terça-feira, 20 de junho de 2023

Países da UE vão treinar 30.000 soldados ucranianos em 2023

© Wojciech Grzedzinski/Anadolu Agency via Getty Image

 POR LUSA   20/06/23 

Os países da União Europeia (UE) vão formar 30.000 soldados ucranianos em 2023, anunciou hoje o Ministério da Defesa da Ucrânia, numa altura em que o exército lançou uma contraofensiva destinada a libertar os territórios ocupados pela Rússia.

"Em 2023, no âmbito da missão de assistência militar da UE à Ucrânia, está prevista a formação de 30.000 membros das forças armadas ucranianas, incluindo soldados das forças de defesa territorial", afirmou o ministério num comunicado publicado na rede social Telegram.

"O objetivo estratégico é reforçar as capacidades das forças armadas ucranianas para a condução eficaz das operações, para a proteção da soberania, para a restauração da integridade territorial da Ucrânia, e para a proteção dos civis", adiantou.

O anúncio surge no mesmo dia em que a Comissão Europeia (CE) propôs uma reserva de 50 mil milhões de euros de apoio à recuperação da Ucrânia, 15 mil milhões de euros para gestão das migrações e 10 mil milhões para investimentos 'verdes' e tecnológicos.

"Estamos num mundo completamente diferente do de 2020, quando o orçamento plurianual da UE foi negociado", explicou hoje a presidente do executivo europeu, Ursula von der Leyen, numa conferência de imprensa em Bruxelas.

Trata-se das prioridades do executivo comunitário na proposta de orçamento da UE a longo prazo, até 2027, em que se prevê "uma reserva financeira de 50 mil milhões de euros para os próximos quatro anos, o que inclui empréstimos e subvenções" para a reconstrução da Ucrânia, após a guerra.

"A reserva proporcionará aos nossos parceiros na Ucrânia uma perspetiva flexível e previsibilidade e deverá também incentivar outros doadores a darem um passo em frente", acrescentou Ursula von der Leyen.

A chefe do executivo europeu notou ainda que o apoio financeiro será atribuído "de acordo com a evolução da situação no terreno".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


Leia Também: Reino Unido e EUA reafirmaram hoje o compromisso a longo prazo com a reconstrução da Ucrânia, antes de uma conferência em Londres para promover o investimento do setor privado no país."

FRANÇA: Macron junta 40 a 50 chefes de Estado em Paris em cimeira financeira

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POR LUSA    20/06/23 

A Cimeira para o Novo Pacto Financeiro, onde o presidente francês, Emmanuel Macron, espera chegar a acordo para um novo estímulo financeiro mundial, deverá juntar entre 40 e 50 chefes de Estado esta semana em Paris.

Fonte do Eliseu disse hoje num briefing com jornalistas, em que a Lusa participou, que "a ideia [da Cimeira] é perceber como cooperar em conjunto para dar um estímulo financeiro à economia mundial".

"Ninguém deve ter de escolher entre lutar contra a pobreza e lutar contra o aquecimento global", adiantou a mesma fonte.

De forma a facilitar este processo, a França quer promover uma reforma dos bancos de desenvolvimento multilaterais, assim como criar uma rede de estruturas regionais e nacionais para apoiar o desenvolvimento sustentável. 

O encontro internacional decorre entre quinta e sexta-feira, e contará com a participação de cerca de 100 delegações de diferentes países, dezenas de chefes de Estado e de Governo, e ainda de empresas multinacionais.

O tema do financiamento ao desenvolvimento interessa particularmente a África, com esta cimeira a contar com a presença de cerca de 20 chefes de Estado do continente, incluindo o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, mas também o Presidente do Senegal, Macky Sall e o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

Por muitos países estarem impedidos de se financiar devido à dívida externa acumulada, o Eliseu quer também reformar os instrumentos de financiamento, de forma a permitir aos Estados a possibilidade de investimento caso isso tenha um impacto importante na luta global contra o aquecimento global ou em resposta a fenómenos extremos, como os desastres naturais.

Para o Presidente francês, as dificuldades dos últimos anos na cooperação internacional, causadas pela covid-19 ou conflitos como a invasão da Ucrânia pela Rússia, levaram à "fragmentação da conversa" entre os diferentes atores políticos e devem agora ser ultrapassadas já que há objetivos comuns, especialmente ligados ao combate contra o aquecimento global.

As delegações devem sair de Paris na sexta-feira, com um roteiro que vai continuar a ser aprimorado nas próximas reuniões do G20, mas também da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas ou COP 28, que vai decorrer em dezembro no Dubai.

Os encontros terão lugar no Palácio Brongniart, no Palácio do Eliseu e nas sedes da UNESCO e da OCDE, que se situam na capital francesa.


Leia Também: O Presidente da República da África do Sul defendeu hoje o alargamento do diálogo entre África e os países-membros da NATO para uma paz mundial duradoura.

Macky Sall convida empresas portuguesas e promete travar desestabilização

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POR LUSA    20/06/23 

O Presidente senegalês, Macky Sall, convidou hoje as empresas portuguesas a trabalharem mais com o Senegal que, assegurou, não se deixará desestabilizar por ameaças à democracia e às instituições democráticas.

O percurso do Senegal desde a independência tem sido de "consolidação da democracia", que não será "desestabilizado seja qual for a origem dessas possíveis ameaças" à democracia e às instituições democráticas, disse Macky Sall, numa declaração, sem direito a perguntas, após uma audiência no Palácio de Belém com o seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado do Senegal, que iniciou hoje uma visita de dois dias a Portugal, afirmou mais do que uma vez o seu "comprometimento com a paz no mundo, os direitos humanos e a democracia", tema em que Marcelo Rebelo de Sousa também centrou a sua declaração.

Sobre a cooperação bilateral, tem sido "dinâmica" e os dois países estão ligados pela história mas também "pela defesa dos valores" por ambos apontados, disse o Presidente senegalês.

Macky adiantou que o Senegal vai a partir deste ano explorar gás e petróleo e elogiou o desempenho económico do país, tendo neste contexto garantido que "as empresas portuguesas são muito bem-vindas ao Senegal".

Este tema será mais detalhado na reunião com o primeiro-ministro, António Costa, referiu o líder senegalês, que mencionou como oportunidades setores como as infraestruturas, a saúde, o imobiliário, a energia e a educação.

O papel do Senegal como observador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi destacado pelos dois chefes de Estado nas declarações que fizeram, com Sall a destacar a importância das relações com a vizinha Guiné-Bissau e com Cabo Verde.

O chefe de Estado senegalês, que realiza a visita de Estado a convite do Presidente português, foi recebido por António Costa, no Palácio de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, incluindo a assinatura de instrumentos jurídicos antes de um almoço oferecido pelo chefe do executivo.

À noite, Marcelo Rebelo de Sousa oferece um jantar oficial a Macky Sall, no Palácio Nacional da Ajuda.

Na quarta-feira, a agenda do chefe de Estado senegalês inclui uma deslocação aos Paços do Concelho, onde receberá as chaves da cidade das mãos do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

Macky Sall segue depois para a Assembleia da República, onde terá um encontro com o presidente do parlamento, Augusto Santos Silva, antes de se realizar uma sessão solene em sua honra.

O Senegal tem registado uma forte agitação social, com manifestações após a condenação a dois anos de prisão do opositor e candidato declarado às presidenciais do próximo ano Ousmane Sonko, reprimidas pela polícia. Segundo as autoridades, 16 pessoas morreram nos protestos, no início do mês, mas a organização Amnistia Internacional aponta para 23 vítimas mortais.

O Presidente Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, mantém o silêncio sobre as suas intenções relativamente à eleição presidencial agendada para fevereiro de 2024, para a qual já se declararam cerca de 20 candidatos.

Os opositores consideram que Sall está impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato.


Leia Também: "A democracia é mais difícil do que a ditadura, porque vive do diálogo"

A Rede Oeste Áfricana Para Edificação de Paz na Guiné-Bissau desafia o PAI-TERRA RANKA liderada pelo PAIGC a assumirem às suas responsabilidade para com o povo, nos próximos 4 anos.

Na sua mensagem quinzenal, Denise Dos Santos  Indeque, lembrou que,  o povo confiou o PAIGC mais uma vez a oportunidade de implementar a sua missão que, não conseguiu desde os primórdios da Independência devido as sucessivas instabilidades políticas.


© Radio TV Bantaba

Bissau identifica a partir de hoje, até 23 as profissões promissoras de crescimento econômico na Guiné-Bissau, no quadro do Programa Regional de Formação Profissional em parceria com a UEMOA.


©Radio Voz Do Povo

PRESIDENTE PARTICIPA DA REUNIÃO DO PROCESSO DE AQABA EM ESPANHA

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, na sua visita oficial a Córdoba, a convite do Rei da Jordânia, Abdullah II, e do Rei Filipe VI, de Espanha, participou hoje na ronda de reuniões no âmbito do Processo de Aqaba, dedicada a África Ocidental e a região do Sahel, com a participação de chefes de Estado de vários países.

O Processo de Aqaba é uma iniciativa do Rei da Jordânia que visa realizar reuniões internacionais com o objetivo de reforçar a cooperação internacional no combate à radicalização e ao terrorismo.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Donald Trump afirmou que se permanecesse no cargo como presidente dos EUA, Putin não teria invadido a Ucrânia e, caso o fizesse, teria "acabado com a guerra em 24 horas".

© Brandon Bell/Getty Images

Notícias ao Minuto     20/06/23 

 Trump afirma que atrasou "a invasão da Ucrânia durante vários anos"

Donald Trump afirmou que se permanecesse no cargo como presidente dos EUA, Putin não teria invadido a Ucrânia e, caso o fizesse, teria "acabado com a guerra em 24 horas".

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou que atrasou a invasão da Rússia durante vários anos, depois de dizer ao presidente russo para não realizar a invasão ao território ucraniano.

"Eu conversei com ele e disse 'se fizer isso, vai ser um inferno para pagar. Vai ser uma catástrofe. Não faça isso'", declarou Trump, durante uma entrevista à rede norte-americana Fox News, citada pela Sky News.

Donald Trump afirmou que se permanecesse no cargo como presidente dos EUA, Putin não teria invadido a Ucrânia e, caso o fizesse, teria "acabado com a guerra em 24 horas".

"Tenho um relacionamento muito bom com Putin. Quero dizer, não falo com ele há muito tempo, mas tenho um relacionamento muito forte com Putin", assumiu.

De recordar que, em fevereiro, Donald Trump criticou a gestão da crise na Ucrânia pelo seu sucessor Joe Biden, assegurando que o chefe de Estado russo "nunca" agiria da mesma forma com a sua administração.

"Se gerida corretamente, não havia absolutamente nenhuma razão para que a situação se precipitasse na Ucrânia", disse o ex-presidente dos Estados Unidos da América em comunicado.

"Eu conheço Vladimir Putin muito bem, e ele nunca teria feito sob o governo Trump o que ele está a fazer agora, de forma nenhuma!", acrescentou Trump, após o presidente russo ter recebido hoje autorização do Senado para enviar tropas para duas áreas separatistas da Ucrânia.

A proximidade de Donald Trump com Vladimir Putin foi alvo de fortes críticas da oposição durante o seu mandato.

A ofensiva militar lançada em fevereiro do ano passado pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 481.º dia, 9.083 civis mortos e 15.779 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Como os oligarcas russos amigos de Putin se protegem das sanções?


Ucrânia. Rússia avisa que retaliará contra ataques de Kyiv à Crimeia

© Getty Images

POR LUSA   20/06/23 

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, avisou hoje que Moscovo retaliará se as forças armadas ucranianas bombardearem a península da Crimeia com mísseis de longo alcance Storm Shadow e sistemas de lançamento de foguetes HIMARS.

"Segundo os nossos dados, a liderança das Forças Armadas ucranianas está a planear lançar ataques contra o território da Federação Russa, incluindo a Crimeia", disse Shoigu, referindo-se à península que a Rússia controla desde 2014, mas de cuja soberania a Ucrânia não abdica.

O ministro advertiu que o uso deste tipo de armamento em áreas que teoricamente não se enquadram no que a Rússia chama de "operação militar especial" implicaria uma resposta imediata das forças russas. 

O ministro russo frisou também que tal ofensiva, a acontecer, "confirmaria o envolvimento total dos Estados Unidos e do Reino Unido, fornecedores dos mísseis, no conflito", segundo a TASS.

Shoigu confirmou ainda a intensificação dos ataques ucranianos nas regiões de Donetsk e Zaporijia.

Moscovo estima que as forças ucranianas lançaram "263 ataques contra posições russas" desde 04 deste mês , embora o ministro tenha alegado que "o adversário não atingiu os seus objetivos", ao contrário do que é afirmado por Kyiv.


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Submarino que visitava destroços do Titanic desapareceu em zona remota onde "é complexo realizar buscas"

 Autoridades estão a utilizar todos os meios disponíveis para tentar localizar a embarcação que desapareceu no domingo com cinco pessoas a bordo. 

Os destroços do Titanic estão quase quatro mil metros abaixo da superfície e 1500 quilómetros ao largo de Massachusetts, no oceano Atlântico. 


GUERRA NA UCRÂNIA: Risco de Putin usar armas nucleares táticas "é real", afirma Biden

© REUTERS/Jonathan Ernst

Notícias ao Minuto    20/06/23 

O presidente russo confirmou, no final da semana passada, a transferências das primeiras armas nucleares táticas para a Bielorrússia, garantindo que "até ao final do ano, teremos concluído completamente este trabalho ".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a ameaça do presidente russo, Vladimir Putin, de usar armas nucleares táticas é "real", dias depois de denunciar a implantação de tais armas na Bielorrússia, revelou a agência Reuters.

O presidente norte-americano afirmou, no sábado, que o anúncio de Biden de que havia implantado as suas primeiras armas nucleares táticas na Bielorrússia foi "absolutamente irresponsável".

"Quando eu estava aqui, há cerca de dois anos a dizer que estava preocupado com a seca do rio Colorado, toda a gente olhou para mim como se fosse louco. Olharam para mim da mesma forma quando eu disse que me preocupo com o risco de Putin usar armas nucleares táticas. É real", terá dito Biden, na Califórnia, esta segunda-feira.

Na semana passada, o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, deu conta de que o seu país já começou a receber as armas nucleares táticas anteriormente prometidas por Moscovo.

"Temos já mísseis e bombas que recebemos da Rússia", confirmou em entrevista à televisão estatal russa, aqui citadas pela Sky News. Nesse momento, o líder bielorrusso afirmou ainda que algumas destas armas são três vezes mais potentes do que as bombas atómicas que os Estados Unidos lançaram sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945.

Entretanto, na sexta-feira, Putin confirmou a transferências das primeiras armas nucleares táticas para a Bielorrússia, numa intervenção no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, garantindo que "até ao final do verão, até ao final do ano, teremos concluído completamente este trabalho".

De recordar que a transferência de armas nucleares táticas russas para o país vizinho foi anunciada em março por Putin e pelo homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko.

Estas primeiras entregas parecem ter sido aceleradas, depois de Putin ter afirmado, há uma semana, que o destacamento teria lugar em julho, segundo a AFP.

Putin disse que se trata de uma medida de dissuasão para "aqueles que estão a pensar em infligir uma derrota estratégica à Rússia".

Reiterou que as armas nucleares só podem ser utilizadas pela Rússia se houver uma ameaça à integridade territorial, à independência, à soberania e à existência do Estado russo.

"As armas nucleares foram criadas para garantir a segurança e a existência do Estado russo. Mas não há necessidade" de recorrer a elas, disse, segundo a agência espanhola EFE.

Putin considerou que todos os debates em torno desta possibilidade "baixam o limiar para a utilização destas armas".

A Rússia tem "mais armas do que os países ocidentais" e é por isso que querem "forçar-nos a começar a discutir" a sua eventual utilização, disse.

"De maneira nenhuma", afirmou, ao mesmo tempo que destacou que o facto de a Rússia ter superioridade em armas nucleares "é uma vantagem competitiva" para o país.

Em 25 de março, Putin anunciou que Moscovo iria instalar armas nucleares táticas na Bielorrússia, um país vizinho da União Europeia (UE), alimentando o receio de uma escalada do conflito na Ucrânia.

O anúncio suscitou críticas da comunidade internacional, em especial do Ocidente, dado que Putin tem levantado a possibilidade de usar armas nucleares desde que mandou invadir a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

As chamadas armas nucleares táticas podem causar danos imensos, mas a capacidade de destruição é mais limitada do que o das armas nucleares estratégicas.


Leia Também: As Forças Armadas da Ucrânia indicaram hoje que derrubaram mais de 30 aparelhos aéreos não tripulados ('drones') lançados pela Rússia durante a madrugada acusando Moscovo de uma agressão de "grande escala".

DIPLOMACIA: Presidente senegalês recebido por Marcelo e Costa em visita de Estado

© Lusa

POR LUSA   20/06/23 

O Presidente senegalês, Macky Sall, inicia hoje uma visita de dois dias a Portugal, tendo previstos encontros com o seu homólogo, Marcelo Rebelo de Sousa, e com António Costa, sendo também recebido com uma sessão solene no parlamento.

O chefe de Estado senegalês, que realiza a visita de Estado a convite do Presidente português, será recebido hoje de manhã com honras militares, na Praça do Império, onde passará revista à guarda de honra, antes de depor uma coroa de flores no túmulo de Luís de Camões, no Mosteiro dos Jerónimos.

Segundo a agenda da visita, divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, segue-se um encontro com Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio de Belém, com declarações à comunicação social.

Depois, Macky Sall encontra-se com António Costa, no Palácio de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, onde ambos assinarão instrumentos jurídicos, seguindo-se um almoço oferecido pelo chefe do executivo.

À noite, Marcelo Rebelo de Sousa oferece um jantar oficial a Macky Sall, no Palácio Nacional da Ajuda.

Na quarta-feira, a agenda do chefe de Estado senegalês inclui uma deslocação aos Paços do Concelho, onde receberá as chaves da cidade das mãos do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

Macky Sall segue depois para a Assembleia da República, onde terá um encontro com o presidente do parlamento, Augusto Santos Silva, antes de se realizar uma sessão solene em sua honra.

O Senegal tem registado uma forte agitação social, com manifestações após a condenação a dois anos de prisão do opositor e candidato declarado às presidenciais do próximo ano Ousmane Sonko, reprimidas pela polícia. Segundo as autoridades, 16 pessoas morreram nos protestos, no início do mês, mas a organização Amnistia Internacional aponta para 23 vítimas mortais.

O Presidente Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, mantém o silêncio sobre as suas intenções relativamente à eleição presidencial agendada para fevereiro de 2024, para a qual já se declararam cerca de 20 candidatos.

Os opositores consideram que Sall está impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato.


Leia Também: Há denúncias de homicídios por civis que colaboram com polícia do Senegal

Ucrânia: Kiev, Lviv e Zaporíjia foram alvo de ataques russos durante a noite

 SIC Notícias   20/06/23 

As Forças Armadas ucranianas avançam que os sistemas de defesa antiaérea de Kiev derrubaram 28 dos 30 drones lançados durante a noite. Em Lviv foram ouvidas explosões e em Zaporíjia os alvos foram infraestruturas de telecomunicações e propriedades agrícolas.

A Ucrânia voltou a ser alvo de ataques russos, na madrugada desta terça-feira, que atingiram regiões de leste a oeste do país. A capital, Kiev, terá sido atingida por drones e em Lviv e Zaporíjia ouviram-se explosões. Na maior parte do país, os alertas de ataque aéreo soaram durante várias horas.

Segundo as Forças Armadas ucranianas, os sistemas de defesa antiaérea de Kiev derrubaram 28 dos 30 drones de fabrico iraniano, que foram lançados durante a noite. Até ao momento não se conhece a extensão dos danos, mas pensa-se que o ataque não tenha provocado vítimas.

“Cerca de 20 alvos inimigos foram identificados e destruídos pelo nosso sistema de defesa antiaéreo no espaço aéreo em redor de Kiev”, escreveu no Telegram Serhiv Popko, responsável pelo exército na capital. “É mais um ataque aéreo massivo à capital.”

Em Lviv – a cidade mais próxima da fronteira com a Polónia, um país da NATO – foram ouvidas várias explosões durante a noite. Os ataques terão atingido “infraestruturas críticas”, tendo desencadeado um incêndio.

Já em Zaporíjia, o chefe da administração militar da região avança que os bombardeamentos russos tiveram como alvo infraestruturas de telecomunicações e propriedades agrícolas.

As forças militares apontam para o lançamento de sete mísseis em direção à região de Zaporíjia. Até ao momento não há vítimas ou feridos confirmados.

Os ataques surgem depois da Ucrânia ter anunciado a reconquista de oito aldeias, que tinham sido tomadas por forças russas, no âmbito da operação contraofensiva lançada este mês.

EUA lamentam pedido do Mali para retirada das forças de paz da ONU

© iStock

POR LUSA   20/06/23 

Os Estados Unidos lamentam o pedido da junta do Mali para a retirada imediata da missão de paz no país (Minusma), referiu esta segunda-feira o Departamento de Estado, apelando a uma saída "ordenada e responsável" dos 'capacetes azuis'.

Washington lamenta "a decisão do governo de transição do Mali de revogar o seu consentimento à Minusma", destacou o porta-voz da diplomacia norte-americana, Matthew Miller, em comunicado.

"Estamos preocupados com os efeitos desta decisão nas crises de segurança e humanitária que afetam o povo do Mali", acrescentou, garantindo que Washington mantém o seu "total apoio" à Minusma e ao seu líder El Ghassim Wane.

"A retirada do Minusma deve ser ordenada e responsável, dando prioridade à segurança dos pacificadores e malianos", insistiu o porta-voz, apelando à junta para respeitar os seus compromissos para uma transição democrática até março de 2024.

O governo do Mali pediu na sexta-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) a retirada "imediata" da missão de paz no país, que tem cerca de 12.000 soldados e polícias, num momento em que faltam duas semanas para a votação da renovação do seu mandato.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali, Abdoulaye Diop, falou perante o Conselho de Segurança e avaliou que a Minusma "se tornou parte do problema" do país e que tem despertado "grande desconfiança" entre a população e o governo.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, recomendou a extensão da missão por um ano, concentrando-a, com números constantes, num número limitado de prioridades.

Mas o representante especial da ONU no Mali destacou também na sexta-feira que vê a continuidade da missão de paz naquele país como "quase impossível".

Numa breve declaração perante o Conselho de Segurança, El Ghassim Wane lembrou que todas as missões de paz da ONU são estabelecidas e operam "com base no consenso" com as autoridades do país.

O Conselho de Segurança marcou uma reunião para o dia 29 deste mês, data que ainda se mantém, justamente para votar a renovação da missão, que opera no Mali desde 2013 e cujo mandato é renovado por períodos de um ano.

Embora a relação tensa entre a Minusma e o governo do Mali fosse conhecida, o pedido para a retirada causou surpresa entre os Estados-membros que votarão o futuro da missão, pois a maioria dos países tinha formulado o seu desejo de renovar o mandato.

A atividade da Minusma durante a sua década de implementação não foi capaz de reduzir todas essas tensões cruzadas ou proporcionar estabilidade política.

De facto, o país sofreu dois golpes de Estado consecutivos (em 2020 e 2021) e agora é governado por uma junta militar, que se tem aproximado da Rússia, através dos mercenários do grupo Wagner.


Leia Também: Referendo à nova Constituição no Mali? Resultados conhecidos 4.ª-feira

ONU assinala hoje Dia Mundial do Refugiado e destaca poder da inclusão

© Lusa

POR LUSA   20/06/23 

A Organização das Nações Unidas assinala hoje o Dia Mundial do Refugiado, destacando este ano o poder da inclusão, estando também previstas em Portugal iniciativas de organizações não-governamentais para debater o tema e homenagear pessoas refugiadas.

Proclamado em 2000, o Dia Mundial do Refugiado é assinalado pelo Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, focando os temas do poder da inclusão e soluções para refugiados.

Em Portugal, o JRS - Serviço Jesuíta aos Refugiados e a Plataforma de Apoio aos Refugiados organizaram um evento em torno do tema "Solidariedade sem fronteiras, um mundo sem barreiras", que se realiza ao final da tarde no 'campus' de Campolide da Universidade Nova de Lisboa.

Entre os dois painéis de debate sobre a importância da solidariedade na Europa, participam personalidades como a secretária de Estado da Integração e das Migrações, Isabel Rodrigues, a investigadora da faculdade de Direito da Universidade Nova, Emellin de Oliveira, representantes de outras organizações não-governamentais e pessoas refugiadas.

Em Cascais, a Associação Helpo vai entregar 64 cabazes alimentares a famílias ucranianas, sírias e afegãs refugiadas no concelho.

O Instituto Camões organiza um evento no Centro Cultural Português em Luanda, Angola, com uma exposição de produtos produzidos por refugiados e a exibição do filme "As Nadadoras", que conta a história da nadadora olímpica Yusra Mardini que, em 2015, fugiu da Síria com a irmã e atravessou o mar Egeu num bote com dezenas de refugiados para chegar à Europa.

O Dia Mundial do Refugiado foi proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em dezembro de 2000, com o objetivo de realçar a coragem, os direitos, as necessidades e a resiliência dos refugiados.


Veja Também: 


  • O que é um refugiado?  Existem vários estatutos para quem deixa o seu país, a sua casa, em busca de uma vida melhor. Qual é a diferença entre estes termos refugiado, requerente de asilo, migrante e deslocado interno?

segunda-feira, 19 de junho de 2023

PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM ESPANHA / CÓRDOBA PARA PARTICIPAR NO “AQABA PROCESS MEETING”

A convite de Sua Majestade Abdullah II, Rei da Jordânia, e Sua Majestade Filipe VI, Rei de Espanha, para participar na reunião“Aqaba Process”.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

UNICEF: Número de crianças deslocadas atinge recorde de 43,3 milhões globalmente

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POR LUSA   20/06/23 

O número de crianças deslocadas a nível mundial chegou a 43,3 milhões em 2022, novo recorde estimado pela UNICEF, que calcula que a guerra na Ucrânia tenha levado à fuga de mais de dois milhões de menores.

De acordo com um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o número de crianças deslocadas dos seus lares duplicou na última década, superando a capacidade de inclusão e proteção das crianças refugiadas e deslocadas.

A propósito do Dia Mundial do Refugiado, hoje assinalado, a UNICEF refere que, de 43,3 milhões de crianças que estavam em situação de deslocamento forçado no final do ano passada, quase 60% (25,8 milhões) foram deslocadas internamente devido a conflitos e violência.

Também eventos climáticos extremos, como as cheias no Paquistão e a seca no Corno de África, resultaram em mais 12 milhões de deslocamentos de crianças ao longo de 2022.

"O número de crianças forçadas a fugir das suas casas tem aumentado a um ritmo alarmante há mais de uma década e a nossa capacidade global de resposta está sob forte pressão", afirma a diretora executiva da UNICEF, Catherine Russell, citada em comunicado.

"Este aumento reflete o impacto dos conflitos, crises e desastres climáticos em todo o mundo, mas também mostra a resposta insuficiente de muitos Governos para garantir que todas as crianças refugiadas e deslocadas internamente possam continuar a aprender, manter-se saudáveis e a desenvolver todo o seu potencial", acrescentou.

Além dos mais de dois milhões de crianças ucranianas que tiveram de deixar o país, a invasão russa obrigou ainda mais de um milhão de menores a deslocar-se internamente.

A UNICEF apela aos Governos que não deixem nenhuma criança para trás, exortando ao reconhecimento das crianças refugiadas, migrantes e deslocadas como "crianças em primeiro lugar", e que lhes forneçam vias seguras e legais para se movimentarem, procurarem asilo e reunirem-se com as suas famílias.

Entre os apelos, o Fundo das Nações Unidas pede ainda aos executivos o reforço dos sistemas nacionais de educação, saúde, proteção infantil e proteção social para que sejam incluídas sem discriminação; e que se invista em sistemas nacionais de proteção infantil para melhor proteger as crianças em movimento em risco de exploração e violência, especialmente as crianças não acompanhadas.


Leia Também:  O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, considerou esta segunda-feira que o "Estado maléfico não dispõe das fortificações ou reservas para travar a Ucrânia", fazendo referência à Rússia. E deixou ao povo ucraniano uma promessa: que a contraofensiva que está já em andamento vai ser bem


Leia Também: Unicef em "choque" com a morte de crianças no naufrágio no Mediterrâneo

Ocupantes de submarino podem sobreviver "várias horas", mas há problemas... Veículo com cinco pessoas a bordo partiu para visitar os restos do Titanic e desapareceu.

© Reprodução OceanGate Expeditions

Notícias ao Minuto   19/06/23 

O submarino que levava cinco pessoas a visitar os restos do Titanic, e que desapareceu nesta segunda-feira, poderá ainda ser encontrado, garantiu um especialista à cadeia televisiva canadiana NTV.

Larry Daley, especialista sobre o naufrágio do Titanic, admitiu que os mergulhos em águas profundas são perigosos, mas mostrou-se confiante nas melhorias que a tecnologia teve nos últimos anos.

"O mergulho com submersível em profundidade é muito perigoso, mas é muito 'hi-tech'. E a cada ano que passa, o equipamento fica melhor, a tecnologia fica melhor. Por isso, estou muito esperançoso. Estou muito positivo", disse Daley.

O especialista - que já participou neste tipo de viagens - acrescentou ainda que os ocupantes do submarino podem, ainda, sobreviver dentro do mesmo "durante várias horas", se "a manutenção do navio for feita corretamente". Recorde-se que a embarcação tem oxigénio suficiente para 96 horas.

Por sua vez, David Pogue, um repórter da cadeia televisiva CBS que viajou no submersível no ano passado, falou à BBC sobre os problemas que os envolvidos estarão, atualmente, a enfrentar. Neste momento, "não há como" comunicar com o navio, pois nem o GPS nem o rádio "funcionam debaixo de água", esclareceu Pogue.

"Quando a nave de apoio está diretamente sobre o submarino, eles podem enviar mensagens curtas de texto para frente e para trás. Claramente, não estão a chegar respostas nenhumas", continuou, lamentando que os passageiros não têm forma de escapar do submarino, uma vez que para isso é necessária uma equipa externa.

Entre os passageiros deste submarino está o empresário e explorador Hamish Harding, conforme afirmou a sua família. Mas a lista de 'celebridades' a bordo não fica por aí. Também dentro da embarcação estão o piloto francês Paul-Henry Nargeolet e o chefe executivo e fundador da OceanGate Expeditions, empresa responsável por estas excursões, Stockton Rush.

Desaparecimento

O navio de apoio que acompanhava o submarino deixou de receber respostas da embarcação quando navegava a cerca de 1.600 quilómetros do estado do Massachusetts, apenas 1 hora e 45 minutos após o início da viagem.

A Guarda Costeira dos EUA em Boston deu, então, início às operações de busca, que contam com o apoio de um navio da Guarda Costeira canadiana e uma aeronave militar. 

David Concannon, um porta-voz da empresa responsável pelo envio destes submarinos turísticos, disse que a OceanGate perdeu contacto com a embarcação na manhã de domingo, quando tinha suficiente oxigénio para 96 horas. A partir das 22h desta segunda-feira (hora de Lisboa), o submarino terá ainda entre 70 e 96 horas de oxigénio restantes, disse a Guarda Costeira norte-americano.

Tal traduz-se numa situação em que, no melhor cenário, os cinco tripulantes têm oxigénio suficiente até à noite da próxima sexta-feira.

"Estamos profundamente gratos pela ampla assistência que recebemos de várias agências governamentais e empresas de alto mar nos nossos esforços para restabelecer o contacto com o submersível", acrescentou.

Que submarino é este?

O submarino em questão da OceanGate tratar-se-á do Titan, uma embarcação feita com fibra de carbono, com um comprimento de 6,7 metros, 10.432 quilos de peso e uma capacidade de mergulhar até 4.000 metros de profundidade. É, por isso, o único da empresa capaz de levar os visitantes até aos destroços do Titanic, que se encontram a 3.800 metros de profundidade.

Segundo a BBC, costuma levar, nestas viagens, um comandante, três visitantes e um "especialista". A OceanGate dedica-se a organizar estas excursões para visitar os destroços, que duram oito dias, divididos em cinco etapas. As viagens podem custar até 229.000 euros por pessoa.

Destroços

Os destroços do Titanic, que naufragou em 1912, com 2.200 passageiros e tripulantes a bordo, estão a 3.800 metros de profundidade e a cerca de 600 quilómetros da costa de Terra Nova, no Canadá. Desse naufrágio resultaram mais de 1.500 mortes, 


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França, Bélgica, Chipre, Estónia e Hungria assinaram, esta segunda-feira, uma carta de intenção para a compra conjunta de sistemas de defesa aérea Mistral, produzidos pela empresa francesa MBDA, disseram à Reuters duas fontes familiarizadas com a matéria.

© Reuters

Notícias ao Minuto   19/06/23 

Cinco países europeus assinam carta para compra de sistemas Mistral

O acordo revela os esforços bem-sucedidos de Paris em convencer os seus aliados da União Europeia a terem mais em consideração os sistemas de defesa fabricados pelos países do bloco.

França, Bélgica, Chipre, Estónia e Hungria assinaram, esta segunda-feira, uma carta de intenção para a compra conjunta de sistemas de defesa aérea Mistral, produzidos pela empresa francesa MBDA, disseram à Reuters duas fontes familiarizadas com a matéria.

O acordo revela os esforços bem-sucedidos de Paris em convencer os seus aliados da União Europeia a terem mais em consideração os sistemas de defesa fabricados pelos países do bloco, em vez de procurarem no exterior, como defendido pela Alemanha no âmbito da sua iniciativa denominada 'Escudo Celestial Europeu'.

As fontes citadas pela Reuters adiantaram que a carta foi assinada no princípio de um encontro de ministros europeus da Defesa em Paris, destinado a coordenar esforços entre os países para reforçar as capacidades de defesa aérea em todo o continente, na sequência da invasão russa sobre a Ucrânia.

A decisão surge depois de, em outubro passado, a Alemanha ter anunciado um plano, em coordenação com 14 aliados da NATO, para a compra de sistemas dos Estados Unidos e de Israel, numa tentativa de proteger o território aliado de ataques de mísseis na sequência do conflito na Ucrânia.

Desde então, 17 países, incluindo os Estados Bálticos, Reino Unidos e vários países do leste europeu, que tradicionalmente recorrem aos Estados Unidos para obter material militar, já aderiram a essa iniciativa.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Segundo os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), quase nove mil civis morreram e mais de 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno.


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Horrores da guerra de trincheiras capturados em imagens virais de operações especiais ucranianas

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O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, desafiou hoje em Acra o continente africano a apostar nos quadros que forma e que são "sugados" pelos países europeus, concluindo que África investe na Europa em vez de investir em si.

© Reuters

POR LUSA    19/06/23 

 PM são-tomense diz que a Europa "suga" os quadros africanos

O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, desafiou hoje em Acra o continente africano a apostar nos quadros que forma e que são "sugados" pelos países europeus, concluindo que África investe na Europa em vez de investir em si.

"Somos o continente mais jovem. Hoje em dia, a Europa aspira todos os nossos quadros, todos os que gastam dinheiro numa escola pública ou numa universidade para se formarem, a Europa fica com eles. Estamos a investir na Europa", afirmou Patrice Trovoada, quando intervinha numa sessão das Reuniões Anuais do Banco Africano de Exportação e Importação (Afreximbank).

"Por isso, temos de dar esperança aos nossos jovens, aos nossos gestores, para que fiquem nos nossos países. Temos de continuar a investir nos jovens e na educação", reforçou.

Trovoada, que participou com outros chefes de Estado, de Governo e representantes de chefes de Governo, avançou três questões que África deve cumprir.

Sendo a primeira questão a aposta na educação e na criação de condições para os que os quadros africanos não sejam atraídos pelos países europeus, a segunda assenta no desenvolvimento tecnológico.

"Em segundo lugar, temos um acelerador de desenvolvimento sob a forma de tecnologia e que são a inovação e a digitalização. Não podemos perder este ciclo", defendeu.

"E a terceira é a necessidade de preservar, porque apesar de tudo, apesar de toda a exploração de que temos [África] sido vítimas, no que diz respeito ao ambiente, ainda somos a zona mais bem preservada. E precisamos de a preservar", sustentou.

Patrice Trovoada considerou que essa preservação "deve ser negociada pelo valor mais alto".

"Ou seja, preservar e obrigar aqueles que destruíram o planeta a pagar muito mais para que possamos continuar a preservá-lo", afirmou.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro são-tomense criticou o Fundo Monetário Internacional por "alterar as suas próprias regras", a propósito da guerra na Ucrânia.

"Sabemos como são as nossas relações com o FMI. Mas o FMI mudou as suas regras por causa da guerra na Ucrânia. Antes, o FMI não intervinha em países em conflito. Mudaram as regras. Agora estão a apoiar a Ucrânia", disse.

Outro desafio que Trovoada lança a África é que o continente entenda qual o seu papel e como se deve preparar para o consolidar.

"Precisamos de pensar e saber qual é o nosso lugar no mundo.Mas ao sabermos onde nos inserimos, também precisamos de ter consciência do nosso poder. E está na altura de trabalharmos em conjunto, pelo que reforçar o Afreximbank ou qualquer outro banco africano que tenha a mesma visão como banco é uma obrigação.É uma necessidade de recursos", salientou, destacando a necessidade de reforçar a bancarização no continente.

Patrice trovoada invocou a facilidade que representam atualmente os vários sistemas de pagamento existentes.

"É vital que existam muitas mais instituições financeiras africanas fortes, porque os bancos estrangeiros em África, atualmente, nem sequer analisam o risco. Analisam o 'compliance' e isso está a tornar-se cada vez mais crítico para nós, porque eles dizem que somos bancos com acionistas europeus ou americanos e que temos o nosso 'compliance'. É mais um problema de risco de investimento em África", vincou.

Nesse sentido, disse que uma das questões relacionadas com os recursos não é apenas a banca, "mas também a domiciliação dos lucros e dos recursos".

"Porque na indústria extrativa aceitamos que o investidor estrangeiro que entra possa recuperar esses custos. Mas e depois? Porque não domiciliamos uma parte dos lucros, nem que seja uma parte deles em África, para ajudar o nosso setor privado nacional? É possível. Esse dinheiro dos lucros reforçará ainda mais a nossa economia", acrescentou.


O Afreximbank, instituição financeira pan-africana criada em 1993, está reunido em Acra, capital do Gana, até esta quarta-feira para debater, entre outros temas, a continuação da consolidação da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA, na sigla em inglês).

Em Acra assinala-se ainda o 30.º aniversário do Afreximbank, criado sob os auspícios do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e financiador dos governos africanos e empresas privadas no apoio ao comércio intra-africano.

A reunião decorre sob o tema "Concretizar a visão: Construir a prosperidade para os africanos", e centra-se no comércio africano, no financiamento do comércio e em questões de desenvolvimento, incluindo a aplicação da AfCFTA.


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HIGIENE: Pela sua saúde, lave os sutiãs regularmente (mesmo que não pareçam sujos)... Uma dermatologista explica tudo.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   19/06/23 

Com que frequência lava os sutiãs? É algo que deve fazer com mais regularidade do que pensa já que tem consequências muito negativas. Foi isso que Leah Ansell, uma dermatologista, explicou no Huffpost, agregador de blogues. 

Então, a consequência negativa mais óbvia é, segundo a médica, o facto de aumentar significativamente o risco de infeção quando as bactérias esfregam na pele.

Por exemplo, "as infeções fúngicas são comuns debaixo do peito", acrescenta. Fungos - como o Candida - gostam de locais escuros e húmidos. "É por isso que são comuns nessa zona" e as infeções podem ser agravadas pelo "uso de sutiãs se não forem lavados corretamente" e com frequência. 

Além disto, a lavagem é importante porque limpa o sutiã de detritos, "como pele morta que esfolia naturalmente, sujidade e suor", acrescentou.

Já Laura Burke, 'stylist' de vestuário íntimo e especialista certificada em sutiãs da Fit by Burke, nos Estados Unidos, explicou que o calor natural que o corpo liberta altera efetivamente a forma do sutiã. Com as lavagens consegue manter a forma natural da peça. 

É que o "o calor do nosso corpo afeta o tecido". Isto significa que é mesmo importante garantir que os sutiãs 'descansem' entre utilizações.

Outro facto a ter em conta está relacionado com os sutiãs de aros. "Quando o tecido que cobre o metal se desgasta e o metal fica exposto, mesmo que não seja completamente visível, pode causar alergias", alertou Laura Burke.

Aliás, mais especificamente, "os metais expostos dos sutiãs podem, de facto, causar dermatite de contacto irritante ou dermatite de contacto alérgica". 

Tendo isto em conta, o ideal, segundo a 'stylist', é fazer uma lavagem a cada três ou quatro utilizações. Já quando se fala de sutiãs de desporto a recomendação muda e devem ser lavados a cada utilização. 


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FRANÇA: Um gole e 17 segundos. Macron bebe cerveja de 'penálti' e gera polémica... Momento protagonizado pelo presidente francês está a dividir opiniões. Veja as imagens.

© Reprodução Twitter

Notícias ao Minuto   19/06/23 

O presidente francês, Emmanuel Macron, está a agitar as águas em França, depois de ser filmado a beber uma garrafa de cerveja com jogadores de rugby do Toulouse após a equipa conquistar o título da liga nacional, no sábado, no Stade de France, em Saint-Denis.

Tal como mostra um vídeo divulgado nas redes sociais, no balneário, o chefe de Estado de França recebe uma garrafa de Corona, sendo instado a beber a cerveja num só gole. 

Macron precisou de apenas 17 segundos para esvaziar a garrafa, entre gritos dos jogadores e da equipa técnica do Toulouse.

Contudo, as imagens não agradaram a todos e houve quem criticasse o presidente francês, como foi o caso da deputada ambientalista Sandrine Rousseau. "A masculinidade tóxica na liderança política numa imagem", escreveu a deputada na rede social Twitter. 

Segundo escreve a AFP, também algumas associações e médicos especializados no combate às dependências criticaram o presidente, considerando que este deveria dar um "exemplo de comportamento saudável".

Mas nem todos concordaram. Houve também quem saísse em defesa do presidente, defendendo que Macron estava apenas a partilhar a alegria da equipa e a participar nas suas tradições.

De realçar que a polémica surge poucos meses depois de Emmanuel Macron ter sido filmado a beber uma cerveja durante uma festa em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, após uma visita diplomática a quatro países centro-africanos. A visita do chefe de Estado francês à República Democrática do Congo surgiu numa altura em que se registam conflitos no leste do país. 


ONU adota tratado histórico para proteção dos oceanos

© iStock

POR LUSA   19/06/23 

As Nações Unidas (ONU) adotaram hoje o primeiro tratado para a proteção do alto mar, um acordo histórico alcançado após anos de debates e negociações e que permitirá o estabelecimento de áreas marinhas protegidas em águas internacionais.

O texto, que foi finalizado após um longo processo de negociações, foi formalmente aprovado hoje em Nova Iorque após ser revisto e traduzido para os seis idiomas oficiais das Nações Unidas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou a adoção do acordo, classificando-o como uma demonstração da força do multilateralismo.

"O oceano é a alma do nosso planeta e hoje vocês deram-lhe uma nova vida e uma oportunidade", disse Guterres aos Estados-membros da ONU.

"Ao agir para combater as ameaças ao nosso planeta que vão além das fronteiras nacionais, vocês demonstraram que as ameaças globais merecem uma ação global e que os países podem unir-se para o bem comum", acrescentou.

A adoção ocorreu por consenso, sem necessidade de votação, e foi aplaudida de pé pelos representantes dos Governos, que comemoraram a conclusão do longo processo.

Embora a decisão de hoje ponha fim às negociações na ONU, o novo tratado não entrará em vigor até que pelo menos 60 países o tenham assinado e ratificado.

O texto será aberto para assinatura na sede das Nações Unidas a partir de 20 de setembro e Guterres já pediu hoje aos Governos que não demorem.

"Isso é fundamental para responder às ameaças enfrentadas pelo oceano e para o sucesso das metas relacionadas ao oceano da Agenda 2030 e do Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal", observou.

Com base no legado da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, este acordo fortalece significativamente a estrutura legal para a conservação e uso sustentável da biodiversidade marinha em áreas fora das jurisdições nacionais.

O tratado fornece uma estrutura essencial para a cooperação intersetorial entre os Estados e outras partes interessadas para promover o desenvolvimento sustentável dos oceanos e os seus recursos, assim como para combater as múltiplas pressões que enfrenta.

Grupos ambientalistas insistem há anos que este tratado é vital para salvar os oceanos, ameaçados pela poluição, pela crise climática e pelas novas tecnologias que abrem as portas para a mineração no fundo dos mares e a pesca mais intensiva.

O alto mar - as águas situadas a mais de 200 milhas náuticas das costas - representam dois terços do total dos oceanos e até agora foram administrados sob uma série de acordos e organizações internacionais sem uma jurisdição clara, sem muita coordenação e com regulamentos inadequados para a sua proteção.

Entre outras coisas, o novo tratado lança as bases para o estabelecimento de áreas marinhas protegidas, o que deve facilitar o cumprimento da promessa internacional de salvaguardar pelo menos 30% dos oceanos até ao ano de 2030.

Além disso, garante que o impacto ambiental das atividades em águas internacionais seja levado em consideração e facilite a cooperação entre países em tecnologia marinha.

Também cria um quadro para a partilha dos benefícios do mar, especialmente tudo o que está relacionado com os recursos genéticos marinhos - espécies que podem fornecer genes patenteáveis no futuro, para uso medicinal, por exemplo.

Nessa questão, colidiram os interesses de alguns países ricos, que são os que têm maior capacidade de aproveitar esses avanços, e os dos Estados em desenvolvimento, que temem ser excluídos, naquela que foi uma das últimas questões a serem fechadas na maratona de negociações.