sábado, 25 de março de 2023

Armas nucleares russas na Bielorrússia marcam "outra escalada"

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POR LUSA  25/03/23 

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, defendeu hoje que a colocação de armas nucleares táticas da Rússia na Bielorrússia marca "outra escalada do conflito" na Ucrânia, invadida pelos russos.

Numa entrevista à agência EFE em Santo Domingo, República Dominicana, à margem da Cimeira Ibero-Americana, Josep Borrell disse que o anúncio feito hoje pelo Presidente russo, Vladimir Putin, é também "mais um sinal da colaboração do regime ditatorial da Bielorrússia com a Rússia".

"Demonstra que temos razão quando tomamos medidas contra o regime da Bielorrússia", quando se adotam sanções, acrescentou.

Josep Borrell recordou que hoje é o Dia Internacional da Solidariedade com a Bielorrússia, que se assinala desde as "eleições fraudulentas", lembrando que há mais de 1.500 prisioneiros políticos naquele país.

"A Bielorrússia é uma sociedade nas garras de um regime completamente cativo da sua aliança com Moscovo, e a implantação de armas táticas na Bielorrússia só aumenta esse grau de dependência desse regime que a UE já sancionou e combate apoiando as forças bielorrussas" que lutam na frente dele, acrescentou.

Perante isto, sublinhou, é preciso continuar a fazer "mais do mesmo": "manter as sanções, manter a pressão, manter o apoio à oposição bielorrussa, apoiá-la financeira e politicamente, tudo o que podemos fazer, mas temos que continuar a fazê-lo".

Putin anunciou hoje um acordo com a Bielorrússia para a implementação de armas nucleares táticas naquele país que faz fronteira com a Ucrânia, defendendo que tal não viola os pactos nucleares existentes.

O presidente russo referiu que em 01 de julho estará concluída a construção de um depósito especial para colocar aquelas armas no território bielorrusso.

O governo do Reino Unido reconheceu no início da semana ter intenção de fornecer munições com urânio empobrecido às Forças Armadas da Ucrânia, suscitando assim críticas dos russos, que alertam até para uma possível escalada do conflito na Europa de Leste.

Londres, no entanto, defendeu a decisão, argumentando que esse tipo de munição nada tem a ver com armas nucleares e afirmou que não demonstrou afetar negativamente a vida das pessoas ou o meio ambiente, um ponto que Moscovo rejeita e até instou as autoridades britânicas a testar a referida munição em território britânico.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 395.º dia, 8.317 civis mortos e 13.892 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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ANTÓNIO COSTA: Divergências com Presidente não abalaram relações "de forma alguma"

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POR LUSA  25/03/23 

O primeiro-ministro, António Costa, declarou hoje que as divergências sobre política interna não abalaram "de forma alguma" as suas relações com o Presidente da República e considerou até que não terá havido relações "tão escorreitas" nos últimos 50 anos.

António Costa falava em conferência de imprensa conjunta Marcelo Rebelo de Sousa, durante a 28.ª Cimeira Ibero-Americana, em Santo Domingo, na República Dominicana, que estava nesse momento quase a terminar os seus trabalhos.

Questionado sobre as suas relações com o chefe de Estado, o primeiro-ministro respondeu: "Se mesmo quando não temos pontos de vista coincidentes na política interna a relação pessoal é boa, em matéria de política externa, onde as posições são absolutamente coincidentes, a relação só podia ser melhor ainda".

Respondendo a uma questão sobre se a posição do Presidente sobre o pacote de medidas do Governo para a habitação abalou as relações entre os dois, António Costa declarou: "Eu só posso falar por mim: não abalou de forma alguma".

Creio que nestes quase 50 anos de Democracia não deverá ter havido algum momento onde as relações entre Governo e Presidente da República [foram] tão fluidas, tão escorreitas, tão normais, eu diria até com progressiva amizade

Em seguida, o primeiro-ministro referiu que Portugal tem "um sistema político onde o Presidente da República é eleito diretamente pelos cidadãos, representa o conjunto dos cidadãos portugueses e, portanto, tem uma função política própria", enquanto "o Governo resulta daquilo que são os resultados eleitorais para a Assembleia da República, responde politicamente perante a Assembleia da República e segue o seu Programa do Governo".

António Costa enquadrou as "divergências políticas sobre casos concretos" como algo "absolutamente normal", que "tem a ver com as funções próprias de cada um" e concluiu que, "portanto, não há nenhuma anormalidade".

"Agora, nós não temos nem um regime presidencialista onde quem governa é o Presidente da República, nem temos um regime parlamentar onde o Presidente da República não tem uma intervenção política", realçou.

"Temos um sistema sofisticado, é verdade, mas que tem funcionado bem ao longo dos anos e, passe a imodéstia - creio que o senhor Presidente da República poderá subscrever a mesma imodéstia - eu creio que nestes quase 50 anos de Democracia não deverá ter havido algum momento onde as relações entre Governo e Presidente da República [foram] tão fluidas, tão escorreitas, tão normais, eu diria até com progressiva amizade", acrescentou.

António Costa lembrou que tem com o Presidente da República "uma relação muito anterior" às funções que agora exercem e que os dois se conhecem desde que foi aluno de Marcelo Rebelo de Sousa na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

"Ao longo da vida tivemos vários momentos de convívio, tivemos também alguns momentos de confronto quando o atual Presidente da República era líder da oposição e eu era ministro dos Assuntos Parlamentares", mencionou.

Segundo o primeiro-ministro, "nunca essas circunstâncias afetaram as relações pessoais".


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A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa assinou hoje com PNUD em representação do Governo o Projeto de Apoio aos Ciclos Eleitorais (2023-2025) num valor de 5,770,013 milhões.

  Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

A assinatura deste importante acordo entre as partes enquadra-se no apoio técnico e financeiro ao Governo da Guiné–Bissau para a realização das eleições legislativas marcadas para o dia 4 de junho do ano em curso e baseia-se em abordagem complementares que visam capacitar tanto as realizações reconhecidas na organização e gestão do processo eleitoral pela Guiné-Bissau.   

O Acordo assinado pela Ministra de Estado, Suzi Barbosa e pelo Representante Residente do PNUD, Tjark Martem Egenhoff tem três áreas de estratégicas principais, nomeadamente Capacidade, Inclusão e Paz.

A Chefe da Diplomacia anunciou que, o Governo vai garantir pela primeira vez o financiamento de 70% das eleições.

YEVGENY PRIGOZHIN: Rússia perdoa 5 mil prisioneiros que combateram no grupo Wagner

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 POR LUSA  25/03/23 

Mais de 5.000 prisioneiros russos foram perdoados pelos tribunais, depois de terem lutado como mercenários na Ucrânia, admitiu hoje Yevgeny Prigozhin, fundador do grupo Wagner.

Os presos foram perdoados, assim que os seus contratos de seis meses terminaram, afirmou Yevgeny Prigozhin, numa mensagem colocada no Telegram.

O responsável indicou que apenas 0,31%, daqueles que foram libertados após cumprirem o seu contrato, cometeram crimes ao regressar à Rússia.

"Posso dizer com segurança que reduzimos dez vezes as taxas de criminalidade na Rússia", sublinhou.

Ao justificar o recrutamento nas prisões russas, Prigozhin respondeu aos críticos que é melhor para mercenários ou condenados lutar na Ucrânia, "do que os seus filhos".

No início de fevereiro, Yevgeny Prigozhin anunciou que a sua companhia militar tinha parado de recrutar condenados, que, segundo outras fontes, foram perdoados pelo Kremlin antes de chegarem à frente.

O grupo Wagner teria recrutado cerca de 50.000 prisioneiros russos desde o início da guerra na Ucrânia, de acordo com a organização que zela pelos direitos dos prisioneiros, Rus Siadiaschi.

Segundo a ativista Olga Románova, no início do ano, restavam apenas cerca de 10.000 antigos prisioneiros na Ucrânia, já que os demais morreram, desapareceram, desertaram ou foram presos.

Recentemente, especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) alertaram que o recrutamento de prisioneiros, que ocorreria também em prisões localizadas nos territórios ocupados por tropas russas na Ucrânia, poderia constituir um crime de guerra.

Os especialistas da ONU asseguraram que estes recrutas das prisões sofreram frequentes ameaças e maus-tratos, por parte dos seus superiores, alguns deles publicamente como advertência aos seus colegas, enquanto outros que tentaram desertar foram executados.

O Estado-Maior ucraniano denunciou, em meados deste mês, que a Rússia enviou um comboio cheio de prisioneiros comuns aos territórios que controla na região de Donetsk para compensar as numerosas baixas sofridas no assalto à "fortaleza de Bakhmut".


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Francisco Pereira Coutinho, da Nova School of Law, esteve este sábado em direto na CNN Portugal. Em análise, estiveram os últimos acontecimentos na guerra da Ucrânia, sobretudo, a iminente queda de Bakhmut que se tem vindo a prolongar no tempo e como parece estar a haver cada vez mais fricções entre as forças russas.


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Presidente da federação de futebol da Guiné-Bissau FFGB, Carlos Alberto Mendes Teixeira, "Caíto" deixa mensagem aos guineenses alusivo a quarta jornada de qualificação para o Campeonato Africano das Nações "CAN 2023" a disputar se no ano 2024, em Côte D'ivoire.

Jogo Guiné-Bissau vs Nigéria, "27.03.2023" as 16 horas. Nó estádio Nacional 24 de Setembro.

Cortesia-FFGB

Radio TV Bantaba

MIGRAÇÕES: Mais de 2.700 migrantes chegaram em 24 horas às costas do sul de Itália

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POR LUSA  25/03/23 

Mais de 2.700 migrantes chegaram às costas do sul de Itália nas últimas 24 horas, segundo as autoridades italianas, que relataram o desembarque de cerca de 2.000 pessoas só na ilha de Lampedusa.

Ainda segundo as autoridades, os abrigos para acolhimento de migrantes estão superlotados.

A Guarda Costeira anunciou ainda que localizou os corpos de sete pessoas após o naufrágio, na noite de sexta-feira, de duas embarcações perto da ilha de Malta, tendo dez migrantes desses naufrágios sido resgatados, de acordo com a imprensa local.

Itália e Malta viram o número de embarcações a cruzar o Mediterrâneo Central multiplicar-se este fim de semana.

Na margem sul, a Tunísia afirmou ter parado a partida de mais de 70 embarcações num período de grandes movimentações ininterruptas há semanas.

Em Lampedusa, 290 migrantes chegaram esta manhã cedo provenientes de sete embarcações resgatadas pela organização não-governamental (ONG) Louise Michel e pelas patrulhas da Guardia di Finanza, que tem poder de supervisão marítima.

Anteriormente, entre sexta-feira e hoje, mais de 1.700 pessoas chegaram à ilha em 43 desembarques diferentes que saturaram a capacidade de receção dos abrigos, com capacidade para 400, anunciou a câmara municipal de Agrigento após ter solicitado a transferência de um grupo de migrantes para outro porto.

No continente, na região da Calábria, chegaram na sexta-feira à tarde outros 550 migrantes, a maioria dos quais desembarcou em Crotone, a cidade onde há um mês morreram 89 pessoas em consequência de um naufrágio.

Por seu lado, as autoridades italianas atribuíram na sexta-feira o porto de Bari, sul do país, ao navio Geo Barents, da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), algumas horas após o salvamento de 190 migrantes no Mediterrâneo Central.

Outra embarcação, Life Support da ONG Emergency, resgatou 78 pessoas numa embarcação de borracha, incluindo 28 menores não acompanhados e uma mulher grávida.

Até agora este ano, mais de 20.000 migrantes desembarcaram nas costas italianas, mais de três vezes os 6.500 do mesmo período em 2022, de acordo com números oficiais.


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Por que a chama não produz sombra?

Você já se perguntou por que a chama de uma vela ou de um fósforo não produz uma sombra?

Bem, a explicação é simples. Basicamente, uma sombra é criada quando a luz é bloqueada, e uma chama, como a que acontece durante a queima de um fósforo, é uma reação química gasosa ocasionada por um processo de combustão.

Assim, uma chama não é sólida o suficiente (a menos que contenha muita fuligem de carbono) para bloquear a passagem da luz ambiente de modo a lançar uma sombra.

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Proibições contra atletas russos? "Vergonha", atira Medvedev... Antigo presidente da Rússia fala em decisões com motivações políticas.

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Notícias ao Minuto  25/03/23 

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, apontou o dedo ao Comité Olímpico Internacional (COI) e a outras organizações desportivas que proibiram a participação de atletas russos em competições. 

Numa entrevista à imprensa russa, o também antigo presidente defendeu que estas foram decisões politicamente motivadas e que são motivo de "vergonha".

"A não participação deles [desportistas russos] em competições obviamente decorre de decisões politicamente motivadas por organizações desportivas", começou por dizer, segundo cita a agência TASS.

"Que vergonha para eles. Refiro-me a todos, incluindo, naturalmente, o Comité Olímpico e a sua liderança", acrescentou.

O antigo chefe de Estado russo admitiu que o desporto no país passa por "momentos difíceis" e fala numa "provação" para os atletas.

"É uma provação tremenda para os atletas. É muito difícil preparares-te [para uma competição] e depois seres excluído por questões políticas", rematou.

Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022 e, desde então, que os desportistas russos e bielorrussos estão banidos da maioria dos eventos desportivos.

Em janeiro, o COI propôs um roteiro para o regresso destes atletas sob bandeira neutra, na condição de "não terem ativamente apoiado a guerra" - algo duramente criticado pela Ucrânia.

O presidente francês, Emanuel Macron, cujo país vai acolher os Jogos Olímpicos em 2024, já disse que vai pronunciar-se pessoalmente sobre o assunto "no verão".


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ONU coloca Moçambique e Guiné-Bissau nos 10 países africanos mais pobre

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POR LUSA   25/03/23

A secretária-executiva adjunta da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) disse hoje que Moçambique e Guiné-Bissau estão entre os dez países mais pobres de África, chamando a atenção para a degradação da economia do continente.

"Hoje, 546 milhões de pessoas estão a viver na pobreza, o que é um aumento de 74% face a 1990", disse Hanan Morsy no final da 55ª conferência dos ministros das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico africanos, que decorreu esta semana em Adis Abeba, e na qual afirmou que Moçambique e Guiné-Bissau estão na lista dos dez países onde entre 60 a 82% da população é pobre, sem dar mais dados.

"Os choques globais têm um efeito de cascata nos mais pobres em África através da inflação que, em 2022, ficou nos 12,3%, o que é muito mais elevado do que os 6,7% registados a nível mundial", acrescentou a economista.

De acordo com as estimativas da UNECA, as famílias africanas gastam até 40% do rendimento familiar em produtos alimentares, pelo que o impacto da subida dos alimentos tem um "efeito mais severo em África, principalmente nos mais pobres", afirmou.

A forte dependência dos países africanos das importações tornou o continente vulnerável aos choques externos, vincaram os ministros, de acordo com o comunicado final da conferência, no qual se lê que 39 dos 54 países da região são importadores líquidos de produtos alimentares e que, em 2021, o continente exportou apenas 5,7 mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros) de petróleo refinado e importou 44 mil milhões de dólares (quase 41 mil milhões de euros), apesar de produzir mais do que consome.

As dificuldades resultantes das crises alimentares e energéticas juntam-se também à falta de espaço orçamental para imprimir medidas que possam fazer acelerar a recuperação da economia do continente, que deverá crescer menos de 4% este ano, abaixo do crescimento da população.

"Sair dos baixos níveis de rendimento e riqueza está a ser ainda mais difícil devido aos desafios das alterações climáticas, como se viu recentemente nas inundações em Madagáscar, Maláui e Moçambique", lê-se no comunicado, que lamenta também a crise da dívida pública neste país lusófono, que "pode minar todo o crescimento dos últimos 23 anos".

Os peritos e os ministros alertaram que os países africanos continuam a enfrentar uma queda das receitas, um aumento da dívida pública e um espaço orçamental cada vez menor, com o rácio da dívida a aumentar de 57,1% em 2019, para 64,5% no ano passado.

A conferência dos ministros africanos teve como tema 'Potenciar a Recuperação e Transformação de África para reduzir as desigualdades e as vulnerabilidades'.


Presidente da Duma propõe proibição das atividades do TPI na Rússia... Aliado de Putin que alterar legislação russa e punir qualquer um que dê assistência ao TPI.

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Notícias ao Minuto  25/03/23 

O presidente da Duma (câmara baixa do parlamento russo), Vyacheslav Volodin, propôs, este sábado, a proibição das atividades do Tribunal Penal Internacional (TPI), incluindo punições a qualquer assistência à instituição, após a emissão de um mandado de captura contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

"É necessário desenvolver emendas que proíbam qualquer atividade do TPI no nosso solo e prever penalidades para qualquer assistência ou apoio ao TPI", escreveu Volodin, no seu canal na rede social Telegram, segundo cita a agência TASS.

O aliado de Putin propôs ainda trabalhar para a conclusão de acordos bilaterais com países amigos, que também devem concordar em abster-se de qualquer cooperação com o TPI.

"O comandante supremo russo também deve ter o direito de tomar qualquer medida para proteger os nossos cidadãos de decisões tomadas por organizações internacionais que contradizem as normas constitucionais russas", acrescentou, usando os Estados Unidos como exemplo.

O porta-voz da Duma notou que Estados Unidos legislaram para impedir que os seus cidadãos fossem julgados pelo tribunal de Haia e que a Rússia deveria fazer o mesmo.

Recorde-se que o TPI emitiu um mandado de captura contra Putin, apontado como o alegado responsável "pelo crime de guerra de deportação da população (crianças) e transferência da população das zonas ocupadas na Ucrânia". Esta decisão não tem sido reconhecida por Moscovo.


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GUERRA NA UCRÂNIA: Ataque russo em Bakhmut praticamente "paralisado"

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Notícias ao Minuto   25/03/23

Além do "desgaste" das tropas de Moscovo, situação ter-se-á agravado por "tensões entre o ministério da Defesa russo e o Grupo Wagner".

O ataque da Rússia à cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, está "em grande parte paralisado", segundo avançou, este sábado, o Ministério da Defesa do Reino Unido.

"Isto, provavelmente, é resultado, principalmente, do desgaste extremo da força russa", refere a mais recente análise dos serviços secretos do Ministério da Defesa britânico, que ressalva que "a Ucrânia também sofreu pesadas baixas durante sua a defesa".

A tutela nota ainda que a situação da Rússia ter-se-á agravado por "tensões entre o ministério da Defesa russo e o Grupo Wagner, que contribuem com tropas no setor".

O Ministério da Defesa do Reino Unido acredita que Moscovo terá mudado o seu foco operacional para Avdiivka, ao sul de Bakhmut, e para Kremina-Svatove, no norte, áreas onde, "provavelmente, apenas aspira estabilizar a sua linha de frente" - o que "sugere" um retorno a um "design operacional mais defensivo após resultados inconclusivos das suas tentativas de conduzir uma ofensiva geral desde janeiro de 2023".

Recorde-se que Bakhmut tem sido o ponto mais quente na frente de batalha ucraniana há longos meses.

A Rússia iniciou a guerra contra a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, desconhecendo-se os números reais de baixas civis e militares.


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Nova Zelândia preocupada com violação de direitos humanos na China

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POR LUSA   25/03/23 

A chefe da diplomacia da Nova Zelândia expressou "viva" preocupação com a violação dos direitos humanos na China e crescentes tensões com Taiwan, numa reunião com o homólogo chinês.

A ministra Nanaia Mahuta, que se encontrou com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, expressou "profunda preocupação com a situação dos direitos humanos em Xinjiang e a deterioração dos direitos e liberdades em Hong Kong", de acordo com um comunicado hoje divulgado.

Mahuta, que visitou esta semana a China, expressou também a preocupação sobre as tensões crescentes no mar do Sul da China.

As relações entre a China e a Rússia também foram discutidas, tendo a ministra dos Negócios Estrangeiros dito que a Nova Zelândia "ficaria preocupada se fosse prestada ajuda letal de apoio à guerra ilegal da Rússia".

Wellington tinha anteriormente desafiado a China, o seu maior parceiro comercial, devido às informações sobre a repressão contra a minoria uigur na região noroeste de Xinjiang, na China.

A Nova Zelândia, juntamente com Washington, tinha também acusado Pequim de querer aumentar a sua presença militar no Pacífico.

Os 23,5 milhões de habitantes de Taiwan vivem sob a constante ameaça de invasão por Pequim, que vê a ilha como parte do seu território a recuperar um dia, se necessário pela força.

A demonstração de força de Pequim intensificou-se nos últimos anos sob a presidência de Xi Jinping e a invasão russa da Ucrânia fez aumentar os receios em Taiwan de que Pequim aja de forma semelhante.


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ALERTE DANGER: JOSÉ ZAMORA INDUTA S'ALLIE AUX JUNTES POUR ATTAQUER LES ETATS DE LA SOUS RÉGION

 www.news-afrique.com  25/03/2023

La  sous-région ouest-africaine est menacée de destabilisation avec le retour en force  des coups d'Etat,  financés par des cartels de la drogue et des réseaux criminels qui veulent s'emparer du pouvoir d'Etat afin de développer leurs activités et étendre leur influence. Va-t-on les laisser faire ou les freiner dans leurs desseins obscurs ?

Tour à tour, le Mali,  la Guinèe,le Burkina Faso ont subi  des coups de force qui ont renversé des règimes civils de Prèsidents , démocratiquement, élus. Le Mali et le Burkina ont même connu chacun deux coups d'Etat successifs qui causent aujourd'hui la faillite des deux États et la ruine de leurs populations. Malgré l'expérience chaotique de ces pays qui ont enregistré la rupture de l'ordre constitutionnel, les militaires d'autres pays sont tentés de suivre le même chemin de violence et de dèsordre.  C'est ainsi que la Guinèe-Bissau de l'intrépide Umaro Sissoco Embalò  a été le théâtre d'une tentative, heureusement,avortée d'une prise de pouvoir par la force. De peu, le Président Ambalo, à peine élu pour son premier msndat, a échappé à la mort, personnellement visé, attaqué dans son palais alors qu'il présidait le conseil des ministres.  Le cerveau de l'agression armée, José Zamora Induta, impliqué dans le trafic international de la drogue, toujours en cavale, est activement recherché dans son pays mais aussi par les services de renseignements américain, portugais, français et d'autres, à travers le monde. 

Aux dernières nouvelles, suvi de près comme son ombre,  il a quitté le Portugal pour le Mali, via, Casablanca, au Maroc.  L' officier fêlon, est engagé dans une opération de destabilisation qui ne se limite pas qu'à la Guinèe-bissau , parce qu'il est de connivence avec la rébellion casamançaise pour comploter contre le Sénégal. Tous les pays sont en état d'alerte face à la menace d'une prochaine agression armée et sont fins prêts à y faire face, énergiquement. 

En attendant, c'est une déclaration de guerre que José Zamora  Induta et ses soutiens des juntes guinéenne et malienne déclarent aux États dont ils veulent menacer la sécurité intérieure et extérieure. La filière de furniture des armes est remontée et clairement identifiée. Il n'y aura donc pas de surprises.

En Guinèe-Bissau déjà, plus de 1000 hommes de la CEDEAO , lourdement armés, sont déployés pour assurer l'intégrité du territoire national , protéger et défendre les frontières. 

Depuis qu'il a réussi à déjouer le coup d'Etat contre son régime et à échapper à la tentative d'assassinat contre sa personne, le Président Ambalo a renforcé, de manière drastique, sa protection en recrutant de nombreux gardes , armés jusqu'aux dents. 

L'homme d'Etat est réputé vigilant et prévoyant aussi  mais surtout a démontré à la face du monde qu'il remporte toutes ses batailles. Ses ennemis ne vont plus dormir.

Governo angolano refuta informação de envio de supostos “mercenários” para combater na Ucrânia

Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, e João Lourenço, Presidente de Angola, Luanda, 25 Janeiro 2023

VOA Português  24/03/23

Numa "Nota de Protesto, o Ministério das Relações Exteriores diz que "rejeita veementemente essas informações falaciosas que constituem uma vontade deliberada para manchar e desacreditar a boa imagem das autoridades angolanas ao mais alto nível".

O Ministério das Relações Exteriores de Angola (MREX) diz rejeitar a notícia diulgada nesta sexta-feira, 24, sobre o envio de mercenários nacionais para combater na Ucrânia ao lado da Rússia.

Numa "Nota de Protesto” enviada à imprensa, o departamento dirigido por Tete António "rejeita veementemente essas informações falaciosas que constituem uma vontade deliberada para manchar e desacreditar a boa imagem das autoridades angolanas ao mais alto nível".

Este posicionamento surge depois de o Ministério ter tomado conhecimento da notícia divulgada pela estação televisiva CNN-Portugal, segundo a qual o "Governo da República de Angola procedeu ao envio de mercenários angolanos para combater na guerra que opõe a Rússia e a Ucrânia, uma acção supostamente acordada durante a visita a Luanda de Sua Excelência Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa".

A diplomacia angolana ainda diz lamentar o facto de a CNN-Portugal não ter exercido o contraditório, "quando teve toda a possibilidade de o fazer" e manifestou “o seu desagrado junto das autoridades portuguesas perante o prejuízo causado por este acto irresponsável e reiterado da CNN-Portugal".

Para o Governo angolano, "esta acção da estação de televisão CNN-Portugal em nada abona o bom relacionamento entre a República de Angola e a República Portuguesa".

O MREX conclui que "Angola já foi vítima de mercenarismo nos primórdios da sua independência, tendo sempre condenado tais acções, tomando medidas enérgicas e exemplares para desencorajar práticas do género".

A origem

A notícia de que mercenários tinham sido contratados em Angola foi citada por vários meios de comunicação que se referiram a uma informação divulgada pelo portal Centro de Resistência Nacional (NRC), da Ucrânia, na quinta-feira, 23.

O site, que se apresenta como sendo "criado pelas Forças de Operações Especiais das Forças Armadas da Ucrânia para apoiar e coordenar aqueles que lutam pela libertação da nossa terra dos invasores russos", escreveu que "para cobrir as grandes perdas, os russos planeiam atrair ainda mais mercenários, cuja perda não causa tensão social na sociedade russa”.

"Sim, os ocupantes esperam atrair até dois mil mercenários da Bielorrússia", continuou o portal que indica a empresa de segurança GuardService, “a primeira empresa desse tipo na Bielorrússia e foi criada por um decreto especial de Alexander Lukashenko em 2019".

"Além disso, sabe-se que cerca de 100 mercenários de Angola chegaram à Federação Russa. A participação na guerra foi negociada pessoalmente pelo chefe do Ministro das Relações Externas da Rússia, Sergey Lavrov, durante sua visita ao país africano", conclui o portal.

Recorde-se que Angola absteve-se nas duas votações nas Nações Unidas que condenaram a invasão russo e votou a favor da resolução que condenou a anexação de territórios ucranianos pela Rússia.

O Governo de Angola tem feito vários apelos para o fim da guerra


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Resumo do triunfo da Guiné-Bissau frente a Nigéria do Grupo A de qualificação para a Taça das Nações Africanas (CAN2023) de futebol.


O jogo, da terceira jornada do grupo, disputado em Abuja, ficou decidido com o golo marcado, aos 29 minutos, por Mama Baldé a passe de Opa Sanganté.👇

© Alison Cabral


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After a shocking 1-0 defeat to Guinea-Bissau, Nigerians have reacted, advising the Super Eagles to ‘go to court’ if they are not satisfied with the result.

Nigeria lost 1-0 to the Djurtus of Guinea-Bissau who protected a 29th minute goal to claim all three points to go top of Group A.

Nigerians have since taken to social media to react to the loss, with some section of tweets telling the Super Eagles to seek redress in court


sexta-feira, 24 de março de 2023

PRESIDENTE RECEBE A ACADEMIA WUR-NAFA

O Chefe de Estado assinalou a primeira sexta-feira do Ramadão com a presença da Academia Wur-Nafa na Presidência da República.

Na ocasião, o Presidente Umaro Sissoco Emabló abordou o fenómeno das crianças talibés, reiterando que a proibição da mendicidade destas crianças é uma decisão irreversível.

© Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

PRESIDENTE DA REPÚBLICA FELICITA A SELEÇÃO NACIONAL DE FUTEBOL

“Parabéns DJURTUS, pela vitória contra a equipa nacional nigeriana.

A primeira etapa para o sonho que todos os guineenses alimentam, de conquistar o Campeonato Africano das Nações (CAN), está concretizada.

Este apuramento é mais uma demonstração da força, determinação e da tenacidade dos jovens guineenses. 

Faço votos que a equipa continue com a bravura e brio que a caracteriza e tenha novos e maiores êxitos neste campeonato.”

© Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

PERGUNTAS E RESPOSTAS: Por que consideram os EUA o TikTok uma ameaça de segurança?

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POR LUSA  24/03/23 

Os congressistas norte-americanos questionaram o diretor-executivo da rede social chinesa TikTok, Shou Zi Chew, sobre segurança de dados e conteúdo nocivo, tendo alguns deles defendido a proibição da popular plataforma digital de vídeos curtos nos Estados Unidos.

Chew, natural de Singapura, disse ao Congresso norte-americano que a TikTok tem como prioridade a segurança dos utilizadores, tentando evitar uma proibição da rede social nos Estados Unidos ao desvalorizar as ligações desta à China.

Tanto os representantes Republicanos como os Democratas questionaram agressivamente Chew sobre temas como as práticas de controlo de conteúdos da TikTok, os seus planos para uma eficaz segurança de dados e o seu historial de espionagem de jornalistas.

Eis algumas das preocupações expressas acerca da Tiktok e da sua proprietária chinesa:

POR QUE É QUE WASHINGTON CONSIDERA A TIKTOK UMA AMEAÇA?

A TikTok, que tem mais de 150 milhões de utilizadores norte-americanos, é uma subsidiária que é propriedade integral da empresa de tecnologia chinesa ByteDance Ltd., que nomeia os seus diretores.

A ByteDance está sediada em Pequim, mas registada nas Ilhas Caimão, como é comum em companhias privadas chinesas.

A sua sede fica no distrito de Haidian, no noroeste da capital chinesa, onde se situam também as principais universidades e um centro para 'startups' tecnológicas, mas tem outras duas sedes: em Singapura e Los Angeles, no Estado norte-americano da Califórnia.

Fundada pelo empresário chinês Zhang Yiming em 2012, estima-se que a ByteDance valha cerca de 220 mil milhões de dólares (cerca de 204 mil milhões de euros) -- quase metade da sua avaliação em 2021: 400 mil milhões de dólares (372 mil milhões de euros).

As empresas tecnológicas chinesas de capital público e as de capital privado, como a ByteDance, sofreram uma desvalorização acentuada desde que o Partido Comunista Chinês (PCC), no poder, apertou o controlo do setor, com medidas repressivas antimonopolistas e relativas à segurança de dados.

Os Governos ocidentais receiam que as autoridades chinesas possam obrigar a ByteDance a fornecer-lhes dados sobre os utilizadores norte-americanos da Tiktok, divulgando informações confidenciais.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, afirmou hoje que o Governo chinês nunca pediu nem pedirá a empresas para "recolherem ou fornecerem dados, informações ou informações confidenciais" de países estrangeiros, acrescentando que os Estados Unidos "não apresentaram, até agora, quaisquer provas de que a TikTok constitua uma ameaça para a segurança nacional norte-americana".

A ByteDance afirma que 60% das suas ações são propriedade de investidores não-chineses, tal como as empresas de investimentos norte-americanas Grupo Carlyle e Kohlberg Kravis Roberts e o grupo japonês SoftBank. Os trabalhadores são proprietários de 20% e os seus fundadores dos restantes 20%.

Mas alguns pormenores sobre a relação entre a TikTok e a ByteDance permanecem pouco claros, vistos de fora.

QUE LEGISLAÇÃO CHINESA PREOCUPA OS GOVERNOS OCIDENTAIS?

A Lei Nacional de Informações Secretas chinesa de 2017 estipula que "qualquer organização" deve ajudar ou cooperar com o trabalho dos serviços secretos do Estado, ao passo que uma outra, a Lei de Contraespionagem de 2014, estatui que "organizações relevantes (...) não podem recusar-se" a recolher provas para uma investigação.

Uma vez que a ByteDance, que é proprietária da Tiktok, é uma empresa chinesa, é provável que tenha de cumprir estas leis se as autoridades chinesas lhe pedirem para entregar os dados na sua posse.

Leis e regulamentos são apenas um dos aspetos do abrangente controlo do PCC, para cujos poderes não existem limites legais.

As autoridades também podem ameaçar cancelar licenças, realizar inspeções operacionais ou fiscais e usar outras penalizações para obrigar ao cumprimento das normas pelas empresas chinesas ou estrangeiras a operar na China.

O partido transmite, por vezes, ordens usando "instruções de orientação" ou comunicação informal em privado e tem recorrido a medidas de repressão para aumentar o controlo sobre as empresas de tecnologia e obrigá-las a alinhar-se com os seus objetivos, além de obter um controlo mais direto colocando membros seus em conselhos de administração.

A TIKTOK TEM DE ENTREGAR DADOS CONFIDENCIAIS SE O GOVERNO CHINÊS O EXIGIR, MESMO COM O "PROJETO TEXAS"?

A TikTok comprometeu-se a proteger os dados dos utilizadores norte-americanos armazenando-os em servidores operados por uma empresa externa, a Oracle Corp., naquilo que ficou conhecido como "Projeto Texas".

Chew, o diretor-executivo da Tiktok, afirmou que todos os dados dos novos utilizadores norte-americanos são armazenados nos Estados Unidos e que a empresa deverá acabar de apagar este ano dados norte-americanos mais antigos de servidores que não a Oracle.

O receio é que a ByteDance possa ter de entregar informação que obteve da Tiktok se receber ordens para o fazer das autoridades chinesas, mas Chew disse que o Projeto Texas colocará os dados norte-americanos fora do alcance da China.

A ByteDance revelou em dezembro que quatro funcionários acederam aos dados sobre jornalistas e pessoas com eles relacionadas enquanto tentavam perceber como informação sobre a empresa tinha sido divulgada.

Chew disse aos congressistas norte-americanos que os trabalhadores da ByteDance sediados na China podem ainda ter acesso a alguns dados norte-americanos, mas que esse deixará de ser o caso assim que o Projeto Texas estiver concluído.

Em novembro, o diretor de privacidade da TikTok para a Europa indicou que alguns funcionários na China tinham acesso a informação sobre utilizadores no Reino Unido e na União Europeia.

O PCC TEM ALGUMA INFLUÊNCIA NA BYTEDANCE?

Na audiência, os congressistas tentaram repetidamente que Chew falasse sobre se existe alguma relação entre a ByteDance e os governantes comunistas chineses, mas ele deu sempre respostas evasivas sobre se os trabalhadores e os diretores da empresa são membros do PCC.

"Sei que o próprio fundador não é membro do Partido Comunista, mas desconhecemos a orientação política dos nossos empregados, porque isso não é coisa que lhes perguntemos", declarou Chew.

Quando questionado sobre se a ByteDance é, na prática, controlada pelo PCC, Chew disse discordar.

Depois de um congressista afirmar que o PCC detém uma "percentagem das ações" (uma "golden share") da ByteDance, que lhe permite ter um assento no conselho de administração da empresa, Chew respondeu: "Isso não está correto".

Na China, as chamadas "golden shares" propriedade de fundos de investimento oficiais são uma forma de Pequim obter maior controlo sobre os negócios, concedendo-lhe 1% das ações das empresas.

Quando os congressistas sustentaram que o PCC detém ações da ByteDance, o que lhe dá direito de voto quanto à forma como a empresa é gerida, Chew respondeu: "O Partido Comunista não tem direito de voto na ByteDance".

A principal subsidiária chinesa da ByteDance é detentora das licenças de algumas das suas plataformas de vídeo e informação que apenas se destinam ao mercado chinês.

O QUE É A DOUYIN E QUAL É A RELAÇÃO DA TIKTOK COM ELA?

A Douyin é a plataforma de vídeos curtos da ByteDance para o mercado chinês; é semelhante à Tiktok, mas o seu conteúdo é restringido pelas normas de censura chinesas, que proíbem material considerado subversivo ou pornográfico -- um ponto enfatizado pelos congressistas norte-americanos preocupados com conteúdos nocivos vistos por jovens.

Os extensos filtros de internet do PCC impedem que a maioria dos utilizadores na China vejam a TikTok, e a ByteDance disse que a TikTok "não tem vinculação" à Beijing ByteDance Technology Co., a subsidiária que opera a Douyin, a Toutiao, uma plataforma de notícias e pequenos vídeos, e outros serviços.

COMO REAGIU A CHINA AO TESTEMUNHO DO DIRETOR-EXECUTIVO DA TIKTOK EM WASHINGTON?

A maior parte das reações nas redes sociais na China foram de empatia com Chew, elogiando-o pela forma como lidou com as perguntas hostis com que foi confrontado.

Comentários na Douyin e na plataforma de 'microblogging' Weibo criticaram os membros do Congresso norte-americano por fazerem a Chew perguntas capciosas ou "rasteira", e muitos comentadores usaram um provérbio chinês que significa "Se queres acusar alguém, há sempre uma maneira de o fazer".


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O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló afirmou hoje que doravante nenhuma criança do sexo feminino deve ser dada em casamento e avisou que quem o fizer será responsabilizado pelo Estado.

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POR LUSA  24/03/23 

 Embaló quer fim de casamento de crianças do sexo feminino

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló afirmou hoje que doravante nenhuma criança do sexo feminino deve ser dada em casamento e avisou que quem o fizer será responsabilizado pelo Estado.

Sissoco Embaló falava para um conjunto de fiéis muçulmanos que rezaram com o chefe de Estado na Presidência da República, naquela que foi a primeira reza de sexta-feira do mês muçulmano de Ramadão.

Após esclarecer a sua ordem de proibir a mendicidade de crianças no país, o Presidente abordou a questão do casamento de crianças do sexo feminino que tem sido uma prática em várias comunidades islâmicas da Guiné-Bissau.

"Não aceitem o casamento de ninguém. Quem vos der em casamento não aceitem, podem vir falar com o Presidente", disse Umaro Sissoco Embaló ao dirigir-se a um grupo de crianças do sexo feminino que rezaram pela primeira vez no quintal do Palácio da República, em Bissau.

Após perguntar pessoalmente a cada uma das crianças o seu nome, idade e se anda na escola oficial, Umaro Sissoco Embaló convidou-as a negarem qualquer intenção de casamento.

"Quem vos falar em casamento digam-lhe que não querem porque querem ir para a escola", afirmou Embaló.

Sendo mais claro nas suas palavras, o Presidente guineense disse que a partir de agora "acabou essa coisa do casamento de crianças com 14, 15, 17 ou 20 anos".

"As crianças têm de ir para a escola. Na Guiné-Bissau a escola oficial é em português, mas não impedimos ninguém de mandar a sua criança para a escola corânica", observou Sissoco Embalo, que quer ver as crianças a formarem-se como médicas, engenheiras ou advogadas.

"Olhem-me para estas crianças, bonitas como são, e alguém pensa em dá-las em casamento. Não podemos continuar a aceitar isso", referiu o Presidente guineense.

Quanto à questão dos talibés, crianças em processo de aprendizagem do Corão, mas que acabam na mendicidade nas ruas de Bissau ou de Dacar, no Senegal, Umaro Sissoco Embaló voltou a assinalar que o fenómeno "tem de acabar" na Guiné-Bissau.

O Presidente guineense avisou que o mestre corânico que mandar qualquer criança para mendigar nas ruas de Bissau "vai ter problemas com o Estado" e que a ordem que deu ao ministro do Interior "é mesmo para cumprir".

Sobre as reações de alguns líderes religiosos que se manifestaram contra a sua ordem, Umaro Sissoco Embaló afirmou que aqueles não estão a respeitar a religião islâmica, que preconiza o respeito pela vida humana.

Por ser de confissão islâmica, Embaló disse ter autoridade moral para abordar e determinar o fim de fenómenos como casamento ou a mendicidade de crianças no país.

"Se fosse outro Presidente a tomar estas medidas podiam dizer o que o fez porque não é muçulmano", observou Umaro Sissoco Embaló.


Leia Também: ONU apoia ciclo eleitoral da Guiné-Bissau com 5,3 milhões

ONU apoia ciclo eleitoral da Guiné-Bissau com 5,3 milhões

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POR LUSA   24/03/23 

As Nações Unidas vão apoiar a Guiné-Bissau com 5,3 milhões de euros no âmbito do Projeto de Apoio ao Ciclos Eleitorais, entre 2023 e 2025, hoje assinado com o Governo guineense.

"Este acordo é muito mais do que o financiamento de eleições. É um acordo de transição para a plena soberania na gestão eleitoral" guineense, afirmou o representante do Programa das Nações Unidas de Apoio ao Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau, Tjark Egenhoff.

Segundo o representante do PNUD, o projeto estará centrado no reforço institucional, mas também na educação cívica e os valores democráticos.

"Sempre acreditei que a democracia não é apenas um sistema de governo, é um modo de vida. Trata-se de dar às pessoas a liberdade de escolherem os seus líderes e de os responsabilizar", disse Tjark Egenhoff.

"Trata-se de garantir que todos os cidadãos e cidadãs tenham direitos e oportunidades, independentemente da sua origem, género ou estatuto. A ambição democrática está ancorada na profunda convicção da liberdade do ser humano enquanto fundamento de convivência feliz. E temos de praticar essa liberdade, e não somente reivindicá-la", salientou o representante do PNUD.

Tjark Egenhoff destacou também que o "acordo é uma demonstração clara do compromisso do Governo, da sociedade civil e da comunidade internacional em apoiar a ambição democrática dos guineenses".

"Trata-se de dar ferramentas aos cidadãos da Guiné-Bissau para assumir o controlo do seu destino", disse.

O projeto será centrado em três áreas, nomeadamente o reforço da capacidade e preparação da Comissão Nacional de Eleições, na inclusão, através da melhoria de participação e representação de mulheres, jovens, idosos, pessoas com necessidades especiais e populações rurais e outras marginalizadas, e na redução de tensões e disputas.

O representante do PNUD salientou que os três pilares do acordo são "imperativos para o sucesso do processo eleitoral".

"Ao construir capacidade nas instituições eleitorais, trabalhamos para que elas estejam equipadas para assumir plenamente a condução do processo eleitoral. Promover a inclusão significa que todos os cidadãos participam e fazem ouvir as suas vozes, especialmente as mulheres, que têm sido sub-representadas apesar da implementação da lei de paridade. E, por fim, a paz é um requisito fundamental, e este acordo reafirma o nosso compromisso em promover um ambiente pacífico, trabalhando para prevenir a radicalização do discurso, e outras formas de violência", afirmou.

Da parte do Governo, o acordo foi assinado pela ministra dos Negócios Estrangeiros guineense, Suzi Barbosa, que destacou a "importância do acordo".

"A organização de eleições é um princípio fundamental para a soberania de um país. Para nós trata-se do primeiro ato enquanto Estado que devemos cumprir", disse.

"Por isso mesmo, a Guiné-Bissau fez um esforço tremendo, e pela primeira vez na história, a Guiné-Bissau e o seu Governo vão conseguir reunir praticamente 70% do que é o valor estimativo das eleições", sublinhou a ministra.

Suzi Barbosa lembrou que a Guiné-Bissau tem um historial de eleições livres, justas e transparentes e que acrescentou que o dinheiro disponibilizado será gerido pelo PNUD.

"O objetivo da concretização deste projeto teve um grande impulso do Presidente da República que não quer de forma nenhuma que este processo se atrase e esperamos ter reunidas todas as condições no dia 04 de junho para que os guineenses possam ir às urnas escolher os seus governantes", afirmou.

Presentes na cerimónia, que decorreu no Palácio do Governo, estiveram vários membros das organizações da sociedade civil e representantes do corpo diplomático acreditado em Bissau.

As eleições legislativas da Guiné-Bissau estão orçadas em 7,9 mil milhões de francos cfa (cerca de 12 milhões de euros), segundo o ministro das Finanças guineense, Ilídio Té.

De acordo com o ministro, até ao início de fevereiro, o Estado guineenses já tinha disponibilizado 5,7 mil milhões de francos cfa (cerca de 8,6 milhões de euros).

No início de janeiro, o ministro da Administração Territorial, Fernando Gomes, afirmou que o Governo guineense já tinha financiado 70% do valor do orçamento para a realização das eleições legislativas, esperando que os restantes 30% fossem apoiados pelos parceiros internacionais.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu a Assembleia Nacional em maio e marcou eleições legislativas para 18 de dezembro, mas o Governo, após encontros com os partidos políticos, propôs que fossem adiadas para maio.

O chefe de Estado acabou por marcar o escrutínio para 04 de junho.

Governo através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades entrega hoje (24.03), o pedido da assistência alimentar e sanitária a favor das Crianças Talibés ao Programa Alimentar Mundial (PAM) e a UNICEF.

Radio Voz Do Povo


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