. “Tecnicamente, Barnier continua em funções até um novo primeiro-ministro ser nomeado e o que acontece agora é que o Parlamento vai ter de tentar aprovar um Orçamento ou manter o deste ano para o próximo.” 

Numa altura em que a sustentabilidade da dívida francesa está em risco, com os juros da dívida pública a atingirem o valor mais elevado face à Alemanha desde a crise da Zona Euro em 2012, a aprovação de um OE é a grande urgência que pende sobre a cabeça de Macron como a espada de Dâmocles – e que levou o Presidente a prometer um novo governo para breve.

Sebastien Lecornu, ministro da Defesa, é um dos nomes mais prováveis para obter a nomeação para suceder a Barnier, mas os problemas do verão passado persistem - "é do campo de Macron" e isso pode ditar um mandato muito curto, dizem os analistas Foto: Luong Thai Linh/EPA

O jogo dos nomes e das alianças

Os nomes apontados ao cargo são os mesmos que, há meio ano, encheram a comunicação social francesa. Na iminência da queda do Governo Barnier, o analista francês Eric Maurice, do European Policy Center, dizia à CNN Portugal que ia aumentar a pressão sobre o Presidente “para tentar separar os socialistas da esquerda mais radical” com que se coligou na Nova Frente Popular (NFP) para as eleições de julho, na tentativa de se formar um “bloco governamental entre o centro-esquerda e o centro-direita, algo que falhou durante o verão”.

Esta sexta-feira, das audições de Macron com representantes de alguns partidos no Palácio do Eliseu constou uma com o líder do Partido Socialista (PS), Olivier Faure, que se diz preparado para alcançar um compromisso com o Presidente centrista. “Estou preparado para discutir todos os tópicos e ver o que é possível fazer numa base de curto prazo”, disse Faure à rádio francesa. “Temos de encontrar uma solução porque não podemos deixar que o país fique em suspenso durante meses.”

À esquerda sobressaem os nomes do antigo primeiro-ministro Bernard Cazeneuve, do antigo Presidente François Hollande e daquela que a NFP, incluindo o França Insubmissa (LFI, extrema-esquerda) de Jean-Luc Mélenchon, queria há alguns meses como chefe do Governo, Lucie Castets. Mas nenhum será visto favoravelmente pelos centristas nem pela direita.

“Sim, os socialistas estão a negociar, mas o problema é que querem um primeiro-ministro de esquerda e, por exemplo, o ministro do Interior já disse que não aceita um primeiro-ministro de esquerda”, diz Julien Hoez. “Basicamente está toda a gente a fazer o jogo de erguer barreiras para tentar manter controlo sobre a situação e isso significa que provavelmente vamos acabar por ter alguém do campo de Macron.”

Além dos nomes já apontados na barricada oposta à de Macron, o especialista diz que existe uma outra figura da esquerda dita moderada com potencial de sucesso, Gérald Darmanin, mas “ele não quer o cargo porque está preocupado que isso arruíne as suas hipóteses nas presidenciais de 2027”. “Ele não o disse às claras, mas sei de fonte segura que ele não quer arriscar-se a danificar a sua reputação.”

François Bayrou, presidente do partido MoDem - que integra a aliança Macron desde 2017 -, teria mais hipóteses de apelar a uma parte do PS e é mais bem visto do que outros centristas pela extrema-direita de Le Pen Foto: Aurelien Morissard/AP

Sendo então mais provável voltar a ter um primeiro-ministro centrista, quais os nomes com mais potencial de sucesso? Hoez começa por referir François Bayrou, um veterano centrista do partido MoDem - que integra a aliança de Macron desde 2017 - “que teria alguma capacidade de apelar a uma parte do PS” para não ser sujeito a uma nova moção de censura parlamentar e que também não é tido pela extrema-direita de Le Pen como a pior opção.

Ainda assim, adianta o analista francês, o ministro da Defesa “Sebastien Lecornu é potencialmente a melhor escolha porque detém um cargo relativamente poderoso e tem uma reputação forte – o senão é ser visto como um dos mais fiéis a Macron”, o que pode trazer problemas num Parlamento tão fragmentado como o atual.

Com a queda do Governo Barnier, o Presidente voltou a estar sob enorme pressão para se demitir, algo que voltou a garantir esta semana que não fará e algo que, adianta Hoez, é muito improvável que aconteça, independentemente dos próximos episódios desta saga política em França.

“Ele não tem qualquer razão para se demitir e não teria nada a ganhar com isso. É o Presidente, foi eleito para um segundo mandato e demitir-se seria dar as chaves do manicómio aos reclusos, eles iriam lutar uns com os outros e sentir que podem fazer o que quiserem.”

Macron fica até 2027, mas o resto do seu mandato vai seguramente continuar mergulhado em crises. E numa altura de enormes tensões geopolíticas, com Donald Trump a um mês de tomar posse como Presidente dos EUA, nada disto augura boas novas para França – nem para a Europa. “As pessoas estão a pedir responsabilidade aos políticos franceses dada esta incerteza toda porque o mundo está instável e só vai ficar mais instável. Não podemos continuar a ter uma situação em que dois partidos extremistas mantêm um país refém porque os seus líderes querem chegar a Presidente.”

Para já, França deve continuar refém destas lutas políticas e quem quer que assuma as lides governamentais no imediato não deverá ficar no cargo muito tempo. “Basicamente existem todas as hipóteses de o próximo Governo também falhar”, aponta Julien Hoez, isto quando a Constituição francesa impede que haja eleições nos 12 meses seguintes à última ida às urnas. “O meu prognóstico é que vamos ter mais um ou dois governos antes de Macron ter de dissolver a Assembleia Nacional e convocar novas eleições para julho.”


Leia Também: O chefe do Partido Socialista (PS) francês, Olivier Faure, reiterou hoje, após uma reunião com o Presidente francês, Emmanuel Macron, que o partido "não participará, em circunstância alguma, num Governo liderado por um primeiro-ministro de direita".

Saúde: Será que a vitamina C é tudo o que precisa para evitar ficar doente?

© Shutterstock    Notícias ao Minuto   06/12/2024 

Um médico esclarece a questão e revela também se é melhor tomar em suplementos ou de forma natural através da alimentação.

Chega esta altura do ano e começa a apostar tudo em suplementos de vitamina C? Acha que é a melhor opção para evitar ficar doente? Será que é mesmo verdade ou é um mito?

Neal Patel é médico de medicina familiar e ao 'website' Well+Good revelou que existe muita desinformação sobre os benefícios dos suplementos de vitamina C para o sistema imunitário.

"A vitamina C é um antioxidante que ajuda a trazer mais imunidade, mas tomar suplementos que a contenham não previne necessariamente doenças", começa por dizer. Contudo, explica que a toma pode fazer com que uma constipação dure menos tempo.

Apesar de alguns benefícios, explica que o melhor mesmo é apostar em alimentos ricos neste tipo de vitamina, como é o caso das laranjas, do pimento vermelho, brócolos e do espinafre. 

"Certificar-se que recebe a quantidade necessária de vitamina C ajuda o sistema imunitário a fazer o seu trabalho."



Leia Também: Toma estes suplementos em conjunto? Conheça os riscos que corre 


Leia Também: Qual a quantidade diária de proteína que precisa para perder peso? 


Visita da Ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Fatumata Djau Baldé ao Centro de Alfabetização Funcional de Biassa no setor de Empada, região de Quinara.


 Radio Voz Do Povo

Jummah Mubarak pa Deus protegiu Comandante supremo das forças General Umaro Sissoco Embalo.






 Gaitu Baldé

Pescas. ONU realça impacto social da unidade de fabrico de gelo da região de Cacheu

Bissau, 06 Dez 24 (ANG) – A representante do Sistema da Nações Unidas no país realçou  o impacto social da Câmara de Produção de Gelo de Cacheu “pelo seu grau de conformidade com as normas de qualidade internacional exigidas no fabrico e manuseio de alimentos e pelo seu modelo de negócio único.

O elogio foi feito pela Coordenadora Residente da ONU, Genevieve Boutin, no final de uma visita efetuada recentemente  por uma equipa das Nações Unidas à Câmara de Produção de Gelo de Cacheu, uma  iniciativa do Projeto DESPAR, implementado pela Organização das Nações Unidas para Desenvolvimento Industrial (ONUDI).

De acordo com um documento entregue hoje a redação da ANG, o projeto visa fortalecer a pesca artesanal na região de Cacheu e é  gerida pela Associação de Pescadores local.

O DESPAR é implementado pela Organização das Nações Unidas para Desenvolvimento Industrial ONUDI e financiado pela União Europeia na Guiné-Bissau, através do Projeto de Melhoria da Competitividade da Cadeia de Valor da Manga na Guiné-Bissau, WACOMP-GB.

No documento lê-se que o referido projecto representa um  avanço para a região, através de apoio a economia local, promoção de práticas sustentáveis e aumento da competitividade dos produtos locais.

O documento refere que a  visita permitiu a Coordenadora do Sistema da Nações Unidas no país conhecer  as necessidades e os desafios da região, monitorar o progresso dos projetos implementados ao longo de anos pelas diferentes agências, como a Câmara de Produção de Gelo e a Unidade de Processamento de Frutas e Legumes.

Ainda permitiu o  fortalecimento de laços com as autoridades locais e incentivar o papel das mulheres na economia de Cacheu.

Nesta  sua deslocação a região de Cacheu, a Coordenadora da ONU na Guiné-Bissau  Genevieve Boutin foi acompanhada por representantes de várias agências da Organização, como o Mohamed Hama Garba, da FAO, Claude Kakule Mukanda, do PAM, a Ana Cristina Andrade, do UNODC, e o Nelson Lopes, da ONUDI.

A  delegação reuniu-se com autoridades locais, Agrupamento das Federações, Cooperativas e Associações das Mulheres Transformadoras e Comerciantes de Cacheu e   projetos que estão a promover o desenvolvimento sustentável e a capacitação produtiva na região.

ANG/LPG/ÂC//SG

Regiões/Populares de Maninha sector de Farim lamentam constrangimentos causados por falta da rede Orange e MTN

Farim, 06 Dez 24 (ANG) – Populares da  povoação  de Maninha, uma localidade do setor de Farim, região de Oio, norte do país manifestaram preocupações com a falta da rede de telecomunicações das operadoras Orange e MTN, e dizem que essa falta tem criado  constrangimentos  na  comunicação com outras partes do país.

Segundo Samba Sanhá, chefe da povoação de Maninha para se comunicar via telefone os habitantes de maninha são obrigados a se deslocar para  povoações que distam mais de um quilómetro.

“Há período em que  passam vários dias sem poder comunicar via telefone com outras partes do país. Por isso, muitas pessoas já não usam telefones nessa povoação, disse.

Questionado sobre como fazem em casos de emergência sobretudo doença ou morte para comunicarem ou fazer chegar a mensagem aos familiares ou ao hospital de Farim, Samba disse que  a pessoa deve caminhar para outra tabanca a procura da rede se não fizer isso não consegue comunicar.

Este responsável pediu ao governo para  não só resolver  a situação da comunicação, mas que construa infraestruturas escolares para minimizar a deslocação de crianças para outras zonas para frequentarem as aulas.

A povoação de Maninha pertence a sessão de Bircama e conta com cerca de seis tabancas.

ANG/AD/MSC/ÂC

Guiné-Bissau vacina quase 900 mil crianças contra sarampo e rubéola

© Lusa   06/12/2024 

Quase 900 mil crianças guineenses vão ser vacinadas nos próximos dias contra o sarampo e rubéola numa campanha nacional que incluiu ainda reforço nutricional e desparasitação e que arranca hoje na Guiné-Bissau.

A iniciativa do Ministério da Saúde Pública, em colaboração com vários parceiros internacionais, decorre até 15 de dezembro em todas as regiões sanitárias do país para vacinar gratuitamente 896.745 crianças dos nove meses aos 14 anos contra o sarampo e a rubéola.

A campanha inclui, também, a administração de suplemento com vitamina a 335.473 crianças dos seis aos 59 meses e a desparasitação com Albendazol de 286.012 crianças dos 12 aos 59 meses, segundo divulgou o Ministério da Saúde Pública.

O Governo guineense está a enviar mensagens via telemóvel a avisar a população da campanha que não se realizava desde 2019 na Guiné-Bissau e que abrange todas as 11 áreas sanitárias do país.

De acordo com a informação disponibilizada, "esta nova campanha visa contribuir para a eliminação do sarampo e da rubéola, reforçando a imunidade das crianças dos nove meses aos 14 anos de idade".

Além disso, "a campanha também busca combater deficiências nutricionais e parasitoses intestinais em crianças menores de 59 meses".

O Governo alerta que "o sarampo e a rubéola são doenças altamente contagiosas que podem levar a complicações graves e fatais" e assegura que "a vacinação é a única forma eficaz de prevenir essas doenças".

A vacinação, acrescenta, "é segura, eficaz e gratuita, protegendo as crianças por toda a vida".

A campanha que hoje começa será realizada em postos fixos nas estruturas sanitárias das regiões, com equipas avançadas em zonas distantes, equipas móveis em zonas de difícil acesso e postos temporários em mercados, escolas, e outros locais públicos.

O Ministério da Saúde Pública agradece o apoio técnico e financeiro dos parceiros, nomeadamente, a Aliança Global para a Vacinação -- GAVI, a Organização Mundial da Saúde -- OMS, Plan International e a Unicef.

"Esta campanha é uma iniciativa crucial para proteger a saúde das nossas crianças e da população em geral, prevenindo doenças graves e promovendo o bem-estar de todos nós", enfatiza.

O Ministério conta "com a participação ativa de todos os pais e cuidadores de crianças para garantir o sucesso desta campanha".


Leia Também: MP guineense pede penas entre 17 e 20 anos para detidos com droga 

Peixes ‘escolhem’ o seu próprio aniversário ao decidir quando nascer

 

Por cnnportugal.iol.pt

Estudo tem implicações relevantes para a expansão do conhecimento em neurobiologia
Um estudo revelou que os embriões de peixe controlam ativamente o momento da sua eclosão através de uma neuro-hormona específica, que desencadeia a libertação de enzimas que dissolvem a parede do ovo.

A descoberta, divulgada na quinta-feira na revista Science, tem implicações relevantes para a expansão do conhecimento em neurobiologia, estratégias de sobrevivência e adaptação ambiental em vertebrados, segundo os autores, da Universidade Hebraica de Jerusalém (Israel).

A investigação descreve um mecanismo neural, até agora desconhecido, que rege uma transição vital crítica para os peixes, demonstrando que os embriões não são passivos, mas controlam ativamente o seu próprio processo de eclosão, fundamental para a sua sobrevivência.

O processo de eclosão é um momento crucial para todas as espécies que põem ovos: sair demasiado cedo ou esperar demasiado tempo pode significar a morte certa de um animal recém-nascido, que não está preparado para enfrentar os desafios do mundo exterior, desde respirar até escapar dos predadores.

"A sobrevivência depende do momento perfeito para a eclosão", observaram os autores.

"E, surpreendentemente, é o próprio embrião que dita esse momento, embora até agora o mecanismo subjacente fosse desconhecido", acrescentaram.

Os investigadores descobriram que os embriões dos peixes iniciam a eclosão através de um sinal do cérebro: uma neuro-hormona chamada hormona libertadora de tirotrofina (TRH).

O TRH percorre a corrente sanguínea até uma glândula especializada e desencadeia a libertação de enzimas que dissolvem a parede do óvulo, permitindo a libertação do embrião.

Este circuito neural crítico para a eclosão forma-se pouco antes do evento e desaparece logo a seguir.

E se não resultar, os embriões não conseguem libertar as enzimas, fazendo com que morram dentro do óvulo.

Os autores avançaram que vão continuar a estudar como esta neuro-hormona (TRH) e outros fatores neuroendócrinos influenciam a eclosão noutras espécies.

Mais de metade dos satélites estão nas mãos de um único homem. Este monopólio está a deixar o mundo preocupado

Por cnnportugal.iol.pt

O futuro das comunicações está a ser moldado por uma constelação de satélites que não conhece fronteiras – e por um homem que decide onde e quando a ligação é permitida. Elon Musk domina 62% do mercado e tem planos para muito mais. "Dezenas de países, exércitos e populações estão a ficar dependentes desta tecnologia. O que acontece se Musk fechar a torneira?"

Milhões assistiam, mas poucos faziam ideia de que estavam a observar o começo de uma revolução. Era o ano de 2015 e a SpaceX, de Elon Musk, acabava de fazer história ao aterrar um foguetão pela primeira vez. Quatro anos depois, em 2019, esse mesmo modelo de foguetão, o Falcon 9, transportava para a órbita da terra os primeiros satélites do programa Starlink com uma promessa ambiciosa: levar internet de alta velocidade a qualquer canto do planeta. Hoje é muito mais do que isso. Para uns representa uma nova esperança de acesso ao mundo, para outros é uma questão de vida ou morte. E isso está a deixar muita gente nervosa, um pouco por todo o mundo. E o perigo da dependência é real, com os especialistas a alertarem que países inteiros correm “um risco muito elevado” de ficar reféns da empresa de um homem que tem mais de metade dos satélites em órbita e acaba de entrar no círculo restrito da política americana.

“É motivo para o mundo ficar preocupado, incluindo para nós na Europa. O que é que acontece a uma sociedade se decidir investir tudo em Elon Musk? É dar o poder a um indivíduo de cortar o sinal a uma nação com quem ele não concorda politicamente. Hoje ele luta pela nossa causa e amanhã pode lutar por outra causa”, alerta o especialista em cibersegurança Nuno Mateus-Coelho, em entrevista à CNN Portugal.

É difícil minimizar a velocidade a que o domínio espacial de Elon Musk se está a fazer sentir. Menos de cinco anos depois de ter lançado o primeiro satélite para o espaço, a SpaceX colocou em órbita mais sete mil satélites, dez vezes mais do que o seu principal rival, dominando 62% do mercado. Estes satélites enviam um sinal de internet de alta velocidade para os terminais em terra. Em média, a empresa avaliada em 255 mil milhões de dólares envia para o espaço três satélites por dia e já opera em 102 países. Mas não quer ficar por aqui. O plano de Musk antevê o envio de 42 mil satélites de baixa órbita nos próximos anos para completar a rede, estando os competidores a uma distância considerável.

Nos corredores de Bruxelas o receio tornou-se palpável. Principalmente após a recente explosão de influência política do dono da SpaceX nos Estados Unidos. Elon Musk, o homem mais rico do mundo, tornou-se um dos principais doadores financeiros da campanha de Donald Trump e acabou por ser nomeado pelo candidato republicano para chefiar um novo corpo do governo destinado a “limpar” as regulações americanas: o Departamento para a Eficiência Governamental.

Só que esta combinação de poder político com um monopólio da economia espacial que depende de contratos bilionários com a NASA está a fazer com que muitos na Europa temam que o bilionário venha a ter poderes comparados ao de um país. Ao mesmo tempo que a proximidade a Trump, a quem Elon Musk doou mais de 134 milhões de euros para a sua campanha, levanta questões acerca de um possível conflito de interesses que pode resultar num círculo vicioso de favores políticos e vantagens regulatórias, os especialistas alertam para o perigo da rede Starlink ser utilizada como ferramenta de política externa americana, prejudicando países rivais ou críticos.

“O futuro mostra que a tecnologia de comunicações mais robusta é a de satélite. Só que isso tem perigos e um deles é entregar tanto poder para as mãos de uma só pessoa, que passa a ter o poder de bloquear o acesso a uma nação inteira. Dezenas de países, exércitos e populações estão a ficar dependentes desta tecnologia. O que acontece se Musk fechar a torneira?”, questiona o especialista em cibersegurança Nuno Mateus-Coelho.

Um foguete SpaceX Falcon 9 que transporta a missão Starlink 4-20 é lançado do Complexo de Lançamento Espacial 40, no Centro Espacial Kennedy da NASA em Cabo Canaveral, Florida, em 4 de setembro de 2022 (Getty Images)

Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro de 2022, o exército de Moscovo conseguiu interferir com sucesso na rede de comunicação dos militares ucranianos, após um gigantesco ciberataque contra o satélite da Viasat utilizado por Kiev. Sem comunicações, qualquer coordenação militar era impossível e a Ucrânia corria o risco de cair. A situação era dramática e o ministro da Transformação Digital ucraniano, Mykhailo Fedorov, recorreu à rede social X, também propriedade de Musk, para pedir ajuda à SpaceX. A resposta de Musk foi rápida e uma lufada de esperança para a luta ucraniana. “O Starlink está agora ativo na Ucrânia. Mais terminais a caminho”, respondeu o empresário. Desde então, mais de 42 mil terminais Starlink foram enviados para a Ucrânia para ajudar no esforço de guerra, desempenhando um papel fundamental para os soldados ucranianos.

A tecnologia de satélites de baixa órbita demonstrou ser bastante resiliente em contexto de guerra. Frustrados com a incapacidade de quebrar as comunicações ucranianas, o exército russo começou a tentar interferir diretamente com os satélites americanos recorrendo a equipamentos cada vez mais fortes e sofisticados. Só que o elevado número de satélites que formam a constelação da Starlink tornam este serviço bastante capaz de resistir a interferência. Quando um satélite individual é interrompido, o terminal em terra conecta-se de imediato com outro satélite da rede.

E o receio de que Elon Musk possa utilizar o monopólio que criou para influenciar os destinos de países inteiros revelou-se durante a guerra na Ucrânia. O empresário restringiu pessoalmente a capacidade da Ucrânia de aceder à rede do Starlink para desempenhar operações militares que considerava perigosas e que podiam escalar o conflito. O principal caso aconteceu em 2023, quando o empresário decidiu recusar um pedido de urgência para a Ucrânia conseguir operar na península ocupada da Crimeia, que tinha como objetivo atacar com drones navais uma aglomeração de navios militares da frota do Mar Negro. Musk terá dito aos líderes ucranianos que o ataque, que descreveu como “um mini Pearl Harbor”, ia “longe demais” e poderia causar “uma derrota estratégica” do Kremlin, podendo levar a uma forte retaliação.

Mais tarde, durante a contraofensiva ucraniana que recuperou uma vasta quantidade de território na região de Kharkiv, outra medida tomada por Elon Musk foi paga com vidas de soldados ucranianos. Isto porque Musk decidiu impor um sistema de geofencing que limitava o acesso do Starlink aos locais ocupados pelos militares ucranianos. Isso acabou por fazer com que, à medida que as unidades mais avançadas do exército ucraniano progrediam, ficavam completamente sem acesso à rede de comunicação. Estas restrições só são possíveis porque a SpaceX tem acesso à localização, movimento e altitude de todos os seus terminais. O contacto só foi reposto depois da intervenção do ministro Mikhailo Fedorov, que pediu para que o serviço fosse reposto.

“Elon Musk não pode ser odiado pelo problema que criou na Crimeia, até porque quem salvou a Ucrânia no início da guerra foi ele. Esta dependência cria riscos, mas, neste momento, não há alternativa”, diz à CNN Portugal o major-general Arnaut Moreira, especialista em geoestratégia, que recentemente publicou o trabalho "Desafios Tecnológicos à Segurança no Sec XXI" no centro de estudos EuroDefense.

Apesar de ter protestado, a Ucrânia pouco pode fazer. Elon Musk tem a última palavra. Só que o coro de críticas cresceu quando se tornou público que o empresário manteve contacto regular por telefone com o presidente russo durante os últimos dois anos. Numa dessas conversas, Vladimir Putin terá apelado ao dono da SpaceX para que não ativasse a cobertura da rede Starlink no arquipélago de Taiwan, de forma a não provocar o aliado russo, Xi Jinping. Durante meses, o governo de Taiwan tentou obter acesso a este serviço, mas sem sucesso.

Uma antena Starlink coberta com uma rede de camuflagem no local de uma unidade das Forças Armadas da Ucrânia na região de Donetsk, Ucrânia, dezembro de 2022 (Maxym Marusenko/NurPhoto via Getty Images)

Só que para o arquipélago, que convive com a constante ameaça iminente de um bloqueio naval da China, uma rede de satélites de baixa órbita pode ser ainda mais crucial do que para a Ucrânia. Pequim reclama a soberania de Taiwan e prometeu anexar este território, até mesmo pela via militar. A liderança militar taiwanesa teme que, em caso de invasão, os cabos subaquáticos que fornecem as comunicações ao arquipélago sejam um dos primeiros alvos de Pequim, deixando a ilha às escuras. Em resposta à intransigência de Musk, que tem na China a maior fábrica de outra das suas empresas, o governo de Taipé optou por construir a sua própria rede de satélites.

Só que o domínio da SpaceX, particularmente no campo do transporte de foguetões reutilizáveis, fez com que a empresa reduzisse drasticamente o preço por lançamento. Mesmo as empresas que tentam competir pelo mercado dos satélites de órbita baixa são obrigadas a recorrer ao serviço de lançamento da SpaceX. Além disso, existem poucas pessoas que conseguem competir com a capacidade de Elon Musk em financiar o projeto da SpaceX através de outras empresas como a Tesla, X, Neuralink ou a Boring Company, que juntas fazem dele o homem mais rico do mundo e lhe dão uma avaliação em bolsa de 323 mil milhões de dólares.

“É preocupante existir uma cobertura espacial com uma dimensão tão grande. Quando falamos destes valores, a capacidade de outras empresas aparecerem e competirem neste mercado reduz-se significativamente. O domínio absoluto do mercado vai dificultar muito a entrada de novas empresas”, avisa o major-general Arnaut Moreira.

As únicas alternativas estão a ser encontradas a nível estatal ou em parcerias com os privados. Um desses casos é o da SpaceSail, uma tentativa chinesa de rivalizar com a empresa americana. Sediada em Xangai e lançada em 2023, conta apenas com 36 satélites em órbita, embora o objetivo seja chegar aos 15 mil até 2030. Em novembro, o governo brasileiro assinou um acordo de cooperação com esta empresa para diminuir a dependência da Starlink, com quem o executivo de Lula da Silva tem cultivado uma relação difícil.

Mas esta alternativa não agrada a todos. Na União Europeia, a China é cada vez mais um rival estratégico e a ideia de trocar a dependência de um sistema privado norte-americano por uma empresa estatal chinesa não é vista com bons olhos. Não só as comunicações europeias por satélite poderiam ficar reféns dos objetivos geopolíticos chineses, como poderiam deixar entreaberto um alçapão a todas as comunicações militares, políticas e económicas que utilizassem essa rede. Um raciocínio semelhante levou praticamente todos os países europeus a colocar fortes restrições sobre os fabricantes chineses nos equipamentos da tecnologia 5G. Só que a opção de não contar com o apoio de uma rede de satélites de baixa órbita, a operar a uma altitude entre os 340 e os 1.200 km da terra, também coloca sérios riscos de segurança aos países da União Europeia numa altura crítica.

No final de novembro, duas ligações cruciais de cabos submarinos que ligam a Suécia à Lituânia e a Alemanha à Finlândia foram deliberadamente cortadas naquilo que os investigadores consideram ter sido um ato de sabotagem russo. Quando os navios militares da NATO chegaram ao local detetaram a presença de um navio cargueiro chinês, que tinha partido de um porto russo e estava a operar com sistema de identificação desligado, e que demonstrava sinais de ter utilizado a âncora da embarcação para prender os cabos e danificá-los. De acordo com as autoridades, o navio arrastou a infraestrutura durante mais de 160 quilómetros.

Em Portugal, por exemplo, este cenário seria particularmente dramático. Nas águas nacionais passam 14 cabos submarinos, incluindo o maior do mundo. O seu corte pode fazer com que centenas de milhares de casas fiquem sem Internet, telemóveis sem redes sociais, hospitais deixem de operar e economias entrem em crise profunda. E existem indícios de que este cenário pode estar em cima da mesa. O chefe do Estado Maior da Armada, o almirante Gouveia e Melo, admitiu que dezenas de navios espiões estão a estudar estas ligações. E o próprio vice-presidente do Conselho de Segurança russo Dmitry Medvedev garante que a Rússia não terá “constrangimentos morais” em destruir cabos de comunicação “inimigos”.

Este panorama, só veio reforçar na Europa a ideia de que é necessário um sistema alternativo, mais robusto a este tipo de interferências. A solução encontrada para quebrar a dependência da rede de Elon Musk é a IRIS² (Infrastructure for Resilience, Interconnectivity and Security by Satellite). Este projeto de 6 mil milhões de euros conta fazer o primeiro lançamento em 2025 e, em 2027, espera ter lançado 170 satélites de baixa órbita. O serviço pretende fornecer aos Estados-membros ligações seguras para uso militar e internet “em todo o lado, incluindo nas regiões mais recônditas da UE e de África”. Mas, acima de tudo, deve permitir “mantê-la em caso de crash das infraestruturas terrestres”.

Foguetão não reutilizável Ariane 6 da Agência Espacial Europeia, antes do seu primeiro lançamento. DR

Ainda assim, este projeto não aproxima a União Europeia de uma tecnologia fundamental para tornar a indústria espacial lucrativa: a capacidade de reutilizar foguetões após o lançamento. Antes de Elon Musk aparecer, a União Europeia dominava o mercado de lançamentos espaciais. Só que a decisão da Agência Espacial Europeia de não desenvolver tecnologia de foguetões reutilizáveis fez com que a Europa perdesse a sua vantagem. Agora, o velho continente corre atrás do prejuízo, com os planos para criar o Ariane Next, um foguete reutilizável capaz de rivalizar com a tecnologia da SpaceX. “É o nosso Falcon 9”, sugeriu o então ministro da Economia francês, Bruno Le Maire. O objetivo do projeto é reduzir os custos para metade, só que este sistema só deve estar pronto depois de 2030, mais de uma década depois do primeiro sucesso do Falcon 9.

"Na Europa não temos nada igual. É utopia dizer que em 2027, com o lançamento dos primeiros satélites, vamos estar perto de competir. É preciso infraestrutura para criar a infraestrutura. Os resultados só serão visíveis a partir de 2030, mas por essa altura a SpaceX terá mais do dobro do que tem hoje”, sublinha Nuno Mateus Coelho.

Chefe das Forças Armadas britânicas alerta para "terceira era nuclear"... Segundo o responsável, a "terceira era nuclear" será "muito mais complexa", sendo "definida por dilemas múltiplos e simultâneos,

© Andrew Matthews/PA Images via Getty Images    Notícias ao Minuto   05/12/2024 

O chefe de Estado-Maior das Forças Armadas do Reino Unido, Tony Radakin, alertou, na quarta-feira, que o mundo está "no início de uma terceira era nuclear", que será "muito mais complexa".

Numa conferência no Royal United Services Institute do Reino Unido, o responsável sublinhou que o "mundo mudou" e o "poder global está a mudar", colocando-nos "no início de uma terceira era nuclear". 

Radakin explicou, de acordo com um comunicado divulgado no site do governo britânico, que a "primeira era nuclear - a Guerra Fria - foi definida por dois blocos opostos, regidos pelo risco de uma escalada incontrolável e pela lógica da dissuasão". Já a segunda era nuclear "foi regida por esforços de desarmamento e de contra-proliferação".

No entanto, a "terceira era nuclear" será "muito mais complexa", sendo "definida por dilemas múltiplos e simultâneos, pela proliferação de tecnologias nucleares e disruptivas e pela ausência quase total das arquiteturas de segurança anteriores".

O responsável acusou a Rússia de fazer "ameaças selvagens de utilização de armas nucleares táticas, de exercícios nucleares em grande escalas e ataques simuladores contra países da NATO", com o objetivo de "coagir" o Ocidente a "não tomar as medidas necessárias para a estabilidade". 

"A não-proliferação nuclear tem sido um dos grandes êxitos da segurança internacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial, mas está agora a ser posta em causa", alertou. 

No entanto, Radakin considerou que "existe apenas uma hipótese remota de um ataque" à NATO porque a "Rússia sabe que a resposta seria esmagadora, quer convencional quer nuclear". 

"A estratégia de dissuasão da NATO está a funcionar. Mas tem de ser mantida forte e reforçada contra uma Rússia mais perigosa", afirmou.

Sublinhe-se que o presidente russo, Vladimir Putin, alertou, em setembro, que a Rússia poderia usar armas nucleares no caso de um "lançamento massivo" de ataques aéreos contra o país e que qualquer ataque realizado por um país não nuclear, como a Ucrânia, mas apoiado por uma potência com armas atómicas, como os Estados Unidos, poderia ser considerado uma agressão "conjunta", exigindo potencialmente o uso de armas nucleares.


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Lisboa. Cancro da mama: Na altura de fazer uma mamografia? Se vive em Lisboa, pode ser gratuita

© Shutterstock   Notícias ao Minuto  05/12/2024

A marcação da mamografia disponibilizada pela autarquia de Lisboa e pela Fundação Champalimaud é feita através de um número de telefone. Saiba as condições para realizar este exame.

Em parceria com a Fundação Champalimaud, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) disponibiliza um rastreio de mamografias gratuitas para mulheres residentes em Lisboa.

De acordo com a informação partilhada no site da autarquia, é disponibilizado um "rastreio de mamografias gratuitas para mulheres com menos de  50 anos residentes em Lisboa".

"Os novos casos de cancro da mama entre mulheres com menos de 50 anos aumentaram significativamente nas últimas décadas. A identificação precoce de alterações da mama é fundamental para o sucesso do tratamento", apontam os responsáveis da autarquia, dando também uma explicação sobre este exame.

Há também a vertente genética e hereditária, que obrigam a "um acompanhamento mais precoce e cuidadoso quando exista um historial familiar".

Por forma a esclarecer bem tudo o que envolve este exame e como este poder ser gratuito, a CML deu conta de várias perguntas e respostas que, na totalidade, podem ser consultadas aqui - e esclarecidas as dúvidas.

Entretanto, o essencial para perceber do que se trata fica abaixo:

A quem se destina o programa?

"O rastreio destina-se a mulheres jovens entre os 40 e os 49 anos, residentes em Lisboa. Estão abrangidas também as colaboradoras do município e de empresas municipais na mesma faixa etária", escreve a autarquia.

Quais as condições?

Segundo a CML, podem realizar o exame as mulheres que não estejam grávidas e também aquelas que não tenham realizado este exame nos últimos seis meses, salvo indicação médica especial.

Com que frequência se deve realizar?

Este exame deve-se realizar de dois em dois anos e, em casos especiais, o exame pode ser realizado antes deste intervalo.

Será preciso repetir o teste?

Só no caso de a equipa médica (radiologista) necessitar de algum esclarecimento adicional.

Nas perguntas-respostas, a CML dá ainda conta de que em caso de alterações detetadas devem ser contactado o médico de família para o reencaminhamento necessário.

Onde se realiza?

O exame é realizado nos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, localizados na Avenida Afonso Costa 41, em Lisboa, e deverá ser levantado no mesmo local ou, em caso de pedido, os resultados serão enviados.

O que é preciso e como se faz a marcação?

Para realizar o exame deve apenas apresentar o cartão de cidadão, por forma a confirmar a residência. "Para realizar o exame terá de responder a um conjunto de questões a assinar a declaração de consentimento informado.", explica a autarquia, dando conta de que a marcação é feita através do número 800 910 155, e a chamada é gratuita.

Para além do número poder ser usado para as marcações, podem também ser um recurso para clarificações. Em alternativa ao esclarecimento de alguma dúvida, pode ainda ser usado o e-mail rastreio.mama@cm-lisboa.pt.


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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Governo da Guiné-Bissau Proíbe Exportação Terrestre de Madeira

Por Tidjane Cande  TV VOZ DO  POVO  

O Ministério do Interior e da Ordem Pública emitiu está quinta-feira, 5 de dezembro de 2024, um despacho proibindo, de forma imediata, a exportação terrestre de madeira em todo o território nacional. 

A decisão surge em resposta ao aumento de práticas abusivas e descontroladas relacionadas com o transporte deste recurso sem autorização das entidades competentes.

O despacho, assinado pelo Ministro do Interior, Botche Candé, determina:

  • 1. Proibição expressa da exportação de madeira por via terrestre.
  • 2. Impedimento à passagem de quaisquer viaturas carregadas com madeira nas fronteiras terrestres do país.
  • 3. Apreensão de viaturas envolvidas no transporte irregular de madeira, com a declaração de perda dos bens apreendidos a favor do Estado.
  • 4. Cumprimento rigoroso das ordens pelas forças de segurança.

Esta medida visa restaurar a ordem e proteger os recursos naturais do país, conforme as deliberações do Conselho de Ministros e a legislação em vigor. O despacho já está em efeito.


Estão em curso as obras de construção da estrada Fronteira do Senegal-Dungal-Farim, incluindo intervenções de proteção ambiental, financiadas pelo Banco Islâmico de Desenvolvimento.

Por  Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo


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Leia Também: FARIM: Deu início a construção do troço que liga FARIM / DUGAL. O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, José Carlos Esteves, visitou esta quarta-feira (04/12) várias obras de construção de estradas em curso no setor de Farim.

Guiné-Bissau: O Ministério Público da Guiné-Bissau pediu hoje penas entre 17 e 20 anos de prisão para cinco detidos no aeroporto de Bissau com cerca de 2,6 toneladas de droga, estando a leitura do acórdão marcada para dia 27.

© Lusa  05/12/2024 

MP guineense pede penas entre 17 e 20 anos para detidos com droga

O Ministério Público da Guiné-Bissau pediu hoje penas entre 17 e 20 anos de prisão para cinco detidos no aeroporto de Bissau com cerca de 2,6 toneladas de droga, estando a leitura do acórdão marcada para dia 27.

Nas alegações finais, proferidas no final da segunda sessão do julgamento que se iniciou na passada segunda-feira, o Ministério Público (MP) pediu ao tribunal que condene com uma pena não inferior a 20 anos dois dos cinco arguidos e a 17 anos os restantes três.

O procurador do MP disse que "ficou provado" que os cinco arguidos incorreram em crimes de "tráfico internacional de estupefacientes, associação criminosa e aterragem irregular de uma aeronave no aeroporto" internacional Osvaldo Vieira, em Bissau.

No dia 07 de setembro, um jato particular aterrou no aeroporto de Bissau com cerca de 2,6 toneladas de cocaína, tendo as autoridades guineenses afirmado na altura que a aeronave era proveniente da Venezuela, mas os arguidos disseram segunda-feira ao Tribunal que vinha do México e que se dirigia ao Mali.

Os cinco membros da tripulação, detidos e constituídos arguidos, são dois cidadãos do México, um colombiano, um cidadão do Equador e um do Brasil.

Por seu turno, nas suas alegações finais, a defesa dos cinco negou as alegações do Ministério Público e insistiu, como defenderam os próprios arguidos, que o avião não tinha como destino a Guiné-Bissau.

"Ficou mais que provado que o avião não tinha como destino o nosso aeroporto, só parou aqui por uma questão de emergência", argumentaram os advogados.

O Ministério Público pediu ainda ao tribunal que confisque "todos os bens" encontrados na posse dos arguidos no dia em que foram detidos pela Polícia Judiciária guineense bem como o próprio avião em que se faziam transportar.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, já disse, em diversas ocasiões, que o aparelho será vendido e a receita reverterá a favor do Estado.

O tribunal começou por ouvir, na segunda-feira, os suspeitos, que se encontram em prisão preventiva desde setembro, e retomou hoje o julgamento com a audição de cinco das oito testemunhas arroladas pelo Ministério Público.

Este caso é a maior apreensão de droga ocorrida na Guiné-Bissau e no dia 19 de setembro a PJ incinerou o produto perante diversas entidades da comunidade internacional.

No final da sessão de hoje, o coletivo de juízes do Tribunal Regional de Bissau marcou para 27 de dezembro a leitura do acórdão.


Leia Também: O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, estará presente nas cerimónias de reabertura da Catedral de Notre Dame, em Paris, França, no sábado, disse hoje à Lusa fonte da presidência em Bissau.

Aos 74 anos, a ave mais velha do mundo pôs um ovo pela 1.ª vez em 4 anos

© USFWS Pacific    Por Notícias ao Minuto   05/12/2024 

Esta espécie, que normalmente vive entre 12 e 40 anos, geralmente acasala para toda a vida, mas Wisdom já terá perdido pelo menos três companheiros.

Aave mais velha do mundo pôs um ovo pela primeira vez em quatro anos, depois de ter encontrado um novo parceiro. Wisdom, um albatroz-de-laysan com 74 anos, regressou ao refúgio nacional de vida selvagem Midway Atoll, no arquipélago do Havai, na semana passada.

“Fê-lo novamente”, escreveu o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA (USFWS), na rede social X (Twitter).

A entidade deu conta de que Wisdom, que foi identificada e marcada em 1956, quando tinha cerca de cinco anos, foi vista com um novo parceiro. O antigo, Akeakamai, não dá sinal “há anos”.

Esta espécie, que vive entre 12 e 40 anos, geralmente acasala para toda a vida, mas Wisdom já terá perdido pelo menos três companheiros.

A ave já teve mais de 30 crias, a última das quais em 2021.

O biólogo supervisor da vida selvagem no refúgio, Jon Plissner, disse à BBC que Wisdom é um dos dois a três milhões de albatrozes-de-laysan que viajam para Midway para se reproduzirem, não havendo outro tão velho quanto ela. De facto, o mais próximo tem 45 anos.

O responsável assumiu ainda que há 70 a 80% de hipótese de o ovo eclodir.

Veja o vídeo.👇