domingo, 27 de novembro de 2022
O Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas e Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, deslocou-se hoje à Nigéria, ABUJA, onde presidirá oficialmente à abertura formal da Segunda Sessão Ordinária do Parlamento da CEDEAO.
As promessas do chefe de Estado, foram registadas esta manhã no Aeroporto Internacional Osvaldo, momentos antes de deixar o país rumo à Abuja (capital nigeriana), onde vai presidir a Segunda Sessão Ordinária do Parlamento da CEDEAO.
Países "hostis" reduziram ao mínimo representação diplomática russa
© Reuters
POR LUSA 27/11/22
O Governo da Rússia lamentou hoje que os países "hostis", principalmente da União Europeia (UE), tenham reduzido ao mínimo a presença diplomática russa, descrevendo a situação como "absurda".
"Temos apenas um ou dois diplomatas nalguns países", disse, citada pela agência noticiosa TASS, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, que sublinhou que não foi Moscovo quem começou a romper relações com esses países, que não nomeou.
Em maio, o Governo russo anunciou a expulsão de 34 diplomatas franceses em resposta ao que considerou uma decisão "provocadora e injustificada" de Paris de declarar 41 funcionários diplomáticos russos como 'persona non grata' em resposta à invasão da Ucrânia.
Em abril, a Alemanha tinha já feito o mesmo a 40 outros funcionários da embaixada e consulados russos, expulsando-os, depois, por "trabalharem todos os dias" contra a "coesão" da sociedade, segundo argumentou a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock.
Dois exemplos que mostram que a representação diplomática na Rússia foi reduzida nos últimos meses como resultado da invasão russa da Ucrânia, que foi condenada pela União Europeia e por grande parte da comunidade internacional.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com o envio de armamento para Kiev e a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Filhos de antigos combatentes portugueses na Guiné-Bissau em conferência de imprensa.
TECH SAÚDE MENTAL: Paz no trabalho? Empresa cria cápsulas portáteis para quem a procura... O responsável pela empresa diz que o serviço vende "privacidade".
Notícias ao Minuto 27/11/22
Um dos antigos responsáveis pela 'startup' WeWork China criou cápsulas portáteis para os trabalhadores.
"Estamos a vender privacidade", explicou o responsável pela 'startup' Peace [paz], citado pelo TechCrunch, quando questionado sobre se poderia haver câmara dentro desta cápsula.
"Não temos planos para colocar câmaras lá dentro. Acho que é mais importante fazer com que os nossos clientes sintam que é um espaço privado a 100%. Ninguém pode ouvir o que eles estão a dizer.
E, claro, ninguém sabe o que eles estão a ver", continuou Domic Penazola.
De acordo com a TechCrunch, o lançamento foi feito na semana passada e a novidade já está em três centros comerciais em Xangai.
Segundo o responsável contou à publicação, o plano é que haja pelo menos mil cápsulas destas espalhadas pela cidade chinesa.
A empresa já tem sete meses e surgiu numa altura em que a 'política de zero casos' Covid-19 tem começado a motivar alguns protestos dado que, apesar do aumento de casos no país, a situação é vista como exagerada por alguns residentes e trabalhadores que veem o acesso ao trabalho ser cortado após a deteção de um caso no local de emprego.
A maioria dos residentes de Kyiv voltou a ter acesso ao fornecimento de energia elétrica e a outros serviços básicos, assegurou hoje a administração militar da capital ucraniana.
© Reuters
POR LUSA 27/11/22
Maioria dos residentes de Kyiv volta a ter água e luz
A maioria dos residentes de Kyiv voltou a ter acesso ao fornecimento de energia elétrica e a outros serviços básicos, assegurou hoje a administração militar da capital ucraniana.
"Na capital, a eletricidade, a água, o aquecimento e as comunicações foram quase totalmente restabelecidos", informou a instituição através da respetiva conta na rede social Telegram.
"Tudo funciona normalmente. Só há poucas situações de emergência, que estão localizadas", informou a administração militar, referindo que as obras de reparação da rede estão na sua "fase final".
A notícia chega num dia em que é esperada a queda de neve em Kiev e que as temperaturas baixem até aos dois graus Celsius negativos durante o dia e cinco graus Celsius negativos à noite.
Em 23 deste mês, a onda de ataques russos à infraestrutura de energia ucraniana causou apagões generalizados em todo o país, já que a rede elétrica sofreu grandes danos e a maioria das centrais teve de ser desligada.
O abastecimento foi gradualmente restabelecido nos últimos dias, mas o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou na noite de sábado o apelo para que os cidadãos economizem energia.
Em 14 regiões do país ainda existem restrições, que atingem pelo menos 100 mil consumidores em cada uma delas, acrescentou Zelensky.
O abastecimento de energia elétrica também foi restabelecido na cidade de Kherson, no sul do país, que ficou sem serviços básicos após a retirada russa em 09 de novembro.
O chefe da administração militar regional, Yaroslav Yanushevich, anunciou no sábado que a principal estação de tratamento de esgotos e outras instalações já possuem eletricidade.
"A seguir, a eletricidade será gradualmente fornecida às áreas residenciais da cidade. Isso acontecerá nos próximos dias", assegurou.
SAÚDE: Tornozelos inchados? Estas são as justificações mais comuns... É um problema comum e, no geral, inofensivo, mas também pode estar relacionado com condições mais sérias.
© Shutterstock
Notícias ao Minuto 27/11/22
Conhecido, no universo da medicina, como edema, o inchaço nos pés, tornozelos e pernas é uma condição muito incómoda e alarmante. Aliás, quando o problema não é tratado, os sintomas pioram, as dores são mais fortes e torna-se mais difícil andar.
No geral, os motivos para este problema são inofensivos, mas também podem estar relacionados com condições mais sérias.
Por isso, a Prevention, revista especializada em saúde, falou com alguns médicos e recolheu as justificações mais comuns.
Motivos que justificam tornozelos inchados:
- Passar o dia sentado ou de pé;
- Excesso de peso ou obesidade;
- Lesões (feitas no quotidiano ou até a fazer exercício);
- Algumas medicações têm, como efeito secundário, a retenção de líquidos e consequentemente o inchaço;
- Linfedema, uma condição que resulta na acumulação de linfa nos tecidos moles e é um sintoma de infeção ou até cancro;
- Artrite condição que provoca a inflamação das articulações;
- Coágulos no sangue;
- Efeito secundário de gravidez;
- Infeção;
- Problemas no fígado ou rim;
- Sintoma de problemas cardiovasculares.
Leia Também: A relação entre diabetes e pés que muitos desconhecem
Continua a verificar aumento de casos de violência contra as mulheres e crianças na Guiné-Bissau.
Por esta razão, a rádio TV Bantaba ouviu as organizações defensoras dos direitos das mulheres e crianças.
Fala África: O álbum “Mamã Guiné” “nos faz sentir muito orgulhosos daquilo que somos,” MSG Bafatá
Grupo MSG Bafatá (Mensageiros da Sociedade Guineense)
Danielle Stescki Por voaportugues.com novembro 27, 2022
O grupo MSG Bafatá (Mensageiros da Sociedade Guineense) conseguiu realizar este ano um grande sonho: lançar o álbum “Mamã Guiné,” primeiro da carreira musical.
O disco foi lançado em janeiro e conta com 11 faixas musicais cantadas em crioulo e em línguas tradicionais. Em entrevista ao Fala África VOA, os cantores comentaram o novo trabalho e os desafios que enfrentaram para fazer o sonho virar realidade. A música de abertura é “Nô terra.”
“A nossa missão principal é levar a imagem positiva da Guiné-Bissau a nível do mundo. Tentamos transmitir nessa música as coisas boas que o nosso país tem. Ao mesmo tempo tentamos chamar a atenção também de alguns perigos que afetam a estabilidade, a paz e a convivência entre o povo. Por exemplo, sabemos que o nosso país tem muitas etnias, então temos de passar a mensagem de união entre as etnias que fazem parte do país,” explicou Masta Pi.
Outra música que faz parte de “Mamã Guiné,” é “Busca Vida.” Na letra, os cantores apelam aos guineenses que se tornaram imigrantes para voltar ao país de origem. “Tendo ou não sucesso na imigração, temos de voltar à nossa terra. Nossos familiares, o nosso país, estão à espera de nós para podermos ajudar no desenvolvimento” da Guiné-Bissau,” comentou Masta Pi. O cantor disse que ele e Mustafa estão trabalhando como imigrantes desde 2019 com a intenção de investir na música.
“Chegou o momento de irmos lançar o disco no nosso país,” disse Masta Pi. A dupla informou que em dezembro irá começar uma turnê pela Guiné-Bissau.
“Esse álbum nos faz sentir muito orgulhosos daquilo que somos. Tivemos de trabalhar na construção civil para ganhar o fundo para podermos patrocinar o nosso trabalho. Conseguimos gravar o disco e está sendo um sucesso no país. Nós sentimos realizados. Foi difícil! Foi muito duro trabalhar na construção, mas, graças a Deus, conseguimos. Esse é o caminho,” revelou Masta Pi.
Embora “Mamã Guiné” seja o primeiro álbum do grupo, Mustafa e Masta Pi trabalham juntos desde 1998, e já lançaram 35 faixas musicais. Uma das mais conhecidas fala sobre a prática prejudicial do Tababá, um pó resultante da mistura de ervas, raízes silvestres e tabaco, que várias mulheres usam nas genitais para curar infeções vaginais e pelo alegado poder afrodisíaco.
“Nessa música tentamos chamar a atenção das mulheres e da comunidade em geral sobre o perigo desse produto e o mal que faz a saúde da mulher. O nosso foco principal é passar mensagens, fazer chegar a informação aos mais fracos. Graças a Deus a mensagem conseguiu passar. Hoje se faz sensibilizações sobre esse produto e o mal que ele faz a mulher, disse Masta Pi”. O cantor acrescentou que o abandono do fanado, prática conhecida como circuncisão feminina, pode ser abordado no próximo disco do MSG Bafatá.
Masta Pi deixou uma mensagem para todos os jovens africanos que têm um sonho. “Tem que lutar, acreditar e focar mesmo.”
A expectativa do MSG Bafatá com o novo álbum é de que a música do grupo faça sucesso também fora da Guiné-Bissau para que a músicas e as danças do país cheguem em vários lugares do mundo. Em janeiro, o grupo vai começar a gravar os videoclipes de todas as músicas de “Mamã Guiné”. Depois de lançar os vídeos, vão gravar mais dois singles no ano que vem.
sábado, 26 de novembro de 2022
REINO UNIDO: Dois jovens esfaqueados até à morte em Londres. Polícia investiga relação... As vítimas mortais tinham 16 anos e locais do crime ficam a cerca de 2 km de distância.
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Notícias ao Minuto 26/11/22
Dois jovens morreram, este sábado, na sequência de esfaqueamentos, em Londres, no Reino Unido.
As autoridades britânicas estão a investigar se os casos estão relacionados, dado que os episódios de violência ocorreram a cerca de dois quilómetros de distância.
De acordo com a Sky News, os alertas foram dados pouco depois das 17h.
Ao chegarem aos locais, no sudeste da capital, ambas as vítimas ainda estavam vivas, tendo acabado, no entanto, por morrer.
A polícia está a investigar o caso e há buscas reforçadas até, pelo menos, às 8h de domingo.
Votos na Guiné Equatorial foram "abertamente roubados", acusa oposição
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GUINÉ EQUATORIAL: Obiang reeleito Presidente da Guiné Equatorial com 94,9% dos votos
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POR LUSA 26/11/22
O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, ganhou as eleições presidenciais, com 405.910 dos 411.081 votos, ou seja, 94,9%, anunciou hoje a Junta Eleitoral Nacional, pelo que avança para o sexto mandato de sete anos.
Obiang é, assim, "solenemente presidente eleito da República da Guiné Equatorial por um novo mandato de sete anos", disse o ministro do Interior, que é também o presidente da Junta Eleitoral Nacional, Faustino Ndong Esono Ayang.
"Os resultados definitivos do escrutínio voltam a dar-nos razão. Obiang Nguema Mbasogo é reeleito como presidente da Guiné Equatorial com 94,9% dos votos, que equivalem a 405.910 votos da população; continuamos a demonstrar ser um Grande Partido Político", escreveu o vice-presidente e seu filho, 'Teodorin' Obiang, na sua conta no Twitter.
Em segundo lugar na votação ficou o secretário-geral da Convergência para a Democracia Social (CPDS), Andrés Esono, o único partido da oposição autorizado, com 9.684 votos, e na terceira posição ficou o líder do Partido da Coligação Social Democrata (PCSD), também na oposição mas próximo do partido do Presidente, Buenaventura Monsuy Asumu, com 2.855 votos.
Para além da votação presidencial, os equato-guineenses escolheram também os representantes no Parlamento, tendo o partido de Obiang ficado com todos os lugares, para além dos 55 do Senado, o mesmo acontecendo com os 58 lugares em disputa nos municípios, que foram todos para membros do Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE).
Os resultados definitivos têm agora de ser validados pelo Tribunal Constitucional, disse o ministro do Interior, que colocou a participação eleitoral nos 98%.
Dos 419.807 eleitores equatoguineenses, houve 413.148 que exerceram o seu direito de voto em 1.533 mesas de voto, o que significa que houve 411.081 votos válidos, para além dos nulos e dos colocados em branco, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE.
Teodoro Obiang, atualmente com 80 anos, governa um pequeno país rico em petróleo desde 1979, na sequência de um golpe de Estado em que derrubou o seu tio e ditador sanguinário Francisco Macias Nguema, e é o Presidente há mais tempo no poder em todo o mundo, somando agora mais um aos cinco mandatos que já cumpriu.
A Guiné Equatorial é o país africano com o maior Produto Interno Bruto (PIB) 'per capita', e o terceiro maior exportador de petróleo do continente, mas a maior parte da sua riqueza continua concentrada nas mãos de poucas famílias, entre as quais, à cabeça e de longe, as da família Obiang Nguema. A larga maioria dos equato-guineenses vive em condições de pobreza extrema, apesar de o país registar um PIB per capita de 11.264 dólares em 2022, que o coloca em 70.º lugar no mundo, à frente de países como o México, Turquia e África do Sul.
Dadas as grandes reservas petrolíferas do país e uma população na ordem dos 1,45 milhões de habitantes, relativamente pequena por comparação com outros Estados africanos, é surpreendente que o país tenha recebido dois empréstimos do FMI recentemente, em 2019 e 2021. No entanto, os empréstimos trouxeram pressão para uma maior distribuição dos rendimentos do petróleo.
De acordo com as Nações Unidas, menos de metade da população tem acesso a água potável e 20% das crianças morre antes de completar 5 anos.
O país ocupa a 145.ª posição no mais recente Índice de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas relativo a 2021, e mais de 80% da população vive abaixo do limiar de pobreza, numa situação ainda mais degradada por efeito da queda das receitas petrolíferas a partir de 2014, da pandemia de covid-19 e devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia.
A Guiné Equatorial, uma antiga colónia espanhola, aderiu à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2014, mediante um roteiro de adesão, que incluía a abolição da pena de morte - o que aconteceu em setembro passado - e a disseminação da língua portuguesa, que declarou como língua oficial, a par do espanhol e do francês.
WACOMP e NAS-Bissau criam parceria para promoção de produtos locais
NAS BISSAU e WACOMP criaram parceria no intuito de impulsionar a visibilidade e o acesso ao mercado dos produtos nacionais transformados localmente.
Instalando um primeiro ponto de venda e showcase, no lounge VIP do aeroporto internacional Osvaldo Vieira de Bissau.
Radio TV BantabaVisita da Sua Excelência Senhor Presidente da República General Umaro Sissoco EMBALÓ à TGB…
#VisitaPR - O Chefe de Estado General Umaro Sissoco EMBALÓ visitou esta tarde (26/11) as instalações da TGB para constatar as recentes inovações empreendidas pela Direção Geral no que concerne à formação dos jornalistas e operadores de câmara no domínio da Edição de Vídeos bem como a entrada em funcionamento da nova redação multi-uso.
Na ocasião, o Presidente da República garantiu que deu orientações para que tudo se faça com vista a transmissão de jogos de mundial Qatar2022 quanto antes, garantia essa confirmada pelo Diretor Geral que assegurou serem criadas todas as condições administrativas e técnicas por parte do Governo. Igualmente, o Chefe de Estado garante ainda que 2023 será um ano de muitos desafios para reestruturar a Rádio e Televisão. Assegurou que irá usar a sua magistratura de influência para que a TGB e a RDN conheçam os melhores dias em 2023.
#TGB
Rússia acusada de provocar nova "fome artificial" como o "Holodomor"
© Lusa
POR LUSA 26/11/22
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, juntou-se hoje às autoridades ucranianas nas cerimónias que assinalam a catástrofe do "Holodomor" e culpou Moscovo de provocar, como há quase um século, uma "fome artificial" como resultado da invasão.
"Reunimo-nos na década de 1990, no aniversário do 'Holodomor', que foi criado artificialmente pelo regime comunista russo. Hoje, estamos prestes a assistir a outra fome artificial causada pela Rússia nos países da África e do sudeste Asiático", alertou.
Vários líderes europeus viajaram hoje até Kyiv para assinalar o "Holodomor", a fome causada por Estaline há 90 anos na Ucrânia, quando ordenou que as colheitas fossem confiscadas em nome da coletivização das terras, e que a Ucrânia considera um "genocídio".
Para o primeiro-ministro polaco, o bloqueio dos portos ucranianos pela Rússia, agora aberto graças ao acordo indireto alcançado entre Kyiv e Moscovo para a saída de cereais e fertilizantes, significaria o bloqueio de ajudas humanitárias.
"Só pode haver um resultado na guerra que a Rússia desencadeou contra a Ucrânia: ou a Ucrânia vai ganhar, ou toda a Europa vai perder. A Europa viu a ameaça da Rússia demasiado tarde, por isso não podemos atrasar a ajuda à Ucrânia", declarou o chefe do Governo polaco.
Mateusz Morawiecki, que participou nas cerimónias acompanhado pelo primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmihal, e pela primeira-ministra lituana, Ingrida Simontye, membros da agência trilateral de cooperação do Triângulo de Lublin, disse que a guerra terminará quando "a Ucrânia recuperar todas as casas, todas as escolas, todos os hospitais, todas as pontes e estradas".
"A Polónia e a Lituânia apoiarão a Ucrânia enquanto for necessário", referiu, em declarações recolhidas pela Ukrinform.
O "Holodomor", que significa em ucraniano extermínio pela fome, foi cometido pelo regime estalinista na Ucrânia soviética, sendo também designado como "A Grande Fome" ou "A Fome-Terror", e provocou cerca 3,5 milhões de vítimas entre 1932 e 1933.
TSAI ING-WEN: Presidente de Taiwan deixa liderança do partido após derrota eleitoral
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POR LUSA 26/11/22
A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, demitiu-se hoje do cargo de líder do Partido Progressista Democrático, no poder, na sequência das perdas nas eleições locais sofridas pelo seu partido.
Tsai apresentou a sua demissão num curto discurso em que também agradeceu aos apoiantes, pouco depois de conhecidos os resultados eleitorais, dos quais, disse, assumirá a responsabilidade.
Os eleitores em Taiwan escolheram esmagadoramente o Partido Nacionalista, na oposição, em várias grandes cidades da ilha numa eleição, hoje, em que as preocupações persistentes sobre as ameaças de integração pela China deram lugar a questões mais locais.
Chiang Wan-an, candidato a presidente da câmara pelo Partido Nacionalista, conquistou o lugar na capital, Taipei.
"Vou deixar o mundo ver a grandeza de Taipei", disse no seu discurso de vitória.
Outros candidatos do Partido Nacionalista também ganharam em Taoyuan, Taichung e na cidade de New Taipei.
Os habitantes de Taiwan escolheram os seus autarcas e outros líderes locais em todos os 13 condados e em nove cidades. Houve também um referendo para baixar a idade de voto de 20 para 18 anos.
Embora observadores internacionais e o partido no poder tenham tentado ligar as eleições à sobrevivência de Taiwan, muitos especialistas locais não acham que a China tenha desempenhado um grande papel desta vez.
Durante a campanha, foram poucas as menções aos exercícios militares em larga escala que a China realizou em agosto em reação à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América (EUA), Nancy Pelosi.
Em vez disso, a campanha focou questões locais como a poluição atmosférica, o tráfego e as estratégias de compra de vacinas da covid-19, que deixaram a ilha em escassez durante um surto no ano passado.
A derrota do Partido Progressista Democrático pode dever-se, em parte, à forma como lidou com a pandemia, consideram analistas.
O GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ, PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS DE REGRESSO AO PAÍS.
Depois de ter participado na Cimeira Extraordinária da União Africana sobre Industrialização e Diversificação Económica e a Sessão Extraordinária da União Africana sobre a Área de Comércio Livre Continental Africana que decorreu em Niamey, Níger, até 25 de novembro de 2022, tendo por tema: "Industrialização da África: Compromisso Renovado para a Industrialização Inclusiva e Sustentável e a Diversificação Económica" regressou ontem ao fim da tarde a Bissau.
Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU NA CIMEIRA DA UNIÃO AFRICANA SOBRE INDUSTRIALIZAÇÃO.
Os Chefes de Estado e de Governo da União Africana presentes em Niamey analizaram e aprovaram com algumas emendas o Relatório do Banco Africano de Desenvolvimento e de parceiros no qual se constata que 37 países africanos se industrializaram na última década, bem como foram informados que os países com melhor desempenho não são necessariamente aqueles com as maiores economias, mas sim os que geram um elevado valor acrescentado de produção per capita.
Trinta e sete dos 52 países africanos tornaram-se mais industrializados nos últimos onze anos, de acordo com um relatório recentemente divulgado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, a União Africana e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO).
O relatório do Índice de Industrialização de África (AII) fornece uma avaliação a nível nacional dos progressos de 52 países africanos através de 19 indicadores-chave. O relatório permitirá aos governos africanos identificar países comparáveis para aferir o seu próprio desempenho industrial e identificar as melhores práticas de forma mais eficaz.
O Banco Africano de Desenvolvimento, a União Africana e a UNIDO lançaram conjuntamente a edição inaugural do AII à margem da Cimeira da União Africana sobre Industrialização e Diversificação Económica, em Niamey, no Níger.
Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
Russos "pagarão" por Holodomor e pelos "crimes de hoje"... Fome da era soviética matou milhões de ucranianos.
© Getty Images
Notícias ao Minuto 26/11/22
O chefe da administração presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, afirmou, este sábado, que a Rússia irá pagar "por todas as vítimas" do Holodomor e responder "pelo crimes" cometidos atualmente.
"Os russos pagarão por todas as vítimas do Holodomor e responderão pelos crimes de hoje", escreveu Andriy Yermak, no Telegram, segundo cita a Reuters.
Sublinhe-se que o Holodomor, que em ucraniano significa exterminação pela fome, refere-se à fome causada por Estaline há 90 anos na Ucrânia, quando ordenou que as colheitas fossem confiscadas em nome da coletivização das terras. O flagelo, também conhecido como 'A Grande Fome' ou 'A Fome-Terror', fez, entre 1932 e 1933, cerca de 3,5 milhões de vítimas ucranianas.
O dia memorial anual da Ucrânia para as vítimas do Holodomor assinala-se este sábado, 26 de novembro.
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POR LUSA 26/11/22
A Ucrânia recebeu este sábado promessas de apoio contra Moscovo, no 90.º aniversário do 'Holodomor', a fome causada pelo regime de Estaline na década de 1930, que adquiriu novo impacto desde a invasão russa.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu que o seu povo se manterá firme perante os ataques russos, que regularmente provoca grandes cortes de energia e água à medida que as temperaturas do inverno se aproximam.
"Os ucranianos passaram por coisas realmente terríveis. E apesar de tudo mantiveram a capacidade de não obedecer e o seu amor pela liberdade. No passado, quiseram destruir-nos com fome, hoje com escuridão e com frio", afirmou Zelensky, num vídeo publicado no Telegram, citado pela Agência France-Presse.
"Não nos podem quebrar", sublinhou.
Vários líderes europeus viajaram hoje até Kyiv para participarem nas comemorações do 'Holodomor', que a Ucrânia considera um "genocídio".
Segundo a comunicação social da Polónia e da Lituânia, os primeiros-ministros desses países, Mateusz Morawiecki e Ingrida Simonyte, que apoiam fortemente Kyiv, estão de passagem para negociações sobre uma possível nova onda de imigração da Ucrânia para a Europa neste inverno.
O Serviço da guarda fronteiriça da Ucrânia confirmou que Morawiecki "visitou Kyiv e honrou a memória das vítimas do 'Holodomor'".
O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, também está de visita a Kyiv, a primeira desde o início da invasão russa.
Segundo a agência belga, o governante prevê disponibilizar um apoio financeiro adicional de 37,4 milhões de euros para a Ucrânia.
"Cheguei a Kyiv. Após os violentos bombardeamentos dos últimos dias, estamos com o povo ucraniano. Mais do que nunca", afirmou De Croo no Twitter.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou num vídeo uma ajuda adicional de 10 milhões de euros para apoiar as exportações de cereais da Ucrânia, impactadas pela guerra.
O Parlamento alemão decidiu, esta sexta-feira, definir como "genocídio" o 'Holodomor', que causou a morte de cerca de 3,5 milhões de ucranianos através da coletivização de terras.
A Rússia rejeita essa classificação, argumentando que a grande fome que assolou a URSS (União Soviética) no início dos anos 1930 não fez apenas vítimas ucranianas, mas também russas, cazaques e outros povos.
O flagelo histórico cometido pelo regime estalinista na Ucrânia soviética, também designado como "A Grande Fome" ou "A Fome-Terror", fez, entre 1932 e 1933, cerca de 3,5 milhões de vítimas ucranianas -- aliás 'Holodomor' significa em ucraniano isso mesmo: exterminação pela fome.
A Roménia, a Irlanda, a Alemanha e o Vaticano foram, até agora, alguns dos países que atribuíram ao crime da era soviética a classificação que a Ucrânia vinha pedindo há anos e que adquiriu uma nova atualidade desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro deste ano, e durante alguns meses bloqueou a saída de cargueiros com cereais dos portos ucranianos, fazendo temer uma crise alimentar mundial.
Na quarta-feira, o parlamento romeno aprovou um texto classificando o 'Holodomor' como um "crime contra a Humanidade" e, na quinta-feira, foi a vez de o Senado irlandês aprovar uma resolução considerando-o um "genocídio do povo ucraniano".
No mesmo dia, também o papa Francisco falou sobre o assunto no Vaticano, utilizando o termo "genocídio": "Rezamos pelas vítimas desse genocídio e por tantos ucranianos -- crianças, mulheres, pessoas idosas e bebés -- que agora sofrem o martírio da agressão".
HOLODOMOR: Ucrânia - Fome estalinista de há 90 anos classificada como genocídio
© Euromaidan Press/Twitter
POR LUSA 26/11/22
Líderes políticos de vários países estão a classificar como genocídio o "Holodomor", a fome causada por Estaline há 90 anos na Ucrânia, quando ordenou que as colheitas fossem confiscadas em nome da coletivização das terras.
O flagelo histórico cometido pelo regime estalinista na Ucrânia soviética, também designado como "A Grande Fome" ou "A Fome-Terror", fez, entre 1932 e 1933, cerca de 3,5 milhões de vítimas ucranianas -- aliás "Holodomor" significa em ucraniano isso mesmo: exterminação pela fome.
A Roménia, a Irlanda, a Alemanha e o Vaticano foram, até agora, alguns dos países que atribuíram ao crime da era soviética a classificação que a Ucrânia vinha pedindo há anos e que adquiriu uma nova atualidade desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro deste ano, e durante alguns meses bloqueou a saída de cargueiros com cereais dos portos ucranianos, fazendo temer uma crise alimentar mundial.
Na quarta-feira, o parlamento romeno aprovou um texto classificando o "Holodomor" como um "crime contra a Humanidade" e, na quinta-feira, foi a vez de o Senado irlandês aprovar uma resolução considerando-o um "genocídio do povo ucraniano".
No mesmo dia, também o Papa Francisco falou sobre o assunto no Vaticano, utilizando o termo "genocídio": "Rezamos pelas vítimas desse genocídio e por tantos ucranianos -- crianças, mulheres, pessoas idosas e bebés -- que agora sofrem o martírio da agressão".
Na sexta-feira, foi a vez de o parlamento alemão anunciar que na próxima semana vai definir como "genocídio" essa "Fome-Terror" imposta há 90 anos ao povo ucraniano pelo regime de Estaline.
Será com uma unanimidade rara que a coligação no poder, formada pelo Partido Social-Democrata (SPD), pelos Verdes e os liberais do FDP, à qual se juntará a oposição conservadora do bloco CDU-CSU, formado pela União Democrata-Cristã e a União Social-Cristã bávara, vai aprovar na próxima quarta-feira, 30 de novembro, uma resolução nesse sentido no Bundestag, a câmara baixa do parlamento alemão.
"Todos os grupos parlamentares democráticos alemães chegaram a acordo sobre uma importante moção conjunta sobre o 'Holodomor'", reagiu de imediato na rede social Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, expressando a sua "gratidão por ver homenageado o povo ucraniano".
Esta fome inscreve-se "na lista dos crimes desumanos cometidos por sistemas totalitários que fizeram desaparecer milhões de vidas humanas na Europa, em particular na primeira metade do século XX", lê-se no projeto de resolução, citado pela agência de notícias francesa AFP.
Este crime "faz parte da nossa história comum enquanto europeus; foi toda a Ucrânia que foi atingida pela fome e pela repressão, e não só as suas regiões produtoras de cereais", sublinha o texto.
"Da perspetiva atual, é evidente que se trata de um genocídio no plano histórico e político", acrescenta.
O Bundestag "retira do próprio passado da Alemanha uma responsabilidade especial, a de identificar e de agir contra crimes contra a humanidade na comunidade internacional", explica-se ainda no documento.
Esta classificação do "Holodomor" como "genocídio" - um conceito cunhado na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) com o Holocausto - o assassínio em massa de milhões de judeus, além de homossexuais, ciganos, testemunhas de Jeová e outras minorias, a partir de um programa de extermínio sistemático criado pelo regime nazi de Adolf Hitler -- ganhou agora um novo significado, perante a guerra russa na Ucrânia, que já dura há nove meses e fez um número ainda indeterminado de mortos e feridos, além de milhões de deslocados internos e refugiados noutros países europeus.
"Mais uma vez, a violência e o terrorismo estão a privar a Ucrânia do que é fundamental para a sua sobrevivência e a subjugar todo o país", observou o deputado ecologista Robin Wagener, um dos redatores do texto, considerando que classificar o "Holodomor" como "genocídio" é um "aviso" a Moscovo, cuja ação na Ucrânia poderá conduzir a uma nova fome.
Segundo Wagener, o Presidente russo, Vladimir Putin, "inscreve-se na cruel e criminosa tradição de Estaline".
O chanceler alemão, Olaf Scholz, e a sua chefe da diplomacia, a ecologista Annalena Baerbock, declararam também na sexta-feira apoiar a classificação do "Holodomor" como genocídio, segundo os respetivos porta-vozes.
Em mais um exemplo de revisionismo da história, a Rússia rejeita categoricamente tal classificação, argumentando que a grande fome que abalou a União Soviética nos anos 1930 não fez só vítimas ucranianas, mas também russas, cazaques, alemãs do Volga e membros de outros povos.
"No início dos anos 1980, representantes soviéticos ainda negavam o 'Holodomor' na Assembleia-Geral das Nações Unidas", recorda o texto da resolução alemã, lamentando que tenham sido "necessárias décadas para que os dirigentes soviéticos, sob a liderança de Mikhaïl Gorbatchev, reconhecessem que tinha havido uma 'fome'" na Ucrânia.
A política levada a cabo por Putin, marcada, em 2021, pelo encerramento da organização Memorial, que documentava os crimes do estalinismo e recebeu, depois, o Prémio Nobel da Paz, sublinha a esse propósito "a ideologização revisionista" atual da história russa, critica o texto que será aprovado na próxima quarta-feira no Bundestag.
Até hoje, o "Holodomor" continua a dividir opiniões de historiadores e do público, entre os que o rotulam como genocídio e traçam paralelos com o Holocausto e outros que rejeitam essa classificação e consideram a comparação inadequada, embora reconheçam a dimensão humana da tragédia, por questionarem se a grande fome foi uma política de extermínio deliberadamente concebida por Estaline ou uma consequência imprevista da industrialização soviética.
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Rússia inclui dona do Facebook na lista de organizações extremistas
© Reuters
POR LUSA 26/11/22
A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, foi incluída pela Rússia na lista de organizações extremistas, anunciou hoje o Ministério da Defesa.
Segundo as autoridades, a Meta permitiu apelos à violência contra cidadãos russos.
Para a Rússia, a Meta também permitiu que nas redes sociais sob o seu controlo disseminassem informações falsas e "propaganda terrorista".
No final de março, a justiça russa já tinha declarado a meta como uma organização extremista, tendo ratificado a decisão semanas depois.
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
Ataques a infraestruturas da Ucrânia mostram "desespero" de Putin... Na ótica de Ben Wallace, o chefe de Estado russo pretende "esconder" os seus falhanços militares.
© Reuters
Notícias ao Minuto 25/11/22
O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, considerou, esta sexta-feira, que os ataques recentes por parte das forças russas contra as infraestruturas essenciais da Ucrânia são um sinal do “desespero” do presidente russo, Vladimir Putin, que pretende “esconder” os seus falhanços militares.
De visita a Glasgow, na Escócia, o responsável apontou que, face aos ataques à rede elétrica da Ucrânia, os cidadãos devem “seguir em frente e continuar a expulsar a Rússia”.
“Na frente civil, precisam de proteger a infraestrutura nacional que Putin está a atacar deliberadamente, na esperança de destruir a sua economia, para que sofram muito durante o inverno”, disse, citado pelo The Independent.
Wallace salientou ainda a ilegalidade destes ataques, reforçando que, em parte, estas ações do presidente russo mostram o “desespero de que o [seu] exército não está a ser bem sucedido”, dando como exemplo a retirada da cidade de Kherson, que representou uma grande derrota para Moscovo.
“Por isso, para esconder [os fracassos], Putin tem tentado fazer explodir a infraestrutura civil”, disse.
Ainda assim, o ministro avisou que o Kremlin não deve ser subestimado, uma vez que, neste momento, “a Rússia é um país que não se importa com a sua população e que envia homens jovens para a sua morte”, o que continuará a fazer.
O responsável rematou, por isso, considerar ser “muito, muito importante continuar a mostrar o nosso compromisso, apoio e solidariedade a nível internacional para com a Ucrânia”.
Também esta sexta-feira, o presidente russo reuniu-se com mais de uma dúzia de mães de soldados que lutam na Ucrânia, dizendo às que perderam os seus filhos que tanto ele, como toda a liderança russa sentem o seu sofrimento. Além disso, apelou para que não confiem naquilo que leem na Internet, uma vez que "há todo tipo de falsificação, engano, mentira".
De notar ainda que quase metade dos habitantes de Kyiv continuavam, esta sexta-feira, sem eletricidade, e dois terços sem aquecimento, dois dias depois dos ataques russos terem voltado a visar infraestruturas críticas, numa altura em que as temperaturas negativas chegam à região.
A estratégia de Moscovo de bombardear instalações energéticas, seguida desde outubro num cenário de recuos militares, é considerada "crime de guerra" pelos aliados ocidentais da Ucrânia e qualificada como um "crime contra a humanidade" pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Rússia, por seu lado, afirma visar apenas infraestruturas militares e atribui os cortes de energia aos disparos das defesas aéreas ucranianas.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, segundo os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
De acordo com a entidade, já morreram 6.595 civis desde o brotar do conflito, que feriu 10.189 pessoas, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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GUERRA NA UCRÂNIA: Kyiv proíbe exportação de lenha devido a cortes na eletricidade
© Reuters
POR LUSA 25/11/22
O Governo ucraniano ordenou hoje a proibição da exportação de lenha, assumindo que pode ser um material fundamental para garantir o aquecimento face a um inverno que, em princípio, será marcado por problemas no abastecimento de eletricidade.
Kyiv já havia vetado a exportação de carvão em setembro e agora fez o mesmo com a lenha.
O primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal, explicou que em algumas zonas, sobretudo as próximas da frente de combate, a lenha já é a principal fonte de aquecimento, segundo a agência de notícias UNIAN.
Os ataques russos à infraestrutura de energia da Ucrânia provocaram cortes de eletricidade, inclusive em Kyiv, onde apenas um terço das casas tiveram o aquecimento restaurado na manhã de hoje.
O presidente da câmara da capital ucraniana, Vitali Klitschko, adiantou no serviço de mensagens Telegram que foram instalados 400 pontos de aquecimento na cidade para garantir o bem-estar da população.
Esses postos também permitem o carregamento de dispositivos eletrónicos, como telemóveis.