quinta-feira, 18 de abril de 2024

UCRÂNIA: O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, afirmou que a queda do seu país na guerra contra a Rússia poderia levar à "III Guerra Mundial", apelando por "fundos" para poder proteger o seu país, divulgou hoje a televisão britânica BBC.

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POR LUSA   18/04/24 

 Shmygal diz que se a Ucrânia "cair" poderá haver uma III Guerra Mundial

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, afirmou que a queda do seu país na guerra contra a Rússia poderia levar à "III Guerra Mundial", apelando por "fundos" para poder proteger o seu país, divulgou hoje a televisão britânica BBC.

"Precisamos deste dinheiro ontem, não amanhã, não hoje. Se não protegermos a Ucrânia, a Ucrânia cairá. O sistema de segurança global será destruído e todos terão de encontrar um novo sistema de segurança", alertou Shmygal em declarações ao canal britânico, em Washington.

O primeiro-ministro ucraniano observou que uma hipotética queda do seu país diante da Rússia levaria a "muitos conflitos, muitos tipos de guerras e, no final, isto poderia levar à III Guerra Mundial".

Shmygal apelou ainda ao Congresso dos Estados Unidos que aprove o projeto de lei sobre os fundos destinados a ajudar a Ucrânia, que se encontra há tempos bloqueado.

O político ucraniano manifestou um "otimismo cauteloso" sobre a possibilidade da Câmara dos Representantes dos EUA aprovar a medida, que engloba 61 mil milhões de dólares (cerca de 71 mil milhões de euros) a serem atribuídos a Kyiv.

A Câmara dos Representantes norte-americana deverá votar este sábado um pacote de ajuda à Ucrânia que incluiria também Israel e o Indo-Pacífico.

O presidente dos EUA, Joe Biden, comprometeu-se a assinar imediatamente a medida se os legisladores autorizarem os fundos, depois de vários meses de atrasos no Congresso norte-americano.


Um estudo publicado hoje concluiu que a vaga de calor que atingiu o Sahel no início deste mês está ligada às alterações climáticas "induzidas pelo homem".

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Por Lusa  18/04/24
 Alterações climáticas de "origem humana" responsáveis por calor no Sahel
Um estudo publicado hoje concluiu que a vaga de calor que atingiu o Sahel no início deste mês está ligada às alterações climáticas "induzidas pelo homem".


De 01 a 05 de abril, Mali e Burkina Faso sofreram uma vaga de calor excecional, tanto em termos de duração como de intensidade, com temperaturas superiores a 45°C que causaram um grande número de mortes nestes países.

As observações dos cientistas e as comparações dos modelos de temperatura "mostram que ondas de calor observadas em março e abril de 2024 na região teriam sido impossíveis" sem um aquecimento global de 1,2°C "de origem humana", indicou um relatório de cientistas da rede World Weather Attribution (WWA).

O documento salientou que um episódio como o que afetou o Sahel durante cinco dias em abril só ocorre "uma vez em cada 200 anos".

As vagas de calor são comuns no Sahel nesta época do ano, mas a vaga de calor de abril "teria sido 1,4°C mais fria (...) se os seres humanos não tivessem provocado o aquecimento global através da queima de combustíveis fósseis", afirmaram os autores do relatório.

"Estas tendências vão manter-se com o aquecimento futuro", acrescentaram.

A duração e a gravidade desta vaga de calor conduziram a um aumento do número de mortes e de hospitalizações registadas nestes países, apontou a WWA, apesar de as populações do Mali e do Burkina Faso "estarem aclimatadas às temperaturas elevadas".

Embora "seja impossível" contabilizar o número exato de vítimas devido à falta de dados disponíveis nos países em causa, "é provável que tenham ocorrido centenas, se não milhares, de outras mortes relacionadas com o calor", afirmou a WWA.

Desde os anos de 1970, os países do Sahel têm sido confrontados com secas, bem como com episódios de precipitação intensa a partir dos anos de 1990.

A diminuição da disponibilidade de água e de pastagens, acentuada pelo desenvolvimento das terras agrícolas, perturbou a vida das populações pastoris e favoreceu o aparecimento de grupos armados que se apoderaram de vastas extensões de território no Mali, no Burkina Faso e no Níger.


Leia Também: Mais de 80 partidos e organizações apelam à realização de eleições no Mali  

UE envia sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia em "dias e semanas"

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Por Lusa 18/04/24
O presidente do Conselho Europeu revelou hoje que é "uma questão de dias e semanas" até os países da União Europeia (UE) enviarem os sistemas de defesa antiaérea que a Ucrânia tem incessantemente pedido.

"Isto não é uma questão de meses, é uma questão de dias e semanas", disse Charles Michel, em declarações aos jornalistas no final do primeiro dia de reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.

O presidente do Conselho Europeu revelou que já há países a equacionar "utilizar mais dos 'stocks' de sistemas de defesa antiaérea que têm disponíveis", acedendo a um pedido que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem feito incessantemente nas últimas semanas.

"É muito importante cumprirmos com as nossas promessas e posso assegurar-vos que todos os intervenientes estão a fazer os possíveis para acelerar [a produção de munições]. Num período curto conseguimos aumentar as nossas capacidades de defesa ao nível da produção, mas precisamos de fazer mais", completou Charles Michel.

O presidente do Conselho Europeu reaproveitou as palavras que Zelensky tem repetido: "Não precisamos de mais palavras, eles precisam de mais armas".

O Presidente ucraniano tem pedido sistemas de defesa antiaérea, em simultâneo com mais munições de artilharia, para tentar repelir as ofensivas russas com 'drones' (veículos não tripulados) aéreos e mísseis.

Volodymyr Zelensky reforçou o pedido nos últimos dias após vários países apoiarem Israel a proteger o seu território de uma ofensiva iraniana com 'drones' -- os mesmos utilizados pela Rússia já que Teerão os fornece -- e mísseis balísticos.

Zelensky chegou a pedir um "Iron Dome" ("Cúpula de Ferro") semelhante ao que Telavive tem ao seu dispor para proteger o território ucraniano, que há meses está a ser fustigado por ataques aéreos, enquanto o gelo dificulta avanços terrestres.

Ainda na quinta-feira, a primeira-ministra da Estónia defendeu que os países da União Europeia podem enviar os sistemas de defesa antiaérea que têm.

O presidente do Conselho Europeu também revelou que os líderes concordaram com a imposição de sanções às empresas iranianas que fabricam 'drones' e mísseis.

Sobre a interferência russa nas eleições europeias, assunto que foi denunciado pelos primeiros-ministros da Bélgica e República Checa, Chalres Michel considerou que "é um desafio para todos os Estados-membros" combater a influência que Moscovo está a tentar exercer.

"É um sinal claro de que temos sido ingénuos", completou.


Leia Também: Pentágono pressiona Congresso sobre ajuda militar para a Ucrânia e Israel  

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo visita a aldeia _PONTA_VICENTE

 Radio Voz Do Povo 

Netanyahu diz que agradece conselhos dos líderes mundiais, mas decide sozinho ataque ao Irão

Por Sicnoticias.pt  17/04/2024
Chefes da diplomacia do Reino Unido e da Alemanha tentaram convencer o primeiro-ministro israelita a não alimentar hostilidades. Netanyahu responde que Israel fará tudo o que for preciso para se defender.

Os chefes da diplomacia do Reino Unido e da Alemanha saíram, esta quarta-feira, de Jerusalém sem convencer Israel a evitar um ataque ao Irão. O governo de Netanyahu reafirmou como certa a retaliação militar. Em Teerão, o regime islâmico reagiu de imediato com novas ameaças.

Para evitar um eventual ataque-surpresa de Israel, o desfile do Dia do Exército do Irão foi, este ano, realizado em local diferente do habitual, e sem transmissão televisiva. No discurso oficial da cerimónia, foi dado o recado ao inimigo número um do regime islâmico.

  “Se o regime sionista fizer a mais pequena invasão contra a nossa pátria ou os nossos interesses, os israelitas podem ter a certeza de que enfrentarão uma resposta agressiva e em larga escala”, ameaçou o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi.

Esta quarta-feira, em Jerusalém, os chefes da diplomacia do Reino Unido e da Alemanha tentaram convencer Israel a não responder militarmente ao Irão, e a evitar uma escalada do conflito na região.

  “É certo que deixámos clara a nossa opinião sobre o que deve acontecer, ma sé evidente que os israelitas estão a tomar a decisão de agir. Esperamos que contribuam o menos possível para um agravamento e de forma inteligente e severa”, afirmou David Cameron, ministro britânico dos Negócios Estrangeiros

A mesma posição foi transmitida pela ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock.

 “Não falo de ceder, mas de uma contenção sensata, que é uma forma de força, pois Israel já deu provas da sua força, com a vitória defensiva no fim de semana.”

O governo de Netanyahu agradeceu o apoio alemão e britânico, mas voltou a insistir no direito de resposta à primeira agressão militar iraniana - mais de 300 drones, mísseis de cruzeiro e balísticos, quase todos intercetados, lançados no fim de semana contra solo israelita.

  “Os líderes mundiais deram-me todo o tipo de sugestões e conselhos. Agradeço, mas quero deixar claro que tomaremos as nossas próprias decisões e que o Estado de Israel fará tudo o que for necessário para se defender”, declarou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

A força aérea israelita já retaliou contra o mais ativo e poderoso dos grupos apoiados pelo Irão: alvos do Hezbollah voltaram a ser atingidos no sul do Líbano. Foi a resposta à última operação do movimento xiita, numa base militar do norte de Israel, em que pelo menos 14 soldados ficaram feridos.

Altos Dirigentes Inconformados do PRS, analisa atual situação política interna do partido e do país em conferência de imprensa.

Radio Voz Do Povo 

Televisões e rádios sem transmissões na Guiné-Bissau há várias semanas

© iStock
Por Lusa  17/04/24

As rádios e televisões com emissores em Nhacra, na Guiné-Bissau, estão sem transmissões há várias semanas devido a alegados danos causados por um incêndio, que o Governo está a solucionar, disse hoje à Lusa a ministra da Comunicação Social.

Segundo Conceição Évora, o problema afeta a RTP-África, a RDP-África, a Televisão da Guiné-Bissau (TGB), a Rádio Nacional da Guiné-Bissau (RDN) e a emissora francesa RFI, sendo que o sinal das televisões chega aos espetadores, mas apenas àqueles que têm o serviço através de TV cabo ou Internet.

Os problemas no posto emissor de Nhacra começaram no final de janeiro com a avaria de um transformador e foram agravados posteriormente por um incêndio que, segundo a ministra, queimou o equipamento, obrigando à reposição do mesmo, incluindo todo o sistema elétrico.

"Estamos a providenciar a aquisição desses equipamentos. Não existem na Guiné-Bissau e estão a ser adquiridos fora do país", explicou a ministra.

Conceição Évora, que visitou recentemente o local, indicou que "dentro de uma a duas semanas, o problema deve estar resolvido", ressalvando que "tudo depende do tempo que o equipamento demorar a chegar" a Bissau.

Sobre esta interrupção nas transmissões, a RTP avança apenas estar a aguardar que sejam garantidas condições de segurança "mínimas" para que as suas emissões regressem à Guiné-Bissau.

Contactada pela Lusa sobre o facto de a estação pública portuguesa não estar a emitir naquele país africano, fonte oficial disse, a partir de Lisboa, que "a RTP aguarda que sejam garantidas condições de segurança mínimas".

A ministra da Comunicação Social da Guiné-Bissau afirmou à Lusa que a questão "não tem nada a ver com segurança", mas com os alegados danos causados pelo incêndio, que obrigam à reposição do equipamento.



Leia Também: População guineense denuncia falta de arroz, Governo desdramatiza  


Falsificação de passaportes: PJ DETÉM TRÊS FUNCIONÁRIOS DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Por:  O DEMOCRATA  17/04/2024  
A brigada de repressão a delitos económicos da Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quarta-feira, 17 de abril de 2024, três funcionários técnicos do Ministério dos Negócios Estrangeiros ligados aos serviços jurídicos e consulares.

Os três técnicos foram presos por suspeita de prática de crimes de falsificação, corrupção e auxílio à emigração ilegal e branqueamento de capitais.

A PJ descobriu o esquema de atribuição dos passaportes aindivíduos que não têm nenhuma ligação com a administração pública e nem sequer têm o direito ao passaporte de serviço.

Os suspeitos emitiam passaportes diplomáticos, de serviço e passaportes especiais a indivíduos em troca de um valor em dinheiro de três milhões e quinhentos (3.500 000) francos CFA.

Os suspeitos serão apresentados ao Ministério Público esta quinta-feira, 18 de abril, para a audição e consequente aplicação de medidas de caução.

Presidente do Conselho de Representantes dos Motoristas de Transporte Público da Guiné-Bissau, Bubacar Djaló, afirma que o período de graça entre esta entidade e o governo chegou ao fim.

A questão em causa é o aumento do preço dos combustíveis a nível nacional e as violações dos acordos assinados entre a Federação Nacional das Associações dos Motoristas e Transportadores (FNAMT-GB).

 Radio TV Bantaba

Guiné-Bissau : MADEM-G15: Zé Carlos é instaurado medida de suspensão

O Conselho de Direito do Movimento para Alternância Democrática instaurou a medida de suspensão ao dirigente e deputado de MADEM-G15, José Carlos Macedo Monteiro [ Zé Carlos], acusado de “causar danos graves ao Partido e ao seu Líder, designadamente a sua imagem e funcionamento interno”.

Na nota de culpa emitida ontem,16, a qual a CFM teve acesso, o Conselho de Direito do MADEM-G15 lembrou do encontro que José Carlos Macedo Monteiro teve com os militantes e simpatizantes [do Madem], em Gabú, ao qual, segundo o órgão jurisdicional, “foi largamente difundido, com destaque e protagonismo pessoal, nesse dia e nos dias seguintes, nos órgãos de comunicação social e nas redes sociais, a nível nacional e internacional”.

De acordo com o Conselho de Direito do MADEM-G15,  o deputado tinha afirmado que ia “constituir movimento para apoiar a eleição do Umaro Sissoco Embaló para o segundo mandato e se sair do Madem, de manhã, o Braima sai à tarde; que ia banalizar o Madem; que abriu-se uma guerra entre ele e o Partido”.

“ Somos de opinião em promover a aplicação da medida de suspensão, prevista no artigo 10°, n° 2, alínea c), dos estatutos, devendo o camarada José Carlos Macedo Monteiro, querendo, apresentar a sua defesa no prazo de dez dias, respondendo à nota de culpa”, decidiu o  órgão jurisdicional do MADEM-G15, em face do “funcionando em matéria disciplinar, nos termos do artigo 10°, n° 1, artigo 12°, alínea a), do Regulamento do CND [ Conselho Nacional de Direito], assim como do artigo 10°, n° 9, dos estatutos, fica, desde já (…),  José Carlos Macedo Monteiro, sujeita a aplicação daquela medida estatutária”.


EUA vão impor novas sanções ao Irão

© Reuters
Por Lusa  17/04/24 

 Os Estados Unidos vão impor novas sanções contra o Irão, na sequência do ataque lançado contra Israel no fim de semana, anunciou esta terça-feira a Casa Branca, que espera que os seus aliados façam o mesmo brevemente.

"Nos próximos dias, os Estados Unidos vão impor novas sanções contra o Irão, incluindo os seus programas de drones e mísseis", o seu Corpo da Guarda Revolucionária e o seu Ministério da Defesa, detalhou Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do Presidente Joe Biden, em comunicado.

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, divulgou também esta terça-feira que o bloco está a ponderar expandir as sanções contra o Irão para incluir os mísseis que Teerão venha a disponibilizar à Rússia e a agentes sob influência iraniana no Médio Oriente.

Borrell referiu que foi proposta, que resultou de uma reunião ministerial por videoconferência, prevê a expansão do regime de sanções contra o Irão, que já existe por causa da disponibilização de 'drones' (aeronaves sem tripulação) à Rússia, e incluir os mísseis que Teerão eventualmente venda a Moscovo e a "'proxies' na região", em particular milícias que têm ligações ao Governo iraniano.

O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros alertou, contudo, que até hoje não há evidências de que Teerão esteja a fornecer mísseis a Moscovo, mas as sanções podem "incluir já essa possibilidade".

Josep Borrell revelou que alguns Estados-membros, sem especificar, também "pediram sanções contra a Guarda Revolucionária Iraniana [ramo das forças armadas iranianas criado após a Revolução Islâmica de 1979]", mas o Alto Representante explicou que não é possível porque o regime de sanções tem de estar associado a atividades terroristas, insistindo que só com provas de atividades terroristas é que a UE pode considerar a aplicação de restrições.

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.

Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco (Síria), ocorrida a 01 de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.


Foi lançado o novo Movimento de Apoio à Reeleição do Presidente da República, General Sissoco Embalo, denominado "PLATAFORMA FIRKIDJA CANDERU DI BEKU".

 Radio Voz Do Povo

Em 24h, choveu o equivalente a dois anos no Dubai. Veja as imagens O mau tempo no Dubai obrigou a desviar aviões, assim como levou à destruição de vários locais afetados pelo vento.

© paganhindu/ X (antigo Twitter)
Por Notícias ao Minuto  17/04/24
O início desta semana no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, ficou marcado pela intensa queda de chuva no local, causando constrangimentos.
Segundo a imprensa internacional, funcionários de entidades governamentais ficaram a trabalhar remotamente e os alunos de escolas privadas ficaram também a assistir às aulas desde casa.

Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, caem quase oito centímetros de água por ano, e desde segunda-feira à noite até terça-feira ao final do dia, choveram quase 16 centímetros. Estes valores indicam que em 24 horas choveu o equivalente a dois anos.

O caos provocado pelo mau tempo fez com que fossem desviados voos cujo destino era o Dubai, sendo que as idas não foram afetadas. No aeroporto houve mesmo aviões a aterrarem em 'lagos'.

Também o trânsito ficou bastante afetado devido ao mau tempo, tal como se pode ver nas imagens abaixo:

Há também compilações de vários locais afetados, como mostra o vídeo seguinte.

Veja como tudo mudou 'de um momento para o outro' no timelapse na galeria acima.


Níger vai entregar 150 milhões de litros de gasóleo ao Mali

© Shutterstock
Por Lusa  16/04/24
O Níger prepara-se para entregar 150 milhões de litros de gasóleo ao Mali para abastecer as centrais elétricas do país, afetadas por cortes de energia recorrentes, anunciou hoje a presidência maliana.

O chefe da junta do Mali, coronel Assimi Goïta, recebeu hoje o ministro do Petróleo do Níger, Mahaman Moustapha Barke, para finalizar "um acordo de parceria para a venda de 150 milhões de litros de gasóleo ao Mali", declarou a presidência maliana através de um comunicado.

"Estes combustíveis destinar-se-ão à Energie du Mali (EDM-SA) para abastecer as várias centrais elétricas do país", disse Barke, citado no comunicado de imprensa.

Com uma dívida de mais de 200 mil milhões de francos CFA (cerca de 300 milhões de euros), a empresa nacional de energia do Mali já não consegue fornecer eletricidade à capital e a outras cidades do país.

A degradação do fornecimento de eletricidade está a provocar uma exasperação generalizada entre os cerca de 11 milhões de malianos que têm acesso à eletricidade, ou seja, metade da população deste país governado por uma junta desde um golpe de Estado em 2020 e onde uma grande parte do território é assolada pela expansão de grupos armados, nomeadamente extremistas.

Em fevereiro, o Níger anunciou a assinatura de um memorando de entendimento sobre o fornecimento de gasóleo ao Burkina Faso, ao Mali e ao Chade, países classificados entre os mais pobres do mundo e governados por regimes militares.

Os três primeiros países juntaram-se para formar a Aliança dos Estados do Sahel (AES) e, em fevereiro, anunciaram a sua retirada da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Em novembro, as autoridades do Níger inauguraram um oleoduto gigante que transportará o petróleo bruto extraído do campo de Agadem (sudeste) para o vizinho Benim, através da China National Petroleum Corporation (CNPC), uma companhia petrolífera detida pelo Estado chinês.

As autoridades do Níger anunciaram, a 13 de abril, que obtiveram um empréstimo de 400 milhões de dólares (cerca de 376,2 milhões de euros) do seu parceiro chinês, como "adiantamento" das próximas vendas de petróleo bruto, que deverá começar a ser comercializado em maio.

O país pretende aumentar a sua produção de petróleo para 110.000 barris por dia, dos quais 90.000 barris serão exportados.



Leia Também: Milhares manifestam-se no Níger a exigir saída de militares dos EUA  

terça-feira, 16 de abril de 2024

O Presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo e Portuário, Gualdino Afonso Té, considera preocupante nível de ocupação das zonas costeiras na Guiné-Bissau.

Por: Mamadú Candé  Rádio Capital Fm  16.04.2024

Guiné-Bissau vive penúria de arroz... O arroz, base da dieta alimentar, está em falta no mercado guineense. A população pede ajuda ao Governo e este, por sua vez, diz que vai encontrar uma solução em breve.

Arroz © RFI/Aurore Lartigue

Por: Mussá Baldé   RFI  16/04/2024 

A escassez do arroz é relatada pela população e confirmada pelos comerciantes.

Pelo menos nas regiões de Oio, no Norte, Bafatá, no Leste, Quinara, no Sul, e no arquipélago dos Bijagós, há relatos, nas últimas duas semanas, de que falta arroz.

Há zonas no sul, por exemplo, onde os comerciantes que ainda detém alguma quantidade de arroz já não o vendem por sacos, mas sim por quilogramas.

O Governo, através do director-geral do Comércio Externo, Lassana Faty, admitiu a escassez do arroz nalgumas zonas do país, salientando que o problema não se coloca a Bissau onde ainda há o produto embora em poucas quantidades.

Lassana Faty prometeu que ainda no decurso desta semana, alguns comerciantes de Bissau vão distribuir arroz para as zonas mais críticas do interior.

Contudo o director geral do Comércio Externo observa que o preço do arroz vai ter de ser aumentado porque o Fundo Monetário Internacional está a apertar com o Governo no sentido de parar com as subvenções feitas à importação do arroz.

Desde Agosto passado, e durante o Governo da coligação PAI Terra Ranka, que o preço do arroz é subvencionado pelo Estado para permitir que seja vendido a baixo custo no mercado à população.

O FMI entende que o Estado já perdeu mais de quatro mil milhões de francos CFA com estas subvenções, uma situação que deve acabar.

Ouça a Crónica de Mussá Baldé, o nosso correspondente.👇


Guiné-Bissau: Sociedade civil guineense insiste em presidenciais este ano

Por  Iancuba Dansó (Bissau)  DW   16/04/2024

Frente Popular, da sociedade civil, critica a "desgovernação" durante o mandato do Presidente guineense. Exige ainda a realização das eleições presidenciais este ano, contrariamente à pretensão de Sissoco Embaló.

O Presidente Umaro Sissoco Embaló insiste que as eleições presidenciais só se devem realizar em 2025. Os cadernos eleitorais estão a ser atualizados, mas supostamente apenas para as legislativas antecipadas. E isto é algo que a Frente Popular quer evitar.

A organização, composta por cidadãos guineenses de várias franjas sociais, exige eleições presidenciais ainda este ano, de acordo com o estipulado na lei.

Além da "funcionalidade" de todas as instituições democráticas, nomeadamente o Parlamento, o Governo e o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), "é necessário o respeito escrupuloso do calendário eleitoral", afirma o coordenador da Frente Popular, Armando Lona, em declarações à DW África.

"O nosso país deve ir às urnas para as eleições presidenciais, ainda este ano", sublinha.

Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló Foto: Privat

Frente Social queixa-se de "descalabro total"

Em carta aberta endereçada a Umaro Sissoco Embaló, a 12 de abril, a Frente Popular, exigiu a cessação de alegadas "ingerências" do Presidente da República no funcionamento das instituições judiciais e apelou ao chefe de Estado que cumpra "com a obrigação constitucional de respeito aos princípios de separação de poderes e de independência do poder judicial". 

Na missiva, os subscritores assinalam que os quatro anos de Sissoco Embaló na Presidência da República foram marcados por perseguições políticas, instrumentalização de instituições judiciais para práticas de "caça às bruxas" e uso da guarda presidencial para perseguir e agredir cidadãos guineenses, em livre exercício das suas liberdades. 

Armando Lona considera grave a situação do país. "A Frente Popular surgiu em reação àquilo que o país está a viver neste momento, uma situação de descalabro total das instituições da República, da fome, da situação da saúde pública, da educação, das infraestruturas, do bloqueio das instituições da República e do abismo", disse.

A organização da sociedade civil considera ilegal o decreto presidencial que dissolveu o Parlamento guineense em dezembro passado e, por isso, exige a retirada das forças de defesa e segurança na sede da Assembleia Nacional Popular (ANP), para permitir o acesso dos deputados às instalações. 

Uma oportunidade?

Para o jornalista Bacar Camará, a carta aberta da Frente Popular é uma oportunidade para o Presidente da República corrigir as suas ações, "evitando que o país sofra mais com este retrocesso assinalado na democracia".

Mas Bacar Camará alerta que, para a tomada de medidas corretivas, será preciso que o Presidente da República "procure encontrar áreas de convergência e fuja das pessoas que procuram, através do Presidente da República, resolver os seus problemas económicos".

"Isso aconteceu com vários chefes de Estado que dirigiram este país e que foram induzidos em erros, e depois toda a culpa caiu sobre eles", assinalou.

Presidente da associação dos retalhistas, Aliu Seide em conferência de imprensa

 

Radio Voz Do Povo

Portugal, Angola e Moçambique vão receber este ano verbas da União Europeia (UE) para proteção dos oceanos, no âmbito da sustentabilidade das pescas e da economia azul, foi hoje anunciado na conferência "Os nossos oceanos", em Atenas.

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Por Lusa   16/04/24
 Oceanos? Portugal, Angola e Moçambique vão receber verbas da UE
Portugal, Angola e Moçambique vão receber este ano verbas da União Europeia (UE) para proteção dos oceanos, no âmbito da sustentabilidade das pescas e da economia azul, foi hoje anunciado na conferência "Os nossos oceanos", em Atenas.


A verba total anunciada pela UE para proteção dos oceanos -- de 3,5 mil milhões de euros -- vai financiar 40 compromissos de ação para 2024, segundo um comunicado do executivo comunitário.

Portugal vai receber um montante até 1,9 mil milhões de euros, que será dividido também com a Grécia, Espanha, Chipre e Polónia nos seus planos de recuperação e resiliência para apoiar investimentos e reformas nas pescas sustentáveis e aquicultura para o período 2020-2026.

A sustentabilidade das economias azuis será financiada, em Portugal e Itália, com uma verba até 130 milhões de euros, também para utilizar nos planos de recuperação e resiliência para apoiar investimentos nesta vertente.

Um outro montante, de 59 milhões de euros, destina-se a países da África Ocidental, 35 milhões de euros para Moçambique, 30 milhões para Angola e dez milhões para a Mauritânia.

A conferência "O Nosso Oceano" é um esforço internacional, lançado em 2014 e organizado anualmente por um governo diferente, com o objetivo de promover a governação mundial dos oceanos e ações de apoio à conservação marinha e ao desenvolvimento sustentável.

A iniciativa mobilizou desde então mais de 2,160 autorizações no valor de cerca de 130 mil milhões de dólares.

Segundo dados de Bruxelas, os oceanos e os mares cobrem 71% da superfície terrestre e são afetados pelo aquecimento global, as práticas insustentáveis, a pesca ilegal, a poluição e a perda de 'habitats' marinhos.

A Conferência sobre os nossos Oceanos visa intensificar os esforços coletivos para abordar estas questões. Reúne países de todo o mundo, a sociedade civil e a indústria para inspirar soluções conjuntas e apresentar compromissos ambiciosos para proteger os oceanos.



Leia Também: Guterres destaca papel de Portugal e de Costa na proteção dos oceanos 

Joana Cobde Nhanca líder do MSD em conferência de imprensa

 

Radio Voz Do Povo 

Caso 6 bilhões: Famíliares dos ex-governantes consideram de “sequestro”, as suas detenções

Bissau 16 Abr 24 (ANG) – Os familiares do antigo ministro das Finanças e do ex-Secretário de Estado do Tesouro, consideram hoje de “sequestro” a detenção dos dois deste 30 de Novembro de 2023, frisando que estão sendo feitos reféns do regime num contexto de total indiferença pelas leis dos direitos fundamentais.

O grito do socorro foi feito em nome das duas familias pela Tia do ex-Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro durante um encontro com a Liga Guineense dos Direitos Humanos para entre outros solicitar o maior empenho desta organização no caso.

Liga Guineense dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau e familiares dos antigos governantes detidos no caso de seis Bilhiões de francos CFA, exigem a justiça transparente e a libertação dos dois Suleimane Seide, Ministro da Economia e Finanças e o António Monteiro Secretário de Estado do Tesouro @Radio TV Bantaba

Raquel Pereira Borja disse que alguém deve fazer alguma coisa para os libertar uma vez que não fizeram nada de anormal se não pagar um dívida que o Estado contraiu ou seja uma prática recorrente com diferentes ministros das Finanças.

“Por isso responsabilizamos civil e criminalmente o poder político e judicial pelos eventuais danos que os dois possam ter, devido a privação arbitrária das suas liberdades e por isso pedimos aos juízes e magistrados deste país que cumpram com as leis e que libertem Suleimane Seide e António Monteiro  porque sabemos que estão injustamente detidos “, frisou Raquel Borja em nome das duas famílias.

Por seu turno, o vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Edimar Nhaga  disse que a sua organização sempre pugnou pela defesa dos direitos humanos e da legalidade democrática na Guiné-Bissau  e face essa situação dos ex-ministro das Finanças e Secretário de Estado do Tesouro a Liga tem acompanhado com muita preocupação o processo desde início.

Segundo ele, a organização efectuou várias deligências no sentido de poder inteirar realmente do que está a passar, salientando que neste particular, todos os prazos já foram largamente ultrapassados no que concerne a detenção destas duas figuras.

“Ou seja nunca existiu os requisitos que podiam levar a prisão preventiva destes dois governantes, digo isso porque os requisitos da prisão preventiva, acontecem em caso de perigo de fuga e da perturbação da investigação que está a deccorrer o que não se verificar no caso dos dois”, afirmou.

Edimar Nhaga   sublinhou que, aliás o ex-Secretário de Tesouro estava fora do país quando iniciou este processo, mas voltou para enfrentar a justiça.

Aquele responsável disse que enquanto defensores dos direitos humanos o que pedem nesta declaração conjunta é que se efectue a libertação dessas duas figuras ainda que seja condicionada para que possam aguardar o julgamento em liberdade, tendo exigido que a justiça seja célere e justa para ajudar na credibilização do próprio sistema judicial guineense face ao descredito total em que se encontra.

ANG/MSC/ÂC /@Radio TV Bantaba

Primeiro cartão SD com 4TB chega no próximo ano... No entanto, a Western Digital ainda não se pronunciou oficialmente sobre o preço.

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Notícias ao Minuto   16/04/24

A Western Digital, uma das empresas mais populares no que diz respeito a acessórios e componentes de armazenamento, anunciou que pretende lançar cartões SD de 4TB no próximo ano.

A empresa notou que este cartão SD será lançado como parte da marca SanDisk e que será comercializado para clientes que usem câmaras e computadores que recorram a vídeos de alta resolução.

Notar que a Western Digital ainda não avançou com o preço deste cartão SD.

A doença renal crónica na Guiné-Bissau tem vindo a aumentar, essencialmente provocada pela hipertensão e diabetes

A doença renal crónica na Guiné-Bissau tem vindo a aumentar, essencialmente provocada pela hipertensão e diabetes. AP - Shelby Lum
Por: Cristiana Soares RFI

A doença renal crónica na Guiné-Bissau tem vindo a aumentar, essencialmente provocada pela hipertensão e diabetes. Em 2023 foram registados 135 pacientes. No Hospital Nacional Simão Mendes está, em fase de preparação, uma unidade de hemodiálise, entretanto os doentes são enviado para o Senegal ou para Portugal. Fidalgo Raul Ferreira sublinha que a “doença renal é muito silenciosa” e, por causa disso, o paciente só se apercebe “quando está numa fase muito avançada".

A doença renal crónica na Guiné-Bissau tem vindo a aumentar, essencialmente provocada pela hipertensão e diabetes. Em 2023 foram registados 135 pacientes.

No Hospital Nacional Simão Mendes está, em fase de preparação, uma unidade de hemodiálise, mas enquanto se aguarda o início do funcionamento os doentes renais crónicos são enviado para tratamento para o Senegal, a custas do próprio, ou para Portugal, no âmbito de um protocolo entre os dois países.

Fidalgo Raul Ferreira, médico nefrologista no Hospital Simão Mendes, sublinha que a “doença renal é muito silenciosa” e, por causa disso, o paciente só se apercebe da doença “quando está numa fase muito avançada, onde o paciente está muito pálido, anémico, começa a ter edemas nos membros inferiores e superiores, náuseas, cansaço e pode até convulsionar. Mas, é uma doença assintomática no início.”

O especialista acrescenta que faltam aos guineenses hábitos de saúde:

Aqui os pacientes só fazem um check-up só quando têm sintomas, não têm hábitos de ir ao médico para fazer um check-up, um controlo. É uma questão de hábito.

Não temos o hábito de ir ao hospital para fazer um check-up, para saber qual é o problema, para corrigir desde o início, para evitar a doença.

A gente tem o hábito de ir ao hospital só quando tem uma febre ou quando tem um outro tipo de doença.

Mas, normalmente, a cada ano, temos que fazer um check-up para saber se temos um problema e corrigir desde o início, evitando a doença.

Como na Guiné-Bissau não se realizam sessões de hemodiálise, os doentes com insuficiência renal que precisam de hemodiálise são enviados ora para o Senegal, Dacar ou Ziguinchor, ora para Portugal. 

Não temos o serviço de hemodiálise ainda a funcionar e estamos a diligenciar para que isso funcione o mais rápido possível, mas até então não temos o serviço de hemodiálise para os pacientes iniciarem a hemodiálise. Já estão a preparar o local e posso dizer que já está quase. Estamos à espera de uma triagem.

Um paciente com doença renal crónica só pode fazer hemodiálise, é a única solução. E hemodiálise é três vezes por semana.

Se transferimos o paciente para Ziguinchor ou para Dacar é o paciente é paga. Mas se é transferido para Portugal, no âmbito da junta médica, não paga nada, porque é a cooperação que temos com Portugal.

Questionado sobre os hábitos que devemos ter para evitar a doença renal, Fidalgo Raul Ferreira é peremptório:

Evitar muito sal, hidratar sempre, beber muita água, sempre. Temos que aferir a pressão arterial, fazer uma dosagem de creatinina e exames de urina e medir a glicose.

É importante também fazer exercício físico, que é extremamente importante para manter um peso saudável, sabemos que o excesso de peso pode causar uma doença renal.

China apoia conferência de paz "reconhecida pela Rússia e Ucrânia"

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Por Lusa  16/04/24 
O Presidente chinês, Xi Jinping, transmitiu hoje ao Chanceler alemão, Olaf Scholz, o apoio de Pequim à "convocação atempada" de uma "conferência internacional de paz reconhecida pela Rússia e pela Ucrânia com a participação de todas as partes".

"A China encoraja todos os esforços que conduzam a uma resolução pacífica da crise e apoia a convocação atempada de uma conferência internacional de paz reconhecida pela Rússia e pela Ucrânia com a participação de todas as partes", disse Xi, numa reunião em Pequim, informou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado.

De acordo com a mesma nota, os dois líderes concordaram com a necessidade de "apoiar os princípios das Nações Unidas e opor-se ao uso de armas nucleares ou ataques contra alvos pacíficos ou instalações nucleares".

Também concordaram com a necessidade de "resolver adequadamente as questões de segurança alimentar" e "respeitar o Direito humanitário internacional".

Xi disse ainda que "todas as partes devem trabalhar em conjunto para restaurar a paz o mais rapidamente possível" e que "a paz e a estabilidade devem ser procuradas e os interesses egoístas devem ser postos de lado".

"A situação deve ser refreada e não deve ser acrescentado mais combustível ao fogo, devem ser criadas condições para que a paz possa ser restabelecida e o conflito possa ser impedido de se agravar ainda mais. Temos também de reduzir o seu impacto negativo na economia mundial", afirmou o líder chinês.

Xi sublinhou que "a China não é uma parte nem um participante nestas crises" e que "tem tentado promover as conversações de paz à sua maneira".

"Estamos dispostos a manter a cooperação com todas as partes, incluindo a Alemanha, a este respeito", acrescentou.

Desde o início dos combates na Ucrânia, a China tem apelado ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos os países", referindo-se à Rússia.

Pequim também procurou contrariar as críticas de que está a apoiar a Rússia na sua campanha na Ucrânia e apresentou um documento com 12 pontos sobre a disputa, que foi recebido com ceticismo pelo Ocidente, enquanto continua a aprofundar as suas trocas com Moscovo.

Uma das prioridades de Scholz, que termina hoje uma visita de três dias ao país asiático, foi sublinhar junto de Pequim a importância da China como mediadora em conflitos como a guerra na Ucrânia.



Leia Também: O Presidente da Ucrânia disse na segunda-feira no seu discurso à nação ter informações dos seus serviços de inteligência de que a Rússia tentará intensificar os seus ataques e ações ofensivas na frente nas próximas semanas e meses.  

A investigadora iraniana Ghoncheh Tazmini defendeu hoje que o Irão "não atacou Israel, apenas retaliou" e que Telavive deve parar por aqui para evitar uma escalada do conflito no Médio Oriente.

© Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images
Por Lusa  16/04/24

 "Irão não atacou, retaliou" e cabe a Israel parar aqui, diz investigadora
A investigadora iraniana Ghoncheh Tazmini defendeu hoje que o Irão "não atacou Israel, apenas retaliou" e que Telavive deve parar por aqui para evitar uma escalada do conflito no Médio Oriente.


Em declarações à agência Lusa, Tazmini, diretora de Investigação no Instituto Ravand de Estudos Económicos e Internacionais e que vive atualmente entre Portugal, Canadá e Reino Unido (tem tripla nacionalidade -- iraniana, portuguesa e canadiana), sublinhou que a "natureza da retaliação" de Teerão foi "muito comedida, muito calibrada e muito coreografada".

"A razão é que o objetivo não era militar, era uma demonstração política do princípio de que o Irão pode defender-se, ou deve defender-se (...) e isso explica por que o Irão continuou a invocar o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, que este é um ato de autodefesa e que opera no âmbito do direito internacional", prosseguiu a escritora, investigadora e conferencista independente.

Para Tazmini, se a comunidade internacional, como a União Europeia (UE) ou os Estados Unidos, tivesse condenado ou incriminado o ataque de Israel ao consulado do Irão em Damasco (a 01 deste mês), "em violação flagrante dos regulamentos e convenções de direito internacional", o Irão "teria repensado melhor a retaliação, porque teria entendido que não estava indefeso".

Prova disso é o facto de países como a "Turquia e outros" terem sido "notificados" da intenção de Teerão 72 horas antes, segundo a diretora de Investigação no Instituto Ravand de Estudos Económicos e Internacionais -- o primeiro grupo de reflexão iraniano independente, apartidário, privado, e não-governamental que se dedica a questões políticas importantes para o Irão.

Tal permitiu, sustentou, que Israel se preparasse para intercetar os 'drones' (aeronaves não tripuladas) e os mísseis balísticos e de cruzeiro, "o que sugere" que a ideia não era infligir danos cinéticos, mas sublinhar que o Irão tem o direito defender-se quando se encontra indefeso, após não haver incriminação do ato de agressão de Israel.

"A outra coisa é o facto de não ter havido vítimas civis, e essa não era a intenção, é uma prova disso", sublinhou a autora do livro "Power Couple -- Russian-Iranian Alignment In The Middle East", publicado já este ano no Reino Unido.

Nesse sentido, Tazmini lembrou as reuniões de emergência tidas sobretudo no Conselho de Segurança da ONU, cujo secretário-geral, António Guterres, afirmou "de forma inequívoca" que é altura de evitar ações que possam levar a uma escalada de um confronto militar sob múltiplas formas no Médio Oriente.

"Penso que o mundo está a perceber que isto pode resultar em algo enorme e que, claro, ninguém pode dizer: 'Israel, recue e não faça nada'. Mas penso que o facto de [o chefe da diplomacia britânica] David Cameron ter dito muito claramente que o ataque de Teerão foi uma dupla derrota e que não conseguiu infligir danos a Israel e que é uma influência maligna, pelo que não faz sentido realmente escalar é, de certa forma, dizer a Israel, 'está tudo bem, isso foi um fracasso para o Irão, não há necessidade de retaliar, não há necessidade de fazer disso uma retaliação, vamos recuar'", argumentou.

"Acho que essa é a mensagem. Penso que o potencial para que esta situação se transforme em algo de grande alcance, com consequências de longo alcance, serviu de impulso para vozes mais altas e vociferantes nos meios de comunicação social, nas organizações internacionais, e nas declarações feitas por funcionários de que precisamos de nos conter, precisamos de ser prudentes, precisamos de nos afastar da beira da destruição regional que tem implicações globais", acrescentou.

Para a também licenciada em Relações Interacionais pela Universidade de British Columbia e pela London School of Economics, de Londres, doutorada na mesma temática pela Universidade de Kent, a "tendência terá de passar por um abrandamento da escalada" e tentar levar Israel a diminuir a tensão e a "empacotar tudo" como Cameron defendeu.

"Isto é, encarar tudo como um fracasso. Com é um fracasso, não há necessidade de responder precisamente por ser um fracasso. Acho que este tipo de embalagem do cenário é, de certa forma, uma mensagem para Israel: 'Israel, vocês não perderam nada, então vamos evitar uma nova escalada, vamos deixar as coisas como estão e concluir esse capítulo'. Acho que esse é o sinal, essa será a trajetória futura", afirmou.

"É uma situação muito complexa, por isso gostaria de pensar em todos os ângulos", frisou Tazmini.



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